quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Livres de perder...a liberdade


Guiné-Bissau está entre os países que mais liberdades perderam desde 2009, diz a insuspeita Freedom House, no seu relatório anual hoje divulgado. Intitulado 'Liberdade no Mundo 2014', o relatório conclui que no ano passado 54 países registaram declínios das suas liberdades, enquanto 40 tiveram ganhos.

No documento, cada país ou território é classificado com dois números de um a sete, o que avalia os seus direitos políticos e as suas liberdades civis, sendo que 'um' representa o mais livre e 'sete' o menos livre.

Morreu biógrafo de Amílcar Cabral


O Coordenador do Grupo Parlamentar Britânico para a Guiné-Bissau prestou homenagem ao estimável académico Patrick Chabal, que morreu no passado dia 16 de Janeiro, quinta-feira, em Inglaterra, após uma longa batalha contra a doença.

Professor Patrick Chabal, do Reino Unido, era um dos mais talentosos académicos nos assuntos relacionados com a Guiné-Bissau. Ficou famoso com a sua biografia de Amílcar Cabral, intitulada "Revolutionary Leadership and People's War" (liderança revolucionária e guerra popular), que Peter Thompson desceveu como “a obra mais marcante de literatura académica sobre Amílcar Cabral jamais escrita ".

Peter Thompson, que conheceu o Professor Chabal pessoalmente, prestou tributo à vida e carreira do Professor: "Patrick conhecia cada canto da Guiné-Bissau e facilitou uma compreensão da luta guineense pela independência que inspirou toda uma geração. Ensinou ao mundo que Amílcar Cabral não era apenas uma pessoa ou um líder, mas uma filosofia."

"Em conjunto com Basil Davidson, outro reputado académico inglês, Patrick Chabal é responsável pelo conhecimento que o mundo tem hoje do empenho do povo guineense na sua auto-determinação”, afirmou.

"Recordo-me particularmente de um almoço que mantive com Patrick num famoso restaurant londrino chamado Simpsons, perto da universidade onde o Professor trabalhava. Passámos várias horas debatendo o passado, o presente e o futuro da Guiné-Bissau, mas eu nunca conseguia vencer a sua argumentação. Patrick era uma mente inconquistável”. O Professor Patrick Chabal faleceu em sua casa, em Inglaterra, na passada quinta-feira.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

ELEIÇÕES(?) 2014: Comunidade guineense diz ter sido apanhada "de surpresa"


Recenseamento na diáspora

A comunidade guineense em França teve conhecimento oficioso, e, num curto espaço de tempo, no inicio de Janeiro de 2014, que se encontrava em França um emissário enviado pelo Governo de transição, para direitamente com as associações guineense locais, proceder aos trabalhos de recenseamento de cidadãos de Guiné-Bissau residentes em França.

E também de nosso conhecimento que afinal, o referido emissário já se encontrava trabalhando no território Frances de forma independente com as associações acima mencionadas (CAGF) desde inicio de dezembro de 2013 a trabalhar neste dossier, com desconhecimento da autoridade guineense local ( A Embaixada).


A falta de informação prévia sobre esta matéria, é, o nosso ver, preocupante, na medida em que poderá por em causa o próprio recenseamento, cujo processo é de grande responsabilidade para todos nos guineense.


Preocupante ainda é que a referida Comissão de recenseamento escolheu a seu belo prazer alguns cidadãos guineenses sem expressão na Comunidade para integrar a referida Comissão, desrespeitando as outras associações, comissões, colectivos ou grupos de guineense, que ao longo dos anos, tem demonstrando o seu empenho e dedicação, para a causa do Estado da Guiné-Bissau.


A comunidade guineense em França não pode deixar de, publicamente repudiar e denunciar este acto inqualificável, para que todas as comunidades guineense na diaspora fiquem alertas, sobre acções desde género que possam vim a prejudicar o processo eleitoral.

Estas eleições constituem, pois, uma oportunidade soberana de minimizar os danos causados ao pais, e, tentar corrigir o serviço negativo prestado a Nação


A comunidade guineense em França e suas Associações prometem trabalhar estreitamente com a EMBAIXADA e a Comissão de recenseamento, de forma transparente, dando o seu melhor para que as eleições previstas para o dia 16 de Março do corrente ano sejam um sucesso.

Paris, 22 de janeiro de 2014


A comunidade guineense em França

Carta enderaçada aos Senhores:

- Ministro da Administraçao Territorial

- Presidente da Comissao Eleitoral

- Representante da ONU na Guiné-Bisdsau, Senhor Ramos HORTA

 

ELEIÇÕES(?) 2014: Comunicado dos parceiros internacionais da Guiné-Bissau


Bissau-UNIOGBIS, 21 JAN-2014 – O Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau dá conhecimento do Acordo Conjunto com os Parceiros Internacionais para a Guiné-Bissau na sequência de encontros na UNIOGBIS, a 14 de janeiro de 2014, e na Embaixada da França, a 17 de Janeiro de 2014.

Os Parceiros Internacionais exprimem o seu apreço pelos esforços encetados por relevantes autoridades de transição, apoiadas pelos parceiros, no sentido da consecução de listas credíveis do eleitorado. Esperam que os obstáculos enfrentados no decurso do processo sejam resolvidos e as percalços ultrapassados de modo expedido, para que o sufrágio se realize, como previsto, a 16 de Março de 2014.

Os Parceiros Internacionais reafirmam que as relevantes decisões do Conselho de Segurança, nomeadamente a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau, devem ser tidas em linha de conta e que todas as partes envolvidas também devem cooperar, com o objectivo de realizar as eleições, como previsto, a 16 de Março de 2014.

José Ramos-Horta
Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas

ASSALTO ÀS INSTALAÇÕES DA UNIOGBIS, EM BUBA: DITADURA DO CONSENSO NÃO MENTE


Lusa, 21 Jan, 2014, 17:22

Polícias e guardas armados tentaram na quinta-feira fazer buscas em instalações das Nações Unidas em Buba, sul na Guiné-Bissau, alegando que ali estaria o primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, refere um relatório da organização. A "tentativa de busca" num espaço que goza de imunidade diplomática está registada no último relatório semanal de segurança do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), que abrange o período de 10 a 17 de janeiro, e a que a Lusa hoje teve acesso. DITADURA DO CONSENSO PUBLICOU EM EXCLUSIVO A NOTÍCIA - LER AQUI

Segundo o documento, pelas 10:35 de quinta-feira, "o escritório do UNIOGBIS foi cercado pela polícia local e pela Guarda Nacional, no seguimento de falsas informações de que o ex-líder do PAIGC e primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior (Cadogo) estaria no imóvel".

Apesar de "o rumor ter sido desmentido, o comissário da polícia tentou entrar no recinto [das Nações Unidas] para verificar por ele próprio" a veracidade dos factos, pode ler-se no documento. A tentativa "foi recusada" pelo pessoal do UNIOGBIS e o comissário deu então ordens "para as forças de segurança cercarem as instalações".

"Um total de sete soldados manteve-se em frente ao escritório, entre os quais três armados com armas de assalto AK-47", acrescenta. De acordo com o relatório de segurança, "uma hora depois, os homens retiraram-se após algumas intervenções", não detalhadas no documento.

De acordo com as normas internacionais, as instalações e pessoal das Nações Unidas têm direito a imunidade diplomática nos países de acolhimento, tal como prevista na Convenção de Viena. Sobre o caso, o porta-voz das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Daba Nawalna, negou hoje o envolvimento de militares, afirmando que o Estado-Maior General das Forças Armadas não deu qualquer ordem para que fossem realizadas as referidas buscas.

"Ainda hoje estive em contacto com os serviços competentes aqui no Estado-Maior que me garantiram que não houve nenhuma decisão nesse âmbito, nem do Chefe do Estado-Maior, nem de outro serviço", precisou Nawalna. O caso de Buba surge depois de fontes do UNIOGBIS relatarem que a viatura de José Ramos-Horta, representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, terá sido mandada parar por militares no início do mês (OUTRA NOTÍCIA EXCLUSIVA DESTE BLOG - AQUI)

Daba Nawalna não confirma nem desmente a situação, mas refere que o caso já foi tratado. "Nós já escrevemos uma carta ao senhor representante do secretário-geral das Nações Unidas sobre essa questão e não gostaríamos de fazer um pronunciamento público", disse Nawalna. O porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas nega que estejam a ser feitas buscas a viaturas, incluindo carros com matrícula diplomática.

No final de dezembro, Carlos Gomes Júnior disse à agência Lusa, a partir de Cabo Verde, que tinha intenção de regressar à Guiné-Bissau para se candidatar a presidente nas eleições gerais de 16 de março. "No entanto, para regressar, é fundamental que estejam reunidas as condições necessárias para que o processo eleitoral decorra com normalidade e segurança", referiu. Carlos Gomes Júnior era primeiro-ministro do país e candidato a Presidente da República quando, a 12 de abril de 2012, um golpe militar impediu a realização da segunda volta das eleições presidenciais.

CESA: Sociedade Civil e a Comunicação Social em perigo


Num contexto politico complexo e confuso na Guiné-Bissau, a Sociedade Civil e a Comunicação Social, que constituem as duas forças de "resistência e de influência" sentem-se ameaçadas. Cada vez mais "eles são sujeitos à ameaças, intimidações e violências em crescendo por parte de responsáveis militares e políticos que não apreciam a atenção que despertam esses diferentes actores independentes", indica o Centro de Estudos Estratégicos de África (CESA).

Por essa razão o CESA solicitou a promulgação de uma "lei que visa a criminalização de acções que tomem por alvo os jornalistas e os meios de comunicação independentes, mas também os defensores dos Direitos Humanos e os membros da Sociedade Civil". Num documento publicado, o referido Centro denunciou certas violações cometidas pelo Estado que, "deve igualmente abster-se de utilizar materiais recentemente adquiridos que visam a identificar as rádios comunitárias e a limitar ou bloquear as suas emissões".

Defende finalmente o Centro, de que, o reforço das capacidades técnicas e editorialista a favor dos jornalistas da imprensa oral e escrita, é uma necessidade urgente, a fim de poderem melhor "desenvolver as suas influências e os seus engajamentos vis-à-vis para com a população" e de, se "constituírem em redes" o conjunto de actores, a fim de, "em conjunto resistir aos factores de perturbação e as medidas de intimidação" contra eles exercidas.

Bubo foi rei em Banjul


FONTE: RTP-África

O ex-chefe de Estado da Armada da Guiné-Bissau agora detido nos Estados Unidos a aguardar o julgamento durante semanas que viveu na Gambia? As respostas são dadas pelo diário online – Freedom News Paper. Esse diário conta que o Bubo Na Tchuto, de uniforme branco vestido, chegou um dia num barco a vila piscatória de Tangi, na Gambia. Vinha acompanhado pelo amigo e guardas costas Alfuseine e Mazane e foi por ordem do Presidente da Gambia conduzido de imediato a Canilay.

De acordo com o jornal, isso aconteceu depois de um dia de mais um golpe de estado na Guine Bissau, o de 2008. Um golpe que, lê-se, o chefe de estado da Gambia sabia bem que ia acontecer graças aos seus espiões em Bissau.

Durante esse período, continua o Freedom News Paper, Bubo Na Tchuto e o Presidente Iahia Djeme ter-se-iam encontrado várias vezes em Canilay. Mais tarde, Na Tchuto foi transferido para as moradias do Presidente da União Africana em Bruffut, onde ocupava uma casa de resto junto a do irmão do chefe de estado gambiano. Foi-lhe então atribuído um zuzu, um monovolume e garantida a segurança com dois guardas militares, mas a paisana.

Realça o jornal online que precisamente durante a estadia de Bubo Na Tchuto entre 2008 e 2010, a Gambia era um ponto chave no trafico da cocaína na Africa Ocidental. Agências internacionais deram conta da presença na zona de helicópteros e pequenos aviões, mas foram aconselhados a desvalorizar já que as ordens viriam directamente da presidência do pais. Durante esse período, o aeroporto de Yondum era uma porta de entrada da droga para a Europa e o regime de Djeme, conhecido por conceder passaportes diplomáticos a vários cidadãos estrangeiros. Ao longo desses dois anos, lê-se ainda, Bubo Na Tchuto circulou livremente, e isso apesar de o governo guineense da altura ter pedido a sua prisão e sua extradição.

Em 2010, com a ajuda de Carlos Sanchez, um cidadão da Colômbia ou da Venezuela – o jornal não sabe precisar – Bubo Na Tchuto regressou a Guine Bissau numa potente lancha propriedade da empresa de Sanchez. Depois de meses escondido na sede da ONU na capital guineense, Bubo Na Tchuto participou no novo golpe de estado.

Avanca ainda o Freedom News Paper que nos círculos militares da Guine Bissau, da Gambia e dos rebeldes da Casamança, sabe-se bem que o governo Djeme garante o fornecimento de uniformes, de botas e de munições pesadas desde o tempo do (Brigadeiro) Ansumane Mane.

Le-se ainda que durante a estada de Bubo Na Tchuto na Gambia, o armamento iraniano, incluindo missas terra-ar portáteis chegaram a Gambia e que parte desse equipamento foi mesmo transferido para a Guine Bissau numa operação que, garante o Freedom News Paper, terá sido intermediada por Alfuseine Sane, o tal amigo e guarda costas de Bubo Na Tchuto.

A história contada por esse jornal online vai bem além de Bubo Na Tchuto e da Guine Bissau, tem contornos nos filmes de espionagem montados por um regime apontado como ditatorial e que nos últimos dias, lê-se ainda nesse diário online, terá sido mesmo alvo de mais uma tentativa de golpe de estado.

INVESTIGAÇÃO DC: Desmantelada rede de traficantes de passaportes diplomáticos da Guiné-Bissau


Um cidadão cabo-verdiano, António C. N., sem profissão certa e um guineense, Fernando A. Ca, estudante universitário, foram detidos em Dakar e estão sob alçada do Ministério Público senegalês por utilização fraudulenta, falsificação de passaportes diplomáticos guineense e infracção à legislação sobre as condições de entrada e estadia no Senegal. Os dois cidadãos lusófonos, apurou o ditadura do consenso, foram detidos pela policia de investigação criminal senegalesa (DIC) há mais de uma mês.

Com a detenção desses dois indivíduos, a secção das operações da DIC pôs fim a um tráfico lucrativo, que poderá ter gerado centenas de milhões de Francos Cfa. Segundo disse ao DC fonte próxima do inquérito, «eles conseguiram introduzir no mercado mais de 300 passaportes diplomáticos guineenses, à razão de 3.000.000 Fcfa cada um». O esquema estava bem montando, o que permitiu a centenas de cidadãos ilegais se introduzirem no espaço Schengen, via Lisboa, desaparecendo depois sem deixar rasto.

«Trata-se de uma vasta rede de tráfico de passaportes diplomáticos guineenses reais, que possui ramificações nos países da sub-região, nomeadamente na Gâmbia e na Guiné-Bissau», confirma a nossa fonte. Com a detenção desses malfeitores, a polícia apreendeu materiais high-tech usados na contrafacção (preenchimento e validação dos passaportes) assim como chips telefônicos, gambianos e da Guiné-Bissau.

Constatou-se através do inquérito que os dois falsários agiam em estreita colaboração com um policia aeroportuário guineense, um certo Quecuto. Este assunto, foi tomado muito a sério pelas autoridades senegalesas, chegando ao ponto do Consulado da Guiné-Bissau ter sido alvo de uma visita dessa secção de investigação, dado que as autoridades querem descobrir a génese e as ramificações dessa rede criminosa, sobre a qual supõem existirem cumplicidades oficiais.

Este é, infelizmente, o retrato que a corrupta e criminosa diplomacia do regime golpista de Bissau vende dos guineenses: falsários, traficantes de drogas, de seres humanos, comerciantes de postos diplomáticos, encobridores de malfeitores com a capa de diplomatas, etc, etc. AAS

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

ELEIÇÕES(?) 2014: Kuntum stau na rostu, ma bu na fala i Bandé...nô bai



DC/DR

Em França, quase toda a gente que se recenseou tem problemas com o cartão de eleitor. Escrevem «casado» imprime «solteiro», «homem» vira «mulher». «Divorciado»...não sei se dá «viúvo». Não perguntei sequer...AAS

ELEIÇÕES(?)2014: ONU não quer sequer ouvir falar em (mais um) adiamento


FONTE: RFI

A ONU não quer ouvir falar no adiamento das eleições gerais de 16 de Março. O aviso é dado por António Patriota, Presidente do Grupo Encarregue da Guiné-Bissau junto da Comissão da ONU para a Consolidação da Paz. As Nações Unidas insistem na necessidade de manter a data das eleições gerais na Guiné-Bissau a 16 de Março.

O recado foi deixado por António Patriota, Representante Permanente do Brasil nas Nações Unidas. De visita a Bissau, António Patriota reuniu-se com o ministro Delfim da Silva, que sublinhou a importância da missão. Ouvir AQUI

ELEIÇÕES(?) 2014 - Enquanto toda a comunidade internacional fala a uma só voz, defendendo que as eleições gerais devem ter lugar em março do corrente ano, dentro de portas está tudo afinado para mais um adiamento das mesmas. Depois, a desculpa será a 'época das chuvas' e por aí adiante. Assim vai a transição ad eternum no país das manhas e onde até as putas se vêem...AAS


ELEIÇÕES(?) 2014: Bissau, we have a problem


PERGUNTA:

Acredita que as eleições gerais terão lugar em março de 2014?

RESPOSTAS:

- SIM, ACREDITO - 180 votos = 25%

- NÃO, NEM EM SONHOS - 362 votos = 50%

- TALVEZ...UM DIA! - 169 votos = 23%

Votos apurados: 711

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HOMENAGEM: Foste comandante-em-chefe da mais bem sucedida guerrilha do mundo, até que a cegueira dos teus tirou-te a vida. Porém, passados quarenta anos, os teus ideais continuam e vão perdurar. Para nosso consolo, faço minhas as palavras do historiador escocês, Thomas Carlyle: "Nenhum grande homem vive em vão." Chefe de guerra, Amilcar Cabral, eu sei que perdoaste os teus companheiros, que falharam quando o Povo mais precisou deles... AAS




NOTÍCIA DC: Sentindo-se burlado, Mike Wang promete 'barulho'...


Mais uma vez o nosso Mike Wang, o famoso "embaixador itinerante" do regime de Bissau volta a dar que falar. Ditadura do Consenso sabe que o obscuro e encapotado "diplomata" e homem de negócios chino-canadiano-guineense, MIKE WANG, encontra-se de novo em Bissau, a capital dos negócios mais mafiosos da costa ocidental africana. Nada de novo, se atendermos ao seu incessante vai-vem.

Porém, DC conseguiu apurar que Mike Wang encontra-se em Bissau com um propósito particular: reclamar o seu posto de "Embaixador Itinerante Extraordinário e Plenipotenciário" da Guiné-Bissau junto do Estado da Indonésia, posto esse que, de resto negociou - e - pagou ao presidente fantoche de transição, Manuel Serifo Nhamadjo e a demais comparsas nessas negociatas de vendas de postos diplomáticos da Guiné-Bissau.

De passagem, e para se aperceber de que atrás dessa negociata está a mais pura trapaça de candongueiros de estado, esclarece-se, de que, tal posto, além de inexistente no curriculum e historial da diplomacia internacional, é de aberrante incompatibilidade com o termo "itinerante", para além do agravante e inusitado facto de ter sido um não guineense a ser nomeado para ocupar esse posto. Primeiro tiro no pé...do Wang. Foi enganado. Burlado.

Mas vamos por partes. Os dissabores de Mike Wang começaram desde que o Ditadura do Consenso denunciou, tendo como suporte provas do seu envolvimento mafioso com altas esferas do poder golpista de Bissau, em particular com o PRT, Serifo Nhamadjo, o SEC Idelfrides Fernandes, vulgo "Didi" e o SG da Presidência, Mamadu Serifo Djaquité.

As escandalosas revelações feitas pelo DC sobre essa nomeação através de negociatas, terá "forçado", a contragosto, o regime corrupto de Bissau a recuar com essa nomeação escandalosa e nomear, assim, um diplomata de carreira fiel ao PRT para o posto. Trata-se do embaixador Carlos Alberto Moreno, outrora colocado na Argélia e mais recentemente ocupava o cargo de Diretor-geral do Protocolo do Estado.

Face ao colossal investimento que fez junto a essas figuras do regime de Bissau, Mike Wang está por estes dias na capital guineense, disposto a fazer escândalo se necessário for para "reaver" o seu posto, ou, que em alternativa lhe seja atribuído um outro posto que lhe satisfaça face ao investimento feito.

Para reavivar a memória das pessoas, e tal como DC já tinha denunciado, foi Mike Wang quem pagou os atrasados da dívida da Guiné-Bissau na ONU, liquidou os atrasados salariais do Representante do pais junto dessa instituição, financiou, custeando as viagens e o hotel da deslocação da comitiva presidencial à AG da ONU que incluía mais cinco pessoas. Ao todo, incluindo o financiamento da campanha presidencial de Serifo Nhamadjo (com um inglorioso 3º lugar...) Mike Wang investiu perto de 2 milhões de dólares, para poder aceder a esse posto na qual apostou como charneira para poder desenvolver os seus obscuros negócios encapotado na veste de diplomata.

Hoje em dia, Mike Wang é um homem desiludido com a cúpula do regime de Bissau e por essa razão está disposto a ir até às ultimas consequências para "reaver" o posto que - e bem - entende ter comprado às autoridades de Bissau por cerca de 2 milhões de dólares. Neste momento Mike Wang faz pressão em todos os sentidos, em particular, sobre o PRT, sobre o PM e sobre o SEC e, reclama mesmo uma reunião com essa cúpula, para que a sua situação seja esclarecida, sob pena de expor documentos (mais do que aqueles revelados pelo Ditadura do Consenso) e transações comprometedoras (idem, idem) que detém sobre esse escandaloso caso de terrorismo diplomático.

De momento, os visados fingem assobiar para o lado, como se nada se passasse... porém, caso Mike Wang não consiga "cobrar" o seu posto, poderá deitar o cocó na ventoinha e tornar a cumplicidade uma vivência fedorenta. AAS

Bafatório em extinção: Mais de 1.500 macacos são vendidos anualmente como carne nos mercados urbanos da Guiné-Bissau, mas muitos mais são caçados e não chegam ao destino, revelam investigadores portugueses que temem a extinção de algumas espécies...AAS