domingo, 3 de novembro de 2013

Embaixada de Angola foi vandalizada em Lisboa


O edifício da embaixada de Angola em Portugal foi vandalizado na manhã deste domingo por "elementos desconhecidos", que provocaram alguns danos materiais, confirmou à agência Lusa o assessor de imprensa.

A Rádio Nacional de Angola (RNA) noticiou este domingo que o edifício da representação diplomática, localizado em Lisboa, tinha sido vandalizado de madrugada, citando o embaixador de Angola em Portugal, Marcos Barrica. Contactado pela agência Lusa, o assessor de imprensa da embaixada de Angola em Portugal, Estêvão Alberto, disse que o edifício foi "vandalizado por elementos desconhecidos" esta manhã.

"Não sabemos ao certo quem eram, nem quantos eram", acrescentou o responsável, referindo que do incidente resultou a quebra de vidros da fachada principal do edifício, situado na Avenida da República, em Lisboa, e que os prejuízos ainda não estão contabilizados. Estêvão Alberto disse que "as autoridades policiais foram contactadas e estiveram no local a fazer a perícia".

ATIRARAM PEDRAS DA CALÇADA

Fonte da direção nacional da PSP, contactada pela Lusa, confirmou o incidente, ocorrido pelas 06h00 da manhã e adiantou que a situação foi comunicada à polícia por um segurança da embaixada.
"Verificou-se que foram arremessadas pedras da calçada" contra a fachada o edifício, que o partiram os vidros do 'hall' de entrada e da sala de visitas, acrescentou. LUSA

No que estou a pensar…!


O QUE ESTÁ EM JOGO?

Não é Bissau, Bafatá, Bissorã, Gabu, Bolama, etc.

Não é o pretu nok ou burmedju wak, fula ou mandinga, papel ou balanta.

Não é Nanias, ou guineenses verdadeiros.

Não é mortes e sentenças executórias encomendadas.

Não é escola ou analfabetismo, ou a fuga de cérebros.

Não é luz ou água, a miséria generalizada e o ceticismo em relação ao futuro.

Não é cólera ou paludismo e, muito menos, a excisão ou a sida.

Não é CPLP ou CEDEAO, ou a ONU e a União Africana.

Não é armas ou politica.

Garanto-vos!

O QUE ESTÁ EM JOGO É A GUINÉ BISSAU.

O que está em jogo é a SOBREVIVÊNCIA HUMANA da Nação.

O que está em jogo é o ESTADO.

O que está em jogo é os MELHORES FILHOS E CAPACITADOS não serem capazes de tomar em mãos o Estado.

O que está em jogo é o conhecer e INSERIR-SE A GUINÉ-BISSAU na globalização no contexto africano e mundial do séc. XXI.

O que está em jogo são REGRAS E PRINCÍPIOS UNIVERSAIS e não privados e localizados.

O que está em jogo são mais de 60% DA POPULAÇÃO QUE NÃO CONHECEU A GUINÉ-BISSAU ANTES DA INDEPENDÊNCIA.

O que está em jogo é O SAGRADO para os filhos da Guiné-Bissau. Estejam onde estiverem.

Ou seja: o que está em jogo é a PROCLAMAÇÃO DE 73: ESTADO SOBERANO, AUTÓNOMO, INDEPENDENTE E LIBERTADO PARA O BEM-ESTAR E QUALIDADE DE VIDA DA SUA POPULAÇÃO.


Carmelita Pires

sábado, 2 de novembro de 2013

NOTA DE IMPRENSA DO GOVERNO ELEITO DA GUINÉ-BISSAU


REPÚBLICA DA GUINÉ–BISSAU

cadogo candidato

NOTA DE IMPRENSA DO GOVERNO ELEITO DA GUINÉ-BISSAU

«Na sequência de uma carta que dirigiu ao Secretário-Geral da ONU, Ban Ki Moon, onde levantou várias preocupações relacionadas com o processo político da Guiné-Bissau, o ex-Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr, acompanhado do Mamadu Saliu Jaló Pires, ex- Ministro dos Negócios estrangeiros, esteve na sede da ONU, em Nova Iorque, de 29 de Outubro a 01 de Novembro de 2013, em visita oficial de trabalho, durante a qual foi recebido pelo Secretário-geral Adjunto, Dr. Jeffrey Feltman, que dirige o Departamento dos Assuntos Políticos do Secretariado Geral da ONU.

Durante o encontro, Carlos Gomes Jr. Fez uma exposição das preocupações essenciais no processo politico guineense orientado para o retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau, através da organização de eleições presidenciais e legislativas credíveis e inclusivas.

A exposição feita pelo Carlos Gomes Jr ao Secretário-geral Adjunto da ONU, incidiu fundamentalmente nos seguintes aspetos, que não devem ser ignorados pela Comunidade Internacional, nomeadamente pelas Nações Unidas e União Africana:

1. Não obstante estar-se a poucos meses para a realização das eleições gerais na Guiné-Bissau, o poder militar que liderou o golpe de Estado de 12 de Abril do ano transacto e, sob sanções da ONU, União Africana e União Europeia, mantém-se em funções com poderes reforçados sobre o poder civil;

a. O poder militar continua a interferir na vida política do país e controla todos os poderes de Estado, incluindo os tribunais, com destaque para o tribunal militar, que é, na prática, uma extensão do Estado Maior General das Forças Armadas;

b. Não está garantido o regresso incondicional ao país, em liberdade e segurança, do Presidente do PAIGC e demais dirigentes políticos, bem como de antigos governantes e líderes de alguns partidos políticos nacionais a viver no estrangeiro como exilados políticos;

c. Desde 12 de Abril de 2012 que os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos e dos partidos políticos estão suspensos por decisão dos militares, sendo certo que a situação dos direitos humanos terá piorado com o chamado caso 21 de Outubro do ano passado;

d. Os cidadãos continuam sob ameaças dos militares e a liberdade de imprensa absolutamente proibida, com um clima de intimidação permanente sobre os políticos, sindicalistas, ativistas da defesa e proteção dos direitos humanos, jornalistas e representantes da sociedade civil;

e. O medo generalizado reinante na Guiné-Bissau pelas sistemáticas violações dos direitos humanos praticadas pelos militares guineenses, incluindo assassinatos, prisões arbitrárias e espancamentos;

f. A impunidade e o narcotráfico na Guiné-Bissau ganharam expressão de forma nunca antes visto na sociedade guineense;

g. O desprezo total do poder militar pelo poder civil instalado com o golpe de Estado de 12 de Abril, simbolizado com o recente ato de juramento à Bandeira de cerca de 2.400 novos agentes militares e de segurança, sem qualquer enquadramento legal e orçamental;

h. A total ineficácia da Força militar da CEDEAO (ECOMIB) presente em Bissau face a atuação desconforme com a Lei e a Constituição do poder militar guineense, quer na vertente da proteção dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, quer na vertente do combate a impunidade e ao narcotráfico;

Entretanto, Carlos Gomes Jr lembrou, também, ao seu interlocutor da ONU, da carta que dirigira ao Secretario Geral da ONU Ban Ki Moon, em 27 de Julho de 2012, na qual solicitara ao Conselho de Segurança a constituição de um Tribunal Internacional ad hoc para a Guiné-Bissau à semelhança do que ocorreu no passado em situações idênticas, para julgamento de todos os crimes de sangue cometidos no país.

Por outro lado, Carlos Gomes Jr, reuniu-se com o representante da União Africana na ONU e também com os Embaixadores de alguns países africanos da CPLP.

Lisboa, 02 de Novembro de 2013.

As autoridades eleitas da República da Guiné-Bissau
»

Dinheirinhos


No dia 29 de Outubro de 2013, 57 milhões de Fcfa (cerca de 87 mil euros) desapareceram no Ministério do Interior da Guiné-Bissau. O referido montante destinava-se ao pagamento dos salários, e algumas pessoas foram presas. Mas segundo um inspector do mesmo ministério, trata-se de "um dinherinho"... AAS

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Morte do 'Zé da Guiné': Os restos mortais do Zé da Guiné deverão ser trasladados para a Guiné-Bissau, país onde nasceu. AAS


Adeus, amigo


Nasceu em Biombo, na Guiné-Bissau, mas desaguou em Portugal, corria o ano de 1974. Treina Karaté, faz moda, atletismo no Sport Lisboa e Benfica, mas não se fica por aí. Entra no cinema e pelo meio tira um curso de carpintaria e outro de alfaiate. Descobre o Bairro Alto nos idos ’80 e faz dele gato-sapato. Respeitado e respeitador, Zé da Guiné viveu um período difícil da sua vida. Uma doença grave - «que só me fez acalmar» - tentou reduzi-lo a um simples cidadão, que não era. Pena é que o Zé não possa viver ‘toda a vida e mais seis meses’…

LUSÓFONO 8.jpg
ZÉ DA GUINÉ entrevistado para o jornal 'Lusófono' pelo jornalista António Aly Silva, em 2002

Mas o início dar-se-ia no Rock House, onde Zé guardava a porta. Era uma espécie de porteiro e relações públicas ao mesmo tempo. Comunicativo e sempre com um sorriso de orelha a orelha, Zé não era muito dado a palavras. O nome por que era conhecido, ganhou-o no Rossio, entre ‘parentes’ lá da terra. Criou o Noites Longas da Casa Pia de Lisboa (antigo B.Leza), local da primeira homenagem em sua honra depois da doença chegar. A sua vida até deu um filme - "Zé da Guiné - crónica dum africano em Lisboa", sobre a vida de uma "figura emblemática" da capital, foi exibido pela primeira vez no Cinema São Jorge, em Lisboa.


zé da guiné
FOTO: AAS/DR

Zé da Guiné' morreu hoje. Que a terra te seja leve. Descansa em paz, meu amigo. António Aly Silva

Morreu hoje, no hospital de São José, em Lisboa, o Zé da Guiné. Que a sua alma descanse em paz. AAS

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Carlos Gomes Jr., com agenda preenchida nos EUA


Carlos Gomes Jr., o ex-primeiro ministro guineense deposto pelo golpe de Estado Militar de 12 de abril de 2012 e agora candidato às eleições presidenciais de 2014 na Guiné-Bissau, foi recebido hoje, em Nova Iorque, pelo secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman. Carlos Gomes Jr., manteve ainda vários contactos com altos dirigentes da ONU. AAS

Angola, meu amor


O Presidente da República efectua, nos dias 4 e 5 de Novembro do corrente, uma visita oficial à República de Angola, a convite do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Visita que se pretende venha a contribuir para reforçar o diálogo político e as tradicionais relações de cooperação entre os dois Estados, bem assim os laços de amizade entre angolanos e cabo-verdianos, caldeados na história e na cultura. Uma cooperação diversificada, mas que deverá privilegiar as áreas económica, empresarial e financeira, na base de um relacionamento político cada vez mais sólido e claro.

Da visita constam como pontos altos um encontro, em privado, com o Chefe de Estado de Angola, a presença num banquete oficial oferecido pelo ilustre anfitrião, a participação, com uma intervenção política, numa sessão solene extraordinária do Parlamento angolano, antecedida por um encontro em privado com o Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos.

Do programa de visita constam ainda a deposição de coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, a inauguração, na nova «Centralidade do Kilamba», da Rua «Aristides Pereira», na companhia do senhor Governador da Província de Luanda e de um familiar do antigo Presidente de Cabo Verde, e visita e encontro com alunos e professores da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.

Como acontece habitualmente em visitas afins, o Chefe de Estado cabo-verdiano, no dia que antecede o início da visita oficial, Domingo, dia 3, pelas 16 h, na Quinta Genebra, Morro Bento, terá um encontro-convívio com a comunidade cabo-verdiana residente no país. Igualmente estará presente, no mesmo dia, num almoço com dirigentes de organizações empresariais angolanas e cabo-verdianas. 

O Presidente Jorge Carlos Fonseca far-se-á acompanhar durante a visita, para além de alguns de seus colaboradores directos e de representantes de organizações empresariais, dos Ministro das Relações Exteriores (Jorge Borges) e Deputados nacionais eleitos pela emigração África), um pelas listas do PAICV (Estêvão Rodrigues) e outro pelas listas do MPD (Orlando Dias).

BUBO 'salgado' até 2014


O antigo chefe de estado da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos, será julgado apenas em 2014, afirmou à Lusa a sua advogada. "O julgamento não deve ser marcado nos próximos três meses", disse a advogada, Sabrina Shroff, salientando que ainda não recebeu a acusação judicial completa e depois receber formalmente a documentação ainda terá 60 dias para analisar o material. Segundo o calendário primeiro estabelecido pelo juiz do caso, Richard Berman, os procuradores responsáveis pela acusação, Aimee Hector e Glen Kopp, deveriam ter concluído a acusação no passado dia 25 de julho.

No entanto, “o processo está a decorrer mais lentamente do que se esperava. Neste momento, ainda estamos a receber a prova produzida pela acusação", explicou a advogada. No mês de abril, Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana. Os cinco homens arriscam pena de prisão perpétua.

Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA. Segunda a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau. O embaixador da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas (ONU), João Soares da Gama, disse à agência Lusa que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.

Além da detenção do antigo militar guineense, a 04 de abril, a justiça dos EUA manifestou também intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações de tráfico de droga. Lusa

Eleições 'Gucci': Recenseamento eleitoral começa no dia 1 de dezembro e termina a 21 do mesmo mês. Em África, os guineenses poderão recensear-se no Senegal, na Guiné-Conacri, na Gâmbia e em Cabo Verde. AAS


Excelência, senhor doutor e Prémio Nobel da Paz num País em Guerra, Ramos Horta: Desejo-lhe um fim-de-semana Tchuna Baby (sem desprimor para a Gucci, claro...) AAS


Matança em Cumeré: a Liga Guineense dos Direitos Humanos já reagiu


A LGDH condenou ontem os casos de violações dos direitos humanos que aconteceram no Cumeré no quadro do recente juramento de Bandeira naquela localidade que culminou com perdas de vidas humanas. Em declarações à RFI O Vice-presidente da LGDH, Augusto Mario da Silva, exige a abertura de um inquérito transparente tendente a apurar a veracidade dos factos e traduzir à justiça os autores morais e materiais de tais actos inéditos e ilegais. Nos últimos dias a organização tem recebida muitas vitimas e familiares denunciando tais actos hediondos.

Contra os golpistas, marchar, marchar!!!


Meu irmão,

É uma contribuição de alguém que apreciou imenso os teus artigos sobre o MNE - que conhece muito bem - pois é quadro do mesmo ministério. Sabendo da minha relação contigo solicitou-me que o fizesse chegar a ti. Fiz as minhas observações com o seu consentimento. Se achares interessante fica ao teu critério a sua publicação.

Ontem enviei-te algo importante que me informaram sobre as entradas de material bélico em Bissau, nesse caso na fronteira de Pirada. Não sei se o vistes e qual a importância que o atribuis. Diz-me algo sobre isso pois a fonte é da segurança e é fidedigna.

Eis o texto que me foi solicitado fazer-te chegar.

Abraços


«Caríssimo compatriota Aly,

Entre saudações da praxe, para te dizer que, sempre segui com particular interesse o teu blog, que diga-se de passagem, orgulha todo o guineense consciente e patriótico. Sigo o teu percurso, não só, pela qualidade dos teus artigos, mas também, pela veia investigadora que tem patenteado, permitindo aos guineenses espalhados pelos quatro cantos do mundo, através dos factos e denuncias que tens feito, terem conhecimento de realidades e situações anômalas que acontecem correntemente no nosso pais, os quais, sem o teu prestimoso serviço não estariam ao alcance do cidadão comum.

A sequência das tuas investigações em torno da máfia em que esta envolvida as autoridades do MNE da Guiné-Bissau, é prova cabal, de que, não escreves por prazer de escrever e não acusas por mero prazer de denigrir alguém. Com sagacidade e coragem, tens apontado os podres que gangrenam esse ministério chave da governação de um pais e, mostrado com provas, o labirinto sinuoso da rede mafiosa de que esta impregnado o MNE desde o advento do regime golpista que tomou de assalto o poder na Guiné-Bissau. Foi assim, nos tempos do falhado Faustino Fudut Imbali, assim é, e continuara a ser com o filosofo frustrado Fernando Delfim da Silva.

E bom que se diga também, que vive-se toda essa situação com a cumplicidade e coberturas mafiosa do Presidente da Republica de Transição (PRT) e o Primeiro Ministro de Transição (PMT), os quais a custa dos seus interesses pessoais e financeiros, têm irresponsavelmente promovido a ilegalidade e a máfia nesse sector nobre da actividade do Estado. Apesar de serem meras « autoridades de transição » e por conseguinte, sem poderes constitucionais para o efeito, cada um por si, nos seus restritos interesses, mafiosa e anarquicamente, vão promovendo nomeações e colocações de embaixadores e cônsules de duvidosa idoneidade pelos quatro cantos do mundo. Alias, os atropelos de poderes dessas duas figuras, particularmente o PRT, não se cinge ao circulo diplomático, estende-se até com maior gravidade ao circulo castrense cujas consequências futuras ninguém pode aquilatar neste momento.

A saga mafiosa no MNE continua o seu curso imparável e tem como principal mentor e manipulador de interesses, o Secretario de Estado das Comunidades (SEC), o Idelfrides Fernandes. E ele, quem organiza e coordenada toda a rede de interesses mafiosos e criminosos que gravitam à volta do MNE, sendo o Médio Oriente, a China e os países da sub-região o terreno predilecto da rede mafiosa que ele instalou no MNE. A emissão directa e a venda dos passaportes (diplomáticos, de serviço e ordinários), são os meios de corrupção usados para se enriquecerem de forma desmesurada e escandalosa.

Como quadro do MNE, sinto-me triste e impotente vendo o trabalho árduo de centenas de quadros competentes e honestos do ministério a ser ingloriamente esbanjados e ridicularizados por interesses mesquinhos de um energúmeno sem escrúpulos que esta a institucionalizar a cultura da máfia e do mercenarismo diplomático nessa nobre instituição. Muito trabalho de qualidade que arduamente foi edificado, tem sido abruptamente reduzido a nada, mercê de comportamentos movidos pelo mero interesse do dinheiro fácil e do banditismo diplomático.

Trabalho sério, principalmente realizado nos últimos três, tinham proporcionado um reganho qualitativo do prestigio internacional do pais outrora perdido. Hoje, todo esse trabalho esta a ser destruído por um grupo de irresponsáveis políticos e militares que, de abril 2012 a esta data estão a conduzir o pais para o principio do desespero e sem esperanças de retorno. Estou certo de que, com a máfia e o esquema da diplomacia de cadongueiros que se instalou hoje no MNE, serão necessários mais de vinte anos para reconquistar e redobrar a nossa imagem externa, tanto é a pouca vergonha e negócios sujos que ensombram hoje a nossa diplomacia.

Porém, como diz um velho ditado : « não ha mal que não tenha fim » e, por consequência, estamos esperançados, de que, esse mal que se apoderou hoje da nossa terra tera um dia o seu fim, e essas praticas serão erradicadas, pondo-se fim a esse pesadelo de desmando a que estamos hoje sujeitos.

No entanto, enquanto cidadão, faço votos, de que, esse fim não seja apenas o terminar de um ciclo negro. Ele deve consubstanciar acções de responsabilização civil e criminal contra essas pessoas que estão a desconstruir e destruir o Estado guineense em todas as suas vertentes, contribuindo assim, para a desacreditação do nome da Guiné-Bissau no concerto das Nações. Penso que essas pessoas responsáveis pela situação actual da nossa diplomacia, devem, na hora da mudança, ser traduzidos à justiça e responder pelos seus actos mercantilistas e mafiosos que têm praticado no seio do MNE.

Nesse contexto, o MNE deve ser rigorosamente auditada, tomando como base as importantes revelações e factos reportados pela Ditadura do Consenso, tais como a venda de passaportes a cidadãos estrangeiros, mormente chineses, venda de lugares e postos de embaixadores, cônsules e representantes consulares. Nomeações ilegais de nacionais e estrangeiros a postos de soberania, tais como embaixadores extraordinários e plenipotenciários, poderes esses de nomeação que, nenhum órgão ou governo de transição possui qualquer que seja o cenário de mudança politico constitucional verificado. A emissão indiscriminada de Credenciais de Plenos Poderes a nacionais e a estrangeiras de duvidosa idoneidade, para em nome do Estado guineense, negociar, vender ou hipotecar potencialidades e riquezas naturais emergentes no pais.

Enfim um levantamento exaustivo dos Embaixadores, Cônsules e Representantes do Estado da Guiné-Bissau deve ser feito com o devido rigor e competência, para se ter uma cartografia real das representações diplomáticas do pais no exterior e, assim poder fazer-se tabua raza das situações de ilegalidades em curso, permitindo assim, expurgar desse ministério estratégico, todos os mafiosos e criminosos de colarinho branco que foram ai introduzidos pelo bando formado pelo PRT, PMT, MNE e SEC.

Bem haja Guiné-Bissau

Quadro Superior do MNE
»

Carta para o António Indjai (e para o Ramos Horta)


Escreve o filho de um combatente da liberdade da Pátria

«Caro amigo Aly,

Tomo a liberdade de te escrever solicitando a publicação deste meu artigo no teu/nosso blog, única voz credível que nos resta de nos intercambiar na denúncia da brutalidade que se vai praticando na Guiné-Bissau.

Sou filho de um Combatente da Liberdade da Pátria imbuído dos princípios do sacrifico e do amor à Pátria que o meu falecido Pai me ensinou em vida, por isso (embora tenha estado presente na reunião que o General convocou), faço questão de te escrever, porque é a única via que entendo poder dar respaldo a minha posição e creio de muitos Antigos Combatentes presentes nessa reunião. Assim, solicito a tua compreensão dar a minha voz no teu famoso blog. Não pretendo defender ninguém, porquanto, não devo nada a ninguém, mas tão só, querendo responder rebatendo e desmascarando em termos civilizados e com factos o General Antônio sobre as suas falsas declarações sobre os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria. Penso que, dando-me essa oportunidade poderei esclarecer aos Camaradas do meu Pai, quem na verdade anda a engana-los com mentiras e falsidades.

Sem saber qual o destino darás ao meu pedido, antecipadamente te agradeço, aproveitando encorajar-te na firmeza da nossa luta comum pela dignidade do Povo Guineense.
ABT

PS : se não for abusar demais da tua paciência e compreensão, caso este meu artigo seja publicado... gostaria de poder responder, também educadamente a um "Senhor" que nessa reunião teve o descaramento de intervir. Estou a falar do "Sr." Manuel Maria Santos, vulgo "Manecas". Se o olhar matasse...

Sem mais caro irmão, se me permitir, o obséquio, segue o meu artigo.

AS MENTIRAS DO GENERAL

No dia 6 de julho 2012, presenciei atónito o discurso do General António Injai na Plenária da ANP aquando da reunião com os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACLP), surpreendentemente convocada por ele, para segundo as suas palavras, prestar « esclarecimentos sobre os motivos do golpe de estado de 12 de abril 2012 » (deve ter sido a décima versão apresentada).

Confesso-vos que, a pessoa em si e a tal reunião em nada me interessavam, mas acabei por ir, quiçá «atirado» pelo instinto do meu subconsciente, recativando-me a memoria, de sempre querer contrariar (no bom sentido), o meu falecido Pai, também ele, Antigo Combatente da Liberdade da Pátria, que estou certo, estando vivo, não punha os pés nessa reunião, nem com a baioneta às costas.

Quis assim o destino e lá fui, nada motivado, mas também nada contrariado... fui porque...fui !.

Porém, gostaria de esclarecer de que, comento este assunto porque, primeiro, sou filho de Combatente da Liberdade da Patria e como tal senti-me atingido e humilhado com as patéticas afirmações do General Antonio Injai e, segundo, porque estou seguro que, caso o meu Pai estivesse vivo, não lhe faltaria essa reação a que me proponho apresentar se me fôr permitido pelo Aly, que é : dizer a verdade, sem querer defender ninguém... apenas a verdade para combater a mentira oportunista. E, vamos aos factos,

Salão a compor-se aos poucos, as pessoas presentes entreolhavam-se desconfiados uns para os outros, como se quisessem justifica : «porque razão estou eu aqui?». Mas, como disse, como por telepatia da nossa velha «contrariedade com o meu Pai», dei comigo no hemiciclo guineense (alias, espaço interessante e mal empregado, para albergar tantos deputados de QI = 0 ao quadrado), talvez, com a missão divina de, entre os nossos reencontros ocasionais na «passarela das almas», poder contar-lhe as peripécias surrealistas dessa reunião, pois contado eu não acreditava, mas estava lá à frente do bicho..., desculpem "homem" ouvindo a vociferar incongruências atrás de asneiras..., foi de partir a tampa. Assiste e, convenci-me de que pessoas falsas na terra, pior que Judas.

Certo é que, no fim, esse sacrifício não foi em vão, pois valeu à pena no fim das contas. Por um lado, revi os camaradas de peito do meu falecido Pai, os quais pude abraçar por conta "dele" e trocar as civilidades de sempre e, mais que isso (mas, com muita magoa por não mais poder fazer), poder desejar-lhes boa saúde e coragem, porquanto a maioria deles, pena-se com o peso da idade e saúde debilitada e, por outro lado, permitiu-me ver de perto, melhor, «conhecer», lendo o caráter do General Antonio Injai. Ele falou de tudo e mais alguma coisa, mas acabou por não dizer NADA aos Antigos Combatentes que não sejam besteiras para tentar justificar o injustificável. Uma falta de respeito sem adjetivos.

Repito que, essa partida que o destino errante pregou-me, deu-me a oportunidade de conhecer de perto, uma nulidade de pessoa enquanto ser humano, vi um coisa a minha frente..., uma coisa, no pedestal da ignorância a esvair-se de ideias vazias, com um discurso hipócrita, sem princípios baseado na banal retorica da mentira (desculpem a falta de educação).

O General Antonio Injai, faltou o respeito aos Antigos Combatentes da Liberdade da Patria (ACLP) e esta a gozar com a dignidade e honra dos mesmos, sejam os vivos ou os mortos.

O General Antonio Injai, mente descaradamente, quando diz que, os ACLP recebem uns míseros 14.000 Fcfa (um pouco mais de 21 Euros). O General mente, porque na verdade, foi graças a Carlos Gomes Junior (soldado colonial segundo as suas palavras), é que os ACLP passaram a receber 30.000 Fcfa, quase 48 Euros como salario mínimo de base, pois ha ACLP que recebem de longe muito mais, dependendo dos cargos e funções que tenham desempenhado no passado e, no seu caso, caso fosse neste contexto para a reforma não receberia menos de 450 Euros (muito dinheiro para um carniceiro). Mais ainda, esses míseros dobros de CFA's agora recebidos eram pagos regularmente todos os meses pelo Governo de Carlos Gomes Junior.

O General Antonio Injai mente, quando diz que, Carlos Gomes Junior (CGJ), não respeita os ACLP. Pode-se provar que, não houve, nenhum Chefe de Governo (e houve muitos ACLP Chefes de Governo), que mais respeitou, ou defendeu os interesses dos ACLP que CGJ. Não enunciarei nomes por uma questão de respeito pelos Camaradas do meu Pai, mas sei que, CGJ, tem tomado por sua conta própria e encargo centenas de ACLP que lhe tem solicitado apoio quase diariamente, seja em bens materiais, medicamentos, evacuação médica e sanitária, pagamentos de rendas, enfim, uma infinidade de carências de um pais necessitado em tudo.

Muitos órfãos e viúvas de ACLP, indiscriminadamente da sua raça ou estrato social têm beneficiado de gestos de CGJ, pagando ele, com meios próprios bolsas de estudo internos (nas Universidades e Institutos guineenses) e, ajudar mais de uma centena de entre eles a conseguir aceder a bolsas de estudos dados por países amigos, proporcionando-lhes ir estudar para o estrangeiro, casos de China, Cuba, Venezuela, Turquia, Marrocos etc..., possibilidades que, sem o seu « cunho » e empenho pessoal, nunca conseguiriam.

O General Antonio Injai, engana e goza com os ACLP, escondendo-lhes as verdades que o comprometem. Essa atitude vergonhosa do AI, demostra que ele pessoalmente, não tem moral para falar mal de CGJ, para mais, usando a mentira e a calunia para tentar ludibriar os seus Camaradas sobre as suas verdadeiras motivações tribais do seu desastroso golpe de estado.

O General Antonio Injai, esconde muitas verdades que o comprometem seriamente, senão vejamos :

- Os filhos de AI beneficiaram até às vésperas do 12 de abril de substanciais apoios de CGJ, indo desde bolsas de estudos a apoios materiais e monetários diversos;

- Pelo menos, um dos filhos de AI a seu pedido, foi proposto com colocação garantida por CGJ num posto importante, escolhido pelo General, mas para a qual, o General desistiu a ultima, segundo ele, para «não dar que falar»;

- Consoante os pedidos formulados pelo General, muito dos seus amigos e familiares, beneficiaram igualmente de apoios e, ou influências de CGJ para acederem a algo ou beneficiarem de alguns dividendos financeiros;

- O General AI recebe mensalmente um subsidio igual a dos Ministros da Republica, valor acima de 3 milhões de Francos Cfa's (aproximadamente 4.600 Euros) ???. Muitas vezes, alegando imperativos familiares, esses montantes eram-lhes pagos antecipadamente... e na hora pelo Ministro das Finanças, José Mario Vaz;

- O General AI, vezeiro, usava sempre a situação de "instabilidade" e "movimentações suspeitas" para criar situações virtuais de "prevenção" e, assim subtrair ao erário publico, quase trimestralmente (isto é, sempre que tinha necessidade de dinheiro), dezenas de milhões de Francos CFA's (valores, entre 25 a 30 milhões de FCFA's, ou seja entre pouco mais de 38 mil euros e quase 46 mil euros). Desse dinheiro, uma ínfima parte era utilizado para criar fachadas de "prevenção" com "rondas noturnas" esporádicas e, o resto do dinheiro ia para o seu bolso direto, recebendo as outras chefias militares, naturalmente alguma parte para lhes "calar a boca";

- O General AI, esconde aos ACLP, de que, de cada vez que visita semanalmente (no minimo 2/3 vezes) o Primeiro Ministro CGJ, tem sempre uma historia penosa para lhe contar, para assim sair com alguns milhoões escondidos no bolso do seu dolmem militar. Em cada encontro, conhecendo o caracter sensivel do PM, sempre lhe contava uma historia, seja de enterro, « toca choro », fanado, mau-olhado ou outro qualquer para lhe sacar uns milhões.

Este acedia aos pedidos, não por medo dele como muitos pensam, e ele mesmo assim o pensa, mas, mais para não suscitar animosidades na sua mente complexada. Alias, fontes proximas do PM, chegaram a confidenciar de que, este em varias ocasiões desabafou, de que, o General estava a "exagerar" no mamanço, porquanto na maior das vezes, tirando os aspectos operacionais da "segurança do Estado" em que era dinheiro do Estado, o prejuizo saia do seu bolso. So no periodo de dois meses que antecederam as eleições presidênciais, por varios motivos invocados, o General AI, recebeu do erario publico e também das mãos do PM, Carlos Gomes Junior, mais de 350 milhões de FCFA's, isto é acima de 500 mil euros;

- CGJr pagou do seu proprio bolso, varios tratamentos e evacuações médicas de familiares ou prôximos de AI, entre eles, destinos como, Portugal, Cuba e Dakar..., não por obrigação ou medo, mas por uma questão de principio e respeito;

- O General AI, apesar de mentir aos ACLP de que não tem dinheiro nos bancos, comprou recentemente uma belissima casa no Senegal (Zona da VDN) onde passaram a residir os seus filhos e alguns familiares (para além dos filhos em n° de 4, essencialmente, sobrinhos, cunhados e afins da mesma tabanca) que estão por Dakar a estudar, outros ainda em França. Sabe-se que qualquer estudante, para estar relativamente à vontade em Dakar, mesmo possuindo uma casa, como é o caso, entre pagamento de estudos e alimentação AI não deve gastar menos de 100 mil Fcfa por cabeça, mais àgua e luz. O numero de pessoas que estão albergados na sua residência ultrapassam as onze pessoas, entre os vais-e-vens diarios de comer e repousar;

- O General AI, alegando a situação dos filhos no Senegal, para além do recurso ao CEMFA Senegalês, recorrentemente, solicita apoio financeiro ao CGJ para fazer a face a alegados encargos e subsistência com os seus familiares. E, este tem sempre deferido aos seus repetidos pedidos ;

Por fim, para além dessas verdades escondidas, os ACLP deviam perguntar ao General Antonio Injai, o seguinte :
Para além do conforto de lhe garantirem a sua segurança (alegava que iriam mata-lo caso aceitasse a vinda da missão Angolana a Bissau), quanto recebeu de «Ankola nunca» como «cola» (prémio) de assinatura do pedido de vinda do contigente da MISSANG para a Reforma do Sector da Defesa e Segurança;

Quanto é, e quem fica com o dinheiro dos ACLP fantasmas que constam da lista de pagamentos das FA, montante que representa quase 23% da massa global da pensão dos ACLP? Esse gap misteriosamente indetectavel, permitiria melhor no minimo o salario desses seus Camaradas, em mais de 5 mil Francos CFA's, prefazendo mais de 50 euros;
Porquê, so agora lembrar deles??

Sugeria aos ACLP, convocar agora o Generalissimo AI e pedir-lhe satisfações das suas mentiras e trafulhices. Posto estes factos e quesitos, para os quais disponho de provas irrefutaveis, gostaria eu também que, o GAI viesse a publico voluntariamente, explicar aos seus Camaradas, como ele é um 'Ancien' Combatante, versão VIP (pois a sua ponta nada produz, a não ser um autêntico Paiol).

O General tem a palavra.

ABT
»