quinta-feira, 3 de outubro de 2013
ÚLTIMA HORA: O director de campanha de Carlos Gomes Jr., Botche Candé está 'desaparecido' desde o fim da tarde de hoje. Motivo? O candidato Carlos Gomes Jr., enviou uma mensagem para ser lida aos militantes do partido de que (ainda) é presidente, mas algumas forças de bloqueio impediram a sua leitura. Então, estrategicamente, Botche dirigiu-se a Gabu, no Leste do país, onde leu a mensagem de Cadogo, sem qualquer contratempo. No regresso para Bissau, foi avisado de que militares andavam à sua procura querendo prendê-lo. E, simplesmente, Botche sumiu. Mas ditadura do consenso sabe que está em local seguro. AAS
Para o Ramos Horta
06 Dez 1996 - BISSAU
O MNE guineense, Fernando Delfim da Silva, anuncia que o Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, vai a Oslo para assistir à cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a D. Ximenes Belo e a José Ramos Horta. Segundo uma fonte do MNE guineense, "Nino" Vieira desloca-se a Oslo na sequência de um convite que lhe foi dirigido pessoalmente pelo seu homólogo português, Jorge Sampaio.
Em Outubro, o PAIGC inviabilizou, com o seu voto maioritário na Assembleia Nacional Popular, a aprovação de uma moção de congratulação pela atribuição do Prémio Nobel da Paz a D. Ximenes Belo e a José Ramos Horta.Segundo a mesma fonte, o "chumbo" desagradou à oposição guineense e causou "alguma apreensão em Lisboa". Julho, após ter sido recebido em audiência pelo Primeiro-Ministro português, António Guterres, "Nino" Vieira assegurou que a Guiné-Bissau não tinha relações diplomáticas nem financeiras com a Indonésia.
O MNE guineense, Fernando Delfim da Silva, anuncia que o Presidente da Guiné-Bissau, João Bernardo "Nino" Vieira, vai a Oslo para assistir à cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz a D. Ximenes Belo e a José Ramos Horta. Segundo uma fonte do MNE guineense, "Nino" Vieira desloca-se a Oslo na sequência de um convite que lhe foi dirigido pessoalmente pelo seu homólogo português, Jorge Sampaio.
Em Outubro, o PAIGC inviabilizou, com o seu voto maioritário na Assembleia Nacional Popular, a aprovação de uma moção de congratulação pela atribuição do Prémio Nobel da Paz a D. Ximenes Belo e a José Ramos Horta.Segundo a mesma fonte, o "chumbo" desagradou à oposição guineense e causou "alguma apreensão em Lisboa". Julho, após ter sido recebido em audiência pelo Primeiro-Ministro português, António Guterres, "Nino" Vieira assegurou que a Guiné-Bissau não tinha relações diplomáticas nem financeiras com a Indonésia.
Na kambança
A Guiné-Bissau entende que o " movimento de libertação nacional" de Timor-Leste é um "processo inacabado" que, como tal, deve ser "concluído".
Esta é a posição expressa pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva, um dia depois de a Guiné-Bissau ter assumido a presidência do "Grupo dos Não-alinhados" do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"A Guiné-Bissau é produto de um movimento de libertação nacional e é nessa óptica que entendemos que o movimento de libertação nacional de Timor-Leste é um processo inacabado", precisa o MNE guineense.
Para Fernando Delfim da Silva será " desejável" que aconteçam progressos nessa matéria "para bem de uma cooperação internacional mais desanuviada com os países" da região a que pertence Timor-Leste.
As declarações do ministro guineense ocorrem na sequência de um grande envolvimento de Bissau no movimento dos não-alinhados, do qual a Indonésia faz parte e com quem a Guiné-Bissau mantém relações económicas e diplomáticas.
Em 1994, o então chefe da diplomacia da Guiné-Bissau, Bernardino Cardoso, afirmou que Bissau sempre procurou separar o aspecto político e humanitário do económico e diplomático, considerando serem situações "distintas".
A Guiné-Bissau ofereceu-se em 1993 para receber Xanana Gusmão, depois de o líder da resistência timorense ter sido condenado a prisão perpétua por um tribunal indonésio, pena que foi posteriormente comutada para 20 anos de prisão. Na altura, Bissau e Jacarta chegaram a manter negociações sobre esta proposta, mas nada acabou por ficar definido.
Esta é a posição expressa pelo ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Fernando Delfim da Silva, um dia depois de a Guiné-Bissau ter assumido a presidência do "Grupo dos Não-alinhados" do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
"A Guiné-Bissau é produto de um movimento de libertação nacional e é nessa óptica que entendemos que o movimento de libertação nacional de Timor-Leste é um processo inacabado", precisa o MNE guineense.
Para Fernando Delfim da Silva será " desejável" que aconteçam progressos nessa matéria "para bem de uma cooperação internacional mais desanuviada com os países" da região a que pertence Timor-Leste.
As declarações do ministro guineense ocorrem na sequência de um grande envolvimento de Bissau no movimento dos não-alinhados, do qual a Indonésia faz parte e com quem a Guiné-Bissau mantém relações económicas e diplomáticas.
Em 1994, o então chefe da diplomacia da Guiné-Bissau, Bernardino Cardoso, afirmou que Bissau sempre procurou separar o aspecto político e humanitário do económico e diplomático, considerando serem situações "distintas".
A Guiné-Bissau ofereceu-se em 1993 para receber Xanana Gusmão, depois de o líder da resistência timorense ter sido condenado a prisão perpétua por um tribunal indonésio, pena que foi posteriormente comutada para 20 anos de prisão. Na altura, Bissau e Jacarta chegaram a manter negociações sobre esta proposta, mas nada acabou por ficar definido.
Assassinato de cidadão chinês: 13 militares e para-militares detidos
A Polícia Judiciária e a Guarda Nacional da Guiné-Bissau detiveram 13 militares e membros daquela guarda, suspeitos de envolvimento na morte de um cidadão chinês, disse à agência Lusa o Procurador-Geral da República (PGR), Abdu Mané. Os 13 detidos estão em Gabú, no leste do país, em cujo tribunal regional vão hoje ser ouvidos por dois magistrados, referiu.
"O processo está sob a alçada do Ministério Público, que vai requerer ao juiz a prisão preventiva dos suspeitos para que se possam aprofundar as investigações sobre o que se passou", acrescentou Abdu Mané. Questionado pela Lusa sobre o facto de indícios de um homicídio recaírem sobre elementos das forças de segurança, o Procurador-Geral da República referiu apenas que "infelizmente" é essa a situação. LUSA
O vira-casaca
"O governo golpista de Bissau, visando o fortalecimento dos laços de cooperação entre os dois governos, vem anunciando com grande pompa a visita à Guiné-Bissau do PM de Timor Leste, o legendário ex-guerrilheiro, Xanana Gusmão .
Nada de extraordinário teria essa visita (que diga-se de passagem, é fruto da diplomacia assumidamente pro-golpista de Ramos Horta), não fosse o claro desalinhamento desse pais com afinidades históricas com a Guiné-Bissau, relativamente as posições de firmeza e coerência que os demais países da CPLP têm tido relativamente ao regime golpista de Bissau e a crise guineense.
Porém, fica a curiosidade e a expectativa, em ver como, o actual Ministro do Negócios Estrangeiros (MNE) do regime golpista de Bissau, o conhecido vira-casacas Fernand Delfim da Silva, irá receber e encarar o antigo guerrilheiro e actual PM de Timor Leste.
Tal expectância, torna-se interessante, se se tomar em conta, de que o actual MNE golpista, FERNANDO DELFIM DA SILVA foi um dos maiores e ferrenhos apoiantes de Shuarto e do governo sanguinário da Indonésia, potencia regional, que então invadira e ocupara Timor Leste durante largos e sangrentos anos da sua recente história.
A historia regista e não esquece o facto, de que Fernando Delfim da Silva, tal como foi no caso da negociata diplomática do reconhecimento de China Taiwan, em que beneficiou de um envelope de mais de dois milhões de dólares, foi igualmente o porta-estandarte dessa potência regional que invadiu e colonizou Timor Leste com as consequências que se conhecem, junto das Nações Unidas. Nesse fórum, FDS oficiava e defendia a causa indonésia sobre Timor Leste quando a Guiné-Bissau ocupava o assento de membro não permanente do CS das NU.
Delfim da Silva, à custa do sangue do povo timorense, foi beneficiário directo das relações com a Indonésia invasora de Timor Leste, relações essas que eram generosamente recompensadas com muito dinheiro por baixo da mesa e malas e correios diplomáticos repletos de dólares de sangue que era distribuído entre a cúpula dirigente de então.
Por tudo isto, estamos aqui para ver, como essas duas personagens se irão encarar aquando da visita tão pomposamente anunciada pelo regime golpista de Bissau. Porém... diz um velho ditado, «mudam-se os tempos mudam-se as vontades» e hoje, paradoxalmente, Timor Leste, por acção de Ramos Horta, parece mais próximo do regime golpista e sanguinário de Bissau do que, das legitimas aspirações do povo guineense, que claramente rejeita e repudia o regime imposto na Guiné-Bissau sob os auspícios da CEDEAO.
Fico na expectativa para ver as fotos do abraço do Judas.
C. P."
Militar morto à catanada
Liga Guineense dos Direitos Humanos
Comunicado de Imprensa
No quadro da sua missão de promoção e proteção dos direitos humanos, a Liga Guineense dos Direitos Humanos registou com tristeza a denuncia da morte de um cidadão nacional em circunstâncias por esclarecer. Trata-se de Rafael Baindara Sambú de 36 anos de idade, militar afecto ao Batalhão de Fortaleza de Amura, onde está instalado o Estado Maior General das Forças Armadas.
Segundo informações recolhidas junto dos familiares, este militar com categoria de Furriel, recebeu uma chamada telefónica, cuja origem se desconhece, com carácter de urgência no dia 21 de Setembro 2013, que o convocou para se apresentar no seu aquartelamento militar no quadro dos serviços de prevenção que estava em curso naquele período. Depois de vários contactos sem sucesso para o localizar, no dia 26 do corrente mês os familiares tomaram conhecimento através de anúncios via rádio da existência de um corpo em Nhoma arredores de Bissau, que viria a ser identificado pelos mesmos, sendo que o corpo apresentava sinais de catanadas.
Na democracia e no estado de direito, a vida humana é o valor supremo, fundamento e a razão da existência do próprio estado, conquanto, a sua preservação e proteção se traduzem nas obrigações fundamentais das instituições públicas e privadas, independentemente das circunstâncias envolventes ou condições existentes.
Nesta perpsectiva, a LGDH exige das autoridades judiciarias competentes a abertura de um inquérito conclusivo e transparente tendente a esclarecer as circunstâncias da morte da vitima, e consequente identificação e tradução à justiça dos autores morais e materiais de mais este ato hediondo e bárbaro.
Por fim, a Direção Nacional da Liga se associa aos familiares do malogrado neste triste momento de dor e consternação em que se encontram, rogando a Deus que a sua Alma descanse em paz.
Pela Paz, justiça e Direitos Humanos
Feito em Bissau, aos 03 dias do mês de Outubro 2013
A Direção Nacional
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quarta-feira, 2 de outubro de 2013
EXCLUSIVO - 26 MINUTOS DE TERROR: ANTÓNIO INDJAI NA PRIMEIRA PESSOA
Ouça o que disse o general que manda na Guiné-Bissau. AQUI MESMO
Ditadura do Consenso: mais cedo ou mais tarde, o seu blog
Enquanto dormiam, eu pensava na letra 'C'
"A Constituição - que os militares da Guiné-Bissau não conhecem e muitos juristas e juízes pelos vistos também não - serve para defender os direitos dos cidadãos da República da Guiné-Bissau.
Lutámos durante onze anos para nos libertarmos do colonialismo. Uma luta árdua, difícil, feita com tenacidade e brio, sob o comando do insigne líder Amílcar Cabral - que alguns hoje, felizmente poucos, já esqueceram ou nunca souberam, a ponto de lhe terem perdido o respeito.
Até que mataram Cabral. A luta intensificou-se. Chegou a independência. E as flores desabrocharam. O sol raiou. A guerra, por estas alturas, foi uma fase por que passamos. Unimo-nos ainda mais. E construímos tudo aquilo que o colonialismo nos privara e não queria que tivéssemos: escolas. Muitas escolas. E havia bons professores, dedicados. Inglês, física e química (com excelentes professores russos). E construímos fábricas. Muitas. Fomos mais longe e convencemos a França a instalar no País uma linha de montagem de automóveis (em detrimento do Senegal!?).
E depois? Bom, depois foi o golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980. E era então que tudo ia começar.
A partir daqui, começamos a perder os nossos direitos, conquistados por homens valentes, com muito sangue derramado (não é por acaso que o vermelho ocupa um espaço maior na nossa bandeira), suor e lágrimas. Depois chegou a vez dos «bufos». Podiam estar na mesa do lado no café, no corredor da escola ou do emprego, do outro lado da linha telefónica quando se ouvia meter uma cavilha ou coisa que o valha. Ninguém estava a salvo.
Então, de repente tornamo-nos pequenos. Estávamos espantados com a rápida decadência do nosso País e das suas infraestruturas. Assustaram-nos muito. Enfim, ficou um País pequenino e bolorento, a preto-e-branco, povoado de gente paranóica e perigosa e descontrolada. Julgavam e matavam pessoas. Chegavam a matar pessoas sem qualquer julgamento. Enterraram centenas em várias valas comuns. E continuaram a matar.
Hoje. 2013. Século XXI. Parece que retrocedemos quatro décadas em termos de desenvolvimento. Já não se pode falar à vontade num café (eu, falo!), escrever o que se pensa (eu, escrevo!), comunicar ao telefone, mandar um bilhetinho sem que alguém tente saber do que se trata ou mesmo interceptá-la.
E nós temos medo (eu, não!). Medo de que o âmago da nossa intimidade, os nossos pequenos e grandes segredos, as manifestações mais inocentes dos nossos afectos, as conversas mais pueris fossem escutadas, interpretadas e - quem sabe até – divulgadas.
Guineenses,
A nossa Constituição foi ferida de morte. A Constituição foi uma conquista, não apenas teórica, porque definiu direitos de cidadania concretos, muitos dos quais nunca tinham sido usufruídos sequer pela minha geração. Hoje, alguns senhores julgam que podem, através da força, limitar outra vez as liberdades e criar novos mecanismos policiais.
Hoje que assistimos a inúmeros atropelos, quem se lembrou mesmo do capítulo «Direitos, Liberdades e Garantias» da Constituição?
- O 'Presidente da República de Transição Golpista' tomou as medidas necessárias para obrigar ao seu respeito? Não.
- O procurador-geral de 'pacotilha' deu ao País a imagem de um garante da aplicação das leis da República? Não parece.
Quem de nós, sendo cidadão de bem (e independentemente das simpatias políticas), não fica preocupado ou inquieto?
Tenham um bom dia." António Aly Silva
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