terça-feira, 8 de julho de 2014

AGRESSÃO NA EMBAIXADA


Ditadura do Consenso sabe que o Conselheiro da embaixada Jorge Luis Mendes fez queixa na polícia, foi submetido ao exame de corpo de delito no instituto médico legal. Está em casa por ordem dos médicos. AAS

ALÔ, BRASÍLIA, DAQUI POSTO DE ESCUTA


Quero todas as informações possíveis sobre o que se passa na Embaixada da Guiné-Bissau em Brasília. Quem é quem, e quem faz o quê e nomeado por quem - tudo. Quem tiver informações, pode enviar um email para:

aaly.silva@gmail.com

Com a garantia de total anonimato. AAS

DENÚNCIA: Juíz embriagado tem acidente mas diz que não paga porque tem "muitas despesas"


"Boa tarde,

Venho por este meio reportar uma situação que aconteceu comigo na cidade de Bissau. No passado dia 28 de junho, um sábado, um juíz da nossa capital, que conduzia em estado de embriaguez um veículo do Estado, sem seguro, bateu na parte traseira do meu carro, o que fez com que eu batesse no carro que estava à minha frente.

Localizado mais tarde, devido à matrícula automóvel, e encarregou-se de pagar todas as despesas de arranjo do meu veículo. Porém, agora, o juíz não que cumprir com a palavra dada. Chama-se RUI CUNHA e ocupa a função de juíz conselheiro no Supremo Tribunal de Justiça. A matrícula do veículo é 40-74 C... Diz que "tem muitas despesas"...

Muito obrigado,
B."


NOTA: Se alguém puder enviar uma foto do juíz seria bom: ao menos os condutores identificam-no a tempo...e fogem! E o senhor Juíz, a exemplo da embaixada de Brasília...tem o espaço que quiser!!! AAS

CASO DE POLÍCIA? Agressão à paulada na embaixada da Guiné-Bissau em Brasília


"Caro Aly

Peço-te para entrares em contato com a Embaixada da Guiné Bissau em Brasília, Brasil. A situação de coabitação entre o conselheiro Jorge Luis Mendes e o marido da embaixadora, Leão Pina Araújo, que já era insuportável, se tornou ontem um caso de ocorrência policial, depois de o conselheiro ter levado do marido da embaixadora uma pancada de “manduku” (paulada) na cabeça, dentro do próprio gabinete na embaixada.


O agredido é o Conselheiro da Embaixada, Jorge Luis Mendes

O problema nesta embaixada (nepotismo, desrespeito, desprezo pela hierarquia) é antigo, e requer tratamento jornalístico adequado da tua parte.

Saudações,

T."


NOTA: Se a situação acima denunciada aconteceu mesmo, é de extrema gravidade e exige, da parte do ministério guineense dos Negócios Estrangeiros, o apuramento cabal e a responsabilização do(s) culpado(s). A embaixada da Guiné-Bissau no Brasil tem todo o espaço para se pronunciar, uma vez que isto agora é nosso - é público! ACABEI DE ENVIAR UM PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS À NOSSA EMBAIXADA EM BRASÍLIA, ATRAVÉS DA SUA PÁGINA NO FACEBOOK: https://www.facebook.com/embaixadagb.brasil?fref=ts - AGUARDO. AAS

OPINIÃO: Uma pergunta não fará mal a ninguém

Gostaria de saber...

Li com particular atenção o discurso de tomada de posse do novo Primeiro ministro, Domingos Simões Pereira (DSP) e, sobre o seu conteudo, confesso que reconheço-lhe um preocupação de equilibrio, pautado pelo pragmatismo da visão governativa que para o pais, não escondendo as imensas dificuldades e desafios com que tera de confrontar face a herança de um Estado em descalabro que representa o espolio da razia predadora que o regime de transição cessante deixou.

Porém, gostaria de entender, por que carga de àgua o novel Primeiro ministro, menciona no entroito do seu discurso, como quinta figura do Estado, a figura do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas !! Gostaria de saber a que titulo esse energumeno é chamado numa cerimonia dessa envergadura, na qual, paradoxalmente, o seu superior hieraquico e a quem esta tutelarmente subordinado, o Ministro da Defesa, é apostulado na sexta e subordinada hierarquia de discurso protocolar enquanto membro do Governo.

Não o considero um erro involuntario, mas sim um acto de subservência imperdoavel num dignatario democratico, e sinal de um acto de alegância benitoria face ao general golpista. E muito grave esse tipo de gaffes, porquanto sinal evidente do estigma do medo da omnipresença militar que têm condicionado as suas acções em varios cenarios a que ja foi posto à prova.

Outro pormenor que gostaria de perceber no seu discurso, é o apelo lançado no sentido de : "nos deixem governar e permitam que sejamos os unicos a fazé-lo"...!!! Sera esse apelo dirigido a quem em concrecto ? Ao Presidente José Mario Vaz ? ; Ao CEMGFA ? So o tempo o dira...e, vamos continuar a crer e a acreditar, dando-lhe o beneficio da duvida.

Contudo, na aurora do seu discurso DSP, começou "inadvertidamente" a dar um tiro no próprio pé.
Carlos Olhão

segunda-feira, 7 de julho de 2014

DSP: Agir "em nome do interesse público."


O Primeiro-ministro Domingos Simões Pereira prometeu agir em prol do interesse público, bem como dos princípios da moral e ética no exercício das suas funções. O Chefe do Governo fez estas declarações à PNN durante o seu discurso na tomada de posse dos membros do seu Executivo, que teve lugar no Palácio Presidencial a 4 de Julho. Simões Pereira informou os presentes sobre o seu compromisso com os princípios da legalidade, vinculado com o bem comum, negando categoricamente a promoção pessoal ou qualquer benefício próprio.

Por outro lado, Simões Pereira disse ter assumido o compromisso de procurar de forma incessante a melhoria na qualidade da sua actuação e de um serviço público prestado aos guineenses.
«Lançamos o princípio de governação inclusiva para fomentar o debate alargado e a produção de consensos sobre os problemas da Guiné-Bissau com demais partidos políticos e a sociedade civil, construir soluções, garantir a transparência e estabelecer prioridades claras e objectivas para que todos possam acompanhar e participar no processo de transformação da Guiné-Bissau», disse Simões Pereira.

O Chefe do Governo disse que ambiciona construir uma governação que celebre os méritos e as conquistas mas repudiando e combatendo sem reservas nem reticências aquilo que classificou como «desmandos, corrupção e impunidade». «Convocamos todos a participarem na transformação social desejada, quer ao nível do país como da diáspora», referiu.

Em termos de períodos de execução, Simões Pereira disse que a curto prazo a sua missão é árdua em atender aos atrasos internos, assegurar a cobertura dos salários, restabelecer o funcionamento das escolas, dos hospitais e garantir o fornecimento de água e a luz eléctrica aos guineenses.

A médio prazo, ele disse que vai ser concebido um programa de investimento capaz de projectar a economia nacional em crescimento, robustez e sustentabilidade. «Vamos desenvolver parcerias estratégicas especiais e fortes com as instituições financeiras tradicionais, sempre no mais pleno e integral envolvimento na nossa classe empresarial», informou. Domingos Simões Pereira anunciou o combate sem tréguas a todas as formas de corrupção, do uso indevido do erário público e património público, do tráfico e outros crimes. PNN

FIM DE 'CATIVEIRO': O General e piloto Melcíades Fernandes (Manel Mina) abandonou ontem as instalações da União Europeia, em Bissau, sob ordens das novas autoridades da Guiné-Bissau. O general, recorde-se, esteve refugiado na UE durante 21 longos meses, acossado pelos militares.


...O meu regresso está para breve então - presumo! AAS

Como Obiang isolou Portugal e fez xeque-mate em Fevereiro

Por: Nuno Ribeiro
In: Público

Os países africanos da CPLP fizeram a pressão decisiva ao longo do tempo para que a Guiné Equatorial fizesse parte da organização de países lusófonos. O Brasil foi mais discreto mas apoiou sempre a entrada. O PÚBLICO reconstitui momentos cruciais do processo.


EMPLASTRO O MNE da Guiné-Equatorial (1º à esq.)

A 20 de Fevereiro, em Maputo, no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, houve um momento histórico. Na capital moçambicana, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos oito Estados membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) — Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste — recomendaram aos seus chefes de Estado que, na cimeira de Díli de 23 de Julho próximo, a Guiné Equatorial fosse aceite como membro de pleno direito da organização.

A transcendência da decisão atinge vários níveis. Entre os quais aceitar a entrada de um país que só agora dá os primeiros passos no ensino do Português, assumira 72 horas antes uma moratória para a pena de morte e é um potentado económico. No entanto, o que surpreendeu foi a presença do chefe da diplomacia de Malabo, Agapito Mba Mikuy, na fotografia de família. Numa família à qual formalmente — e a diplomacia é feita de gestos formais — ainda não pertencia e na qual só entrará, de pleno direito, no próximo dia 23.

À esquerda do ministro português dos Negócios Estrangeiros Rui Machete, e à distância de um homem, lá está o chanceler Agapito: estatura média, barba rala e óculos. Nas escadarias do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, transformado num tabuleiro de xadrez, o instantâneo é de xeque-mate a Portugal.

A foto foi o último episódio de uma reunião tensa. Fora concebida a priori para adoptar a resolução da franquia do regime de Teodoro Obiang, há 35 anos no poder em Malabo, a uma organização internacional, com países africanos, um sul-americano, um asiático, e um europeu do Sul, respectivamente Brasil, Timor-Leste e Portugal.

Seis Estados membros da CPLP, da influente Angola ao anfitrião Moçambique, mostraram-se, desde o início, entusiastas da entrada. Sem qualquer observação crítica ou juízo de mera ponderação. O Brasil de Dilma Roussef foi mais discreto no apoio mas, na hora decisiva, esteve a favor. As resistências de Portugal, se fossem submetidas à terrível aritmética do voto, seriam “goleadas” por sete a um. A outra alternativa seria a ruptura, porque a entrada de novos membros exige unanimidade.

Mas este cenário nunca se pôs. Os custos do “não” eram demasiado elevados para Lisboa. No imediato e nas contas do futuro. Portugal não tinha ilusões da correlação de forças. Reconhecia progressos no cumprimento no guião aprovado na cimeira de Luanda de 2010, do ensino do Português ao cumprimento dos Direitos Humanos, visando o fim da pena de morte. Pretendia, apenas, ao que o PÚBLICO soube, protelar a recomendação para a reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros de 22 deste mês, que antecede a cimeira de chefes de Estado de Díli. Seria um gesto para a opinião pública portuguesa, a única dos países de CPLP que olha de soslaio para a estranha perenidade da presidência de Obiang.

No espaço com o nome de Chissano, o ministro dos Estrangeiros da Guiné Equatorial fez uma proclamação vaga. Anunciou que 72 horas antes tinha passado a vigorar no seu país um “dispositivo legal” que respondia à exigência da CPLP de uma moratória sobre a pena de morte. O anfitrião, Oldemiro Balói, chefe da diplomacia moçambicana, comunicaria aos jornalistas que, na prática, se tratava da suspensão da aplicação da pena de morte.

“Aprovado”, disseram eles

Quando Agapito Mba Mikuy abandonou a sala, as suas declarações tiveram a chancela de “aprovado” de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé. Não foram palavras meramente protocolares. Os delegados de Luanda puseram em causa as verdadeiras razões da prudência da delegação liderada por Rui Machete. Lisboa temeria a força do “quarto poder”, da imprensa, referiram o semanário Expresso e a SIC. Uma observação que recorda os editoriais do Jornal de Angola de Outubro de 2013, na crise que enterrou a visão da parceria estratégica de Portugal com Angola anteriormente admitida pelo Presidente José Eduardo dos Santos.

Nos dias seguintes, no Palácio das Necessidades vivia-se a ressaca. Contas feitas, não havia documento que selasse, como mandam as normas diplomáticas das boas relações entre as nações, o cumprimento por Malabo dos Direitos Humanos. Em suma: não havia papel. Não existiam declarações e compromissos. Apenas palavras.

As notícias de organizações não-governamentais de que, dias antes da entrada em vigor da moratória da pena de morte, o Governo da Guiné Equatorial executara nove oposicionistas, tinham o perigo de uma lâmina de cutelo. Até porque a confirmação dependia do regime do país, considerada fonte pouco segura. Em Genebra, a 4 de Março, durante o Conselho de Direitos Humanos da ONU, Alfonso Nsue Mokuy, vice-primeiro-ministro do Governo de Obiang, diz que a pena de morte foi suspensa no seu país e que, desde 13 de Fevereiro, está em vigor a moratória. A delegação portuguesa toma nota da posição reiterada. Não tanto pelas palavras mas pelo fórum selecto e solene em que foram pronunciadas.

Tráfico de passaportes


Três senegaleses, Issaka Diouf, 27 anos, comerciante, Ibrahima Guéye, 29 anos, comerciante e Samba Sow, 36 anos pescador foram interceptados e recambiados à origem pela policia aeroportuaria do Reino de Marrocos.

Esse três individuos embarcaram na noite de 24 para 25 no aeroporto de Dakar no voo da Royal Air Marroco, com destino à São Paulo, Brasil, fazendo escala em Casablanca. Uma vez chegados em solo marroquino as autoridades aeroportuarias do reino descobriram o que se escondia por detras dos documentos apresentados pelos três cidadãos senegaleses e por consequência foram interditos de aceder ao territorio marroquino pelos agentes dos serviços de migração com obrigação de permanência na zona de espera do aeroporto antes de serem recambiados para a precedência num outro voo da RAM.

Os três senegaleses são acusados pelas autoridades marroquinas de detenção de documento indevido, concretamente, passaportes de serviços da Guiné-Bissau. As autoridades marroquinas explicaram de que essa interceção se deve a um pedido das autoridades guineenses que lhes informaram do furto de 200 passaportes de serviço nacionais, tendo fornecido as mesmas autoridades os numeros de série dos passaportes roubados.

Neste momento os três falsos guineenses encontram-se sob custodia das autoridades senegalesas, os quais estão a tentar saber de que forma eles obtiveram esses documentos guineenses, dado que, eles não adquiriram a nacionalidade desse pais. Perante as questões, os três infratores explicaram as autoridades policiais de que, adquiriram os passaportes no mesmo dia da sua viagem, no aeroporto de Dakar. Explicam, que receberam os referidos documentos através dos intermediarios, Abdourahmane Niasse, Pape Séne e Lamine Wagne. Issaka Diop disse que pagara 2.5 milhões de francos Cfa pelo passaporte mais o visto, Ibrahima Guéye, disse que pagara 2.65 milhões de Fcfa e Samba Sow não soube indicar o montante, visto ter sido o seu irmão residente na Argentina a pagar todas as despesas.

No prosseguimento das diligências para o apuramento da verdade os três falsos altos funcionarios guineenses serão presentes ao PGR.

Noticia extraida do jornal "Obs" n° 3236 de sabado/domingo do dia 06 de Julho 2014.

NB: Uma boa medida que o novo governo devia tomar era reformar todos os documentos de identificação nacional ( Passaporte, Bilhete de Identidade, Carta de Condução) e também das Autorizações de residência aos cidadãos estrangeiros, para, assim se pôr cobro ao trafico criminoso e irresponsavel dos nossos documentos nacionais que, nos ultimos 2 anos e tal se tornou-se num negocio de mafiosos sem escrupulos instalados nas mais esferas do poder do regime cessante.

sábado, 5 de julho de 2014

Aos pontapés: Paulo Torres convoca 13 'estrangeiros' para defrontar o Botsuana


A dois jogos de colocar a Guiné-Bissau na fase de grupos de apuramento para a CAN'2015, o português Paulo Torres chamou 13 jogadores que atuam nos campeonatos portugueses, entre Primeira Liga, Segunda Liga e Campeonato Nacional de Seniores, para os dois encontros com o Botswana, da 2.ª pré-eliminatória, a disputar a 19 de julho e 1 de agosto.

Além dos jogadores dos campeonatos portugueses, Paulo Torres chamou ainda outros 9 jogadores a jogar fora de Portugal, entre os quais se destacam Amido Baldé, Toni Brito e Vasco Fernandes. De fora ficam o maritimista Sami (por acumulação de amarelos) e ainda Emiliano (expulso), assim como o lesionado Banjai.

Lista de convocados:

Guarda-redes: Jonas Mendes (Atlético/PORTUGAL) e Alberto Coli (Tigres São Domingos);

Defesas: Rudinilson (Benfica B/PORTUGAL), Eridson (Doxa/Chirpe), Lamine Bá (Chaves/PORTUGAL), Ângelo Gomes (Benfica Bissau) e Vasco Fernandes (Platanias/Grécia);

Médios: Toni Brito (CSKA Sofia/Bulgária), Bacar Baldé (Beira-Mar/PORTUGAL), Bocundji Cá (Stade Reims/França), Zezinho (Sporting B/PORTUGAL) e Arnaud Mendy (Lincoln City/País de Gales);

Avançados: Igor Sani (Frauenfeld/Suíça), João Mário (Atlético/PORTUGAL), Adul (Mirandela/PORTUGAL), Cícero (Paços Ferreira/PORTUGAL), Bata (Sp. Covilhã/PORTUGAL), Amido Baldé (Celtic/Escócia), Ivanildo (Académica/PORTUGAL) e Ansumane (Freamunde/PORTUGAL)

Nr. 1: As verdades sobre as mentiras


- Afinal, 96% dos nomes divulgados pelo Ditadura do Consenso...estão confirmados como membros do Governo;

- Afinal, sempre houve 'azia' por causa de alguns nomes, como noticiou, em primeira mão, o Ditadura do Consenso. Confirmou-se;

- Afinal, e como noticiou o Ditadura do Consenso, "o Governo terá perto de 30 membros."...tem 31;

Leiam o que um Embaixador de um País terceiro me enviou há uns meses e que nunca divulguei:

17-03-2014 15:49

"Sempre recorri ao seu blog nas minhas intervenções na ONU. Obrigado por ser o que é.

António M. L."

Ditadura do Consenso. Mais cedo ou mais tarde, o seu blogue. AAS

DSP tem um lema: "Ordem, disciplina e trabalho" - obedece quem deve


O novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defendeu hoje, durante a posse dos membros do seu Governo, que o país precisa de "ordem, disciplina e trabalho". Dirigindo-se aos novos ministros, titulares de órgãos de soberania e ao corpo diplomático, Domingos Simões Pereira disse que conta com o "apoio de todos" para "incentivar e promover" o empenho e as melhores praticas na Guiné-Bissau.

O novo chefe do executivo guineense afirmou, por isso, que vai proteger aqueles que querem trabalhar, "sejam privados ou públicos", acompanhar "os mais audazes e empreendedores". Para essa ação, Domingos Simões Pereira pediu que se deixe trabalhar o Governo por ser o órgão incumbido pela constituição de gerir o país, dentro dos princípios da legalidade a favor do interesse coletivo.

O primeiro-ministro definiu como tarefas imediatas do seu Governo a regularização dos atrasados salariais na função pública, restabelecimento do funcionamento das escolas públicas e dos hospitais e garantia de fornecimento de água e eletricidade. Domingos Simões Pereira prometeu lançar um "vasto programa de investimento" público capaz de projetar a economia, bem como ações tendentes a melhorar a imagem externa da Guiné-Bissau.

Aproveitou também para agradecer às organizações internacionais, nomeadamente as Nações Unidas, União Africana, União Europeia, Comunidade dos Estados da África Ocidental, Comunidade de Países de Língua Portuguesa e a Organização Internacional da Francofonia.

Também se dirigiu às instituições financeiras internacionais, com as quais afirma contar para o relançamento da Guiné-Bissau e disse contar com a "força empreendedora e patriótica" dos guineenses na diáspora.

Domingos Simões Pereira reconheceu ter feito "esforços tremendos" na busca de entendimentos com as várias sensibilidades do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que lidera bem assim com os partidos da oposição parlamentar.

O primeiro-ministro guineense prometeu conduzir toda ação da sua governação na base do diálogo com as forças do país. O presidente guineense, José Mário Vaz, disponibilizou-se para cooperar com o novo Governo, cuja composição sublinhou ser da "inteira responsabilidade" do primeiro-ministro.novo Governo guineense é composto por 16 ministros e 15 secretários de Estado.

Arrancaram as obras no campo da Marinha Nacional. Ou seja, está tudo bem. Assim, nô pintcha! AAS

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Governo da Guiné-Bissau não se limita ao PAIGC

O novo Governo da Guiné-Bissau liderado pelo PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), que tem maioria absoluta, inclui representantes da segunda força política do país, o PRS (Partido da Renovação Social), de pequenas forças partidárias e independentes. A sua entrada em funções completa formalmente o processo de regresso à democracia, após o golpe de Estado de Abril de 2012.

Entre os 16 ministros e 15 secretários de Estado do Governo liderado por Domingos Simões Pereira – cuja composição foi na tarde desta sexta-feira anunciada por decreto presidencial – está o secretário-geral do PRS, Florentino Pereira, como ministro da Energia e Indústria.

A segunda figura do excecutivo é Baciro Djá, ministro da Defesa do primeiro-ministro Gomes Júnior, derrubado há dois anos pelos militares, que ocupará a pasta da Presidência e Assuntos Parlamentares.O ministro da Economia e Finanças é Geraldo Martins, ministro da Educação entre 2001 e 2003 e quadro do Banco Mundial. Os Negócios Estrangeiros foram confiados a Mário Lopes da Rosa, membro do PAIGC e ministro das Pescas do governo de transição, que agora cessa funções.

A delicada pasta da Defesa foi entregue a uma mulher, Cadi Mané, médica militar. Carmelita Pires, do pequeno Partido Unido Social-Democrático, que se distinguiu no combate ao narcotráfico, regressa ao cargo de ministro da Justiça, que ocupou entre 2007 e 2009.

Na campanha eleitoral, o primeiro-ministro Simões Pereira, 50 anos, antigo secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tinha confidenciado a intenção de incluir no Executivo políticos não pertencentes ao PAIGC, que nas eleições do passado mês de Abril elegeu 57 dos 102 deputados da Assembleia Nacional Popular.

“Com a minha tomada de posse começa a tocar no sentido regressivo o relógio do período que pedimos para, em quatro anos mudarmos a sorte e o destino desta nação. Que Deus nos ajude e abençoe a Guiné-Bissau”, disse, citado pela agência guineense ANG, na quinta-feira, quando foi empossado.

O Presidente da República, José Mário Vaz, pediu-lhe “acção urgente” para retirar da “insustentável letargia” em que se encontra um país que, nos últimos anos, foi notícia quase só por más razões – pela violência político-militar, por assassinatos e golpes de Estado e por se ter tornado plataforma do tráfico internacional de droga. Para o regresso à democracia contribuíram a pressão internacional, o isolamento das autoridades pós-golpe e as dificuldades financeiras.

Um das incertezas do processo político guineense continua a ser o relacionamento entre o poder político e os militares que há dois anos derrubaram o Governo constitucional do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Cadogo, à época líder do PAIGC, num golpe liderado por António Indjai, que permanece na chefia das Forças Armadas. Na campanha eleitoral Simões Pereira procurar tranquilizar a cúpula militar anunciado que não haveria “caça às bruxas”.

Gomes Júnior, que tinha vencido a primeira volta das presidenciais, está exilado e viu a sua candidatura presidencial inviabilizada pelo partido a que pertence, para não hostilizar a hierarquia militar. Do seu governo fazia parte, como ministro das Finanças, o novo Presidente da República, José Mário Vaz, que tomou posse na semana passada. Público

O Governo - em peso (kada kin ku si kilos)