sexta-feira, 4 de abril de 2014
MORTE de KUMBA YALA: Peter Thompson apela à calma
Peter Thompson, Coordenador do Grupo Parlamentar do Reino Unido para a Guiné-Bissau e Chefe da Missão de Observação Eleitoral Britânico, enviou as suas condolências para a família do ex-Presidente Kumba Yala.
Peter Thompson apela a todos os intervenientes nestas eleições que reflictam com calma sobre esta perda, com um sentido de dever nacional, acrescentando que “a melhor forma de prestar homenagem ao ex-Presidente seria ter uma campanha eleitoral pacífica e digna, onde a democracia é a vencedora”.
Peter Thompson apela a todos os intervenientes nestas eleições que reflictam com calma sobre esta perda, com um sentido de dever nacional, acrescentando que “a melhor forma de prestar homenagem ao ex-Presidente seria ter uma campanha eleitoral pacífica e digna, onde a democracia é a vencedora”.
MORTE de KUMBA YALÁ: «A maldição de ser presidente na Guiné-Bissau»
Apenas três dos dez Presidente e ex-Presidentes da Guiné-Bissau, entre eleitos, interinos, de transição, de unidade nacional em 40 anos de independência, estão vivos e dois deles permanecem afastados da política, num país que nunca viu concluir uma legislatura presidencial.
Com a morte, hoje, do ex-chefe de Estado Kumba Ialá, deposto em 2003 por um golpe de Estado militar após três anos na presidência na sequência das eleições de 2000, apenas estão vivos três políticos que se sentaram na cadeira presidencial. O atual, Serifo Nhamadjo, é apelidado de «presidente de transição» e assumiu a presidência após o golpe de Estado de 12 de abril de 2012; o homem a quem sucedeu, Raimundo Pereira, o único presidente interino que acabou deposto, e Carmen Pereira, há muito afastada da política. Lusa/CV
MORTE de KUMBA YALA: Portugal lamenta e pede que «não interrompa processo eleitoral»
O Governo português lamentou hoje a morte do ex-Presidente da Guiné-Bissau, Kumba Ialá, e pediu que o processo eleitoral continue a decorrer normalmente até às eleições do próximo dia 13, disse fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros. Em comunicado hoje divulgado pelo ministério de Rui Machete, o Governo português "formula votos de que este trágico evento em nada venha a afetar o normal desenrolar do processo eleitoral em curso, que deverá culminar na realização das eleições previstas para o próximo dia 13 de abril".
As eleições gerais (presidenciais e legislativas) são "consideradas decisivas, pela comunidade internacional, para a estabilização e o progresso daquele país", acrescenta a nota. O Executivo expressa ainda as suas "condolências à família enlutada". Guiné-Bissau vive um período de campanha eleitoral com vista às eleições gerais de 13 de abril, sucessivas adiadas desde o ano passado, que será o primeiro ato eleitoral desde o golpe de Estado de abril de 2012.
O ex-Presidente da Guiné-Bissau Kumba Ialá morreu hoje, aos 61 anos, devido a problemas de saúde. O corpo encontra-se na morgue do hospital militar de Bissau, vigiado por militares. De etnia balanta, o político guineense fundou o Partido da Renovação Social em 1992, a segunda maior força política do país, e foi Presidente da República entre 2000 e 2003, tendo sido deposto por um golpe militar.
Kumba Ialá, que fez 61 anos a 15 de março de 2014, renunciou à vida ativa política a 1 de janeiro deste ano, alegando "haver um tempo para tudo", decidindo apoiar o candidato independente às presidenciais Nuno Nabian. Lusa
MORTE de KUMBA YALA: PM de Cabo verde diz que o momento é de «busca de soluções»
"Kumba Yala foi um presidente da Guiné-Bissau. Será sempre uma perda para aquele país. O importante neste momento é que toda a classe política guineense pense no diálogo, na tolerância, na busca de pontes para um grande entendimento nacional. Para uma grande reconciliação nacional. De modo a que todos se orientem no sentido da realização do bem comum, na busca dos caminhos da liberdade, da democracia, da paz e da estabilidade e da reconstituição do Estado de direito democrático para que haja condições para que a Guiné-Bissau possa relançar os alicerces do seu desenvolvimento", disse José Maria Neves ao saber da notícia da morte de Kumba Yala.
"Apresento as minhas condolências à Guiné-Bissau e à família enlutada. E será sempre um momento de reflexão para a busca de soluções para que os guineenses possam estar à altura dos sacrifícios consentidos durante a luta da libertação nacional. E também à altura do contributo de Amílcar Cabral para a libertação da Guiné e de Cabo Verde", acrescentou em Lisboa.
Frisou ainda que "independentemente do percurso de Kumba Yala, o que é importante neste momento é que se reflicta sobre os bons e maus momentos da Guiné-Bissau e se possa encontrar o melhor caminho. Guiné tem um povo extraordinário. Tem gente extraordinária. Tenho uma admiração grande por Guiné-Bissau. E, sobretudo, nós cabo-verdianos que devemos muito à Guiné-Bissau".
MORTE DE KUMBA YALA/NOTÍCIA DC: Existem rumores de que Kumba Yalá morreu na sua casa, e que terá sido ASSASSINADO. Segundo uma fonte do DC, «vários vizinhos ouviram gritarias e choros» por volta das 2/3 horas da manhã, e questiona a razão de o corpo «ter sido levado à socapa para o hospital militar, onde permanece fortemente guardado, com o acesso vedado.» É preciso uma equipa de medicina legal internacional e independente para se apurar a causa da morte do fundador do PRS. AAS
MORTE de Kumba Yala: LGDH envia condolências
NOTA DE CONDOLÊNCIA
O país foi surpreendido esta sexta feira, 4 Abril 2014, com a morte súbita e prematura do ex-Presidente da República, fundador do Partido da Renovação Social, Dr. Koumba Yala.
Koumba Yala esteve na origem de algumas conquistas democráticas alcançadas pelo povo guineense e, enquanto político, proclamava os valores da paz, da democracia e do estado de direito.
Com o efeito, a melhor forma de render a justa homenagem àquele que foi um dos propulsores de abertura ao pluralismo democrático, é continuar a trabalhar para que os valores da paz e democracia sejam uma realidade na Guiné-Bissau.
Neste momento de dor e de tristeza, a Direção Nacional da LGDH endereça os seus sentidos votos de pesar à família enlutada, ao PRS e ao Povo guineense em geral, na convicção porém, que os ideais pelos quais lutou ao longo da sua vida política serão uma realidade.
Feito em Bissau, aos 4 dias do mês de Abril de 2014
A Direção Nacional
ELEIÇÕES(?) 2014: ONU diz que devem abrir "etapa de paz e desenvolvimento"
As eleições na Guiné-Bissau devem ser seguidas por resultados produtivos e pela implementação de reformas essenciais para garantir a estabilidade duradoura e a consolidação democrática. O apelo, divulgado terça-feira, é da Comissão da ONU para Consolidação da Paz, PBC na sigla em inglês.
A entidade frisa que o pleito é apenas o primeiro passo, essencial para a restauração da ordem constitucional e democrática. A votação para as presidenciais e legislativas guineenses está marcada para 13 de abril.
O país está na segunda semana da campanha eleitoral para a corrida, que envolve 15 partidos políticos e 13 candidatos à presidência. A nota enumera os pontos que distinguem o ambiente do pleito deste ano da corrida realizada em 2012, quando ocorreu um golpe de Estado a 10 dias da segunda volta das presidenciais.
Para 2014, o destaque vai para o fim do recenseamento, além do que a PBC chama de importante presença no terreno da segurança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, Cedeao. O comunicado realça ainda a melhor coordenação entre Guiné-Bissau e seus principais parceiros internacionais.
A Comissão apela a todas as partes envolvidas a estar à altura das suas responsabilidades históricas com o povo guineense e a cooperar para a realização de eleições livres e justas.
O comunicado destaca o bom encaminhamento do financiamento e do preparativos do processo apoiado pelos doadores. Timor-Leste é mencionado entre os contribuintes, ao lado da Nigéria, dos Países da Cedeao, da União Europeia e do Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud.
O papel determinante do representante do Secretário-Geral, José Ramos Horta, foi elogiado à frente do Escritório do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau, Uniogbis.
A PBC revela a sua preocupação com recentes episódios de violência política, tendo condenado qualquer tentativa de empregar o medo e a intimidação como instrumentos políticos. O pronunciamento termina a destacar o objetivo de inaugurar um capítulo de paz e de desenvolvimento duradouro para a Guiné-Bissau.
Morte de Kumba Yalá: Detalhes
Kumba Yala morreu pouco depois da uma da manhã, diz-se que na clínica do médico e seu sobrinho, Martinho Nhanca. Primeiro informaram as chefias miltares que se reuniram para debater o assunto e só mais tarde, duas horas depois, o assunto comecou a circular nos meios mais restritos kumbistas, chegando depois ao povo.
Numa intervenção radiofónica, o seu sobrinho, o médico Martinho Nhanca, expressou o desejo do seu falecido tio: "ser enterrado após a vitória do candidato Nuno Na Biam" que apoiava na corrida para a Presidência da República. E se Nuno não vencer? Respondeu que está fora de questão pois este acabará por ganhar as eleições presidenciais.
Este desejo, aparentemente inofensivo, é fonte de preocupação para os resultados eleitorais para a Presidência da Republica nas eleições marcadas para 13 de abril próximo. Aliás, após o espancamento do candidato a deputado do PRS, Mario Fambé, que ocasionou uma reunião entre o CEMGFA, o general Antonio Indjai nao podia ser mais explícito para os dirigentes do PRS. Terá dito "não ter nada a ver com as legislativas, mas no que toca às presidenciais, o presidente tem que ser alguém da nossa inteira confiança e com quem podemos entender". AAS
MORTE de KUMBA YALA: Corpo do ex-presidente e fundador do PRS encontra-se na morgue do Hospital Militar, em Bissau, guardado por vários militares armados, mas não há qualquer esclarecimento adicional por parte desta unidade de saúde. Kumba Yalá, recorde-se, fazia campanha a favor do candidato presidencial independente, Nuno Nabiam. AAS
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