sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

BAUXITE: E agora, Daniel?


O ministro DANIEL GOMES estará a confundir alhos com bugalhos? O Presidente da República, José Mário Vaz, tem atacado - de uma certa forma até muito bem - o dossier das areias pesadas de Varela. Parece haver muita, mas muita coisa mal feita... Mas recuemos um pouco no tempo. Daniel Gomes, o actual ministro dos Recursos Naturais, tentou em tempos colar o assunto 'bónus' da bauxite ao ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Jr. As coisas sairam furadas. Agora, o ministro parece estar um pouco à toa. Tipo uma barata tonta...



DANIEL GOMES (ministro dos Recursos Naturais na altura da 'transição'): "Disse aos irmãos angolanos que nós, para prosseguirmos, temos que esclarecer esse ponto número um: Quem é que recebeu esse dinheiro. É muito dinheiro."



SOARES SAMBU, ministro das Minas na altura do 'bónus'



MARTINHO DAFA CABI cumprimenta PR José Mário Vaz em outubro, em Lisboa. Ele é que era o PM, e sabe tudo sobre o bónus...

É verdade que esse bónus foi pago, mas estará longe desse montante que foi referido pelo Daniel Gomes aos deputados. Acontece que não era o Carlos Gomes Jr., o primeiro-ministro, mas sim o Martinho Dafa Cabi. O ministro das Minas era o Soares Sambu, e o próprio Daniel Gomes era o ministro da Defesa. E aqui, como dizem os franceses... point barré!

O dinheiro do bónus entrou via BCEAO, mas parece que o Daniel Gomes está a confundir esse valor (12 ou treze milhões, que foi uma linha de crédito do governo angolano à Guiné-Bissau). Nessa altura, sim, o ministro das Finanças era o actual Presidente da República, José Mário Vaz. Mas, bolas!, isso nada tem a ver com a bauxite.

Daniel Gomes está equivocado e vai-se queimar...Porque carga de água, e como ministro das minas, não foi ao ministério Público fazer uma denúncia? Só agora se lembrou?. Durante a 'transição', ele foi ministro dos Recursos Naturais - porque nunca levantou essa questão? Atenção: Daniel Gomes está a tentar deitar areia para os olhos das pessoas e desviar a atenção sobre o obscuro dossier das areias pesadas de Varela... AAS

Sete detidos no leste da Guiné-Bissau por prática de excisão


A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve esta madrugada sete pessoas em Ganadu, na região de Bafatá (leste), por suspeitas de terem praticado excisão genital a dez raparigas menores, disse à Lusa fonte policial em Bissau.

Os detidos são membros da mesma família, o imã (líder muçulmano) e o chefe da tabanca (aldeia) de Ganadu, adiantou a mesma fonte, que explicou que a operação foi conduzida na madrugada para surpreender os envolvidos. No total há dez pessoas suspeitas do envolvimento no caso, que terá ocorrido em dezembro.

As crianças encontram-se em Bissau e vão ser observadas por um médico no Hospital Simão Mendes durante a manhã. A fonte da PJ não soube precisar a idade das crianças. No dia 17 de dezembro, o Tribunal Regional de Bissau condenou três pessoas a outros tantos anos de prisão efetiva pela prática de mutilação genital a três crianças do sexo feminino. Apesar de existir uma lei que proíbe aquela prática na Guiné-Bissau, muitas comunidades continuam a realizar o ritual.

A ex-ministra dos Negócios Estrangeiros guineense, Fatumata Djau Baldé, presidente do Comité de Luta pelo Abandono de Práticas Nefastas à saúde humana, afirma que algumas comunidades ainda realizam a excisão por desconhecerem a proibição legal, outras por defenderem a tradição, em desobediência à autoridade do estado.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

BAUXITE: Angola pagou? Alguém recebeu? É o que o ministro Daniel Gomes quer saber


O ministro dos Recursos Naturais da Guiné-Bissau, Daniel Gomes, questionou hoje no parlamento a quem é que Angola entregou 13 milhões de dólares para iniciar a exploração do bauxite no leste do país, num processo que envolve o Presidente da República.

Daniel Gomes foi hoje ouvido na Assembleia Nacional Popular (ANP) pela comissão especializada de Recursos Naturais para esclarecer dúvidas levantadas pelo chefe do estado, José Mário Vaz, sobre o processo de exploração de minérios nas areias da praia de Varela, no norte do país.

Além da situação em Varela, o governante fez um ponto de situação sobre o dossiê da mineração de bauxite. "Ando a discutir com a empresa angolana para que nos esclareça quem é que recebeu os 13 milhões de dólares de bónus de assinatura", afirmou Daniel Gomes.

O atual presidente guineense José Mário Vaz chegou a ser indiciado e detido pela justiça, em 2013, no processo de averiguações relacionado com o alegado desaparecimento do dinheiro. A empresa Bauxite Angola entregou o dinheiro à Guiné-Bissau enquanto Vaz era ministro das Finanças - cargo que assumiu no governo liderado por Carlos Gomes Júnior, deposto pelo golpe de estado de 12 de abril de 2012.

José Mário Vaz nunca esclareceu em público o que se passou e sempre negou qualquer envolvimento no caso, que continua sob alçada da justiça do país - sendo que, de acordo com a lei, as averiguações sobre a atuação de José Mário Vaz estão suspensas enquanto este ocupar a cadeira de chefe de estado.

Segundo o ministro dos Recursos Naturais, os trabalhos de exploração da bauxite, cujas jazidas se encontram na localidade de Boé, só serão retomados depois de esclarecido o paradeiro dos 13 milhões de dólares. "Disse aos irmãos angolanos que nós, para prosseguirmos, temos que esclarecer esse ponto número um: Quem é que recebeu esse dinheiro. É muito dinheiro", concluiu Daniel Gomes. Lusa

EUA notam "progressos tremendos" na Guiné-Bissau


O departamento de Estado norte-americano considera, numa declaração à Lusa, que se notam "progressos tremendos" na Guiné-Bissau, elogiando as reformas políticas no país.

"Temos notado progressos tremendos desde as eleições em Maio de 2014 e encorajamos os representantes a continuarem os seus esforços", afirmou o Departamento de Estado norte-americano numa declaração enviada à agência Lusa, depois de nomearem um novo embaixador para o Senegal e Guiné-Bissau e de terem readmitido o país lusófono no Programa de Crescimento e Oportunidade Africano.

Os EUA têm acompanhado de perto a evolução no país desde 2012, quando um golpe de estado colocou no poder um executivo não reconhecido por grande parte da comunidade internacional, em particular pela CPLP.

"A nossa embaixada em Dakar monitoriza os desenvolvimentos na Guiné-Bissau através de visitas regulares de funcionários diplomáticos, incluindo um funcionário responsável unicamente pela Guiné-Bissau", informou o Departamento de Estado. Na mesma nota, a instituição explicou que tem regularmente "encontros a todos os níveis de governo e com a sociedade civil, incluindo com os media e instituições de ensino".

A 23 de dezembro, o Presidente Barack Obama readmitiu o país num programa de livre comércio com os Estados Unidos, chamado Acto para o Crescimento e Oportunidade Africano (AGOA). A Guiné-Bissau tinha sido removida da lista da elegibilidade do AGOA em janeiro de 2013, devido ao golpe de estado e à falta de progressos assinaláveis no combate ao tráfico de drogas.

Os EUA entendem agora que o país tem avançado substancialmente ao restabelecer o estado de direito e pluralismo político com as eleições legislativas e presidenciais e uma transição com êxito para um governo democrático.

Em comunicado, a Casa Branca admitiu que "muito falta fazer para consolidar o estado de direito e reduzir a corrupção, mas os sinais apontam para uma impetuosa reviravolta que pode servir de base para um crescimento económico estável e aberto ao investimento estrangeiro."

Também em dezembro, os EUA nomearam um novo embaixador para o Senegal e Guiné-Bissau, James Peter Zumwalt, um diplomata que tem prestado serviço nos EUA e em países asiáticos. Os EUA fecharam a sua embaixada em Bissau na sequência do conflito militar interno que abalou o país em 1998 e 1999, nomeando desde então apenas um representante para os dois países.

O Departamento de Estado garantiu à agência Lusa que, apesar dos sinais encorajadores dos últimos meses, "não existem de momento planos para tornar a abrir uma embaixada dos EUA na Guiné-Bissau." Lusa

A igreja Católica e o serviço social na Guiné-Bissau


No dia 21 de Janeiro, 4.ª feira, a partir das 14h, realizar-se-á no anfiteatro da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau um Seminário cujo tema é: "O Contributo da Igreja Católica na Génese do Serviço Social". Segue-se o lançamento do projeto de criação da Associação dos Profissionais de Assistentes Sociais da Guiné-Bissau.

Comitê Acadêmico dos Estudantes Guineenses no Estado do Ceará – Brasil


Relatório nº 01

Comitê Acadêmico dos Estudantes Guineenses no Estado do Ceará – Brasil é uma organização meramente acadêmica, fundado por um grupo de Alunos, com o objetivo de criação de um espaço multidisciplinar e social, que visa sistematização e a produção do conhecimento científico que possa contribuir para o processo de formação científica dos alunos nas diversas áreas do conhecimento. Os seus objetivos especifico propõem estimular o pensamento e olhar crítico construtivo para os problemas culturais, sócias, econômicos e políticos da Guiné-Bissau; despertar a vocação cientifica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes Guineense no estado do Ceará; auxiliar os discentes na elaboração dos seus trabalhos Científicos de conclusão do curso e de inserção nos programas de pós-graduação.

No passado dia onze de janeiro de dois mil e quinze, o Comitê Acadêmico realizou o seu primeiro encontro acadêmico, no Salão Polivalente da Igreja nossa Senhora das Dores, Bairro Otávio Bonfim, na cidade de Fortaleza, capital do estado de Ceará. O evento teve como tema: PRODUTIVISMO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES GUINEENSES NO ESTADO DO CEARÁ. O encontro reuniu os alunos de diferentes níveis e ramos de formação, dentre Técnicos, Bacharelados-Licenciados e Mestres. Às quinze horas e trinta minutos, horário local deu-se inicio no programa das atividades, com a recepção dos convidados, às dezesseis horas, abertura solene, a composição de mesa dos convidados e a execução do Hino Nacional.

A mesa de honra foi composta por seguintes personalidades: Afonso Pereira mestre em Planejamento e Politicas Publicas, João Paulo Pinto Có Mestre em Antropologia Social, Coordenadora do Comitê Acadêmico Suzete Sabino Lopes Graduada em Turismo, Representante do movimento Pastoral Africano Alberto Imbunde Especializando em Arquitetura de redes e Computação em Nuvens, e Representante de Associação dos Estudantes Africanos no Estado do Ceará Gino Pereira, mestrando em Desenvolvimento e meio ambiente.

Após a execução do hino, deu se continuidades de programação com a intervenção da Coordenadora Suzete Lopes, na qualidade da Coordenadora, começou por saudar a mesma e a plateia e deu boas vindas a todos, não deixou de agradecer a todos que de alguma forma colaboraram para que esta iniciativa torne uma realidade, a Lopes falou sobre a origem, objetivos e o que se pode esperar do projeto do Comitê Acadêmico. Mestre Afonso Pereira começou por elogiar a ideia de criação desta organização, e afirmou que iniciativas como este deveriam ser prioridades na comunidade acadêmica do estado, para este Mestre, é preciso sensibilizar mais estudantes a aderirem e levar avante este projeto a fim de construir o senso crítico acadêmico e social. Mestre Pereira admitiu as dificuldades de realizar um trabalho acadêmico Científico relacionado à Guiné-Bissau, justificando a escassez das fontes. Para finalizar o Professor Mestre se disponibilizou a ajudar a quem dele precisar. Mestre João Paulo Pinto Có, agradeceu o convite e idealizadores do evento, engrandeceu a iniciativa por ser inédito no estado, e lamentou sobre a dispersão da comunidade, alegando que momentos como este deveriam ser de total abrangência, para este Antropólogo, as ideias de grande relevância sempre têm superado grandes barreiras, portanto o Comitê Acadêmico esta ocupando o seu lugar obvio na nossa comunidade. Alberto Imbumde começou por saudar a mesa e agradeceu o convite, não deixou de elogiar Comitê Acadêmico e as suas atividades, Imbunde afirmou que a organização que ele representa vai apoiar integralmente os propósitos deste Comitê Acadêmico. Esta ideia precisa ser abraçada para ter mais êxito, lembrando que sem suporte das pessoas as ideias não valem, frisou. Gino pereira seguiu a mesma linha inicial de agradecimentos e elogios, destacou o esforço e o empenho dos membros da organização, afirmou que este evento é de grande proporção acadêmica e cientifica, é logico que todos os estudantes a par deste projeto sairão ganhando, portanto, acredita que isto é apenas o começo, porque a essência da academia é o produtivismo acadêmico, que é exatamente objetivo deste Comitê acadêmico.

Com este interveniente fechou se a primeira parte de programação. Quando às dezessete horas assistiu se a primeira palestra com tema: A IMPORTÂNCIA DO TERCEIRO SETOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GUINEENSE, a mesma foi ministrada por Professor Mestre Mamadu Alfa Djau Ms. Mamadu abordou o tema e interagiu com a plateia diretamente, explicitou o que é primeiro, segundo e terceiro setor, e os seus respectivos campos de atuação. Às dezessete horas e trinta minutos, a Enfermeira Francisca Marisa da Silva ministrou a segunda palestra com tema: PREVENÇÃO DE CÂNCER DE MAMA E A IMPORTÂNCIA DE AUTOEXAME NAS MULHERES. A Enfermeira não deixou duvidas sobre riscos e perigo de câncer mamaria, e alertou que apesar de riscos menores, mas os Homens não são isentos deste perigo. Às dezoito horas a Bacharel em Serviço Social Paula Sam Najute orou a terceira palestra anotada sob assunto: COMPROMISSO ENTRE CAPITAL E O TRABALHO NA FUNÇÃO PÚBLICA GUINEENSE. Esta profissional destacou fragilidades dos direitos trabalhistas na Guiné-Bissau, função de sindicalismo, direitos e deveres dos trabalhadores. Às dezoito horas e trinta minutos assistiu se a quarta e ultima palestra com o campo: A INFORMÁTICA E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO BÁSICO E PROFISSIONAL NA GUINÉ-BISSAU. Este assunto foi conferido por cientista de Computação Professor Ildo Ramos Vieira, falou sobre cuidados na informática seu uso no dia a dia, nas Empresas e no Ensino. Com esta palestra fechou o programa do evento. Às 19 horas o Mestre de Cerimonia Cristiano Sanca agradeceu a presença de todos e anuncio o fim do evento.

Fortaleza-CE

15/01/15

Atentamente.

A Coordenação

Ainda ninguém comentou a frase que vem na capa do Charlie Hebdo: JOURNAL IRRESPONSABLE... assim, cada cabeça cada sentença. AAS

Areias pesadas: população diz de sua justiça


Posicionamento/opinião das comunidades que compõem a Secção de Suzana em relação a exploração que se está a fazer em Varela e desmentir as declarações proferidas pelo Senhor Administrador da Empresa PHOTO S.A.R.L., na Rádio Sol Mansi no dia 10 de Janeiro (Sábado) do ano em curso.

Sobre o posicionamento ou a opinião das comunidades em relação à exploração das areias pesadas de Varela. Nós, enquanto ocupantes tradicionais e habitantes da Secção de Suzana, endereçámos uma carta ao Governo de Transição na qual o nosso argumento se articulava a volta de quatro pontos que se seguem:

1. Potencialidades turísticas

Na nossa opinião, as potencialidades turísticas que, a zona, em que se pretende efectuar a exploração apresenta, deveriam ser tidas em conta, na medida em que elas constituem um parâmetro alternativo e que pode permitir, no futuro, ao Estado arrecadar mais receitas durante períodos sucessivamente infinitos e proporcionar às populações circundantes oportunidades de emprego, largamente melhores do que àquelas que, em princípio, a exploração que se pretende agora lhes proporciona;

2. Potencialidades agrícolas

Aquela zona, também, apresenta um certo potencial agrícola. Assim sendo e tendo, ainda, em consideração o facto de que o relatório de estudo do impacto ambiental deixa a entender de que haverá dificuldades, no que diz respeito à regeneração dos solos e, por conseguinte, à possibilidade de se continuar a cultiva-los, julgamos nós que este facto, só por si, deveria convencer quem de direito a decidir pelo adiamento da exploração das areias pesadas em Varela para uma altura mais acertada, privilegiando assim a agricultura que constitui uma das alavancas da economia guineense;

3. A capacidade organizativa e experiencia do país em matéria de negociação e exploração mineira

Sem querermos menosprezar as capacidades organizativas de que o país agora dispõe, em termos de prevenção e detecção de actos de corrupção, nem pôr em causa as competências das instituições e dos quadros nacionais em matéria de negociações de contractos mineiros, bem como, de supervisão de actividades de extracção mineira, achamos nós que o governo da República da Guiné-Bissau deveria, antes de tudo, priorizar a organização deste complexo sector que passa, a nosso ver, pela formação e capacitação dos quadros, quer no que se refere a negociações, quer, no que concerne a mecanismos de supervisão e gestão de contractos de exploração mineira, de maneira a garantir que o país tire maiores proveitos e as comunidades usufruam de melhores ganhos que possam influir de forma positiva no seu bem-estar;

4. A brutalidade do método de extracção a ser usado

O relatório de avaliação do impacto ambiental selecciona um método ou uma técnica de extracção bastante violenta, num contexto de estruturas de solos altamente frágeis, o que provavelmente vai acelerar a erosão marítima e, consequentemente, pôr em situação de enormes dificuldades, as condições de vida nas imediações da zona de exploração. Face a isso, pensamos que o governo deveria ponderar esta exploração, tanto mais que, com o avançar do tempo e tendo ainda em conta ao ritmo do progresso da tecnologia, poderá descobrir-se um método de extracção de minas menos brutal ou uma técnica pouco prejudicial ao ambiente.

Apesar desse posicionamento, o governo parece determinado em explorar as areias pesadas de Varela. Assim sendo, nós queremos apenas que o processo dessa exploração obedeça os critérios legais e contratuais.

Sobre as declarações proferidas pelo Senhor Administrador da empresa PHOTO SARL

• Na sua declaração o Senhor Administrador afirmou que AOFiSS não é a associação de Filhos de Varela. Esta declaração não corresponde minimamente à verdade pois a associação de filhos de Varela é membro de pleno direito da AOFiSS. Esta última congrega todas as associações das tabancas que compõem a secção de Suzana.

• O Senhor Administrador afirmou ter recebido uma carta de agradecimento do comité de Estado de Varela. Esta declaração revela um certo nível de desconhecimento da realidade do terreno. Como devem saber, Varela não é sede de um Sector ou uma Secção administrativo para ter comité de Estado. Tem apenas Comité de Tabanca.

• Ele afirmou que nós somos um grupinho de certas pessoas que reclama e diz a mesma coisa e que não representa as populações de Varela, porque agem no quadro da associação de Filhos de Suzana. Mais uma vez, o Senhor Administrador revelou ainda que tem insuficiências quanto ao conhecimento da realidade local. Pois, a Secção de Suzana abarca inclui a tabanca de Varela. É nesse sentido que nós fomos mandatados para defender interesses das comunidades de toda a Secção ou seja de todas as tabancas entre as quais Varela. Cada vez que falamos quer à imprensa quer ao Governo nós apresentamos provas e argumentos bem estruturados. Portanto dizer que nós sempre falamos a mesma coisa não corresponde à verdade.

• Ele afirmou que a empresa PHOTO SARL havia convidado a nossa comissão para discutir os Planos de Gestão Ambiental e Social mas, a comissão recusou-se a opinar alegando o facto de ainda não ter analisado os mesmos. Não é verdade. A verdade é que quando nos confrontaram com os Planos de Gestão Ambiental e Social, nós alegámos que deveríamos ter sido contactados logo no início de sua concepção e que isso nos permitiria a ajudar na identificação das prioridades em termos de áreas de intervenções.

• Afirmou também que os PGAS já estão a ser implementados no terreno. É falso esta afirmação. Como sabem, na Declaração de Conformidade Ambiental, que já expirou, bem como no contrato de exploração das areias pesadas foram previstos 14 PGAS, dos quais 6 deveriam ser implementados antes do início da exploração. Porém, até hoje nenhum dos PGAS foi implementado no terreno.

• Afirmou que a PHOTO SARL tem o direito de explorar e exportar as areias pesadas de Varela ao abrigo do contrato assinado com o Governo. É verdade mas, esse direito é condicionado ao cumprimento das formalidades legais e administrativas relativas à exploração mineira na Guiné-Bissau e à implementação de um conjunto de PGAS.

• Afirmou, nessa entrevista, que a sua empresa já interveio, por duas vezes, na construção do trouço da Estrada que liga São-Domingos - Varela e da ponte, de tal modo que as viagens são agora feitas em melhores condições e mais rápidas. Esta declaração não corresponde à verdade pois em tempo de chuva aquela via torna-se praticamente intransitável porque apenas colocaram o lodo ao longo do trouço quando deviam fazê-lo em observância das regras que regem a construção de vias rodoviárias na Guiné-Bissau. Aliás, esse trabalho foi feito sem autorização da entidade governamental competente, que é o Ministério das Obras Públicas Construção e Urbanismo. A ponte que media 60 métros lineares foi reduzida a 5 métros lineares e foi muito mal construída.

Por fim, queremos aqui convidar o Senhor Primeiro-Ministro a pronunciar sobre a exploração das areias pesadas de Varela pois, o seu silêncio em relação a este dossiê nos deixa um pouco preocupados.
Obrigado!
Associação Onenoral dos Filhos e Amigos de Secção de Suzana (AOFiSS)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Excitação


Guiné-Bissau tem hoje um jornalismo bastante pior (E não falo dos jornaleiros, nem daqueles curiosos que se arvoram em 'jornalistas' mas que facilmente confundem a catana com a caneta...) E isso é mau, até porque devia ser melhor, por em geral dispor de outros meios e recursos, designadamente tecnológicos. Mas isso é outra história... Eu estou aqui para escrever sobre a falta de profissionalismo, e de alguma subserviência que reina na nossa imprensa.

Leia-se os jornais. Uma frase, três erros. Ninguém se dá ao trabalho, depois de escrever, de ler, reler vezes sem conta o texto. Não, para quê? Isso é uma canseira e às tantas a coisa pode ficar ainda pior. Mas, o pior mesmo, é que o guineense que compra e lê o jornal...contenta-se por ter nas mãos 12 páginas de caracteres azuis ou cor de rosa e não sei que mais, escrito num português mau, mas tão mau, tão mau, tão mau...

A imprensa guineense (para mim é católica, pois sai quando deus quer) difunde facilmente o sensacionalismo, a espectacularidade, a demagogia, a falta de rigor e, às vezes, até faltas de respeito pelas pessoas, e a sua vida privada. Temos, por isso e na minha modesta opinião – ela vale o que vale, uma imprensa baralhada que confunde factos e opiniões; que transforma os próprios políticos em «comentadores»; que tem uma tremenda falta de notícias, e notícias bem feitas (exemplo simples: ao reportarem um colóquio ou debate com vários participantes, são capazes de «escolher» o que dizem apenas dois ou três, por serem os mais badalados, não referindo sequer a presença dos restantes, ou de narrar apenas o episódico, em prejuízo do essencial); etc.

Pior mesmo só o agravamento que se tem notado ao nível do laxismo no que respeita à ética. Não há bom jornalismo, nem sequer jornalismo decente, sem escrupuloso respeito pelas normas deontológicas (ATENÇÃO que um blogue NÃO é um órgão de informação, ainda que muitos pensem o contrário: fulano, o jornalista do blogue tal. Treta da grande!).

A verdade é que a deontologia não pode ceder a nenhum tipo de conveniências (falo de jornalismo, quando é sustentado por um órgão de comunicação social. Um exemplo? Muitas coisas que escrevo no blogue, enquanto blogueiro, activista dificilmente seriam publicáveis num jornal). E devemos ser nós, jornalistas, que temos de nos bater por elas, recusando terminantemente o corporativismo que caracteriza outras profissões, incluindo as magistraturas.

Esta minha contribuição pretende ajudar no sentido de se ultrapassar práticas ou defeitos que temo estejam a conduzir a uma progressiva degradação da imagem dos jornalistas. O jornalismo é antes de tudo «responsabilidade» e não «poder». A consciência da nossa responsabilidade, uma seriedade sem mácula, uma honestidade acima de toda a suspeita, de par com o espírito livre e a independência são os primeiros passos para um exercício digno da profissão.

O jornalista não pode ser arrogante, mas deve ser sempre que necessário incómodo, sobretudo com os poderosos; tem de saber ouvir os outros e respeitá-los, não ceder ao sensacionalismo nem à facilidade, fazer da isenção, do rigor e da qualidade exigências constantes.

Enquanto blogger e activista fundamentalista, disparo a torto e a direito. Mas quando faço jornalismo puro e duro, de investigação...aí a história muda de figura, e quem me conhece bem, profissionalmente, sabe que dou o melhor que sei e posso sem pedir meças nem licença a ninguém.

António Aly Silva
Jornalista

Sobre o hospital Raoul Follereau:


Segundo informações apuradas pelo DC, o Hospital Raoul Follereau continua aberto e em plena actividade. Acontece apenas que a gestão, que estava confiada a uma ONG, foi-lhe retirada por uma auditoria. Não deverá ocorrer, portanto, nenhuma ruptura nos serviços, segundo uma fonte. AAS

Baciro Dja termina visita oficial a Cabo Verde com uma visita de cortesia ao Presidente da República



FOTOS: DR

ÉBOLA: A Guiné-Bissau vai receber cerca de um milhão de euros em 2015 a título de apoio para a prevenção do vírus Ébola, que tem afetado os países vizinhos, anunciou esta quarta-feira em comunicado a delegação da União Europeia (UE) em Bissau. AAS

Usem o dicionário se tiverem dúvidas; façam o mesmo com o Google...


De RAOUL FOLLERAU, passou a:



Não se armem em espertos porque acabam por ficar mal na fotografia. Sorriam, clic! AAS

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ACORDO DE COTONOU: UE avalia situação democrática na Guiné-Bissau


A União Europeia envia uma missão técnica especial para avaliar o estado de implementação dos compromissos do Governo da Guiné-Bissau em relação aos imperativos de democracia, Estado deDireito, direitos humanos e boa governação.

Em 2011, depois de ter sido constatado o desrespeito destes princípios pela Guiné-Bissau, o Conselho da União Europeia decidiu condicionar a continuação da cooperação institucional (nomeadamente, o apoio orçamental) à tomada de certas medidas apropriadas pelo Governo, de forma a demonstrar de novo o seu compromisso para com estes princípios e valores (Decisão 2011/492/UE)

Depois das eleições democráticas, libres e transparentes realizadas no país em Abril/Maio 2014, o Conselho da União Europeia decidiu numa primeira fase a suspensão das medidas apropriadas em relação ao cumprimento deste compromisso.
A presente missão ao país, dirigida pelo Director para a África Central e Ocidental do Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE), Sr. Hans-Peter Schadek, e acompanhada de representantes de alguns Estados-Membros da União Europeia na qualidade de observadores, vai avaliar se os progressos realizados até à data, no âmbito dessas medidas, permitem recomendar ao Conselho o levantamento definitivo desse regime de excepção.

A missão terá encontros durante três dias com as autoridades do país, representantes da sociedade civil e actores internacionais. No final, redigirá um relatório técnico, a ser submetido ao Conselho da União Europeia e que formará a base de uma decisão definitiva sobre o levantamento das referidas medidas, tendo em vista a normalização completa da cooperação institucional entre a Guiné-Bissau e a União Europeia.

Ao mesmo tempo, encontra-se no país uma missão de avaliação do estado de implementação do regulamento contra a pesca ilegal, cujo objectivo é continuar o diálogo anteriormente encetado com as autoridades nacionais para reforçar as medidas de combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.

SOCORRO


"Por favor alguém nos ajude sobre a situação que estamos a viver. Estou a falar dos moradores do bairro d'Ajuda 2ª fase, Avenida José Carlos Schwarz ("rua SITEC").

A estrada já estava mal, mas agora está bem pior por causa dos trabalhos iniciados e até então por terminar - ou será que nunca vão ser terminados? Estamos, posso dizer isto, em pleno deserto do Saara com poeira para todo o lado, dentro e fora das casas. Repirar já é difícil...

Obrigado"