quinta-feira, 7 de março de 2013

PAIGC envia condolências pela morte de Hugo Chávez


Mgs de condolências falecimento Cda Presidente Hugo Chavéz

Que se diga a verdade sobre o negócio Bauxite Angola


Senhor Aly,

Constata-se hoje, que a Procuradoria Geral da Republica (PGR) da Guiné-Bissau e o Governo de Transição (GT), arrogando prejuizo aos interesses nacionais, esta-se a activar ferverosamente à volta do dossier Bauxite Angola, um investimento colossal para a Guiné-Bissau de centenas de milhões de dolares americanos, e que, pelas potencialidades emergentes, provoca inveja e cobiça aos paises da sub-região, em particular o Senegal.

As actuais autoridades de transição saidas do golpe de estado de abril alegam de que o contrato foi mal assinado com prejuizos «monstruosos» para o pais, porquanto a parte angolana detém 90% e a parte nacional apenas 10%.

Esse falso militantismo à causa nacional chegou ao ponto de, querendo envolver e manchar o nome do Governo do deposto Primeiro Ministro Carlos Gomes Junior (CGJr), apontando este como «responsavel» da assinatura desse contrato lesa patria para a Guin é-Bissau. Esse exercicio de contra-informação, foi ao ponto do actual Primeiro Ministro de Transição (PMT), Rui de Barros, falsamente afirmar num orgão de informação francôfono on line «Les Afriques» de 7/2/2013, de que o referido negocio fora feito pelo governo deposto, o qual, «escondia interesses economicos e particulares obscuros» desse governante com as autoridades angolanas, em particular, com o Presidente José Eduardo dos Santos.

Nada ha mais falso do que essas afirmações do PMT, Rui Duarte de Barros, isto porque, o contrato com Bauxite Angola, foi assinado a 13 de setembro de 2007, portanto no tempo em que era Presidente, João Bernardo Vieira, o primeiro ministro de então era Aristides Gomes e o Ministro da tutela Soares Sambu. O Governo angolano deveria disponibilizar ao governo guineense de então 13 milhões de dolares americanos desde a fixação do prazo de pagamento desse montante entre as duas partes (cf. a noticia no site www.lesafriques.com do dia 19.10.2007, site onde, paradoxalmente o actual PM de transição versou as suas falsas e maquiavélicas declarações).

A verdade é que, esse negocio que esta a fazer correr muita tinta sempre foi intermediado, minotorado e comissionado pelo nosso mais que conhecido predador economico Manuel Maria dos Santos, dito «Manecas»; Esse dossier contou também com a participação activa do embaixador cabo-verdiano de carreira Silvino da Luz, desde a longos anos residente em Luanda e que, pretensamente vem controlando por intermediaçao, todos os investimentos angolanos direccionados para a Guiné-Bissau.

Portanto, se o assanhado PGR e as actuais autoridades de transição pretendem efectivamente saber sobre esse negocio, que perguntem ao antigo PM, Aristides Gomes, ao Ministro de tutela, Soares Sambu, quem assinou o dito acordo e o empresario intermediador Manecas Santos...e, decerto saberão a verdade sobre esse dossier que envolve interesses transversalmente opostos e assim, deixarão de atirar areia para os olhos dos incautos cidadãos guineenses.

Carlos S.

Quadro do Ministério dos Recursos Naturais

quarta-feira, 6 de março de 2013

PAIGC: O ex-ministro das Finanças, José Mário Vaz (JOMAV) anuncia hoje a sua candidatura à liderança do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. AAS

Afinal, feijão tem...areia!


Segundo o site de informação www.africanaute.com, o governo de transição da Guiné-Bissau anunciou, em fevereiro, de que tinha concedido a empresa russa POTO SARL, os direitos de exploração das areas pesadas de Varela vila situada a noroeste da Guiné-Bissau junto à fronteira com o Senegal. O projecto de extração das areias pesadas de Varela prevê a exploração de um milhão de m³ de areia durante quatro anos para a produção de 119.000 toneladas de minerais tais como a elminite, o zircon ou o rutilio bruto, indica o comunicado. As areias pesadas de Varela que se siuta numa mesma zona onde um jazigo de petroleo off shore foi descoberto nas aguas territoriais comuns da Guiné-Bissau e o Senegal, que deve ser explorado em comum pelos dois paises.

M.R: O que o governo escondeu aos seus concidadãos é que esse negócio mafioso, ilegalmente feito pelo Governo corrupto de Bissau, esconde uma mama de 119 milhões de dólares, equivalente a 59 bilhões dos nossos ricos francos. E que nesse negócio, estão envolvidos, o PT (Serifo Nhamadjo), o MNE (Faustino Imbali) e o MRN (Daniel Gomes). AAS

Porém, caros compatriotas, vejam esta INTERESSANTE COINCIDÊNCIA sobre o mesmo assunto. Do Senegal, chega esta notícia:

Exploração da areia do titanium: que minério é este que faz mexer tanto os Niayes?

Um minério, o Zircon, esta despertar a atenção e aguçar o apetite da empresa Minéral Deposits Limited (MDL. Tanto assim é economicamente interessante, que ele é muito procurado no mercado internacional com um preço aproximado de 1.000 dolares americanos a tonelada.

(Correspondente) - As dunas brancas que balizam os Niayes numa largura de 445 kilometros transbordam de areias pesadas com os minérais como o Zircon, o Ritulio, o Leucoxeno e a ilménite, segundo a Minéral Deposits Limited (MDL), uma sociedade miniéria que explora a zona. As reservas desses minerais sera de uns 800 milhões de toneladas. Efectivamente, uma estimação da dragagem realizada pela MDL a uma profundeza nominal de quatro metros abaixo do lençol fréatico indica seis zonas de recursos principais totalizando 800 milhões de toneladas à 2,6 % de minérios pesados. A eventualidade de exploração dessas areias é hoje a razão de tomada de posições de uma certa franja da população que temendo consequências sobre a sua saude, o ambiente, mas também sobre o lençol fréatico superficial cujo l'assèchement provocaria a morte da actividade de pesca nos niayes. Para além disso, estes minérios pesados que fazem tanto mexer os niayes parecem até agora desconhecido da maioria da população senegalesa.


M.R.: A diferença. Tudo o que é riqueza (no solo ou nos mares da Guiné-Bissau) é COMUM com o Senegal. Por isso é que foi instalado no nosso pais, o Presidente da CEDEAO para a Guiné-Bissau e o respectivo Governo... AAS

terça-feira, 5 de março de 2013

Pó e caos


By Nikolaj Nielsen
BRUSSELS

The price and demand for cocaine in Europe remains high as shipments through West African transit countries to EU destinations has dropped. Less cocaine is being trafficked into Europe via West Africa, says the United Nations (Photo: US federal government) . A report released on Monday (25 February) by the United Nations Office on Drugs and Crime (UNODC) says the cocaine tonnage arriving into Europe from West Africa has dropped to 18 in 2010, down from a 2007 peak of 47. “While this is good news, it does not take a lot of cocaine to cause trouble in a region with poverty and governance problems,” says the UNODC report.

The region is also a hotbed of weapons smuggling, methamphetamine production for crystal meth, fraudulent medicines, and maritime piracy. But the cocaine traffic is driven by a lucrative EU market. The white powder comes primarily from Colombia, Bolivia and Peru via West Africa before it reaches city streets in Europe where demand has more than doubled in the past two decades. In Brazil’s largest port at Santos, Nigerian groups are said to organise up to 30 percent of the cocaine exports by ship or container, “up from negligible levels a few years earlier”, notes the UN. The money generated exceeds the GDP of some of the transit countries. Criminals use the extraordinary wealth to buy off the political elite that fuels corruption and in some cases topples governments. Assassinations are not uncommon. The ‘narco-state’ of Guinea-Bissau saw its president, Joao Bernardo Vieira, shot dead by a rival military commander in 2009 over his alleged role in the lucrative cocaine trade with Columbian cartels.


FONTE: EUobserver.com

ÚLTIMA HORA: Morreu Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Tinha 58 anos. AAS

Ego


O blogue que escolhi como grande destaque desta semana é o Ditadura do Consenso, do jornalista Guineense António Aly Silva. Acaba de passar as seis milhões de visitas e é um autêntico farol de todos os que não se conformam com a redução da Guiné-Bissau à condição de narco-Estado sem lei nem roque.

Fernando Esteves, jornalista/Sábado

CPLP vai enviar representante para Bissau


O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) defendeu terça-feira que a organização lusófona deve enviar um representante para a Guiné-Bissau, depois de a comunidade dos países da África ocidental ter mostrado "abertura total" para trabalhar com os parceiros. Murade Murargy, que falava à Lusa à margem da apresentação dos Green Project Awards na sede da CPLP, em Lisboa, referia-se à última cúpula da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), na qual ficou decidido prolongar até ao fim do ano o período de transição na Guiné-Bissau.

"O que há de positivo nesta cimeira é que as cinco organizações parceiras da Guiné-Bissau, CEDEAO, CPLP, ONU, União Africana e União Europeia já se entendem", disse o secretário executivo da CPLP, que esteve presente na reunião, no final de Fevereiro em Yamoussoukro, Côte d'Ivoire. A própria CEDEAO, que antes "se punha na posição de quem está a dirigir o processo", já mostrou "abertura total para trabalhar com todas as outras" organizações, sublinhou Murargy. "Chegámos à conclusão de que é necessária a conjugação de todos os esforços, apesar de a CPLP não estar no terreno", realçando que vai ver se consiga convencer os Estados-membros para se colocar alguém no terreno, mas mesmo não estando lá já reconheceram a importância da sua instituição.

A CEDEAO mantém uma missão internacional militar na Guiné-Bissau, com mais de 600 efetivos, para apoiar o período de transição. A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela CEDEAO, desde o golpe militar de 12 de Abril de 2012, mas a maior parte da comunidade internacional, incluindo a CPLP, não reconhece as novas autoridades de Bissau. Na sequência do golpe de Estado, as autoridades regionais tinham instituído um período de um ano para que a Guiné-Bissau organizasse eleições, previstas para Abril.

No entanto, várias personalidades já reconheceram que ainda não estão reunidas as condições para a realização de eleições, pelo que o período de transição foi agora prolongado pela CEDEAO até 31 de Dezembro de 2013. Sobre esse prolongamento, Murargy explicou à Lusa que havia várias propostas em cima da mesa, entre as quais a do principal partido da Guiné-Bissau, o PAIGC, que defendia um prolongamento por seis meses, e outra dos militares guineenses, que pretendiam prolongar a transição por três anos. "Tinha de se encontrar um equilíbrio, e o equilíbrio foi o meio-termo", disse Murargy. Questionado se ficou satisfeito, o secretário executivo respondeu: "satisfeito não estou, mas é razoável". LUSA

DROGA: Neste momento, 21 cidadãos da Guiné-Bissau encontram-se detidos em várias prisões de Cabo Verde. São acusados de crimes tais como tráfico de droga ou assaltos à mão armada. AAS

Guiné-Bissau é o centro comercial da cocaína...


Guiné-Bissau e Moçambique são os países lusófonos que apresentam problemas mais sérios com o tráfico de drogas, de acordo com o relatório anual da Agência Internacional de Controlo de Drogas (International Narcotics Control Board - INCB), da ONU. A África Ocidental, nos últimos dez anos, tem sido a porta de entrada da cocaína da América do Sul com destino à Europa, mas desde 2007 o seu peso tem vindo a diminuir até porque o tráfico de droga continua a usar o circuito de contentores, a partir do Brasil. O relatório indica, no entanto, que o golpe de Estado na Guiné-Bissau em abril de 2012 provocou mudanças que podem afetar a luta contra o tráfico de drogas naquela zona do mundo, devido á instabilidade do país. Segundo o INCB, a Guiné-Bissau tem atraído mais a atenção dos traficantes, constituindo já o centro do comércio da cocaína nesta sub-região.

O Escritório das Nações Unidas para as Drogas e Crimes (UNDOC) presta assistência aos países sobre os problemas do consumo e o combate do tráfico de drogas através dos seus programas nacionais. Cabo Verde atualizou o seu programa nacional de fiscalização de drogas em 2012, mas a execução do programa análogo na Guiné-Bissau foi suspenso em consequência do golpe de Estado. Uma quantidade considerável de cocaína é também transportada da África Ocidental para a África do Sul, seja diretamente ou através de Angola ou da Namíbia.

Moçambique regista algumas melhorias

Já Moçambique tem apresentado algumas melhorias, mas tem de aumentar os seus esforços no combate contra as drogas, recomenda a agência da ONU. Moçambique tem surgido como o ponto central do trânsito de drogas ilícitas, como resina de canábis, canábis, cocaína e heroína destinadas à Europa, e de metaqualona (um medicamento sedativo e hipnótico, Mandrax) para a África do Sul.

O país da áfrica austral também é apontado como ponto de passagem para o tráfico de metanfetaminas em África e outras regiões. Em 2011, as autoridades moçambicanas apreenderam 41 quilos de efedrina e em 2012 foi suspenso um carregamento de 1.970 quilos de 1-fenil-2-propanona, que vinha da Índia e não tinha a autorização necessária. As autoridades moçambicanas apreenderam 12 remessas de cocaína em 2011 no aeroporto internacional de Maputo, num total de 65 quilos, que vinha da Índia e que já havia passado pela Etiópia.

Já no Brasil, as autoridades têm aumentado os recursos gastos na luta contra o narcotráfico e os programas de prevenção, reconheceu esat terça-feira a INCB. «Ainda que o Brasil permaneça como um dos principais países de trânsito da cocaína produzida nos países vizinhos (Bolívia, Peru, Colômbia), o INCB constatou que o Governo adotou medidas importantes para fortalecer a sua capacidade de fazer cumprir as leis, em particular com a implantação de aeronaves de vigilância teledirigidas, scanners de contentores e o estabelecimento de um laboratório de análises de drogas», referiu o relatório.

A agência indicou o investimento nos programas de prevenção no consumo de drogas e a criação de uma rede de tratamento e reabilitação, recomendando ao país a extensão destes programas à população carcerária. As apreensões de cocaína caíram em 2011 (dados mais recentes indicados no estudo) no Brasil para as 24,5 toneladas, quase 10% menos do que o ano anterior. Já as apreensões de cannabis aumentaram para 174 toneladas, cerca de 12% mais do que em 2010. Em 2011, Cabo Verde apreendeu 2,6 toneladas de canábis e também registou o consumo de estimulante do tipo anfetaminas no país. Em outubro do mesmo ano, ocorreu uma apreensão, sem precedentes, de 1,5 toneladas de cocaína no país. Timor-Leste é citado no relatório por não ter ratificado três convenções sobre o tráfico de estupefacientes (de 1961, 1971 e 1988) da ONU.

Ego: e o blogue da semana é


ALY, O TERROR DA ALMIRANTE REIS

China faz entrega do estádio 24 de Setembro


A China entregou hoje ao Presidente de transição da Guiné-Bissau o Estádio Nacional de futebol, após dois anos de obras de restauro do complexo que havia sido danificado pelos bombardeamentos da guerra civil. O estádio 24 de Setembro (data da independência guineense), foi construído nos anos 1980 e foi sujeito a obras de restauro mais vastas, com câmaras de videovigilância, cadeiras de plástico na bancada central, uma pista de tartan, um placard eletrónico, um novo relvado natural com sistema de rega próprio.

"Tínhamos dois problemas complicados no Estádio, o fornecimento de energia e de água para a rega do relvado. Agora temos dois geradores potentes e um furo de água próprio com o qual passaremos a poder regar o relvado quando entendermos", salientou José da Cunha, diretor-geral do Desporto, louvando o trabalho feito pela equipa chinesa. LUSA

O que a sociedade civil disse ao Ramos-Horta


ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PROPÕEM AO RAMOS HORTA SUA VERSÃO DE ROTEIRO PARA A TRANSIÇÃO POLÍTICA
 
 
Na reunião com as organizações da sociedade civil, que ocorreu nas instalações das Nações Unidas em Bissau no dia 22 de Fevereiro último, o Representante do Secretário-Geral das NU na Guiné-Bissau, o Prémio Nobel de Paz, Ramos-Horta ouviu coisas interessantes e tomou boa nota.

Após uma breve introdução sobre os objectivos do encontro, Ramos Horta falou da visita que efectuou às casernas dos militares e que a deixou perplexo devido ao estado miserável das infra-estruturas que abrigam os soldados. Porém, a reacção não se fez esperar. Eis algumas das coisas que Ramos-Horta ouviu das bocas das diferentes personalidades que estiveram nesse encontro:

- Sr. Representante ficamos todos satisfeitos em saber que o senhor visitou as casernas dos militares e que saiu de lá triste por aquilo que viu. Se as casernas dos militares encontram-se num estado lastimável seria bom que o Senhor Representante visitasse também a casa dos Generais militares e as suas quintas, para ver o estado dessas;

- Se as casernas dos militares encontram-se num estado lastimável, os carros de luxo com que andam dariam para reparar essas casernas;

- Somos controlados mais no nosso próprio país (com inúmeros controles dos militares um pouco por todo o país), do que no estrangeiro, não há liberdade, mas sim abuso de poder;

- Senhor representante, o que vos pedimos, nós os jovens, é para falar com o Senhor António Indjai e o Senhor Presidente da República para que deixem os jovens falar à vontade, não há liberdade, mas sim medo;

- O que queremos pedir ao senhor Representante é que diga a verdade na cara dos políticos e militares que andam a fazer mal ao país. Muitos representantes das NU passaram neste país, assistiram impávidos a assassinatos e crimes, mas ninguém fez nada. Essas pessoas estão por aí a passear de um lado para o outro. O nosso saudoso bispo Ferrezzetta nos dizia “Só a verdade vos libertará”. Portanto não tenha receio e diga-os na cara a verdade porque tem toda a legitimidade para isso;

- Os nossos governantes são todos uns lupens, só conseguem sobreviver a custa do dinheiro e dos bens do Estado;
 
- As eleições devem ser feitas ainda este ano, pois só um governo legitimado nas urnas pela vontade popular pode fazer as necessárias reformas no aparelho do Estado. Além disso, o país não pode continuar a viver neste isolamento, é preciso pois restituir a ordem constitucional. Este governo não só é ilegítimo como também é incompetente;

- Sr. Representante das NU, avizinha-se a campanha de comercialização de castanha de cajú, num momento em que o país está praticamente parado, a economia familiar está estagnada e os camponeses abandonados a sua sorte, não há investimentos no sector agrário. Estas coisas não são da preocupação do governo, que apenas quer perpetuar-se no poder;

- Sr. Representante das NU, as organizações da sociedade civil estão dispostas a propor a sua visão de roteiro para a transição, porque entendemos que o direito de participar na “renovação da democracia” não é uma exclusividade apenas dos políticos e militares, também as diferentes organizações da sociedade civil e o sector privado têm esse direito.


NOTA: Estiveram presentes no referido encontro 23 personalidades representando 19 diferentes organizações da sociedade civil, desde sindicatos, organizações das mulheres, ONGs, associações juvenis, académicos, juventude islâmica, UNTG, Movimento Nacional da Sociedade Civil, Liga dos Direitos Humanos, entre outras.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Aristides Gomes: Ex-Presidente do PRID regressa às fileiras do PAIGC. AAS

EXCLUSIVO: Macaugate - Kuma Jing Ku Jon Dja - Ah, podes nam


Esquemas, são coisas que não faltam na máquina do Estado idiota da Guiné-Bissau. Ditadura do Consenso continuou a investigar os esquemas fraudulentos de concessões de passaportes a cidadãos de Macau e da China, quer pelo consulado quer pela embaixada, em Pequim.

O esquema é simples e, até, fácil. E a lama suja tudo, de cima a baixo. Todos recebem a sua comissão, é como se fosse, digamos assim, um negócio de venda de aguardente. Toma lá, dá cá. Os ministérios dos Negócios Esquisitos, e do Interior; a secretaria de estado da Cooperação; mas também, claro, a embaixada da Guiné-Bissau na China e como não podia deixar de ser, o famoso consulado da Guiné-Bissau em Macau. Todos recebem a sua percentagem, e é por isso que o documento atinge os 30 mil dólares. Um negócio da China, portanto.

china

Primeiro, a secretaria de Estado da Cooperação requisita os passaportes. Leva-os para assinatura no Ministério do Interior, que já negociou a sua parte do bolo. De volta à SEC, aos passaportes só resta dois caminhos. Se, por acaso - por mero acaso - der-se o caso do cônsul John Lo estar na cidade, é-lhes entregues em mão; caso contrário, fazem uma viagenzinha até Dakar, confortavelmente aconchegados na cada vez mais suspeita e desacreditada mala diplomática. O dinheiro é entregue consoante o n° de passaportes emitidos, à razão de 20/30 mil dólares cada um.

Aí, e já na posse dos cobiçados documentos, John Lo preenche os mesmos e entrega-os ao embaixador guineense em Pequim, que lhes emite um certificado de autenticidade - ou seja, torna os passaportes conforme. Previamente, aos candidatos/beneficiarios, é emitido um visto de entrada para "simular" que estes tenham estado na Guiné-Bissau - ainda que nem saibam apontar no mapa onde fica a Guiné-Bissau. O visto é um simples alibi sendo a certificação de autenticidade uma cobertura para encobrir a "viagem virtual" do chinês-guinezado. Mas há ainda um bónus. Uma cereja no topo do bolo - A cada novo guineense amarelo é solenemente emitido um Bilhete de Identidade de cidadão da República da Guiné-Bissau. Não consta que lhes tenha sido ensinado a cantar o hino Esta é a Nossa Pátria Amada...

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O esquema está descontrolado, a evoluir e a prosperar. Ditadura do Consenso apurou que o próprio consulado de Macau dispõe neste momento de uma máquina de emissão de passaportes autónomo. Serve para preencher as brancas e, assim, evitar as sucessivas complicações dos nomes chineses. Posteriormente, são encaminhados aos ministros de tutela, em Bissau, para assinatura, dependendo de serem ordinários ou diplomáticos. Passaportes viajados, esses...

E é assim, com este sistema mafioso - e perigoso - que membros do governo de transição da Guiné-Bissau, e até da presidência da República têm financiado os seus vícios de novos ricos, expondo o nome do País às mais sujas e perigosas exposições da sua putativa reputação. Estranhamente, a República Popular da China tem feito orelhas de moucas e fechado os olhos a esta negociata dentro das suas fronteiras... António Aly Silva