sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Banco Mundial e FMI apoiam a Guiné-Bissau


BM entrega memorando económico e FMI diz que arrecadação de receitas aumentou 60 por cento. O Banco Mundial apresentou esta semana o Memorando Económico da Guiné-Bissau ao Executivo de Domingos Simões Pereira, em que analisa as restrições de desenvolvimento de cada sector e recomenda opções sobre o caminho a seguir. Por seu lado, o Fundo Monetário Internacional revelou que a arrecadação de receitas em 2014 subiu 60 por cento, o que deixou o Governo satisfeito.

No documento, o Banco Mundial destaca que a Guiné-Bissau tem um enorme potencial de desenvolvimento, apesar de cerca de 70 por cento da população viver actualmente com dois dólares norte-americanos por dia. A organização realça que o país “está a mostrar sinais claros de apreciação da estabilidade”, tendo por isso prometido acompanhar o que chama de “embarque para um novo caminho para a prosperidade”.

O ministro guineense da Economia e Finanças Geraldo Martins disse que o documento expõe o que deve ser feito ao longo do próximo ano. Martins destacou que o memorandum deve ser usado no diálogo com doadores e parceiros para atingir os objectivos de desenvolvimento. A 25 de Março, o Governo participa numa reunião de doadores em Bruxelas, em busca do apoio

Por outro lado, o Fundo Monetário Internacional revelou ontem, 26, que as receitas fiscais da Guiné-Bissau em 2014 subiram acima das previsões da organização. "Comparando com as receitas de 2013, elas aumentarm 60%. Isto é um desempenho importante e muito encorajador", referiu o economista do FMI Félix Fischer, em conferência de imprensa, em Bissau.

A previsão apontava para um incremento de 40 por cento na arrecadação fiscal, mas o número foi superado e isso traz vantagens para a Guiné-Bissau, segundo o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins. VOA

Iraque ultrapassa Angola e é agora o segundo maior fornecedor de petróleo à China. AAS

Economia cresceu em 2014 acima das previsões, diz FMI


As receitas fiscais da Guiné-Bissau em 2014 subiram acima das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciou esta quarta-feira o chefe de uma comitiva daquela organização que visitou o país. "Comparando com as receitas de 2013, incrementaram 60%. Isto é um desempenho importante e muito encorajador", referiu o economista Félix Fischer, em conferência de imprensa, em Bissau.

O novo Governo tomou posse em Julho, após dois anos de crise que se seguiram ao golpe de Estado de 2012. A previsão apontava para um incremento de 40% na arrecadação fiscal, mas o número foi superado e isso traz vantagens para a Guiné-Bissau, referiu o ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins.

"Com estas receitas, [o Estado] liquidou os atrasados de dívida externa, o que é importante porque abre caminho para novos financiamentos dessas organizações, que, em alguns casos, já tinham fechado as portas à Guiné-Bissau durante vários anos", referiu.

Geraldo Martins ilustrou o cenário: "é como se tivéssemos roupa nova e pudéssemos agora apresentarmo-nos diante dessas organizações e dizer: temos projetos para solicitar financiamento". O aumento de receitas é atribuído a um controlo reforçado de mercadorias e à criação de um comité de tesouraria para as finanças públicas, entre outras medidas.

A avaliação positiva do FMI surge pouco tempo antes na mesa redonda de doadores, promovida pelo Governo da Guiné-Bissau, para o próximo dia 25 de março, em Bruxelas. No encontro em que o Governo vai procurar parceiros para a estratégia de desenvolvimento do país, "o FMI joga um papel informativo", referiu Félix Fischer.

A missão que quinta-feira termina a visita a Bissau serviu para apreciar a situação do país depois de em novembro ter recebido um empréstimo do FMI. Na altura, foi aprovado um montante de 5,4 milhões de dólares (4,7 milhões de euros) ao Governo da Guiné-Bissau para fazer face às despesas urgentes e para pagamento de parte da quota do país para com aquela organização.

Até final do primeiro semestre, uma nova missão deve deslocar-se ao país para preparar um plano de financiamento distribuído por vários anos. Lusa

COMUNICADO: PAIGC/PRS-Praia, Cabo Verde


COMUNICADO CONJUNTO DO PAIGC E PRS EM CABO VERDE

Comunicado de Imprensa

As comissões politicas dos partidos PAIGC e PRS em Cabo Verde, reunidos na sua última sessão de concertação no passado dia 25 de Fevereiro de 2015, na cidade da Praia, decidiram tornar ao público as suas posições relativamente a actual situação política na Guiné-Bissau, tendo em conta os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pelo actual governo de inclusão, num contexto em que a normalidade do funcionamento das instituições é imperativa, para a ainda débil estabilidade política e governativa, em construção.

As partes consideraram que:

1. mais uma vez, estamos perante um novo governo eleito pelo povo e que está exercendo o seu mandato que lhes confiaram, fazendo o melhor de si, nas circunstâncias em que o aparelho do Estado e toda a administração pública está operando, com fragilidade e graves problemas tanto estruturais como funcionais;

2. já se passaram 25 anos desde abertura política e democrática no país, sem que se possa colher frutos satisfatórios que da mesma se esperava;

3. o povo nunca sentiu a verdadeira liberdade decorrente da democracia e nem tão pouco viu consolidadas as iniciativas de desenvolvimento do país de que todos almejam;

4. a Guiné-Bissau e o seu povo têm sido altamente prejudicados pelas constantes intrigas internas no seio dos partidos políticos, com o simples propósito de ocupação de cargos políticos susceptíveis de concorrerem para a satisfação de interesses meramente individuais;

5. a cada turbulência política provocada, coloca-se o país em situação de retrocesso e de grandes perdas humanas, financeiras, materiais e de oportunidades;

6. hoje em dia, é notório na Guiné-Bissau, que há uma espécie de Clube de “cabalidos”, organizado para desorganizar o país, que sistematicamente toma de assalto o poder executivo e assim vai prosseguindo mergulhado em águas turvas de sustentação da corrupção e de abuso de poder;

7. o Clube em referência deve merecer especial atenção de todos, acompanhando e denunciando suas manobras desestabilizadoras, tanto no seio da comunidade guineense, como junto dos seus parceiros de desenvolvimento;

8. é importante recordar alguns trechos dos ensinamentos bíblicos que aconselham: “os humanos devem ter sempre o pensamento de comunhão de bens para o sucesso e bem-estar de todos. Isto é, de que nunca devemos penalizar por completo o pensamento dos nossos governantes e nem tão pouco dos nossos vizinhos e amigos. Mas sim lamentar o mal e procurar sempre apresentar soluções que sirvam o interesse de todos”;

9. chegou a hora de se parar com intrigas e calúnias, pois, essas práticas nunca guiaram os países para o desenvolvimento, nem facilitaram o respeito pelos direitos humanos.

Assim, entendem as partes signatárias do presente Comunicado declarar o seguinte:

1. apelar a todas as organizações políticas e a sociedade guineense em geral, a reflectirem profundamente sobre as razões dos atrasos que o país tem tido ao longo dos anos da sua independência;

2. alertar os actores políticos para o estado vigilante em que estão todos os guineenses espalhados pelo mundo, e que acompanham a evolução política do país, a postura dos dirigentes e políticos que serão responsabilizados pelos seus actos, desvendando as acções dos promotores da instabilidade política, principalmente as do grupo de “cabalidos”, mas igualmente congratulando com os avanços promovidos na senda do desenvolvimento nacional;

3. exortar os demais órgãos do poder a darem o melhor de si, para que o governo ora eleito possa tranquilamente materializar o programa aprovado pela maioria parlamentar, até o fim do seu mandato;

4. encorajar o Governo da Guiné-Bissau a prosseguir com as reestruturações em curso, nomeadamente nos domínios da economia, da fiscalidade, da educação, da saúde, da defesa, da justiça, da agricultura e da administração pública;

5. felicitar e encorajar o Governo a prosseguir com suas diligências na organização da Mesa Redonda de Parceiros de desenvolvimento nacional;

6. felicitar as forças da defesa e da segurança pela postura que têm tido nesta etapa de estabilização do país, submetendo-se ao poder político e respeitando as leis nacionais;

7. apelar o Presidente da República a manter-se distante das querelas intrapartidárias e a assumir-se como guardião da Constituição da República e presidente de todos os guineenses, sem interferências nas atribuições do poder executivo que tem um Programa sufragado, com calendário próprio de sua execução, para cumprimento das promessoas feitas ao eleitorado;

8. aplaudir a postura dos Deputados da Nação que têm revelado sentido de Estado, observando suas prerrogativas constitucionais.

A união que faz a força!

Viva a democracia!
Viva a unidade da nação guineense!
Unidos, venceremos as batalhas da estabilização e do desenvolvimento!

MUITO OBRIGADO

A organização,

COMISSÃO POLITICA DO PAIGC & COMISSÃO POLITICA DO PRS

-----------------------------------------------​ -----------------------------------------------
O Representante do PAICG O Representante do PRS

Praia, 27 de Fevereiro de 2015

Contactos: PAIGC – (+238)923 22 15; e-mail: pedromadona@gmail.com
PRS – (+238) 9894058; e-mail: daudasano@hotmail.com

ESTATÍSTICA: Enquanto os cães ladram, desdentados, a caravana segue tranquila e faz o seu caminho. 15 milhões sempre são quinze milhões... AAS




Ditadura do Consenso. Paixão, Credibilidade, Alma. Mais tarde ou mais cedo, o seu blogue. Muito OBRIGADOS. AAS

AAS/OPINIÃO: Somos Todos Primos


"A revolução não é um convite um para um jantar, a composição de uma obra literária, a pintura de um quadro ou a confecção de um bordado; ela não pode ser assim tão refinada, calma e delicada, tão branda, tão afável e cortês, comedida e generosa. A revolução é uma insurreição, é um acto de violência pelo qual uma classe derruba a outra." Mao Tsé-Tung
_________

Sejamos verdadeiros. Se houve uma coisa que sempre existiu na Guiné-Bissau foi uma corrupção e uma utilização da calúnia muito marcantes. Fosse de uma forma isolada, através de lobbies ou ainda de compadrios por conveniência. E doses industriais de descaramento.

Aliás, se a Guiné-Bissau alguma vez fosse uma democracia a sério, muita gente – mas muita gente mesmo – teria sido julgada e condenada com base em provas irrefutáveis. Outros estariam ainda hoje a cumprir pena e quem ficava ganhar era o Estado - e o Povo.

Mas não. Hoje, quando sonho, é um pesadelo. Uns dias atrás, sonhei que numa madrugada qualquer uns Homens acabaram com o franco CFA e fizeram da corrupção a nova moeda nacional. Acordei sobressaltado, e limpei o suor que me escorria pela testa. «Trata-se apenas de oficializar uma realidade», admiti a custo.

Caros compatriotas,

Temos que cerrar fileiras, defender a custo, ainda que corram rios de sangue, a única coisa que temos como certo: o nosso País!, a nossa Pátria! A força do Povo é indestrutível e pode ser avassaladora! Se não for agora, quando será? Se não formos nós, quem será?

Não podemos consentir que nos voltem a assustar. Um golpe de Estado precisa apenas de uma coisa: ruas vazias. Enchamos as ruas, os becos, os cruzamentos. Não podemos permitir-nos mais atraso ainda. Quase 42 anos de independência, caramba! Toda metamorfose dói. António Aly Silva"

DENÚNCIA: A (des)Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau


"Caro AlY

Desejo-lhe tudo de bom e que o seu regresso seja para breve. Envio-lhe este excerto para publicar no seu e nosso Blog Ditadura do Consenso.

Pensei que já tinha idade suficiente para não me surpreender com nada do que se faz em Guiné-Bissau mas enganei-me redondamente.

Há um mês atrás, numa conversa de vizinhos, um Pai muito irritado (e com razão) dirigiu-se a mim para desabafar do seguinte; O seu filho beneficiou duma bolsa de estudo da Fundação Calouste Gulbenkian atribuído a Estado da Guiné-Bissau, que consequentemente, distribuiu-as mediante um concurso público realizado em 2001 (de que muitos ainda se lembram), tendo ido cursar medicina em Portugal.

Este jovem Médico hoje de regresso ao País, segundo apurei junto dos meus sobrinhos que também beneficiaram da mesma bolsa para Portugal, foi UM DOS melhores Guineenses alguma vez formado naquele País irmão (não é todos os dias que se encontra um Médico formado em Portugal com distinção de MUITO BOM no seu diploma e inclusive inscrito na Ordem dos Médicos Portugueses.

Até aqui tudo normal, não fosse o caso da (Des)Ordem dos Médicos e dos Farmacêuticos da Guiné-Bissau não o reconhecer o exercício da Profissão Médica na Guiné-Bissau.

Vamos resumir isto. Um Jovem Médico guineense formado numa Universidade Pública de Portugal mediante uma bolsa de estudo que lhe foi atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian através do Estado da Guiné-Bissau, tendo resistido a tentação materialista da Europa e decidiu cumprir com a sua promessa de regressar ao País e dar o seu contributo como cidadão.

Contudo, ainda hoje não o pode fazer porque um grupo de “velhas guardas” apoderaram-se daquilo que devia ser uma instituição digna da designação “Ordem dos Médicos” acharem que reconhecer com brevidade exigível o seu Diploma e consequentemente permitir-lhe exercer medicina, seria incentivar o regresso maciço dos outros médicos o que aumentaria a concorrência e a qualidade do exercício médico e reduziria as suas cotas no mercado.

Ora, por que raio de água estamos sempre a choramingar pelo facto de Portugal reduzir o número de doentes que aceita para Juntas Médicas, para serem tratados pelos Médicos que estudaram na mesma faculdade com os que nós não reconhecemos?

Como é que é possível Guiné-Bissau solicitar bolsas para formação de quadros Médicos em Portugal, ao mesmo tempo que fecha os olhos estes atos da (Des)ordem dos Médicos da Guiné-Bissau que não os reconhece depois de terminarem a formação? Se não reconhecemos o nível da formação dada em Portugal, porque é que lhes pedimos ou aceitamos as suas bolsas?

Porque é que um Médico formado em Portugal tem de esperar em média 6 a 12 meses para que o seu diploma seja reconhecido pela (Des)ordem dos Médicos da Guiné-Bissau, quando os formados em Guiné-Bissau, na China, em Cuba, na Russia etc… esperam em média uma a duas semanas?

Quem, a não ser um verdadeiro patriota, deixaria Portugal onde já estava integrado a exercer medicina para vir meter-se nesta disfuncionalidade?

Peço a quem de direito, que tome medidas para pôr termo a estas práticas nefastas para o nosso sistema de saúde.

Um cidadão indignado."

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Aly Silva na...ANP


"Bom dia, irmão

O nome do António Aly Silva foi hoje mencionado na Assembleia Nacional Popular (ANP) o parlamento guineense. O deputado Sola Na Quilim, do PRS (maior partido da oposição, que integra o governo de Domingos Simões Pereira) questionou o parlamento sobre o regresso de cidadãos guineenses que foram forçados ao exílio.

Pediu para "já" o seu regresso a casa. Ele disse ainda que deve ser um compromisso do governo, e da ANP, para o regresso entre outros do jornalista António Aly Silva, do Ex-Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr. (CADOGO), do ex-CEMGFA, General Zamora Induta.

I. B."

Na djugu di baradju: Bas di messa!


PR na tomada de posse do Bastonário da Ordem dos Advogados


O Presidente da República, José Mário Vaz, presidiu esta quarta-feira, 25 de Fevereiro, à cerimónia da tomada de posse dos novos membros dos corpos sociais e do Bastonário da Ordem dos Advogados, saídos da eleição de 24 de Janeiro.

Falando à PNN durante o acto, José Mário Vaz disse que esta instituição foi chamada perante a sociedade guineense a assumir as suas responsabilidades na tarefa da boa administração da Justiça guineense, qualificando como «tolerância zero» contra a corrupção, o tráfico de influências, o abuso de poder e o nepotismo, a participação activa e apresentação de propostas concretas sobre assuntos das reformas no sector, compartilhando as suas aspirações com o justo interesse da sociedade.

Foi neste sentido que Mário Vaz destacou que, neste momento de «provação nacional», a sociedade guineense anseia por uma ordem exigente e empenhada na selecção e formação permanente dos seus membros. «Uma ordem presente e muito atenta ao comportamento ético-profissional dos advogados no cumprimento escrupuloso dos prazos processuais, mas também sensível e preocupada em acudir o clamor quotidiano dos clientes e dos cidadãos em geral», disse o Chefe de Estado.

Por outro lado, o Presidente da República disse que a Guiné-Bissau precisa de uma Ordem dos Advogados moderna e em linha com os problemas do país, interventiva na prevenção de ilegalidades e nas práticas profissionais e administrativas, capaz de dar uma resposta acertada no difícil processo de estabelecimento da confiança dos guineenses no funcionamento das instituições da Justiça, citando como exemplo um Estado em que a supremacia da Lei seja uma realidade incontestável e ainda um Estado em que é garantido o gozo efectivo do compromisso constitucional de acesso à Justiça.

«Um Estado em que as prerrogativas funcionais atribuídas aos advogados sirvam para construir e não destruir a confiança que os cidadãos devem ter no funcionamento do nosso sistema judicial, um Estado em que a ordem se mostre sempre capaz de oferecer à sociedade e aos cidadãos um enquadramento claro e consistente dos direitos e garantias dos guineenses, em estrito cumprimento das leis da Guiné-Bissau», declarou. Na cerimónia estiveram presentes alguns membros do Governo, assim como representantes do corpo diplomático acreditados no país. PNN

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Abate de árvores sem controlo


A região sul do Sul Senegal, que faz fronteira com a Guiné-Bissau, foi invadida, nos últimos meses, por organizações ou “empresas” que operam no sector de exploração de madeiras. A actividade volta a ganhar força meses depois das autoridades guineenses terem impedido a prática de abate abusivo e descontrolada de árvores.

A extracção ilegal de madeiras conheceu o seu ponto alto durante o período de transição com a cobertura de algumas figuras civis e militares.

Informações sugerem, entretanto, que a nova linha de exploração de madeiras no território de Casamance, no Senegal, envolvem senegaleses e guineenses, tanto assim que as madeiras são exportadas a partir do porto de Bissau por, algadamente, não serem da Guiné-Bissau.

Ao que a VOA apurou, o negócio envolve também militares ligados a uma das facções do Movimento Independentista de Casamance (MFDC), que opera naquela fronteira com a Guiné-Bissau, e cuja missão é garantir a segurança do transporte dos contentores até o território guineense.

Entretanto, há suspeitas do envolvimento de alguns militares guineenses, a título individual. Até agora, não houve qualquer pronunciamento por parte das autoridades senegalesas sobre o assunto. Aliás, alguns consideram ser uma acção legal.

As nossas fontes consideram, no entanto, ser estranho o facto de os troncos estarem a ser exportados a partir do Porto de Bissau e não do Senegal, apesar da decisão do Governo guineense de proibir a exportação das árvores. O Executivo de Bissau ainda não se pronunciou sobre o assunto. VOA

AI quer responsabilização dos violadores dos direitos humanos na Guiné-Bissau


A Amnistia Internacional(AI) revelou que as tensões políticas e os casos de violação de direitos humanos diminuíram depois das eleições gerais de 2014, mas a impunidade mantém-se em relação aos casos registados no passado. No relatório divulgado hoje, 25, a AI diz que, a nível social, o descontentamento também decresceu com "o retomar das ajudas internacionais", que permitiram "pagar ordenados em atraso" e reduzir a ameaça de greves.

O cenário global melhorou na Guiné-Bissau, mas a AI cita casos de ameaças, agressões e rapto de políticos por parte das forças de segurança durante os períodos de pré-campanha eleitoral, alegadamente com o intuito de condicionar o trabalho de alguns candidatos a favor de outros.

Para aquela organização de defesa dos direitos humanos no mundo, não houve investigações sobre estes incidentes e ninguém foi responsabilizado pelas violações de direitos humanos cometidas no contexto do golpe de Estado de 2012, nem pelos assassínios políticos de 2009.

Esta posição é corroborada pelo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos Luís Vaz Martins em entrevista à Voz da América. A nível social, o relatório da Amnistia Internacional cita a relatora das Nações Unidas para a pobreza extrema, para referir que "a desigualdade de género e discriminação são as principais causas de pobreza na Guiné-Bissau".

Entretanto, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos lamenta a ausência de referências aos casos de tráfico de pessoas, casamentos precoces e forçados e mutilação genital feminina. Luís Vaz Martins congratula-se com a aprovação de leis para combater esses fenómenos, mas diz que a prática não acompanha a legislação.

Refira-se que em Angola, a AI denunciou os despejos forçados, a repressão aos direitos de liberdade de expressão e manifestação, os homicídios e o desaparecimento de pessoas. Cabo Verde e São Tomé e Príncipe não foram citados no relatório. VOA

MESA REDONDA: UE vai pagar deslocação da Guiné-Bissau a encontro com doadores em Bruxelas - PM


A União Europeia (UE) vai pagar a deslocação da comitiva da Guiné-Bissau à reunião com doadores, marcada para 25 de março, em Bruxelas, anunciou hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

A saída de uma audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, o chefe do Governo disse estar satisfeito com os sinais que tem vindo a receber no âmbito da preparação da mesa-redonda com os doadores e parceiros do país, mas sobretudo pela manifestação de apoios por parte da UE.

"A União Europeia enviou-nos duas notas. Uma do Parlamento Europeu e outra da própria UE", em que comunica que "vai assumir todos os custos da delegação da Guiné-Bissau" declarou Domingos Simões Pereira, quando dava conta aos jornalistas do teor da conversa com o presidente José Mário Vaz.

O primeiro-ministro guineense enalteceu também as manifestações de solidariedade que recebeu da Comunidade Económica dos Países da Africa Ocidental (CEDEAO) e das Nações Unidas e diz-se confiante no sucesso do encontro internacional.

Foi com o propósito de apresentar o estado dos preparativos da reunião de Bruxelas que Domingos Simões Pereira se reuniu hoje com o presidente guineense, que informou das diligências em termos logísticos e a quem apresentou os documentos que vai levar ao encontro.

"O Presidente manifestou interesse em conhecer em detalhe essa documentação, que vamos facultar-lhe ", observou Simões Pereira.

O primeiro-ministro escusou-se a comentar "outros assuntos de índole interno" que teria discutido com o Presidente, mas enfatizou o gesto de solidariedade manifestada na terça-feira pelo líder do Parlamento, Cipriano Cassamá, em relação à mesa redonda.

"É um sinal positivo que vem confirmar o que a Assembleia Nacional Popular já tinha feito quando aprovou, por unanimidade, o Programa do Governo. É um sinal muito forte da adesão da população a este processo", disse Domingos Simões Pereira.

O chefe do Governo guineense comentou também o alegado clima de tensão com o Presidente do país, para sublinhar que cada um faz a parte que lhe cabe, de acordo com os deveres constitucionais, ainda que alguns assuntos sejam delicados.

"Nós temos tratado de assuntos delicados com o Presidente da Republica. Eu estou satisfeito porque nenhum de nós foge dos assuntos difíceis. Estamos a tratar das questões e quando elas são realmente mais delicadas temos que levar mais tempo na sua análise, na sua abordagem", referiu.

Domingos Simões Pereira disse não ter motivos de queixa nas suas relações com José Mário Vaz. "Ele enquanto presidente da Republica, eu enquanto chefe do Governo: não tenho razões de queixa. Penso que é o país, é a governação é todo o ambiente politico que sai reforçado", acrescentou o primeiro-ministro guineense. Lus

Pedido de ajuda


"Bom dia, sr Aly,

Antes de tudo gostaria de agradecer-lhe pelo bom trabalho que tem feito, tornaste-te num Super Herói ou melhor uma inspiração para as gerações futuras, puseste a tua vida em risco para o bem estar deste Pais e por isso tenho uma grande admiração pelo Senhor.

O que vou falar agora é acto de um homem em desespero: tenho família e os meus filhos precisam de ir para a escola, comer e vestir mas como estamos num pais onde os mais fracos são massacrados em prol do mais rico a única espera que nos resta é o seo blogue.

Sou funcionário de uma Instituição do Estado E fui enviado para a balança do Porto de Bissau no mês de Junho de 2014 para o controle da campanha de caju, e fiz 6 meses, quase 7, entrava às 8h e ficava até às 10 da noite e às vezes dormíamos no porto. Porém, mas assim que a campanha terminou esqueceram-se de nós até hoje. Não nos deram sequer 10% do que nos haviam prometido. Por favor ajude-nos, és a nossa única salvação porque confiamosem si.

Mário S. De Pina"

Abate de árvores


"As informações veiculadas na Voz dA América, relativa ao abate de arvores em Casamance (Senegal) pode ser verdade, mas o que é mais verdade é de que neste momento estão a ser cortadas arvores na região de Quinará.

Prova disso é de que na ultima semana estive em missão de serviço na região de Quinará e de regresso a Bissau, encontramos vários camiões na trajetória Saltinho/Xitole e todos a serem carregados com troncos e prontos para exportação.

Portanto parece que a situação de exploração ilegal dos nosso recursos ainda não estão cessado, por isso peço as pessoas que tem mais informações no sentido de denunciar e de apresentar fatos que prova que este ato continua a decorrer dentro do nosso território, alias todo o tronco estão a ser exportado a partir do porto de Bissau e não de Senegal."