quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Comitê Acadêmico dos Estudantes Guineenses no Estado do Ceará – Brasil


Relatório nº 01

Comitê Acadêmico dos Estudantes Guineenses no Estado do Ceará – Brasil é uma organização meramente acadêmica, fundado por um grupo de Alunos, com o objetivo de criação de um espaço multidisciplinar e social, que visa sistematização e a produção do conhecimento científico que possa contribuir para o processo de formação científica dos alunos nas diversas áreas do conhecimento. Os seus objetivos especifico propõem estimular o pensamento e olhar crítico construtivo para os problemas culturais, sócias, econômicos e políticos da Guiné-Bissau; despertar a vocação cientifica e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes Guineense no estado do Ceará; auxiliar os discentes na elaboração dos seus trabalhos Científicos de conclusão do curso e de inserção nos programas de pós-graduação.

No passado dia onze de janeiro de dois mil e quinze, o Comitê Acadêmico realizou o seu primeiro encontro acadêmico, no Salão Polivalente da Igreja nossa Senhora das Dores, Bairro Otávio Bonfim, na cidade de Fortaleza, capital do estado de Ceará. O evento teve como tema: PRODUTIVISMO ACADÊMICO DOS ESTUDANTES GUINEENSES NO ESTADO DO CEARÁ. O encontro reuniu os alunos de diferentes níveis e ramos de formação, dentre Técnicos, Bacharelados-Licenciados e Mestres. Às quinze horas e trinta minutos, horário local deu-se inicio no programa das atividades, com a recepção dos convidados, às dezesseis horas, abertura solene, a composição de mesa dos convidados e a execução do Hino Nacional.

A mesa de honra foi composta por seguintes personalidades: Afonso Pereira mestre em Planejamento e Politicas Publicas, João Paulo Pinto Có Mestre em Antropologia Social, Coordenadora do Comitê Acadêmico Suzete Sabino Lopes Graduada em Turismo, Representante do movimento Pastoral Africano Alberto Imbunde Especializando em Arquitetura de redes e Computação em Nuvens, e Representante de Associação dos Estudantes Africanos no Estado do Ceará Gino Pereira, mestrando em Desenvolvimento e meio ambiente.

Após a execução do hino, deu se continuidades de programação com a intervenção da Coordenadora Suzete Lopes, na qualidade da Coordenadora, começou por saudar a mesma e a plateia e deu boas vindas a todos, não deixou de agradecer a todos que de alguma forma colaboraram para que esta iniciativa torne uma realidade, a Lopes falou sobre a origem, objetivos e o que se pode esperar do projeto do Comitê Acadêmico. Mestre Afonso Pereira começou por elogiar a ideia de criação desta organização, e afirmou que iniciativas como este deveriam ser prioridades na comunidade acadêmica do estado, para este Mestre, é preciso sensibilizar mais estudantes a aderirem e levar avante este projeto a fim de construir o senso crítico acadêmico e social. Mestre Pereira admitiu as dificuldades de realizar um trabalho acadêmico Científico relacionado à Guiné-Bissau, justificando a escassez das fontes. Para finalizar o Professor Mestre se disponibilizou a ajudar a quem dele precisar. Mestre João Paulo Pinto Có, agradeceu o convite e idealizadores do evento, engrandeceu a iniciativa por ser inédito no estado, e lamentou sobre a dispersão da comunidade, alegando que momentos como este deveriam ser de total abrangência, para este Antropólogo, as ideias de grande relevância sempre têm superado grandes barreiras, portanto o Comitê Acadêmico esta ocupando o seu lugar obvio na nossa comunidade. Alberto Imbumde começou por saudar a mesa e agradeceu o convite, não deixou de elogiar Comitê Acadêmico e as suas atividades, Imbunde afirmou que a organização que ele representa vai apoiar integralmente os propósitos deste Comitê Acadêmico. Esta ideia precisa ser abraçada para ter mais êxito, lembrando que sem suporte das pessoas as ideias não valem, frisou. Gino pereira seguiu a mesma linha inicial de agradecimentos e elogios, destacou o esforço e o empenho dos membros da organização, afirmou que este evento é de grande proporção acadêmica e cientifica, é logico que todos os estudantes a par deste projeto sairão ganhando, portanto, acredita que isto é apenas o começo, porque a essência da academia é o produtivismo acadêmico, que é exatamente objetivo deste Comitê acadêmico.

Com este interveniente fechou se a primeira parte de programação. Quando às dezessete horas assistiu se a primeira palestra com tema: A IMPORTÂNCIA DO TERCEIRO SETOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GUINEENSE, a mesma foi ministrada por Professor Mestre Mamadu Alfa Djau Ms. Mamadu abordou o tema e interagiu com a plateia diretamente, explicitou o que é primeiro, segundo e terceiro setor, e os seus respectivos campos de atuação. Às dezessete horas e trinta minutos, a Enfermeira Francisca Marisa da Silva ministrou a segunda palestra com tema: PREVENÇÃO DE CÂNCER DE MAMA E A IMPORTÂNCIA DE AUTOEXAME NAS MULHERES. A Enfermeira não deixou duvidas sobre riscos e perigo de câncer mamaria, e alertou que apesar de riscos menores, mas os Homens não são isentos deste perigo. Às dezoito horas a Bacharel em Serviço Social Paula Sam Najute orou a terceira palestra anotada sob assunto: COMPROMISSO ENTRE CAPITAL E O TRABALHO NA FUNÇÃO PÚBLICA GUINEENSE. Esta profissional destacou fragilidades dos direitos trabalhistas na Guiné-Bissau, função de sindicalismo, direitos e deveres dos trabalhadores. Às dezoito horas e trinta minutos assistiu se a quarta e ultima palestra com o campo: A INFORMÁTICA E SUA IMPORTÂNCIA NO ENSINO BÁSICO E PROFISSIONAL NA GUINÉ-BISSAU. Este assunto foi conferido por cientista de Computação Professor Ildo Ramos Vieira, falou sobre cuidados na informática seu uso no dia a dia, nas Empresas e no Ensino. Com esta palestra fechou o programa do evento. Às 19 horas o Mestre de Cerimonia Cristiano Sanca agradeceu a presença de todos e anuncio o fim do evento.

Fortaleza-CE

15/01/15

Atentamente.

A Coordenação

Ainda ninguém comentou a frase que vem na capa do Charlie Hebdo: JOURNAL IRRESPONSABLE... assim, cada cabeça cada sentença. AAS

Areias pesadas: população diz de sua justiça


Posicionamento/opinião das comunidades que compõem a Secção de Suzana em relação a exploração que se está a fazer em Varela e desmentir as declarações proferidas pelo Senhor Administrador da Empresa PHOTO S.A.R.L., na Rádio Sol Mansi no dia 10 de Janeiro (Sábado) do ano em curso.

Sobre o posicionamento ou a opinião das comunidades em relação à exploração das areias pesadas de Varela. Nós, enquanto ocupantes tradicionais e habitantes da Secção de Suzana, endereçámos uma carta ao Governo de Transição na qual o nosso argumento se articulava a volta de quatro pontos que se seguem:

1. Potencialidades turísticas

Na nossa opinião, as potencialidades turísticas que, a zona, em que se pretende efectuar a exploração apresenta, deveriam ser tidas em conta, na medida em que elas constituem um parâmetro alternativo e que pode permitir, no futuro, ao Estado arrecadar mais receitas durante períodos sucessivamente infinitos e proporcionar às populações circundantes oportunidades de emprego, largamente melhores do que àquelas que, em princípio, a exploração que se pretende agora lhes proporciona;

2. Potencialidades agrícolas

Aquela zona, também, apresenta um certo potencial agrícola. Assim sendo e tendo, ainda, em consideração o facto de que o relatório de estudo do impacto ambiental deixa a entender de que haverá dificuldades, no que diz respeito à regeneração dos solos e, por conseguinte, à possibilidade de se continuar a cultiva-los, julgamos nós que este facto, só por si, deveria convencer quem de direito a decidir pelo adiamento da exploração das areias pesadas em Varela para uma altura mais acertada, privilegiando assim a agricultura que constitui uma das alavancas da economia guineense;

3. A capacidade organizativa e experiencia do país em matéria de negociação e exploração mineira

Sem querermos menosprezar as capacidades organizativas de que o país agora dispõe, em termos de prevenção e detecção de actos de corrupção, nem pôr em causa as competências das instituições e dos quadros nacionais em matéria de negociações de contractos mineiros, bem como, de supervisão de actividades de extracção mineira, achamos nós que o governo da República da Guiné-Bissau deveria, antes de tudo, priorizar a organização deste complexo sector que passa, a nosso ver, pela formação e capacitação dos quadros, quer no que se refere a negociações, quer, no que concerne a mecanismos de supervisão e gestão de contractos de exploração mineira, de maneira a garantir que o país tire maiores proveitos e as comunidades usufruam de melhores ganhos que possam influir de forma positiva no seu bem-estar;

4. A brutalidade do método de extracção a ser usado

O relatório de avaliação do impacto ambiental selecciona um método ou uma técnica de extracção bastante violenta, num contexto de estruturas de solos altamente frágeis, o que provavelmente vai acelerar a erosão marítima e, consequentemente, pôr em situação de enormes dificuldades, as condições de vida nas imediações da zona de exploração. Face a isso, pensamos que o governo deveria ponderar esta exploração, tanto mais que, com o avançar do tempo e tendo ainda em conta ao ritmo do progresso da tecnologia, poderá descobrir-se um método de extracção de minas menos brutal ou uma técnica pouco prejudicial ao ambiente.

Apesar desse posicionamento, o governo parece determinado em explorar as areias pesadas de Varela. Assim sendo, nós queremos apenas que o processo dessa exploração obedeça os critérios legais e contratuais.

Sobre as declarações proferidas pelo Senhor Administrador da empresa PHOTO SARL

• Na sua declaração o Senhor Administrador afirmou que AOFiSS não é a associação de Filhos de Varela. Esta declaração não corresponde minimamente à verdade pois a associação de filhos de Varela é membro de pleno direito da AOFiSS. Esta última congrega todas as associações das tabancas que compõem a secção de Suzana.

• O Senhor Administrador afirmou ter recebido uma carta de agradecimento do comité de Estado de Varela. Esta declaração revela um certo nível de desconhecimento da realidade do terreno. Como devem saber, Varela não é sede de um Sector ou uma Secção administrativo para ter comité de Estado. Tem apenas Comité de Tabanca.

• Ele afirmou que nós somos um grupinho de certas pessoas que reclama e diz a mesma coisa e que não representa as populações de Varela, porque agem no quadro da associação de Filhos de Suzana. Mais uma vez, o Senhor Administrador revelou ainda que tem insuficiências quanto ao conhecimento da realidade local. Pois, a Secção de Suzana abarca inclui a tabanca de Varela. É nesse sentido que nós fomos mandatados para defender interesses das comunidades de toda a Secção ou seja de todas as tabancas entre as quais Varela. Cada vez que falamos quer à imprensa quer ao Governo nós apresentamos provas e argumentos bem estruturados. Portanto dizer que nós sempre falamos a mesma coisa não corresponde à verdade.

• Ele afirmou que a empresa PHOTO SARL havia convidado a nossa comissão para discutir os Planos de Gestão Ambiental e Social mas, a comissão recusou-se a opinar alegando o facto de ainda não ter analisado os mesmos. Não é verdade. A verdade é que quando nos confrontaram com os Planos de Gestão Ambiental e Social, nós alegámos que deveríamos ter sido contactados logo no início de sua concepção e que isso nos permitiria a ajudar na identificação das prioridades em termos de áreas de intervenções.

• Afirmou também que os PGAS já estão a ser implementados no terreno. É falso esta afirmação. Como sabem, na Declaração de Conformidade Ambiental, que já expirou, bem como no contrato de exploração das areias pesadas foram previstos 14 PGAS, dos quais 6 deveriam ser implementados antes do início da exploração. Porém, até hoje nenhum dos PGAS foi implementado no terreno.

• Afirmou que a PHOTO SARL tem o direito de explorar e exportar as areias pesadas de Varela ao abrigo do contrato assinado com o Governo. É verdade mas, esse direito é condicionado ao cumprimento das formalidades legais e administrativas relativas à exploração mineira na Guiné-Bissau e à implementação de um conjunto de PGAS.

• Afirmou, nessa entrevista, que a sua empresa já interveio, por duas vezes, na construção do trouço da Estrada que liga São-Domingos - Varela e da ponte, de tal modo que as viagens são agora feitas em melhores condições e mais rápidas. Esta declaração não corresponde à verdade pois em tempo de chuva aquela via torna-se praticamente intransitável porque apenas colocaram o lodo ao longo do trouço quando deviam fazê-lo em observância das regras que regem a construção de vias rodoviárias na Guiné-Bissau. Aliás, esse trabalho foi feito sem autorização da entidade governamental competente, que é o Ministério das Obras Públicas Construção e Urbanismo. A ponte que media 60 métros lineares foi reduzida a 5 métros lineares e foi muito mal construída.

Por fim, queremos aqui convidar o Senhor Primeiro-Ministro a pronunciar sobre a exploração das areias pesadas de Varela pois, o seu silêncio em relação a este dossiê nos deixa um pouco preocupados.
Obrigado!
Associação Onenoral dos Filhos e Amigos de Secção de Suzana (AOFiSS)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Excitação


Guiné-Bissau tem hoje um jornalismo bastante pior (E não falo dos jornaleiros, nem daqueles curiosos que se arvoram em 'jornalistas' mas que facilmente confundem a catana com a caneta...) E isso é mau, até porque devia ser melhor, por em geral dispor de outros meios e recursos, designadamente tecnológicos. Mas isso é outra história... Eu estou aqui para escrever sobre a falta de profissionalismo, e de alguma subserviência que reina na nossa imprensa.

Leia-se os jornais. Uma frase, três erros. Ninguém se dá ao trabalho, depois de escrever, de ler, reler vezes sem conta o texto. Não, para quê? Isso é uma canseira e às tantas a coisa pode ficar ainda pior. Mas, o pior mesmo, é que o guineense que compra e lê o jornal...contenta-se por ter nas mãos 12 páginas de caracteres azuis ou cor de rosa e não sei que mais, escrito num português mau, mas tão mau, tão mau, tão mau...

A imprensa guineense (para mim é católica, pois sai quando deus quer) difunde facilmente o sensacionalismo, a espectacularidade, a demagogia, a falta de rigor e, às vezes, até faltas de respeito pelas pessoas, e a sua vida privada. Temos, por isso e na minha modesta opinião – ela vale o que vale, uma imprensa baralhada que confunde factos e opiniões; que transforma os próprios políticos em «comentadores»; que tem uma tremenda falta de notícias, e notícias bem feitas (exemplo simples: ao reportarem um colóquio ou debate com vários participantes, são capazes de «escolher» o que dizem apenas dois ou três, por serem os mais badalados, não referindo sequer a presença dos restantes, ou de narrar apenas o episódico, em prejuízo do essencial); etc.

Pior mesmo só o agravamento que se tem notado ao nível do laxismo no que respeita à ética. Não há bom jornalismo, nem sequer jornalismo decente, sem escrupuloso respeito pelas normas deontológicas (ATENÇÃO que um blogue NÃO é um órgão de informação, ainda que muitos pensem o contrário: fulano, o jornalista do blogue tal. Treta da grande!).

A verdade é que a deontologia não pode ceder a nenhum tipo de conveniências (falo de jornalismo, quando é sustentado por um órgão de comunicação social. Um exemplo? Muitas coisas que escrevo no blogue, enquanto blogueiro, activista dificilmente seriam publicáveis num jornal). E devemos ser nós, jornalistas, que temos de nos bater por elas, recusando terminantemente o corporativismo que caracteriza outras profissões, incluindo as magistraturas.

Esta minha contribuição pretende ajudar no sentido de se ultrapassar práticas ou defeitos que temo estejam a conduzir a uma progressiva degradação da imagem dos jornalistas. O jornalismo é antes de tudo «responsabilidade» e não «poder». A consciência da nossa responsabilidade, uma seriedade sem mácula, uma honestidade acima de toda a suspeita, de par com o espírito livre e a independência são os primeiros passos para um exercício digno da profissão.

O jornalista não pode ser arrogante, mas deve ser sempre que necessário incómodo, sobretudo com os poderosos; tem de saber ouvir os outros e respeitá-los, não ceder ao sensacionalismo nem à facilidade, fazer da isenção, do rigor e da qualidade exigências constantes.

Enquanto blogger e activista fundamentalista, disparo a torto e a direito. Mas quando faço jornalismo puro e duro, de investigação...aí a história muda de figura, e quem me conhece bem, profissionalmente, sabe que dou o melhor que sei e posso sem pedir meças nem licença a ninguém.

António Aly Silva
Jornalista

Sobre o hospital Raoul Follereau:


Segundo informações apuradas pelo DC, o Hospital Raoul Follereau continua aberto e em plena actividade. Acontece apenas que a gestão, que estava confiada a uma ONG, foi-lhe retirada por uma auditoria. Não deverá ocorrer, portanto, nenhuma ruptura nos serviços, segundo uma fonte. AAS

Baciro Dja termina visita oficial a Cabo Verde com uma visita de cortesia ao Presidente da República



FOTOS: DR

ÉBOLA: A Guiné-Bissau vai receber cerca de um milhão de euros em 2015 a título de apoio para a prevenção do vírus Ébola, que tem afetado os países vizinhos, anunciou esta quarta-feira em comunicado a delegação da União Europeia (UE) em Bissau. AAS

Usem o dicionário se tiverem dúvidas; façam o mesmo com o Google...


De RAOUL FOLLERAU, passou a:



Não se armem em espertos porque acabam por ficar mal na fotografia. Sorriam, clic! AAS

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

ACORDO DE COTONOU: UE avalia situação democrática na Guiné-Bissau


A União Europeia envia uma missão técnica especial para avaliar o estado de implementação dos compromissos do Governo da Guiné-Bissau em relação aos imperativos de democracia, Estado deDireito, direitos humanos e boa governação.

Em 2011, depois de ter sido constatado o desrespeito destes princípios pela Guiné-Bissau, o Conselho da União Europeia decidiu condicionar a continuação da cooperação institucional (nomeadamente, o apoio orçamental) à tomada de certas medidas apropriadas pelo Governo, de forma a demonstrar de novo o seu compromisso para com estes princípios e valores (Decisão 2011/492/UE)

Depois das eleições democráticas, libres e transparentes realizadas no país em Abril/Maio 2014, o Conselho da União Europeia decidiu numa primeira fase a suspensão das medidas apropriadas em relação ao cumprimento deste compromisso.
A presente missão ao país, dirigida pelo Director para a África Central e Ocidental do Serviço Europeu para a Acção Externa (SEAE), Sr. Hans-Peter Schadek, e acompanhada de representantes de alguns Estados-Membros da União Europeia na qualidade de observadores, vai avaliar se os progressos realizados até à data, no âmbito dessas medidas, permitem recomendar ao Conselho o levantamento definitivo desse regime de excepção.

A missão terá encontros durante três dias com as autoridades do país, representantes da sociedade civil e actores internacionais. No final, redigirá um relatório técnico, a ser submetido ao Conselho da União Europeia e que formará a base de uma decisão definitiva sobre o levantamento das referidas medidas, tendo em vista a normalização completa da cooperação institucional entre a Guiné-Bissau e a União Europeia.

Ao mesmo tempo, encontra-se no país uma missão de avaliação do estado de implementação do regulamento contra a pesca ilegal, cujo objectivo é continuar o diálogo anteriormente encetado com as autoridades nacionais para reforçar as medidas de combate à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada na Zona Económica Exclusiva da Guiné-Bissau.

SOCORRO


"Por favor alguém nos ajude sobre a situação que estamos a viver. Estou a falar dos moradores do bairro d'Ajuda 2ª fase, Avenida José Carlos Schwarz ("rua SITEC").

A estrada já estava mal, mas agora está bem pior por causa dos trabalhos iniciados e até então por terminar - ou será que nunca vão ser terminados? Estamos, posso dizer isto, em pleno deserto do Saara com poeira para todo o lado, dentro e fora das casas. Repirar já é difícil...

Obrigado"

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Guiné-Bissau quer apoio de Cabo Verde




Em visita de trabalho a Cabo Verde, o ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares guineense, Baciro Djá, realçou a "credibilidade e reconhecida competência" do Núcleo Operacional dos Sistemas de Informação (NOSI) cabo-verdiano, modelo que quer "importar" para a Guiné-Bissau.

"Estamos a instalar o Núcleo de Inovação, Tecnologias e Governação Eletrónica e esta área enquadra-se na perspetiva programática do Governo da Guiné-Bissau na reforma administrativa e é um instrumento importante para se criarem condições de transparência, para podermos estar muito mais perto da sociedade civil e dinamizar e melhorar o funcionamento das nossas instituições", salientou Baciro Djá.

O "número dois" da hierarquia do Governo guineense salientou, paralelamente, que a Presidência do Conselho de Ministros cabo-verdiana já tem uma "experiência de longa data e com resultados".

"Queremos saber das experiências da NOSI, estrutura de governação eletrónica de reconhecida competência técnica ao nível da nossa sub-região", referiu o governante guineense, manifestando-se esperançado em que os dois países possam, em breve, assinar um acordo de cooperação nesse sentido.

"Estamos a discutir com o ministro para ver em que moldes e em que momento o poderemos assinar", indicou, admitindo que tal possa acontecer na Cimeira entre Cabo Verde e a Guiné-Bissau, prevista para o final deste mês ou no princípio de fevereiro, na presença do primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

Por seu lado, Démis Almeida, manifestou a "disponibilidade total" do Governo cabo-verdiano em apoiar as reformas administrativas na Guiné-Bissau, dando-se o primeiro passo na constituição de um gabinete jurídico e outro de comunicação e imagem e na reforma do procedimento do processo legislativo, sobretudo na perspetiva da digitalização de toda a documentação.

"O encontro tem uma forte dimensão técnica e temos duas equipas que vão definir os termos do futuro acordo. A nossa determinação é auxiliar o Governo guineense nas reformas que se impõem na Presidência do Conselho de Ministros e nas áreas da governação eletrónica e reforma do Estado", sintetizou.

Garantindo que a cooperação bilateral é "excelente", Démis Almeida lembrou que, em dezembro de 2014, esteve em Bissau po chefe da diplomacia guineense, Mário Lopes da Rosa, numa missão em que foram abordadas genericamente as questões que serão tidas em conta na cimeira entre os dois governos.

Durante a estada na Cidade da Praia, que se prolonga até quarta-feira, Baciro Djá fará, ainda hoje, uma visita às instalações do NOSI, após uma reunião de trabalho com as delegações dos dois ministérios. Na terça-feira, feriado em Cabo Verde, não haverá atos oficiais.

Na quarta-feira, Baciro Djá será recebido em audiências separadas pelo chefe de Estado, pelo presidente do Parlamento e pelo primeiro-ministro de Cabo Verde e efetuará visitas à Unidade de Coordenação da Reforma do Estado (UCRE), ao Sistema Integrado de Gestão Orçamental e Financeira (SIGOF) e Agência Nacional de Comunicações (ANAC). Lusa

Benfica de Bissau assina acordo com Câmara Municipal de Vila de Rei




É com grande satisfação que o Sport Bissau e Benfica anuncia a assinatura de um protocolo de cooperação com o Município de Vila de Rei (Portugal), o protocolo foi assinado no dia 9 de Janeiro de 2015 pelo nosso Presidente Sérgio Marques e o Dr. Ricardo Jorge Martins Aires, Presidente da Câmara Municipal de Vila de Rei.

A cooperação tem como âmbito a área da educação, indo de encontro à vontade de ambas as partes em fomentar o intercâmbio de estudantes. O Sport Bissau e Benfica enviará estudantes aptos a ingressar no 10º ano do Ensino Secundário, para frequentar a Escola Básica e Secundária do Centro de Portugal.

Os alunos selecionados pelo Sport Bissau e Benfica serão integrados igualmente no Vilarregense Futebol Clube. O Município de Vila de Rei acolherá os respetivos estudantes em alojamento adequado, garantindo-lhes as refeições referentes a pequeno-almoço, almoço e jantar durante o período da sua estadia no Município.

Esta ação enquadra-se no espírito benfiquista: promove o desenvolvimento humano, a prática desportiva e o intercâmbio de culturas, unidos e solidários, juntos podemos progredir.

Sport Bissau e Benfica

ECONOMIA: País pode crescer 5 por cento, admite o ministro das Finanças, Geraldo Martins


O ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau, Geraldo Martins, estima em 5 pontos percentuais o crescimento económico deste ano no país, com um forte impacto a ser dado pela indústria do caju que se prevê venha a ser de 200 mil toneladas.

“Com uma boa campanha da castanha do caju e com o fornecimento regular de energia eléctrica poderemos atingir um crescimento de cinco por cento”, declarou Geraldo Martins, que defendeu ainda a necessidade de se “continuar os esforços no sentido de racionalizar o uso dos recursos públicos e aumentar a receita fiscal."

Geraldo Martins revalou ainda que, desde a tomada de posse do governo, em Julho de 2014, a Direcção Geral das Alfândegas e a Direcção Geral de Contribuição de Impostos tiveram receitas “acima do previsto”. Geraldo Martins referiu-se igualmente aos apoios internacionais, graças aos quais estão agora a ser pagos os salários em atraso na administração pública, referentes a 2013, bem como alguns pagamentos de 2014. Outros subsídios, nomeadamente os devidos aos professores e outros profissionais de saúde, estão a ser regularizados. AAS

...Porcaria no ilhéu


O Chefe do acampamento de pesca no ilhéu dos Porcos, na região de Bolama Bijagós, comprometeu-se a abandonar o local voluntariamente até 18 de Janeiro.

O engajamento de Iolo Kamará consta numa declaração assinada por si a 10 de Janeiro, naquela localidade. «Eu, Fodé Iolo Kamará, Chefe do acampamento de Ilhéu dos Porcos, comprometo-me, em nome de pescadores residentes nesta localidade, a abandonar o lugar no prazo de uma semana», lê-se no documento assinado, que a PNN consultou.

Tudo aconteceu no último fim-de-semana, quando uma equipa do Serviço de Coordenação Nacional de Fiscalização e Controlo de Actividades de Pescas (FISCAP) esteve de passagem nesta localidade, tendo-se deparado com o grupo de pescadores de diferentes nacionalidades. Em declarações à PNN, Cipriano Fernandes Sá, Coordenador da FISCAP, determinou que esta comunidade piscatória vai ter mesmo que abandonar o local, caso contrário vai ser necessário o uso da força militar e da Guarda Nacional.

«Depois de termos constatado a situação informei o Governo, através do Secretário de Estado das Pescas, que ficou revoltado com a situação. Chegámos à conclusão que dentro de uma semana eles vão sair do local», referiu.

Fernandes Sá disse ter impressão que muitos outros acampamentos existem nas lhas, tendo lamentado a situação depois de muito trabalho feito, há dois anos, que levou ao abandono do local por estes pescadores de países vizinhos da Guiné-Bissau. «É com muita tristeza que nos deparamos com esta situação, isto mostra a falta de autoridade dos Estados, porque tinham sido retirados deste lugar e afinal voltaram, penetrando pelo interior da ilha», lamentou.

O ilhéu dos Porcos é frequentemente ocupado por pescadores ilegais provenientes de países vizinhos da Guiné-Bissau, tais como Serra Leoa, Guiné-Conakry, Senegal e Libéria, com base central a partir da Ilha de Caravela. PNN

domingo, 11 de janeiro de 2015

A caminho do BAD: Cristina Duarte na lista das 100 pessoas mais influentes de África em 2014


Cristina Duarte, Ministra das Finanças e do Planeamento está na lista das 100 personalidades mais influentes de África no ano 2014. Esta avaliação é feita pela revista Financial Afrik, que coloca a governante no 12º lugar da lista geral, e no 2º da categoria de “Decisores Públicos”.



A mulher que monitorou durante todos esses anos o sistema financeiro cabo-verdiano e apresentou em meados de Junho a sua candidatura à presidência do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), é considerada hoje por esta revista económica Africana como a “artesã da renovação de Cabo Verde”.

Cristina Duarte, que está no 2º lugar da categoria de “Decisores Públicos”, é antecedida por Sidi Ould Tah, Ministro da Economia e Desenvolvimento da Mauritânia, considerado o arquitecto das grandes reformas em assuntos do meio ambiente.

A lista das 100 personalidades mais influentes de África no ano 2014, é liderada pelo economista Ruandês Donald Kaberuka, actual Presidente do Banco Africano do Desenvolvimento. Segue-se o guineense Carlos Lopes, Secretário Executivo da Comissão Económica das Nações Unidas para a África.

De acordo com a Financial Afrik designar as 100 personalidades africanas mais influentes tem como objectivo estimular o debate sobre pessoas que fizeram notícia, principalmente no domínio da actualidade económica e financeira africana. A revista sublinha ainda que a intenção é “lembrar os homens e as mulheres que nas suas posições têm contribuído para a transformação de África”. Financial Afrik criou dez categorias separadas, nomeadamente os vectores de integração, os decisores públicos, histórias de sucesso, os empresários africanos no mundo, gestores de grandes grupos, os titulares de novas ideias entre outros.

Recorda-se que consolidar os ganhos e construir um novo paradigma de transformação do banco a que atribui um papel relevante ao desenvolvimento africano conseguido na última década, são algumas das motivações da candidata Cristina Duarte á liderança do BAD que acontece em Maio de 2015.

A diplomacia e boa avaliação de Cabo Verde também são outros impulsionadores desta candidatura que elege como elemento fundamental da sua plataforma eleitoral a aposta em novos mecanismos de financiamento, descentralização e avaliação de desempenho. Cristina defende ainda que a sua candidatura é representada por um "país pequeno, credível e lusófono" que pretende levar à presidência da instituição financeira africana.

Quem é Cristina Duarte?

Cristina Duarte, ministra cabo-verdiana das finanças e planeamento tem já um percurso internacional. E licenciada em Economia pela Universidade técnica de Lisboa, e mestre em Gestão Internacional no Arizona, Estados Unidos. Iniciou a carreira na Administração Pública com 21 anos.

Foi coordenadora da Unidade do Projecto de Privatizações, consultora da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD). Do curriculum consta ainda o cargo de directora geral do Ministério do Desenvolvimento Rural e Pesca em Cabo Verde, e vice-presidente do Citibank em Angola e no Quénia. A Semana

Segue o link para acederem à noticia em questão: http://www.financialafrik.com/2014/12/30/les-100-qui-ont-fait-bouger-lafrique-en-2014/#more-24469