terça-feira, 30 de outubro de 2012
A verdade tarda, mas não maina
"Aly,
Agradecia, mais uma vez o favor de publicar esta minha contribuição.
Meus irmãos assistimos mais uma vez um episódio desta novela com que as autoridades militares e civis golpitas estão a animar os Palcos da Guiné-Bissau. Desta vez, embora para estes ferozes é normal, infelizmente assistimos a morte ou assassinato de alguns dos jovens das forças armadas, alguns até com formação superior.
Dissemos novela ou parte da novela, porque o povo guineense gostaria de saber o seguinte:
- Onde é que estavam as armas que os jovens ditos assaltantes da quartel de pára-comandos utilizaram?
- A arma utilizada para abater os ditos assaltantes era bomba napalm, pois, só assim se pode notar vestígios de queimadura no cadaver dos jovens ditos assaltantes?
- Quem vem sob orientação de um país estrangeiro para dar golpe e depois anda envolto na bandeira do mesmo país?
- O porta-voz do EMGFA disse que se o Capitão Pansau Intchama não tivesse estatuto de assilado não podia viver em Portugal, sem o conhecimento das autoridades. Mas, será que as autoridades portuguesas sabiam que quando o Daba na Walna frquentava o curso de mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa trabalhava nas obras, não obstante ter assinado um termo de compromisso com o IPAD de que não podia exercer actividade remuneratória?
- Será que as autoridades de transição não sabem quem mandou sequestrar, torturar e abandonar (crime previsto e punido pelo artigo 124.º do Código Penal - dois a oito anos de prisão - vide n.º 2, al. b)) o Dr. Iancuba Injai e Dr. Silvestre Alves?
A verdade tarda a surgi, mas aparece sempre. Para os senhores que agora armam em mandantes não esqueçam do artigo 221.º e 222.º ambos do Código Penal:
artigo 221.º
1. Quem por meio de violência ou ameaça de violência, tentar destruir, alterar ou submeter o Estado de direito constitucionalmente estabelecido, é punido com pena de prisão de cinco a quinze anos.
2. Se o facto for praticado por meio de violência armada é punido compena de prisão de cinco a quinze anos
Artigo 222.º
1. Que atentar contra a vida, a integridade fisica ou a liberdade do Chefe de Estado, de quem constitucionalmente o substituir ou de quem tenha sido eleito para o cargo, mesmo antes de tomar a posse, é punido com pena de prisão de cinco a quinze anos, se o facto não corresponder pena mais grave por força de outra disposição legal.
2. No caso de consumação do crime o agente é punido com pena correspondente ao crime praticado (5 a 15 anos) agravado de um terço nos seus limites.
Preparem-se porque pelo menos 5 anos vão ter que viver atrás da grades, mesmo que tenham 90 anos.
Bolingo Cá""
Irmão do Didi escreve ao Ditadura do Consenso
É com muito agrado e ao mesmo tempo com muita tristeza que li o comunicado do porta-voz das forças armadas guineeses, Daba Na Walna. Como guineense, e irmão do Didi, limito-me apenas a acreditar que um dia esses ditadores serão julgados pelo mal que estão a cometer contra os guineenses. Esse senhor, o Daba Na Walna, disse que tem a prova da conversa entre o meu irmão e o sr. Zamora Induta. Se isso for verdade que as apresente sem medo em vez de mandar torturá-lo ao ponto de estar a urinar sangue.
Se a ordem partiu para levar o homem para Guiné-Konacri porque haveria o meu irmão de levá-lo só até Bolama? Deixo essa pergunta no ar. Aly, na qualidade de um excelente defensor da liberdade de opinião, faça essa pergunta aos seus seguidores.
O meu muito obrigado,
Victor Hugo Amadú Injai
PROVA A : JOÃO MENDES...ERA GUINEENSE
Na qualidade de guineense atento a efeméride do meu país, estou muito confuso com as declarações do Porta-voz do Governo de Transição, no que concernem as identidades das pessoas que foram assassinadas no passado dia 21/10/12. Segundo as declarações de Fernando Vaz,, os 6 (Seis) supostos golpistas que foram vitimas do assalto a Quartel de Para-Comandos são de nacionalidades estrangeiras, inclusive estavam a comunicar em Dioula, mas, uma das vitimas é, João Mendes, da ETNIA Felupe.
Estudou na Universidade Lusófona da Guiné-Bissau e licenciou-se em Economia na mesma Universidade. Ele sempre intercalava os seus serviços militares com a sua formação universitária. Após a sua formação, foi colocado no Liceu Dr. Agostinho Neto como Professor da Matemática em acumulação com a Introdução à Economia pelo Ministério da Educação Nacional.
Dai que pergunto:
Será que os Felupes não fazem parte das etnias da Guiné Bissau?
Aliás, Vide a sua fotocopia de Bilhete de Identidade da Guiné Bissau em baixo.
Ainda, e relativamente, o comunicado do Governo, explicita que as situações estão controladas, portanto, cada um pode retomar a sua vida normal. Quiça, foi neste sentido que os Dr´s Silvestre Alves e Iancuba Djola N´djai, retomaram as suas vidas normais e foram espancados brutalmente por uns individuos que se dizem desconhecidos.
Pergunto mais uma vez o seguinte:
Porquê de espancamentos destas pessoas? Onde está a garantia e a segurança das pessoas?
O mais irónico de tudo, é que o Governo apareceu mais com outro comunicado a condenare as situações que ele mesmo provocou... Porque se não fosse o comunicado do Governo eles iriam proteger-se.
Para terminar, queria aproveitar esta oportunidade ainda para questionar ainda o seguinte:
Onde estão as tropas do CEDEAO que andavam todos os dias a patrulhar o mercado de Bandim? Porque os mesmos, ainda que pretendesse comprar piripiri no mercado, levam as armas de grandes calibres para provocarem medo aos populares.
“GUINEENSES PANHA DJA PÉ BÓ, PABIA PÓ, TUDU TARDA KI TARDA NA MAR, IKATA BIDA LAGARTU”
(Os Guineenses já entenderam muito bem o que está acontecer, mas um pau por mais tempo que fique na água nunca se transformará num crocodilo).
Um guineense atento
Os militares e a ilegalidade
Há muito que vimos seguindo a periclitante situação. A Guiné-Bissau viveu nos últimos dias mais um tumulto, reportado como um ataque a um quartel dos comandos. O líder do grupo atacante foi identificado por um dos soldados da unidade atacada e acaba de ser detido. Segundo consta, a investida do capitão tem no seu substrato intenções daquilo que pode configurar o rastilho de fogo de uma tentativa de golpe de Estado.
Nestes termos, uma pergunta se coloca a todo tempo e a todo gás: para quando o regresso dos militares definitivamente às casernas, em ordem à estabilização definitiva daquele país? Vencida a fase de transição resultante do golpe militar capitaneado por Ansumane Mané, foi indigitado primeiro- ministro de um governo provisório o ideólogo do seu “movimento reajustador” o jurista Francisco Fadul, em finais dos anos 1990 e princípios de 2000. O porta-voz deste movimento desencadeado por Mané foi o então capitão Zamora Induta, que rápida e miraculosamente subiu na alta hierarquia militar, tendo sido o chefe do Estado-Maior General que rendeu Tagamé Na Wayé.
Tal cenário de ruptura política penosa abriu caminho para a democratização do país, saldando-se na organização, a posterior, com o concurso da comunidade internacional, das primeiras eleições democráticas na Guiné-Bissau. Deste primeiro pleito saiu vencedor o polémico líder do PRS, o filósofo e jurista Kumba Yala, que não cumpriu mandato por vários desmandos e dado o ambiente de várias controvérsias que marcou a sua turbulenta e precária gestão. Apesar da impugnação que sofrera no passado a sua presidência, o homem do barrete vermelho voltou à ribalta da política activa e, sedento de poder, tornou a candidatar-se às presidenciais. Vale a pena reter que durante o seu curto reinado foi assassinado por militares o então líder revoltoso Ansuman Mané, que abriu o prenúncio da nova era democrática para o país da mancarra.
Mané foi morto depois das diversas dificuldades da sua acomodação política, pois recusara inclusive ser ministro de Estado junto da Presidência de Kumba Yalá. De eliminação em eliminação física, assim vai a Guiné-Bissau em polvorosa. Em Outubro de 2004 foi morto o então chefe do Estado-Maior General, na sequência de um motim perpetrado por militares oriundos da Libéria, numa missão ao abrigo da CEADEAO, que reclamavam os salários que há mais de oito meses não eram pagos.
Os amotinados investiram contra o quartel central das Forças Armadas Guineenses e assassinaram o chefe do EMG, V. Seabra, um general da nova vaga, formado na antiga URSS, num exército dominado por antigos comandantes guerrilheiros. A morte de Seabra abriu caminho, mais uma vez, para ascensão de um velho maquisard, Baptista Tagmé Na Wayé, que nem sequer dominava a língua do poder, só falava crioulo, o que não deixa de constituir um sério “ruído” na administração pública, em particular na orientação do sistema de Defesa e Segurança do país, pois tinha que se fazer acompanhar de um tradutor, para se fazer entender mesmo no espaço lusófono.
A ascensão de Tagmé abriu velhas rixas entre o generalato guineense, agravadas com o retorno do seu antigo chefe militar Nino Vieira, oriundo da etnia papel, o que deixa mais uma vez a descoberta o factor étnico como uma vertente importante, não exclusiva, para a compreensão do diferendo local, acrescido do narcotráfico, dominado por certos segmentos influentes da elite militar, onde avulta o nome do antigo chefe da Armada e que também fugira para a Gâmbia, há alguns anos, sob acusação igualmente de tentativa de golpe de estado, após uma fugaz passagem pelos escritórios das Nações Unidas em Bissau, onde pedira asilo político. No meio deste ambiente de instabilidade militar o almirante voltou ao país e a instalar-se entre a elite dominante do Exército guineense. Durante algum tempo foi mesmo apontado como a segunda figura do Exército, depois do truculento António Indjai, o actual chefe do EMG das Forças Armadas guineenses, líder do último golpe militar que ocorreu na Guiné-Bissau em 12 de Abril.
Tal situação reclama a urgência da tão apregoada Reforma no sector de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau que, para já, contava com uma vultuosa ajuda financeira e material internacional, designadamente da União Europeia e da CPLP, sobretudo de Angola, que mandara para o terreno uma missão militar, recambiada pelos golpistas suspeitando do seu alegado potencial dissuasor de um eventual golpe militar, que veio a ocorrer em Abril. Decididamente, a comunidade internacional, a União Africana e a ONU têm de tomar uma posição mais enérgica no isolamento político dos golpistas e na reposição da legalidade para conformação da ordem interna guineense à ordem internacional. Jornal de Angola
Guiné-Bissau: A realidade-ficção
Os acontecimentos na Guiné-Bissau, são de tal forma confusos, que, a confirmarem-se as suspeitas de que tudo não passa duma enorme encenação, é a prova de que a ficção ultrapassa em muito a realidade. Não sei como descalçar esta bota!
1) Parece que há uma "guerra" (vinganças) entre as etnias balanta e felupe;
2) Parece que uma balantização militar e política, com um provável regresso de Kumba Yalá à Presidência, haverá uma reacção por parte das restantes etnias/sociedade e a Guiné-Bissau mergulhará de novo e em breve, numa guerra civil;
3) Parece que o Almirante Zamora Induta esteve na Gâmbia a orquestrar uma tentativa de Golpe de Estado na Guiné-Bissau;
4) Parece que o ex-PM guineense, Carlos Gomes Jr, Cadogo para os amigos, enviou sms's para os seus familiares em Bissau, a partir de Lisboa, a avisar para não sairem à rua na noite de 20 para 21 de Outubro, porque algo se iria passar;
5) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, tentou um golpe de mão no quartel dos Pára-Comandos em Bissau, com meia-duzia de djolas de Casamansa, que afinal parece que eram felupes;
6) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, que nunca teve estatuto de asilado político em Portugal, afinal caiu no conto do vigário e regressou a Bissau a convite do General António Indjai, actual CEMGFA;
7) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama, ex-braço direito do General António Indjai e ex-guarda-costas do Almirante Zamora Induta, é uma testemunha chave nos processos das mortes do ex-Presidente João Bernardo Nino Vieira, do General Tagme Na Wai e dos Deputados Baciro Dabó e Hélder Proença;
8) Parece que há nomes de políticos portugueses, de primeira linha, envolvidos na morte de alguns destes homens, sobretudo do ex-Presidente Nino;
9) Parece que o Capitão Pansau N'Tchama assinou uma confissão na qual denuncia os cúmplices desta trama, que teria Portugal e a CPLP como principais apoiantes, procedendo-se de momento a uma caça às bruxas, a qual eliminará sobretudo, a "Ala Cadogo" do PAIGC;
10) Parece que nos comunicados efectuados pelo actual Governo Provisório, quando se refere o nome CPLP, se quer na verdade dizer Angola e também Cabo Verde;
11) Parece que estavam preparados 6 helicópteros angolanos na Gâmbia, prontos a levantar voo, caso o golpe de mão no quartel dos Para-Comandos tivesse êxito, bem como mais tropas que chegariam por via marítima;
12) Parece que este Governo Provisório está a renegociar os contratos de exploração da bauxite e do fosfato, assinados pelo ex-PM Carlos Gomes Jr e a angolana GP Phosphates Mining, nos quais o Estado guineense apenas arrecadaria 10% e 2% respectivamente, no negócio da exploração;
13) Parece que este Governo Provisório está cheio de vontade de correr com a Galp do território guineense;
14) Parece que o Professor Marcelo Rebelo de Sousa confortou os portugueses no domingo passado, dizendo que Portugal nada tem a ver com tudo isto;
15) Parece-me que este texto não ficará por aqui e que o irei actualizando à medida que for recolhendo mais informações;
16) Parece que lhe deixei um sorriso nos lábios e uma pulga atrás da orelha! Era mesmo essa a ideia.
Raúl M. Braga Pires, em Bissau, para o Expresso
Militares deixaram Bolama enlutada
Três jovens da Ilha de Bolama foram mortos friamente a golpes de catanas pelos militares que detiveram sabado, o capitão Pansau Ntchama, presumivel cêrebro do ataque a uma caserna dos para-comandos, no dia 21 de outubro 2012 em Bissau, indicou a imprensan, segunda feira, um habitante dessa ilha.
Segundo ele, os três jovens rapazes, todos na faixa étaria de 30 anos, "foram friamente assassinados na Vila de Colonia em Bolama, apesar de terem contribuido com informações que levaram aos militares de localizar o esconderijo do capitão Pansau Ntchama". Esses três jovens rapazes, entre eles um ex-motorista do General Tagma Na-Way, assassinado, foram acusados pelos militares de serem cumplices do capitão Pansau Ntchama ajudando-o a se infiltrar no territorio guineense, indica a mesma fonte. "Os três corpos foram encontrados domingo à tarde no areal da praia de Colonia e devem ser enterrados segunda feira (ontem), precisa a mesma fonte.
O Baba e o Carlos Alves. O Baba era mecanico militar do Serviços Materiais e filho de um alto oficial da Força Aerea (Jorge Charua da Costa da etnia Balanta mas pouco influente nas fileiras das FARP) mas de mãe fula morador de bairro de Pluba. O Carlos Alves era guarda-costas do falecido CEMGFA Tagme Na Wai. O Didi, segundo informações apuradas pelo DC, encontra-se em estado crítico, na unidade de cuidados intensivos do hospital 'Simão Mendes', em Bissau. AAS
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Clima de terror em Bissau
Sábado e domingo, com a desculpa de Tabaski, reuniram-se na casa do Lino, que usurpou o cargo de Director dos Correios, em Antula, varias figuras do PRS para a elaboração de uma lista de pessoas para ATERRORIZAR/MATAR/BATER/HUMILHAR e que posteriromente deverá ser remetida aos militares.
Nessa fatídica lista constam Manuel Saturnino da Costa (eliminação da liderança no PAIGC), Luís Sanca (pela sua frontalidade), Francisca Pereira (porque o Sory Djaló quer a casa dela de qualquer jeito), Fernando Borges (como sempre) e mais alguns que brevemente saberemos.
A intenção é colocar as culpas na Presidência actual e assim eliminam os opositores futuros. Como o próprio Kumba disse “Serifo Namadjo é PAIGC disfarçado”. Mas parece que nem todos concordam porque o complô vazou… Agora é esperar para ver se António Injai irá obedecer aos seus chefes.... AAS
CPLP: Tribunais preocupados com situação na Guiné-Bissau
A IX Conferência do Fórum dos Presidentes dos Supremos Tribunais da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar de 22 a 24 de Outubro em Dili, Timor-Leste, condenou a situação prevalecente na Guiné-Bissau. De acordo com o presidente do Tribunal Supremo de Angola, Cristiano André, em declarações sexta-feira à Angop, momentos após o seu regresso ao país, a conferência aprovou uma declaração final, que toma uma posição em relação à situação prevalecente na Guiné-Bissau. “A situação ali prevalecente não só desvia os rumos da justiça, como também acaba por ofender os princípios dos direitos humanos”, afirmou o magistrado, acrescentando que o povo da Guiné-Bissau vive uma situação que merece todo o apoio da comunidade regional e internacional, para que esse quadro se modifique.
O encontro, que reuniu nove países e territórios que têm o português como língua oficial, decorreu sob a égide do governo de Timor-Leste, e teve como objectivo passar em revista algumas questões que preocupam a comunidade a nível dos tribunais e da magistratura em particular. “Fomos convidados pelo presidente do Tribunal de Recursos de Timor-Leste e abordámos questões relacionadas com a independência do judicial e a globalização na justiça”, disse.
Guiné-Bissau: Amnistia Internacional denuncia "actos selvagens e clima de medo"
A Amnistia Internacional (AI) denunciou hoje o "clima de medo" que vigora desde terça-feira na Guiné-Bissau, após as agressões a dois opositores e operações de busca a suspeitos de envolvimento no ataque a um quartel miliar no domingo. "É inaceitável que os civis estejam a ser aterrorizados pelo facto de viverem numa área onde o exército suspeita que se escondem os apoiantes do antigo governo", referiu Noel Kututwa, diretor da AI para a África Austral. Num comunicado da AI hoje divulgado, Kututwa considera "imperativo" que as autoridades defendam o Estado de Direito "e investiguem este ataque em vez de perseguir os políticos da oposição".
Membros do Governo deposto procuram refúgio em embaixadas
A organização de defesa dos direitos humanos denuncia a "violenta agressão" em 23 de outubro "a dois proeminentes críticos do governo de transição por soldados, alguns dos quais vestidos à civil". Iancuba Indjai, líder do Partido da Solidariedade e Trabalho, encontra-se atualmente a "receber tratamento médico numa embaixada", enquanto Silvestre Alves, advogado e presidente do Movimento Democrático Guineense, "encontra-se atualmente hospitalizado numa unidade de cuidados intensivos, tem ferimentos graves na cabeça e duas pernas partidas".
A ONG refere ainda que as autoridades procuram agora o antigo secretário de Estado das Pescas, Tomás Barbosa, acusado de conspiração no ataque de domingo. De acordo com informações recolhidas pela Amnistia Internacional, Tomás Barbosa encontrou refúgio numa embaixada, à semelhança de outros membros do Governo deposto em abril, também recolhidos em diversas representações diplomáticas. "Estes atos selvagens servem apenas para deteriorar a situação de direitos humanos no país e aumentar o clima de medo", refere Noel Kututwa.
Na madrugada de domingo, um grupo de homens armados tentou tomar pela força o quartel dos para-comandos, uma unidade de elite das forças armadas da Guiné-Bissau, tendo resultado seis mortos dos confrontos, todos do grupo assaltante. O Governo de Bissau alega que o ataque ao quartel de uma unidade militar de elite nos subúrbios da capital, Bissau, foi uma tentativa de golpe de Estado por parte dos apoiantes do anterior primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, também destituído após um golpe de Estado em abril.
Suicídio ou assassinato?
Um efectivo do Batalhão de Pára-comandos suicidou-se, esta segunda-feira, 28 de Outubro, junto ao Quartel desta instituição militar. Baciro Ampa Sinabe tinha cerca de 30 anos e era natural de Susana, Sector de São-Domingos, região de Cacheu, norte do país. Era casado e tinha dois filhos.
Citado pela RDN, Júlio Cabi, Comandante da brigada de Pára-Comandos (foto), lamentou o ocorrido e informou que se desconhece ainda o motivo que levou o jovem militar a cometer suicídio. Baciro Ampa Sinabe fazia parte do grupo de etnia Felupe, acusado pelo Governo de transição de pretender derrubar as actuais chefias militares da Guiné-Bissau, alegadamente com o apoio do Capitão Pansau Ntchama, entretanto detido.
Trata-se de um grupo étnico do qual faz parte o Secretário de Estado dos Antigos Combatentes do actual Governo, Mussa Djata, bem como o Presidente do Tribunal de Contas da Guiné-Bissau, Alberto Djedjo. Fontes da PNN indicaram que as razões da morte de Baciro Ampa Sinabe podem estar relacionadas com as acusações de que a etnia Felupe vem sendo alvo nos últimos dias, sobre o alegado envolvimento na eliminação de militares balantas das Forças Armadas. PNN
Palavras para quê? É de um Jornalista, com certeza!
Ditadura do Consenso - o bloque fala da Guiné-Bissau, o mais lido no mundo todo!!!
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