terça-feira, 17 de fevereiro de 2015
OPINIÃO/MESA REDONDA: What do you expect, mother fuckers?
"O governo não só merece todo o apoio para a mesa redonda de Bruxelas como merece todo o apoio até ao fim do seu mandato, sufragado pelo Povo da Guiné-Bissau. E, qualquer pessoa que seja honesta e quer o bem daquele povo, devia levantaar e dizer basta!!!
Eu, sinceramente não sei quando é que Deus vai tirar aquele pedaço da terra nas mãos dos filhos da ....... e assim entregar a um outro povo que o bem merece. Porra pá, que diabo de gentes...
Quando um certo grupo está doente de Herpes e nao sabem como encontrar medicamentos para sanea-la, inventam ou criam logo polemicas para assim derrubar qualquer merda do genero para depois assaltar o cofre do Estado.
Alguem me disse, como é possivel termos politicos honestos com experiencia e capacidade para governar aquela merda, quando passamos toda a vida a trocar governos/presidentes como se fossem simples trajes. Depois dizem que sao todos corruptos! Oh yeah, what do you expect, mother fuckers?!
Sr. Presidente Jomav, rezo todos os dias para que o senhor esteja num bom estado mental para assim tomar decisoes sabias. Espero que o seu bom senso prevaleça e tambem espero que o senhor nao so saiba tirar proveito da sua inteligência lógica mas sim que saiba usar a mais essencial que é a sua inteligencia emocional para assim defender os interesses superiores daquela nação.
Abaixo os malfeitores
Abaixo a ignorancia
Viva a democracia!!!
A. Quadé"
Reconciliação adidada sine die
A posse dos novos membros da comissão organizadora da Conferência Nacional para Consolidação da Paz da Guiné-Bissau, estrutura criada pela Assembleia Nacional Popular (ANP), foi hoje adiada sem data, disse à Lusa fonte da organização.
A presidência da comissão vai ser entregue a José Lampra Cá, bispo auxiliar da Diocese de Bissau, e o adiamento deve-se ao facto de o prelado aguardar por uma comunicação da hierarquia da Igreja, no Vaticano, relativamente ao desempenho das funções, referiu a mesma fonte.
O bispo auxiliar foi escolhido pelos pares da comissão, depois de traçado o perfil de "personalidade apartidária e de reconhecida idoneidade" para a presidência, e será acompanhado por dois vice-presidentes dos dois partidos mais representativos da sociedade guineense, PAIGC e PRS.
"A conferência pretende envolver todos (...) para que na Guiné-Bissau se acabe de uma vez para sempre com a instabilidade e ciclos de violência e para que se crie uma verdadeira cultura de diálogo, confiança, tolerância e paz social", refere o documento orientador da iniciativa, redigido em janeiro de 2010.
A nova comissão deverá organizar o encontro de reconciliação no prazo de um ano após a entrada em funções, concluiu a mesma fonte. Lusa
A presidência da comissão vai ser entregue a José Lampra Cá, bispo auxiliar da Diocese de Bissau, e o adiamento deve-se ao facto de o prelado aguardar por uma comunicação da hierarquia da Igreja, no Vaticano, relativamente ao desempenho das funções, referiu a mesma fonte.
O bispo auxiliar foi escolhido pelos pares da comissão, depois de traçado o perfil de "personalidade apartidária e de reconhecida idoneidade" para a presidência, e será acompanhado por dois vice-presidentes dos dois partidos mais representativos da sociedade guineense, PAIGC e PRS.
"A conferência pretende envolver todos (...) para que na Guiné-Bissau se acabe de uma vez para sempre com a instabilidade e ciclos de violência e para que se crie uma verdadeira cultura de diálogo, confiança, tolerância e paz social", refere o documento orientador da iniciativa, redigido em janeiro de 2010.
A nova comissão deverá organizar o encontro de reconciliação no prazo de um ano após a entrada em funções, concluiu a mesma fonte. Lusa
"Presidencialismo, ou semi-presidencialismo?" A dúvida é do presidente da ANP
O presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, questionou ontem, na tomada de posse da comissão parlamentar de revisão constitucional, o modo semipresidencialista em que funciona a Constituição guineense e entende que talvez seja preciso mais que corrigi-la.
«Será que o nosso modelo semipresidencialista anda de boa saúde? Vamos preservar o modelo vigente e limitarmo-nos apenas a corrigir as suas prováveis deficiências e as suas conhecidas lacunas ou vamos ter que ponderar uma alteração mais radical do regime constitucional?», questionou, referindo que as suas palavras são apenas «eco» de algumas das preocupações que têm sido levantadas.
«Não pode haver tabus, nem temas proibidos no projeto de revisão constitucional», disse ainda, acrescentando que a Constituição de 1996 «deixa espaço para diferentes interpretações». A Bola
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015
CRÓNICA: Lembras-te de Bissau?
"Venham daí esses ossos!". Cruzámos por acaso, ia eu a atravessar a avenida em direcção à fortaleza da Amura. Abraçamo-nos, depois afastou-se e disse: "Olha só para ti, estás um homem!" Depois da constatação, outro abraço, ainda mais demorado. Este meu amigo, que era colega e amigo do meu Pai, costumava parar no bar 'Escondidinho', que fica na esquina da antiga escola "Marques Palmeirim", rebaptizada de "Combatente Desconhecido".
Chegava de sorriso aberto, ao final da tarde, depois de grandes caminhadas pelo dia e depois de noites que só ele sabia viver. "Já estou de abalada", ameaçava. Aliás, dizia isso sem ressentimentos nem temor. Começou a dizê-lo, contaram-me, ia nos quarenta. Durou mais trinta.
O 'Escondidinho» enchia-lhe as medidas todas e a sandes de linguiça era divinal. Bebia o seu tinto, conversava, rindo de riso breve, ouvindo histórias. Histórias como aquelas que ele próprio contava, algumas inventadas, mas sempre numa toada lenta e despedida de deselegância. Porém, vivia sempre o seu tempo.
O meu amigo adorava falar de mulheres - "na minha idade é que era, vocês hoje vão para a cama por tudo e por nada." E tinha razão. Estamos sempre a ir para a cama, de manhã, à tarde, à noite. Pela primeira vez ouvi-o falar da violência que dois palmos de terra podem gerar, dos ardores do sexo e de gente que se maltratava por um corpo quente de mulher. De gente que ele viu matar por um desvio de águas ou por causa de um dito mal interpretado.
Nesse encontro, dois anos antes da sua morte, ocorreu-nos muitas coisas. Contou-me que enviuvara fazia cinco anos. A mulher morreu na sala de operações, em pleno parto, por falha de electricidade. "Ninguém contava com aquilo, foi terrível." Fez-se um silêncio sepulcral. Não consegui olhá-lo nos olhos. Senti-me enfraquecido e a desfalecer e culpado por não saber o que dizer para confortá-lo. "Bom, pelo menos ainda temos o ‘Escondidinho’" - disse-lhe meu desajeitado. Pareceu-me confortado.
Assim que nos sentamos, pediu o seu 'pénalti' do costume e voltou a desabafar o que lhe ia na alma. "Os amigos morreram todos. Um a um; o Ucha, o Fernandinho, o Sampaio, o Zeca. O último foi o teu pai", disse-me. O meu pai morrera nesse ano, mais precisamente. Fiquei então a saber aquilo que anos a fio me apoquentava: ou seja, o que este meu amigo procurava no 'Escondidinho': Letrado, ele procurava a ração de afecto, os gomos de ternura, que, confirmou-mo agora, só a sua pacata e recôndita aldeia lhe poderia realmente oferecer.
Veio então à lembrança aa festa, a alegria que era quando ia ter com o meu Pai a esse bar. Era sobretudo a liberdade! Imaginei-os ontem, ali no 'Escondidinho', todos na mesma mesa, a beber mais do que manda a lei do equilíbrio; e, sobretudo ouvi-los a conversar muito e educadamente. Percebi então que este meu amigo percebera que perdera o tom da época; que a sua época era outra e que sobre essa época outra escrevera tudo quanto tinha de escrever. Porém manteve-se interessado. Pelo menos lia o que os outros escreviam - "tens boa pena. O teu Pai também tinha."
Certa tarde – contou-me o senhor Zé do 'Escondidinho' - o nosso amigo decidiu que chegara a hora de regressar à sua aldeia. Como a aldeia nem era assim tão longe e nem era propriamente uma aldeia, eles iam lá, vê-lo e conversá-lo. "Bebíamos agora um pouco e devagar", contou. O meu amigo, sábio e antigo, quedava-se agora no batente da porta, no silêncio da tarde, no silêncio de todas as tardes. "Já nem havia palavra, aliás", sussurrou-me o senhor Zé. Depois ergueu-se e, pausadamente, atravessou os umbrais da eternidade. António Aly Silva
ÉBOLA: Riscos de contágio permanecem na Guiné-Bissau
Os riscos de contágio por Ébola continuam a existir na Guiné-Bissau, apesar de o país não ter registado nenhum caso, alerta um boletim do Observatório da África Ocidental do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD.
"Nenhum caso de febre Ébola foi oficialmente declarado no país" mas, "dada a debilidade do sistema de saúde e a geografia do país, que faz fronteira com a Guiné-Conacri, o risco de contágio permanece", refere. O boletim datado de janeiro e divulgado pelo BAD na última semana, na Internet, é dedicado ao setor da Saúde.
O Observatório refere que, apesar de o governo guineense e os seus parceiros terem preparado um plano de emergência para enfrentar o vírus Ébola, continua a faltar parte do financiamento necessário para implementar a estratégia. Desde o início da epidemia na África Ocidental, 22.894 pessoas foram infetadas em nove países e 9.177 morreram. Todas as mortes, exceto 15, ocorreram na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa.
Para além do Ébola, o boletim avalia a situação geral do país, concluindo que "o Estado não tem recursos necessários para pôr em prática um sistema de saúde eficaz", apesar de haver uma perspetiva positiva de evolução económica, em parte, graças à retoma das ajudas internacionais - que tinham sido reduzidas depois do golpe militar de 2012 até às eleições gerais do último ano.
A Guiné-Bissau surge referenciada em diferentes temas ao longo do relatório. Na comparação entre 15 países da África Ocidental, é o que tem maior taxa de prevalência de Sida entre os 15 e os 49 anos, a rondar os 4%, segundo dados de 2013 da Organização Mundial de Saúde.
É também o país com menor esperança de vida (48 anos) a par da Serra Leoa e com a menor percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) investido na saúde, na ordem de 1,33%, em 2012, segundo dados do Banco Mundial. De uma forma global, os cuidados de saúde são fracos em toda a África Ocidental.
O observatório do grupo BAD conclui que um dos principais obstáculos para melhorar a situação é "o baixo valor atribuído à Saúde nos orçamentos de Estado dos países e que flutuaram entre um e cinco por cento do PIB entre 2000 e 2012" - por exemplo, os países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) investiram em saúde nove por cento do PIB, segundo dados de 2011.
"As desigualdades sociais e territoriais no acesso aos cuidados de saúde e as deficiências do sistema, mesmo ao nível mais básico", são outros desafios. Naquela região africana, "80% por cento da população pensa primeiro em recorrer a um curandeiro", segundo dados da OMS, acrescenta o relatório.
O documento aponta ainda outra meta por alcançar: "todos os países da região estão abaixo do rácio crítico de 23 agentes de saúde (médicos, enfermeiros, parteiras) por 10 mil habitantes, a quantidade de pessoal que a OMS considera suficiente para fazer face às necessidades da população.
Os 15 países analisados são Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gambia, Gana, Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Libéria, Mali, Niger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo. Lusa
OPINIÃO: A Questão do Momento
"O povo Guineense é de novo chamado a pronunciar-se sobre a questão do momento, quanto mais não seja através do blog de referência nacional.
Duas questões sobressaem, ganhando especial preponderância:
1º Pode ou não o Presidente da Republica (ora em diante PR) exonerar o primeiro-ministro (ora em diante PM)?
2º Deve ou não fazê-lo?
Antes de passar a abordagem das questões em si, importa uma ressalva, esta decisão política de crucial importância, não pode, nem deve, ser transformada numa questão fragmentadora da nossa sociedade, com projecção nos principais blogs guineenses.
Retomando a abordagem da primeira questão: Pode o PR exonerar o PM? SIM PODE, e isso não seria nenhuma transgressão as principais lei da república, tão pouco, estaria ferida de inconstitucionalidade. Até porque uma das funções ou competência reservadas ao PR na constituição guineense é precisamente essa. Se o PR entender que por qualquer motivo haja problemas nos partidos, na assembleia, na sociedade, no governo no seu todo, com alguns dos seus membros ou até mesmo com a política do governo, como é o caso da exploração dos recursos naturais, nesse caso compete ao PR intervir directamente para repor nas instituições, nas entidade ou nas políticas, o rumo dos supremos interesses da nação. Mas o critério a usar não está estabelecido em lado algum, cabe ao próprio, e apenas a ele, essa ponderação, essa é a razão pela qual o PR e os deputados são sufragados directamente pelo povo e os demais órgão de soberania não. Este detalhe vem reforça a soberania e a legitimidade do próprio PR bem como da Assembleia Nacional Popular (ora em diante ANP).
Mas deve o PR fazê-lo nas circunstâncias políticas actuais? A resposta remeteria para o rol de competência do PR, isto é, cabe-lhe a ele tal decisão. Porem, tal não nos amputa o direito a opinião. Sem querer deitar mais achas para fogueira, passemos a elencar os argumentos das partes deste salutar litígio político-democrático.
Do lado dos que pensam que não deve o PR exonerar o PM, pode se ler e ouvir:
· O País precisa de estabilidade – Verdade, ela é um elemento facilitador de consensos e de criação de rotinas de sucesso, mas, a colocação da questão denota implicitamente, que a estabilidade já está em perigo, ou no mínimo fragilizada por factores vários que precedem a questão do momento.
· O Governo merece voto de confiança – Verdade, principalmente se alinharmos com o ponto anterior. O que não deixa de intrigar até mesmo ao mais ferrenho defensor desta tese, é a constatação, em praça pública, que o próprio líder do governo se considera merecedor deste voto, mas apenas num horizonte temporal limitado e circunscrito a realização da mesa redonda, transparecendo a ideia de que a queda do governo é uma fatalidade inalterável, em relação ao qual, já só se pode discutir o momento adequando.
· O PM e o governo resultam de eleição recente – Este é o argumento completamente falso, errado, e que deriva do débil entendimento da realidade política de que o eleitor guineense padece. De facto, o PM e o governo nunca são votas pelo povo, resultam de jogadas politicas, também já referidas como concertações, daí a sua relativa fragilidade, como se pode facilmente perceber hoje em dia. Paradoxalmente, foi o próprio povo a dar cartão vermelho ao PM quando em uníssono manifestou a sua profunda rejeição ao elenco governamental apresentado, isso mais não fez, que reforçar a legitimidade do PR quando questiona alguns elementos (nomes) de ministros que lhe são propostos, assim como, por consequência as politicas governamentais para determinados sectores, com particular relevo, para os da agricultura, onde se começa a desenhar algum consenso, por aproximação as ideias do PR, e em contra ponto, aprofundam-se as divergência no que toca a exploração dos recursos minerais, em ralação aos quais o PR acentua a sua discórdia e rejeição, apontando perigos de corrupção no seio do governo, do qual o incidente com o Senhor ministro Daniel Gomes é um exemplo concreto.
Do lado dos que consideram oportuno e adequado uma intervenção do PR dentro dos parâmetros constitucionais, apontam-se:
· Retirada de suporte político do PAIGC ao PM e presidente do partido – Verdade, parece que os camaradas arrependeram-se da escolha de Cacheu, os incidentes são vários e seria impossível menciona-los ainda que parcialmente, mas conheceram o ponto mais alto com a ameaça de agressão entre o presidente da ANP e o PM, um destacado dirigente partidário, e o próprio líder do partido respectivamente. Quando as coisas chegam a tal ponto, é escusado investir na reconciliação pelo menos ao nível partidário.
· Divergências profundas e insanável entre o PR e o PM – É uma realidade que antecede o próprio congresso de Cacheu que por sua vez apenas serviu para o aprofundar, até mesmo a campanha eleitoral, ao contrário do que se pode ler em alguns folhetins, veio piorar ainda mais as coisas. Ficaram desconfianças de eventual apoio do PM e líder do PAIGC ao candidato Paulo Gomes, contrariando de forma grosseira a votação do comité central do PAIGC que manifestou apoio inequívoco a JOMAV, actual PR.
· Drástica perda de popularidade interna do PM devido a estagnação do país resultante da inercia governativa – Verdade, a nível interno, é hoje recorrente ouvir que o PR é que devia ser PM, ou no mínimo, ter uma postura mais interventiva na acção do governo. A realidade mostra, sem grandes possibilidades de contraditar, que o governo tem privilegiado acções mediáticas, com impacto e alcance junto da diáspora e das comunidades urbanas e suburbanas, nomeadamente eventos de caris cultural entre outros, com projecção mediática na imprensa e nos média, descurando e negligenciando aspectos estruturantes das reformas económicas, politicas e sociais necessárias e urgentes.
Por muito que se esforce em esgrimir argumentos, esta é uma questão que é de competência exclusiva do PR (JOMAV), e a decisão dele prevalecerá, assim como a do Nino Vieira prevaleceu em duas ocasiões anteriores. Da mesma forma que as tão polémicas, quão surpreendentes, nomeações e exonerações do Presidente Kumba Yala, tiveram que prevalecer por terem cabimento legal e constitucional.
Saudações Patrióticas,
S. Gomes"
domingo, 15 de fevereiro de 2015
sábado, 14 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
REKADU: Binhan fala kuma "ma é governo ka na kai; nim kil utru ka na kai." O Governo que governe com responsabilidade e isenção. O Presidente da República que exerça o seu dever de árbitro e não de juíz e carrasco ao mesmo tempo. Deixem o país arrefecer, deixem-no respirar. 41 anos de canalhices não são suficientes? AAS
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