quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
CASO DE POLÍCIA: Abdu Mané desviou cerca de 23 mil euros do Tesouro público
O Procurador-Geral da República, Abudu Mané, desviou 23.135 euros do Tesouro Público guineense, valor que o Ministério do Interior restituiu junto do Ministério das Finanças a 4 de Abril de 2013. Conforme revelou à PNN fonte do Ministério das Finanças, o valor em causa é resultante de uma apreensão efectuada no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pelas autoridades policiais da Guiné-Bissau, que estava na posse de um cidadão oriundo da Guiné-Conacry.
Neste sentido, o Gabinete do Comissário Nacional da Polícia de Ordem Pública, Armando Nhaga, procedeu à entrega desta soma junto da Direcção Central de Administração, Finanças e Património do Ministério do Interior, com data de 18 de Março de 2013. Esta instituição encaminhou, por sua vez, o dinheiro para o Ministério das Finanças em Abril do mesmo ano, enquanto única entidade do Estado com competências para o efeito.
Depois de todo o procedimento, conforme avançou a mesma fonte, Abudu Mané teria ordenado que a soma fosse depositada em conta do Ministério Público no Banco da África Ocidental, cujo talão de depósito foi consultado pela PNN.
«De forma a dar cumprimento à vossa solicitação, conforme os Ofícios n.º 386/2013 e 392/2013, a Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas serve-se do presente para informar ao Procurador-Geral da República que este departamento do Estado procedeu ao depósito do montante em questão para a conta da Procuradoria-Geral da República, conforme a vossa solicitação», lê-se na carta da Secretaria de Estado de Tesouro, Assuntos Fiscais e Contas Públicas, datada de 5 de Junho de 2013, que esta instituição enviou a Abudu Mané.
A Secretaria de Estado de Tesouro instou Abudu Mané a informar sobre o destino final do valor apreendido pelos agentes da Polícia de Ordem Pública, de forma a inscrever este montante nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado como perdido a favor do Estado da Guiné-Bissau.
«Nós, na qualidade de única entidade do Estado com competências para arrecadar fundos públicos, sejam de que natureza forem, e de gestor do património do Estado, viemos rogar ao Procurador no sentido do nos informar sobre o desfecho final deste processo, com vista a inscrever o dinheiro ora em crise nas receitas extraordinárias do Estado, caso venha a ser declarado perdido a favor do tesouro público», refere a carta enviada em Junho de 2013 ao Procurador-Geral da República.
O valor foi transportado para Bissau no estômago do cidadão da Guiné-Conacry, através de ingestão, onde constavam 43 notas de 500 euros, três notas de 200 euros, oito notas de 100 euros, quatro notas de 50 euros, uma nota de 20 euros, uma nota de 10 euros e uma nota de cinco euros, totalizando 23.135 euros. Em relação aos 40% desta soma dos quais o Ministério do Interior devia beneficiar, a fonte informou que a instituição não recebeu qualquer valor até à data.
O comportamento de Abudu Mané é do conhecimento do Presidente de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, que ainda não se pronunciou sobre a matéria em litígio entre o Ministério das Finanças, o Ministério do Interior e a Procuradoria-Geral da República. Contactada pela PNN, a fonte da direcção financeira do Ministério Público disse optar por não falar sobre o assunto, por enquanto. PNN Portuguese News Network
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
OPINIÃO: Fosse Kiev...
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora o Povo teria saido às ruas e reclamar a sua liberdade e direito à democracia ;
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora o Povo estaria a resistir com todas as suas forças e meios contra o regime militar dictatorial de Bissau ;
Se Bissau fosse Kiev, o Povo a esta hora, estaria a bater-se contra a imposição estrangeira ao pais de um regime golpista, de fantoche e oportunistas ;
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora, o Povo estaria a exigir, tal como os Ucranianos fizeram, a assinatura da renuncia do presidente golpista e fantoche da CEDEAO na Guiné-Bissau ;
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora, daria-se-ia uns valentes pontapés no traseiro do corrupto e desavergonhado governo de transição fantoche de Bissau pondo-os fora do seu pedestal da roubalheira ;
Se Bissau, fosse Kiev, mandavam o general Injai à barda merda e enfrentavam o seu exercito de assassinos e traficantes de droga ;
Se Bissau fosse Kiev, decerto que o 12 de abril de 2012 não alastraria as suas raizes canceriginas do mal na Guiné-Bissau ;
Infelizmente, Bissau não é Kiev. Infelizmente, o guineense não é ucraniano ;
Bissau, infelizmente é guineense, e o seu Povo, esse, vive acobartada, submissa e acomodada com o destino que lhe esta a ser brutalmente imposta por um reles e sanguinario general de pacotilha.
Infelizmente, eu também, sou Bissau..., por isso, infelizmente, muito pouco posso dizer, senão desabafar e mandar o general para um sítio que eu cá sei.
N'Polokrik Co
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora o Povo estaria a resistir com todas as suas forças e meios contra o regime militar dictatorial de Bissau ;
Se Bissau fosse Kiev, o Povo a esta hora, estaria a bater-se contra a imposição estrangeira ao pais de um regime golpista, de fantoche e oportunistas ;
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora, o Povo estaria a exigir, tal como os Ucranianos fizeram, a assinatura da renuncia do presidente golpista e fantoche da CEDEAO na Guiné-Bissau ;
Se Bissau fosse Kiev, a esta hora, daria-se-ia uns valentes pontapés no traseiro do corrupto e desavergonhado governo de transição fantoche de Bissau pondo-os fora do seu pedestal da roubalheira ;
Se Bissau, fosse Kiev, mandavam o general Injai à barda merda e enfrentavam o seu exercito de assassinos e traficantes de droga ;
Se Bissau fosse Kiev, decerto que o 12 de abril de 2012 não alastraria as suas raizes canceriginas do mal na Guiné-Bissau ;
Infelizmente, Bissau não é Kiev. Infelizmente, o guineense não é ucraniano ;
Bissau, infelizmente é guineense, e o seu Povo, esse, vive acobartada, submissa e acomodada com o destino que lhe esta a ser brutalmente imposta por um reles e sanguinario general de pacotilha.
Infelizmente, eu também, sou Bissau..., por isso, infelizmente, muito pouco posso dizer, senão desabafar e mandar o general para um sítio que eu cá sei.
N'Polokrik Co
CADOGO duvida de eleições na data marcada
Em entrevista exclusiva, o primeiro-ministro deposto garante que é candidato às presidenciais. "Cadogo" considera que seria “gravíssimo” o adiamento das eleições, de 16 de março, mas acredita nessa possibilidade.
A poucos dias do fim do recenseamento eleitoral (31.01), Carlos Gomes Júnior lança críticas ao processo de registo dos cidadãos guineenses na diáspora. O primeiro-ministro guineense, exilado em Portugal depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012, qualifica o ato no contexto de “um cíclo muito dúbio”, em alusão ao calendário inicial estipulado pela Comissão Nacional Eleitoral que não foi respeitado.
Gomes Júnior que, por mera coincidência, fez o seu registo eleitoral na Cidade da Praia, em Cabo Verde, aponta algumas das falhas: “segundo informações que temos (acabei também de passar em Paris e noutros sítios), de facto há pessoas que não têm identificação como guineenses, são filhas de pais guineenses mas têm documentos estrangeiros”.
Na opinião do primeiro-ministro deposto, “seria bom não negar a nacionalidade seja a quem for. Mas na hora da eleição, as pessoas têm de estar devidamente identificadas”. Além disso, Gomes Júnior diz ter informação de que “na Guiné-Bissau uma pessoa vai com duas testemunhas recensear-se”, pelo que se está “a brincar com coisas muito sérias”, critica na entrevista exclusiva concedida em Lisboa à DW África.
Seria “gravíssimo” novo adiamento de eleições
O golpe de Estado de 12 de abril de 2012 abriu um novo período de crise política e económica.
Apesar de estarem agendadas as eleições gerais na Guiné-Bissau para 16 de março, o primeiro-ministro deposto tem “dúvidas” sobre o cumprimento do calendário eleitoral, “porque mesmo a própria equipa que saiu para fazer o recenseamento no exterior (e o que fará no interior do país?) tem-se deparado com problemas financeiros”, aponta Gomes Júnior.
“As pessoas estão praticamente a viver de esmola para fazerem o seu trabalho, de maneira que são situações que podem levar ao desânimo e nós pensamos que as autoridades devem analisar isso com cabeça fria”, afirma o primeiro-ministro deposto exilado em Portugal.
No entender de “Cadogo”, como é também conhecido, “seria gravíssimo haver um novo adiamento”, porque “um Governo de transição não tem poderes legislativos para estar a discutir projetos e, nomeadamente, assumir compromissos junto da comunidade internacional. Portanto, qualquer parceiro credível exige que haja um Governo legítimo que saia das eleições”, justifica o antigo chefe de Governo.
Carlos Gomes Júnior seguia com vantagem para a segunda volta das presidenciais quando o golpe de Estado interrompeu o ciclo eleitoral
Carlos Gomes Júnior defende que não se pode adiar de novo o futuro e o desenvolvimento da Guiné-Bissau. Recorda a propósito o impacto causado pelo anterior adiamento à economia guineense, nomeadamente na exportação do cajú.
“A minha preocupação é servir o meu país, continuar a servir com competência. Nós comprovamos à comunidade internacional que a Guiné-Bissau não é um país pobre, a Guiné-Bissau tem recursos, tem é que se saber explorar esses recursos, saber dar condições para que os técnicos consigam fazer o seu trabalho para que possamos pensar numa coisa comum, o desenvolvimento do país”, garante o primeiro-ministro que foi deposto no golpe de Estado de 12 de abril de 2012.
“Cadogo” quer regressar a Bissau como candidato
Apesar dos avisos que indiciam estar em risco a sua integridade física, o ex-primeiro-ministro continua decidido a regressar. Depois de se ter recenseado, Gomes Júnior reafirma a determinação em participar nas próximas eleições gerais como candidato às presidenciais: “naturalmente, porque o nosso desejo foi sempre ajudar o nosso povo a cumprir com os desígnios dos próprios combatentes pela liberdade da pátria”, observa.
Gomes Júnior duvida de eleições na Guiné-Bissau na data marcada
“Nós pensamos que somos pessoas de bem, demos provas da nossa capacidade, da nossa determinação e vamos continuar a lutar para isso. Se não for possível ir em paz e continuar a trabalhar pelo desenvolvimento do nosso país, nós somos homens que temos dado provas do nosso prestígio internacional... em qualquer parte podemos continuar a trabalhar”, defende o primeiro-ministro deposto.
Carlos Gomes Júnior já comunicou às Nações Unidas sobre o seu calendário político e aguarda que sejam garantidas as condições de segurança que permitam o seu regresso ao país
ELEIÇÕES(?): 2014: António Indjai acha que tudo correrá «normal»
O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, António Indjai, voltou a defender a manutenção da data de 16 de Março para a realização das eleições legislativas e presidenciais.
António Indjai exortou os políticos e todas as instituições no sentido de se esforçarem que a data seja mantida e mostrou-se confiante que tudo correrá “normal”. General António Indjai disse que qualquer um que tentar alterar a data deverá ser responsabilizado e sofrerá as consequências.
Por outro lado, o líder máximo da hierarquia militar guineense pediu ao povo, aos governantes e aos políticos guineenses para saberem resolver os seus problemas “na mesa e sem armas”. “Esqueçamo-nos das armas este ano”, exortou Indjai.
António Indjai disse que nunca mais haverá perturbações na Guiné-Bissau e, num bom crioulo guineense, pediu a Deus que penalize qualquer pessoa que tente criar distúrbios no país.
O improviso de António Indjai foi esta manha, no Estado-Maior General das Forças Armadas, quando recebeu cumprimentos de ano novo da parte da imprensa militar. Ouvir AQUI
NOTA: Mas o que tem mesmo o CEMGFA António Indjai a ver com as eleições a ponto de se pronunciar, ameaçando novamente as pessoas? Indjai pelos vistos não pensou no lema «na mesa e sem armas» no dia 12 de abril...«Esqueçamo-nos das armas este ano.» - quer dizer que voltaremos a pegar nelas em 2015??!! Tenham dó! AAS
Mário Dias Sami: "Guiné-Bissau estará longe de ser um Estado de direito"
O membro do bureau político do PAIGC Mário Dias Sami afirmou que a "Guiné-Bissau estará longe de poder ser considerada como um Estado de Direito se o exército incumbido de defender a integridade territorial for o mesmo que orquestra golpes de Estado".
Numa entrevista exclusiva à rádio Pindjiguiti, adiantou que os guineenses não podem pensar em Estado de Direito em que existem violações sistemáticas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
Numa entrevista exclusiva à rádio Pindjiguiti, adiantou que os guineenses não podem pensar em Estado de Direito em que existem violações sistemáticas dos direitos humanos e das liberdades fundamentais.
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
DROGA: Rapto de nigeriano - uma testemunha ocular
«Caro Aly,
Vi a tua notícia sobre o caso da DROGA no aeroporto. Na verdade eu estava lá nesse dia, tinha ido acompanhar um familiar que viajou para Lisboa e o facto foi claro. Procurei imediatamente recolher dados e por favor gostaria que publicasses esta denúncia. Esta situação é inaceitável, para além de vergonhosa, e o acto foi público e de tamanho escândalo.»
EXCLUSIVO DC: CADOGO ESCREVE A BAN KI-MOON
«Sua Excelência Senhor Ban Ki-Moon
Secretário-Geral das Nações Unidas
Lisboa, 27 de Janeiro de 2014
Assunto: Guiné-Bissau – eleições gerais marcadas para dia 16 Março 2014
Apresentamos a V. Exa. os nossos melhores cumprimentos, com votos de um Feliz Ano de 2014.
Aproximando-se a data de prevista realização das eleições gerais no meu País, a República da Guiné-Bissau, é em espírito de sentido cívico e patriótico que endereçamos esta missiva a V. Exa para dar conta da nossa crescente inquietação quanto ao degradado ambiente político e socioeconómico hoje vivido pela Guiné-Bissau e pelo seu Povo, por demais evidenciado pelas reiteradas violações dos direitos humanos, de intimidação psicológica, de violência física contra opositores ou simples vozes dissonantes, por uma notória repressão e opressão dos fundamentais direitos e liberdades de expressão e de manifestação.
Uma vez mais manifesto, reitero e sublinho a minha firme intenção e vontade de defender e servir os interesses do Povo guineense, na minha qualidade de cidadão guineense que deu provas reconhecidas enquanto líder governamental, e ainda como candidato mais votado nas eleições presidenciais de 12 de Abril de 2012, brutalmente interrompidas por um golpe de estado militar.
Para tal asiste-me plenamente o direito, como V. Exa certamente reconhecerá, de regressar à minha Pátria, para junto do meu Povo. Contudo, e também como certamente é do conhecimento de V. Exa, uma sucessão de factos ocorridos desde há largos meses e também recentemente, clara e frontalmente em violação dos princípios básicos do Estado de Direito Democrático provam à saciedade que as ditas autoridades de transição, em conluio com as autoridades militares golpistas, constituem e constituirão sérios e recorrentes obstáculos a um processo eleitoral verdadeiramente livre, justo e inclusivo.
Em abono de tal, apenas exemplifico com os últimos acontecimentos inaceitáveis de prepotência e arbitrariedade ocorridos no passado dia 17 de Janeiro, com a invasão de várias instalações e bens das Nações Unidas por elementos das Forças Armados e de segurança alegando conhecimento da minha presença nessas instalações e com o intuito de me deterem. Estas acções patenteiam, uma vez mais, a arbitrariedade da conduta das autoridades de transição e os muitos sérios riscos de segurança para a defesa da minha candidatura no terreno, bem como para a perspectiva de umas eleições gerais verdadeiramente livres, justas e inclusivas.
Gostaria também de partilhar com V. Exa a nossa apreensão quanto ao desenrolar do processo de recenseamento eleitoral caracterizado, desde o início, por inúmeras irregularidades que fazem perigar não só todo o processo eleitoral, por princípio já de si descredibilizado, adiado por duas vezes, como ainda todos os esforços e empenho da comunidade internacional tendentes ao retorno da ordem constitucional e ao primado do Estado de direito democrático constitucional na Guiné-Bissau.
Excelentíssimo Senhor,
A convicção que me anima e sustenta a minha legítima aspiração em colocar a minha candidatura à superior consideração do Povo guineense advém dos meus elementares direitos de cidadania guineense e é confortada pela já várias vezes anteriormente manifestada vontade soberana do Povo guineense. E se em democracia reina e deve reinar a vontade do Povo, então esta deverá ser respeitada por todos os meios possíveis contra os interesses sectários, ilegítimos e altamente perniciosos ao interesse público guineense, sob pena também de ferir os respectivos princípios básicos que são património e direito de toda a Humanidade e por certo também do sofrido Povo guineense.
Foi, assim, em coerência com esta firme convicção que me recenseei e que diligencio para a formalização da minha candidatura às eleições presidenciais agendadas para 16 de Março de 2014, direito inalienável que me assiste como a qualquer cidadão guineense, como estou certo V. Exa reconhecerá.
Nesse sentido apelo a V. Exa para que exerça os seus bons ofícios e capacidades mandatadas visando promover todas as medidas necessárias, justas e apropriadas que permitam garantir a segurança e a verdadeira democraticidade dos importantes actos eleitorais que se avizinham na República da Guiné-Bissau, no que se inclui naturalmente a minha própria candidatura e campanha eleitoral no território do meu País. O exercício de tal direito inalienável, deve ser garantido e assegurado por quem de direito, com destaque para a Comunidade internacional.
Esperando que esta minha comunicação mereça de V. Exa a atenção devida, em sentido de urgência e em prol de uma verdadeira democracia na Guiné-Bissau para o qual patenteio a minha inteira disponibilidade para aprofundar o assunto exposto.
Queira aceitar os protestos da minha mais alta estima e consideração.
_________________
Carlos Gomes Júnior
Presidente do PAIGC»
C/C:
- Sr. Ban Ki-Moon, Secretário-Geral das Nações Unidas
- Sr. Jeffrey Feltman, Sub-Secretário-Geral para os Assuntos Políticos
- Sr. António Patriota, Embaixador, Representante Permanente do Brasil, Presidente da configuração para a Guiné-Bissau da Peace Building Commission
- Sr. José Ramos Horta, Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas
- Sra. Catherine Ashton, Alta Representante da União Europeia para a Politica Externa e de Segurança
- Sra. Fernanda Lichale, Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Moçambique em Portugal e Presidente em exercício do Conselho de Concertação permanente da CPLP
- Sr. Kadré Désiré Ouedraogo, Presidente da Comissão da CEDEAO
-Sra. Nkosazana Dlamini-Zuma, Presidente da Comissão da União Africana
- Sr. José Manuel Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia
- Sr. Murade Murargy, Secretário Executivo da CPLP
- Sr. João Honwana, Director África II do DPA- Nações Unidas
- Sr. J. Ansumana E. Ceesay, Representante da CEDEAO na Guiné-Bissau
- Sr. Carlos Alves Moura, Representante especial da CPLP para a Guiné-Bissau
- Sr. Ovídio Pequeno, Representante da UA na Guiné-Bissau
- Sr. Joaquin Ducay, Embaixador, Chefe da Delegação da União Europeia em Bissau
-Sr. Tete António, Representante da UA nas Nações Unidas em Nova Iorque
DROGA: PJ guineense sob «marcação cerrada» através de uma censura silenciosa
A Policia Judiciária guineense tem sido alvo de uma «guerra fria» vinda do exterior. Desde a era de Carlos Gomes Júnior, mediante a actual estrutura militar liderada pelo General António Indjai, os agentes da PJ são considerados «hostis» aos «interesses obscuros» de alguma força oculta, de certa forma considerados muito envolvidos em actos ilícitos.
As linhas de investigação dos agentes da Policia Judiciária (PJ) sobre determinadas matérias, nomeadamente ligadas ao crime organizado, apresentam, no final de contas, pessoas ligadas a estruturas pesadas do poder militar e civil. Tanto assim é que, num dos registados casos, três agentes da PJ que estavam a seguir uma pista para uma eventual operação de narcotraficantes, sob perseguição perigosa de homens armados disfarçados, foram obrigados atravessar a fronteira para o lado da Guiné Conakry, país vizinho, onde ficaram por algum tempo temendo represálias de morte.
Isto, adicionado à captura e consequente tortura de um agente da PJ no princípio de 2013 por parte de homens fardados, só porque alguém ligado a um regimento militar teria recebido uma notificação para responder a uma queixa interposta naquela instituição policial, e o agente encarregue do processo acabou por ser vítima de rapto e espancamento, sem que houvesse alguma responsabilização judicial ou administrativa.
Estes são dois, de entre vários outros casos, que deixam directamente os agentes da PJ em «lençóis» arriscados e sob cruzadas ameaças oriundas de fora. Aliás, isto ficou uma vez mais provado recentemente, quando a PJ estava a ouvir indivíduos supostamente envolvidos no espancamento do ministro de Estado, dos Transportes e das Telecomunicações, Orlando Mendes Viegas, e apareceu um grupo de pessoas com uniformes policiais e da Guarda Nacional envolvendo-se com o Director Nacional da Policia Judiciaria e os seus agentes, retirando à força as pessoas que estavam a ser ouvidas naquele instante, no âmbito do citado processo.
«Um oficial da Brigada de Intervenção Rápida (BIR) agrediu física e verbalmente o director da PJ e ameaçou-o de morte juntamente com a família. Nesse mesmo dia, um colega nosso foi espancado pelos agentes da Guarda Nacional à frente do nosso portão. Eles encontravam-se ali para um eventual resgate das pessoas que estavam a ser ouvidas na nossa sede, caso fossem ordenadas as suas detenções», referiu uma fonte policial.
«Não quero citar nomes devido a questões de segurança. Mas, desde a abertura desse inquérito, o de espancamento do ministro Viegas, a PJ tem estado sob ameaças de assalto por outras forças. A Polícia de Ordem Pública (POP) e a Guarda Nacional (GN) não querem ver a PJ e os seus efectivos. Andam sempre a importunar o nosso trabalho», concluiu a mesma fonte.
O cenário descrito acontece no exacto momento em que a PJ guineense enfrenta dificuldades de funcionamento das mais críticas na sua recente história operacional. Sem combustível regular para abastecer as viaturas, condição indispensável pera efectuar diligências e operações de terreno.
Conforme uma fonte da PJ, tem havido dificuldades na emissão de notificações, devido à escassez de resmas», referiu um alto responsável da PJ, para quem técnica e operacionalmente não se pode processar qualquer matéria investigativa e, em consequência, «como se pode então combater a criminalidade?».
«Nós somos parente pobre e mal-amado do Governo», rematou este alto responsável na hierarquia da PJ guineense, que não hesitou em afirmar que a situação laboral da PJ vai «de mal a pior», isto em face de constantes agressões estratégicas de grupos de narcotraficantes contra a Guiné-Bissau.
O mais recente caso aconteceu este sábado, 25 de Janeiro, quando um grupo de homens da Guarda Nacional (GN), afectos ao Grupo de Intervenção Rápida (GIR) do Ministério do Interior, retirou à força dos agentes da PJ em serviços de Piquete no Aeroporto de Bissau, um indivíduo que se suspeitava ter ingerido e estar a transportar cápsulas de cocaína para a Guiné-Bissau. As cápsulas seriam depois, conforme o «modus operandi» deste grupo, retiradas do estomago ou do intestino do suspeito, sem qualquer processo criminal pois os homens fardados da GN aproveitam o produto para outros canais de tráfico.
Neste último cenário houve duras e escandalosas agressões no Aeroporto entre as duas forças, sendo que o Grupo «mafioso» da GN apoderou-se do suspeito para a habitual extracção das cápsulas ingeridas. São estes entre vários outros cenários, que marcam o quotidiano dos agentes da PJ na Guiné-Bissau, que assim colocam as suas vidas em risco e sem qualquer tipo de protecção política, catapultando uma onde de desmotivação no seio da corporação policial.
(c) PNN Portuguese News Network
EXCLUSIVO DC: Este é o guineense que morreu com cocaína no estômago, no aeroporto de Guarulhos em S. Paulo, Brasil. AAS
OKICA OLIVEIRA: De militar a guarda-costas do falecido coronel Aniceto na Flac, à morte por ter engolido bolotas cheias de cocaína
EXCLUSIVO DC: Eis o homem que comandou o 'rapto' do traficante nigeriano das mãos da PJ
Ontem, dia 26 de Janeiro de 2014, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, uma equipa de agentes da Polícia Judiciária, abordaram um cidadão nigeriano de nome Ezekoka Chima, com o passaporte NºAO2989897, proveniente do Brasil, no voo da companhia aérea Royal Air Morroc, suspeito de ter transportado droga.
De seguida os agentes, depois de todas as formalidades, conduziram o suspeito para a viatura com destino as instalações centrais da PJ. Surpreendentemente e na presença da multidão que se encontrava na entrada do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira, os dois agentes que conduziam o suspeito foram invadidos por um grupo de polícias de Ministério do Interior, alguns fardados e fortemente armados, sob o Comando do Adjunto-Chede de Operações da Brigada da Intervenção Rápida (BIR), Mussa Nambatcha (VER FOTO).
MUSSA NAMBATCHA, Adjunto de Operações da BIR, foi quem resgatou o nigeriano traficante das mãos da Polícia Judiciária
O Grupo estava composto por mais de 15 homens, todos armados, e estavam em 5 viaturas. Os homens do BIR interpelaram os agentes com o suspeito, junto da viatura da PJ que se encontrava estacionada na parte exterior do Aeroporto. Os homens da farda azul agrediram os agentes em causa, na voz do Mussa Nambatcha, os agentes da PJ foram obrigados a entregar o suspeito.
Com a recusa por parte dos agentes da PJ, vieram um grupo de pessoas afectos ao Ministério do Interior e das Forças Armadas, que estavam de retaguarda, sob a ordem do Mussa Nambatcha, retiraram o suspeito, usando violência e ameaças de morte contra os agentes e levaram-no numa viatura Mercedez 190 cinza para um lugar incerto. AAS
NOTÍCIA DC - DROGA: O cidadão guineense que morreu no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, Brasil, chamava-se Okica Oliveira, era filho de Ukus Na Mon, régulo de Casinatche, zona de Có. Vivia em Fortaleza e depois mudou-se para S. Paulo. A polícia fez, segundo apurou o DC, ligações a algumas pessoas em Fortaleza. AAS
NOTÍCIA DC: Cocaína mata cidadão guineense no Brasil
Um cidadão de origem guineense, morreu no aeroporto de Guarulhos em São Paulo (Brasil). A vítima preparava-se para viajar para Portugal, e morreu porque tinha engolido cápsulas de cocaína que rebentaram no estômago. após a confirmação do óbito, as autoridades policias pegaram no telemóvel da vítima e ligaram para os números para os quais ele tinha feito as últimas chamadas.
O pedido seria para fazerem o reconhecimento do corpo, mas nenhuma das pessoas contactadas compareceram - ou mostraram sequer disponibilidade para colaborar (todos se esquivaram). Ditadura do Consenso sabe que o malogrado tinha feito uma viagem para a Guiné-Bissau há bem pouco tempo... AAS
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