Caro Aly
Agradecia que publicasse no teu blog, caso seja possível, o e-mail abaixo reencaminhado, em meu nome, uma vez que os seus autores não querem ser identificados.
Abraço.
ESTE É UM PEDIDO DE DESESPERO, AJUDEM-NOS DESDE FORA, FAÇAM VER QUE A NOSSA SITUAÇAO AQUÍ PENDE DE UM FIO. ESTAMOS ASSUSTADOS.
NAO PODEMOS FALAR POR TELEFONE, HA ESCUTAS E TUDO O K DIZEMOS É COM O MEDO DE SERMOS OUVIDOS, NAO PERGUNTEM NADA SE FALARMOS. EM SEGUIDA VEM ALGUEM À TUA CASA BUSCAR-TE OU AMEAÇAR-TE.
TEMOS MEDO PORQUE NAO PODEMOS EXPRESSAR-NOS, NAO PODEMOS MANISFESTAR-NOS E NEM PODEMOS REUNIR-NOS EM GRUPOS.
SENTIMOS-NOS COMPLETAMENTE OPRIMDOS E SUFOCADOS. POR ISSO PEDIMOS A TODOS VOCÊS GUINEEENSES QUE ESTAO FORA NO ESTRANGEIRO E PODEM GRITAR, GRITEM POR NÓS,QUE SEJAM A NOSSA VOZ LÁ FORA E DIVULGUEM O K SE ESTÁ A PASSAR. AJUDEM-NOS A FAZER CHEGAR A NOSSA VOZ AÍ FORA.
PEÇO-VOS USEM AS REDES SOCIAIS, O FACEBOOK E DIVULGUEM ESTA MENSAGEM:
“BASTA DE VIOLÊNCIA NA GUINÉ-BISSAU. O POVO NAO AGUENTA MAIS”.
PEÇO A AJUDA DE TODOS QUE RECEBEREM ESTA MENSAGEM QUE SAO DA MINHA CONFIANÇA, QUE APAGUEM O REMITENTE E ENVIEM A MENSAGEM AO MAXIMO DE PESSOAS DA COMUNIDADE GUINEENSE NO EXTERIOR PARA QUE TOMEM UMA POSIÇAO, QUE GRITEM POR NÓS QUE NAO PODEMOS FAZE-LO.
ESTAMOS SUFOCADOS, ANGUSTIADOS E TEMOS MEDO DAS REPRESÁLIAS.
TODOS OS QUE PARTICIPAMOS NA CAMPANHA ESTAMOS AMEAÇADOS, ESTAMOS CONTROLADOS E SOMOS VIGIADOS.
SENTIMOS UM SUFOCO TAO GRANDE QUE REVOLTA.
NEM UMA MARCHA PELA PAZ NOS PERMITEM FAZER…
GRITEM POR NÓS… AJUDEM-NOS A FAZER O MUNDO SABER QUE ESTAMOS CANSADOS… QUE NAO PODEMOS CONTINUAR ASSIM.
CHEGA DE VIOLÊNCIA NESTE PAÍS.
OBRIGADO
Amará Jaurá
Eng. de Electrónica e Computadores"
quarta-feira, 16 de maio de 2012
O CONFLITO ENTRE O INDIVIDUALISMO E A CIDADANIA
Colocando conceitos jurídicos de lado, existe uma diferença enorme entre o indivíduo e o cidadão. A diferença é tão grande que não é raro estes dois entes entrarem em conflito no foro íntimo de uma pessoa. Ou seja, uma só pessoa pode carregar dentro de si um conflito entre o indivíduo e o cidadão.
Os dois conceitos são tão distintos que nascem em momentos diferentes. O Individuo nasce após uma gestão de nove meses, em determinado dia, hora, minuto, segundo, local, país de origem etc. Depois recebe um nome, com identificação completa, com todas as informações genealógicas consignadas numa certidão de nascimento, já o cidadão é tido como resultado de uma construção constante para o exercício contínuo de boas práticas, imbuído de princípios e valores humanos fortes, que transcendem aos seus interesses individuais. Enquanto a vida do indivíduo termina com a morte da pessoa, o legado do exercício da cidadania sobrevive e estende-se às gerações vindouras.
O indivíduo quando é bem educado e conscientizado torna-se um cidadão. Caso contrário, pode transformar-se num individualista. Aí tudo piora, pois este pensa somente no seu eu, sobrepõe seus interesses a quaisquer outros de caráter coletivo, passa por cima de tudo e de todos para conseguir o que quer, ou, o que acredita merecer. Aliás, o individualista acha sempre que merece ter tudo do bom e do melhor, mesmo sem grandes sacrifícios em termos de trabalho justo e honesto. Ao passo que o cidadão pensa e age de modo a não prejudicar ninguém, pauta a sua conduta dentro dos limites éticos, coloca-se no lugar das pessoas antes de emitir qualquer opinião ou tomada de quaisquer decisões, sabe separar o público do privado, norteia as suas ações de modo a trazer resultados positivos sem olhar a quem.
Enquanto o individualista é capaz de lançar mão a qualquer expediente espúrio para satisfazer o seu ego, aliás, o ego do individualista é geralmente grande, o cidadão pondera sobre as consequências dos seus atos antes de esboçar qualquer passo ou ação.
O individualista também é aquele que participa em qualquer pleito prevendo apenas um resultado. A vitória. O resultado adverso é sempre encarado como algo defraudado. Quando vence, costuma a supervalorizar a sua vitória e humilha o derrotado. Enquanto que o cidadão tem consciência de todas as variáveis que envolvem qualquer pleito, seja social, profissional ou político, encarando o resultado sempre com sobriedade. Quando perde, tem a altivez de reconhecer a derrota e não tenta desvalorizar a vitória do vencedor. Em caso de vitória, não humilha o derrotado e tenta dar um verdadeiro sentido à sua vitória, com a consecução dos propósitos que o levaram a pleitear o cargo. O individualista regozija-se com os infortúnios alheios, e, se puder tenta tirar proveito da situação. Enquanto, que o cidadão se compadece com problemas alheios, e, se puder tenta ajudar.
Na vida pública, o individualista visa o poder e tão somente o poder e não mede os esforços para alcançá-lo. Não importa os meios. Nunca diz não, a qualquer possibilidade de ascensão ao poder. Para ele o poder é um fim e não um meio para a realização do bem comum. Aceita de pronto qualquer que seja oferta de cargo ou benesses que satisfaçam o seu apetite insaciável, mesmo que para isso tenha que atentar contra a vontade popular.
Ao passo que o cidadão toma as dores do povo. Reconhece que não adianta ter o poder sem ter respeito do seu povo. O cidadão prefere ter legitimidade popular para sentir-se confortável no cargo. Pensa sempre nas soluções capazes de minimizarem as aflições do povo. O individualista quando chega ao poder geralmente torna-se no mínimo populista e hipócrita. Não tarda a se tornar um corrupto e prepotente. Já o cidadão faz do poder um instrumento para realização de políticas públicas responsáveis e duradouras. O cidadão torna-se um verdadeiro estadista. O individualista nos regimes democráticos faz tudo pensando nas próximas eleições enquanto que o cidadão faz tudo pensando nas gerações vindouras.
A construção da cidadania é complexa, por envolver vários fatores que vão desde a base familiar, aos ímpetos naturais das pessoas, complementados pela formação acadêmica e cultural. Porém, há muita gente com formação superior, mas com fraco senso de cidadania. Abraça causas pouco nobres visando exclusivamente o proveito próprio. Da mesma forma existem pessoas com pouco ou nenhum grau de escolaridade, mas que dão lição de cidadania a certos “doutores” da nossa praça politica.
O melhor retrato da realidade é que os países que hoje ostentam melhores índices de desenvolvimento são aqueles que construíram cidadanias fortes. As pessoas nessas sociedades agem com um grau elevado de consciência coletiva. A sua capacidade de indignação perante injustiças é tão grande que pouco importa a vítima, quiçá contra a vontade popular.
Assim, para o nosso país precisamos construir uma cidadania forte, baseada na nossa realidade. A tarefa é difícil, mas necessária para que no futuro não tenhamos pessoas pensando em golpes e contragolpes de estado e nem aceitando cargos públicos que o povo lhes negou nas urnas.
Alberto Indequi
Advogado e Empresário
Presidente da República e Primeiro-Ministro, depostos por um golpe de Estado, chegam hoje a Lisboa provenientes da Costa do Marfim. AAS
O Presidente da República interino e o primeiro-ministro da Guiné-Bissau depostos no golpe de Estado de 12 de Abril chegam hoje a Portugal, vindos de Abidjan, na Costa do Marfim, disseram à Lusa fontes da CPLP.
As mesmas fontes da Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP) referiram que a deslocação a Lisboa destina-se a «estabelecer contactos». O Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, derrubados pelo golpe de Estado em 12 de abril, em Bissau, encontram-se na capital da Costa do Marfim desde o dia 28 de abril, para onde se deslocarem após terem sido libertados pelos militares golpistas, após vários dias de cativeiro. Lusa
As mesmas fontes da Comunidade Países de Língua Portuguesa (CPLP) referiram que a deslocação a Lisboa destina-se a «estabelecer contactos». O Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, derrubados pelo golpe de Estado em 12 de abril, em Bissau, encontram-se na capital da Costa do Marfim desde o dia 28 de abril, para onde se deslocarem após terem sido libertados pelos militares golpistas, após vários dias de cativeiro. Lusa
terça-feira, 15 de maio de 2012
EUA emendam a mão?!...
Os Estados Unidos esclareceram a sua posição face à Guiné-Bissau a qual já não passa pela aceitação de Serifo Nhamadjo, como presidente interino. Continuam, no entanto, a recomendar o diálogo como solução preferencial para a crise suscitada pelo golpe militar do ano passado. Segunda-feira, o Departamento de Estado americano disse que Washington saudava “a nomeação negociada pela CEDEAO de Serifo Nhamadjo como líder de um governo de transição". E prosseguiu uma porta-voz: "Exortamos todas a partes a aceitarem-no e a cooperarem para que haja estabilidade, primado da lei, democracia, prosperidade e respeito pelos direitos humanos na Guiné-Bissau".
Na terça-feira, a diplomacia americana diz, e citamos um porta-voz oficial: “Os Estados Unidos tomam nota que a CEDEAO parece ter alcançado um acordo sobre formas de restaurar o primado do direito constitucional e da democracia na Guiné-Bissau”. Esperando mais pormenores, o Departamento de Estado diz que “muito trabalho precisa de ser feito para criar um plano de acção atempado que respeite o direito constitucional e inclua todas as partes”.
Sustentando que "antes de se considerarem outras opções devem ser esgotados todos os esforços para ser alcançada uma solução negociada", a porta-voz oficial afirma que a missão da ONU em Bissau e a CPLP podem ajudar a Guiné-Bissau a restaurar o primado da lei e a reconciliação nacional”. No mês passado, após o golpe, os Estados Unidos exigiram a reinstituição do governo deposto e a conclusão do processo eleitoral, e suspenderam quase três milhões de dólares em ajuda externa Essa ajuda só será reposta quando a secretária de Estado confirmar a tomada de posse de um governo democraticamente eleito, o que é exigido pela lei americana.
Porta-voz do MNE português: "Regime 'instalado' na Guiné-Bissau não respeita o Estado de Direito"
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros português disse hoje à Lusa que o regime "instalado" na Guiné-Bissau "não respeita o Estado de Direito" por impedir a saída do país a 58 pessoas, entre as quais membros do Governo deposto.
"Esta atitude de impedir o direito fundamental de circulação tomada pelos autores do golpe militar prova bem, interna e internacionalmente, que o regime instalado em Bissau não respeita elementos básicos do Estado de Direito e que não tem qualquer intenção de estabelecer uma sociedade democrática", disse à Lusa Miguel Guedes, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Sobre o apoio dos Estados Unidos à nomeação de Serifo Nhamadjo como presidente interino da Guiné-Bissau, defendida pela Comunidade Económica Estados da África Ocidental e criticada pela CPLP, o porta-voz não fez qualquer comentário.
O Comando Militar, que tomou o poder na Guiné-Bissau a 12 de abril, emitiu uma ordem que proíbe a saída do país a 58 pessoas, entre as quais os membros do Governo deposto e dirigentes do partido no poder, o PAIGC. A ordem, com o carimbo do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, é datada de 09 de maio e é despachada para ser cumprida em todos os postos de fronteira do país. "Por ordem do Comando Militar, as pessoas cujos nomes se encontram abaixo discriminados não podem sair do país até que seja emitida uma outra ordem que desmerece a presente, isto é, quando o país voltar plenamente à tranquilidade", de acordo com o documento de duas páginas, a que a agência Lusa teve acesso na segunda-feira.
Confrontada com a lista, fonte do Comando Militar disse desconhecer a origem da decisão, embora não a coloque em causa. A lista é encabeçada por Adiatu Djalo Nandigna, antiga ministra da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo, e integra, por exemplo, os nomes de Manuel Saturnino Costa, primeiro vice-presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Iancuba Indjai, secretário executivo da Frenagolpe (coligação de partidos e associações que contestam o golpe de Estado), ou Lucinda Barbosa Aukarié, antiga diretora geral da Polícia Judiciária.
Todos os membros do Governo deposto têm os nomes na lista, embora alguns já se encontrem fora do país. Ainda que não sejam membros do Governo, alguns conselheiros do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, também constam na lista, que tem circulado em Bissau, nos últimos dias. O nome de Desejado Lima da Costa, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) está igualmente na lista, bem como o do deputado e empresário Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS).
"Esta atitude de impedir o direito fundamental de circulação tomada pelos autores do golpe militar prova bem, interna e internacionalmente, que o regime instalado em Bissau não respeita elementos básicos do Estado de Direito e que não tem qualquer intenção de estabelecer uma sociedade democrática", disse à Lusa Miguel Guedes, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Sobre o apoio dos Estados Unidos à nomeação de Serifo Nhamadjo como presidente interino da Guiné-Bissau, defendida pela Comunidade Económica Estados da África Ocidental e criticada pela CPLP, o porta-voz não fez qualquer comentário.
O Comando Militar, que tomou o poder na Guiné-Bissau a 12 de abril, emitiu uma ordem que proíbe a saída do país a 58 pessoas, entre as quais os membros do Governo deposto e dirigentes do partido no poder, o PAIGC. A ordem, com o carimbo do Estado-Maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau, é datada de 09 de maio e é despachada para ser cumprida em todos os postos de fronteira do país. "Por ordem do Comando Militar, as pessoas cujos nomes se encontram abaixo discriminados não podem sair do país até que seja emitida uma outra ordem que desmerece a presente, isto é, quando o país voltar plenamente à tranquilidade", de acordo com o documento de duas páginas, a que a agência Lusa teve acesso na segunda-feira.
Confrontada com a lista, fonte do Comando Militar disse desconhecer a origem da decisão, embora não a coloque em causa. A lista é encabeçada por Adiatu Djalo Nandigna, antiga ministra da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do Governo, e integra, por exemplo, os nomes de Manuel Saturnino Costa, primeiro vice-presidente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Iancuba Indjai, secretário executivo da Frenagolpe (coligação de partidos e associações que contestam o golpe de Estado), ou Lucinda Barbosa Aukarié, antiga diretora geral da Polícia Judiciária.
Todos os membros do Governo deposto têm os nomes na lista, embora alguns já se encontrem fora do país. Ainda que não sejam membros do Governo, alguns conselheiros do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, também constam na lista, que tem circulado em Bissau, nos últimos dias. O nome de Desejado Lima da Costa, presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) está igualmente na lista, bem como o do deputado e empresário Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS).
E com razão...
"Senhor Aly Silva:
Obrigado pelas notícias que vai enviando no DC, pois, de outra maneira, já não saberia de nada do que se vai passando na martirizada Guiné. Como esperava - por já ser habitual nestes casos em que a pessoa ou o país "não conta" - fala-se durante uns dias e depois tudo esquece. É o caso. Leio diáriamente vários jornais e ouço notícias em dois emissores e a Guiné não "existe".
Entretanto faz-me confusão o facto de, quase sempre, nos seus escritos, dizer que o golpe foi em 12 de Março. Será por achar que já foi há tempo de mais?
Paciência e coragem.
Obrigado!
Ramiro"
M/R: E tem toda a razão. É que já são tantos golpes, que um gajo se perde... Abraço
Obrigado pelas notícias que vai enviando no DC, pois, de outra maneira, já não saberia de nada do que se vai passando na martirizada Guiné. Como esperava - por já ser habitual nestes casos em que a pessoa ou o país "não conta" - fala-se durante uns dias e depois tudo esquece. É o caso. Leio diáriamente vários jornais e ouço notícias em dois emissores e a Guiné não "existe".
Entretanto faz-me confusão o facto de, quase sempre, nos seus escritos, dizer que o golpe foi em 12 de Março. Será por achar que já foi há tempo de mais?
Paciência e coragem.
Obrigado!
Ramiro"
M/R: E tem toda a razão. É que já são tantos golpes, que um gajo se perde... Abraço
Sem perdão
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou hoje que a «Operação Manatim» permitiu «salvaguardar» a comunidade portuguesa na Guiné-Bissau «perante um golpe de Estado» e que «os portugueses nunca perdoariam» se o Governo não tivesse agido. Em declarações aos jornalistas no final de uma audição à porta fechada na comissão parlamentar de Defesa, Aguiar-Branco disse que após o fim da missão é o «momento de prestar contas» e defendeu que o envio da Força de Reação Imediata (FRI) para a costa ocidental africana foi uma decisão «competente e exigente» do Governo.
«Os portugueses nunca perdoariam se Portugal não tivesse a capacidade de, perante um golpe de Estado noutro país onde existe uma importante comunidade portuguesa, salvaguardar os interesses e as vidas dos cidadãos portugueses nesses países, isso é que ninguém compreenderia», advogou. A operação militar «Manatim» para o eventual resgate de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau teve um custo total de 5,7 milhões de euros e envolveu quatro meios navais, dois aviões e mais de 1000 militares durante cerca de três semanas.
Questionado se os portugueses entendem a realização de uma operação militar sem que tenha sido resgatada qualquer pessoa, Aguiar-Branco respondeu que «o Governo, interpretando o sentimento do povo português, agiu como tinha de agir». «A operação de acautelar e salvaguardar a comunidade portuguesa na República da Guiné-Bissau ou em qualquer outra parte do mundo tem de merecer por parte do Governo e do Estado português uma resposta como esta, de forma absolutamente competente e exigente», acentuou.
José Pedro Aguiar-Branco considerou que «do ponto de vista da decisão política» a operação «foi adequada porque era o que tinha de acontecer para salvaguardar a comunidade portuguesa» e do lado militar «a configuração da força foi projetada com coerência» pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA). O governante adiantou que os 5,7 milhões de euros gastos nesta operação, principalmente «em combustível e pessoal», serão «acomodados» pelos três ramos eliminando «um conjunto de exercícios que poderão não ser necessários fazer».
«É feita uma operação real e por se fazer esta operação não haverá necessidade de fazer outras que têm em vista a qualificação e o treino dos ramos», explicou. Interrogado se caso haja um agravamento da situação na Guiné-Bissau é possível o reenvio da FRI, o ministro da Defesa respondeu que «não está nada mais previsto», assinalando no entanto que esta força militar «está sempre com capacidade para poder agir caso haja necessidade de salvaguardar as vidas e os interesses dos portugueses em qualquer parte do mundo».
«Os portugueses nunca perdoariam se Portugal não tivesse a capacidade de, perante um golpe de Estado noutro país onde existe uma importante comunidade portuguesa, salvaguardar os interesses e as vidas dos cidadãos portugueses nesses países, isso é que ninguém compreenderia», advogou. A operação militar «Manatim» para o eventual resgate de cidadãos portugueses da Guiné-Bissau teve um custo total de 5,7 milhões de euros e envolveu quatro meios navais, dois aviões e mais de 1000 militares durante cerca de três semanas.
Questionado se os portugueses entendem a realização de uma operação militar sem que tenha sido resgatada qualquer pessoa, Aguiar-Branco respondeu que «o Governo, interpretando o sentimento do povo português, agiu como tinha de agir». «A operação de acautelar e salvaguardar a comunidade portuguesa na República da Guiné-Bissau ou em qualquer outra parte do mundo tem de merecer por parte do Governo e do Estado português uma resposta como esta, de forma absolutamente competente e exigente», acentuou.
José Pedro Aguiar-Branco considerou que «do ponto de vista da decisão política» a operação «foi adequada porque era o que tinha de acontecer para salvaguardar a comunidade portuguesa» e do lado militar «a configuração da força foi projetada com coerência» pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA). O governante adiantou que os 5,7 milhões de euros gastos nesta operação, principalmente «em combustível e pessoal», serão «acomodados» pelos três ramos eliminando «um conjunto de exercícios que poderão não ser necessários fazer».
«É feita uma operação real e por se fazer esta operação não haverá necessidade de fazer outras que têm em vista a qualificação e o treino dos ramos», explicou. Interrogado se caso haja um agravamento da situação na Guiné-Bissau é possível o reenvio da FRI, o ministro da Defesa respondeu que «não está nada mais previsto», assinalando no entanto que esta força militar «está sempre com capacidade para poder agir caso haja necessidade de salvaguardar as vidas e os interesses dos portugueses em qualquer parte do mundo».
Aperta-se o nó...
O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo, instou hoje a direção do PAIGC a indicar um nome que possa ser analisado para ocupar o cargo de primeiro-ministro, disse aos jornalistas Augusto Olivais, secretário nacional do partido. Augusto Olivais falava aos jornalistas à saída de uma audiência que uma delegação do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) manteve hoje com Serifo Nhamadjo, para a busca de solução de saída da crise que o país vive desde o golpe de Estado militar a 12 de abril passado. "O Presidente da República, como tem estado a ouvir todos os partidos, fez-nos a proposta de o PAIGC indicar um nome ou nomes para a sua apreciação", para o cargo de primeiro-ministro, disse o secretário nacional do partido. LUSA
ONU exige exige o restabelecimento das autoridades legítimas e conclusão do processo eleitoral
Um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre a Guiné-Bissau impõe sanções aos autores do golpe de Estado de 12 de abril e exige o restabelecimento das autoridades legítimas e conclusão do processo eleitoral interrompido. Enviado por Portugal e Togo aos restantes membros do Conselho de Segurança, o texto, a que a Lusa teve acesso, exige que o Comando Militar que realizou o golpe tome "medidas imediatas" para a "reposição da ordem constitucional", através da "libertação das autoridades ainda detidas" e "restabelecimento das autoridades legítimas" do país. Estas medidas incluem ainda "assegurar que todos os soldados regressem aos quartéis, abrindo caminho à conclusão do processo eleitoral", refere o texto, que será negociado agora pelos 15 países membros, e ainda deverá ser sujeito a alterações. LUSA
Lista - A verdade da mentira
Então, senhores golpistas da CEDEAO, onde estão os nomes do:
- Koumba Yalá
- Serifo Nhamadjo
- Henrique Rosa
- Afonso Té
Se lá está o nome do SERIFO BALDÉ, o comparsa dos outros quatro... AAS
Ich bin ein a berliner
A Alemanha continua a "exigir o regresso à ordem constitucional na Guiné-Bissau e a condenar veementemente o golpe militar" de 12 de abril, disse hoje à Lusa um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Berlim. "A nossa posição quanto à Guiné-Bissau mantém-se", adiantou a mesmo fonte, remetendo para as declarações da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros alemã, Cornélia Pieper, em comunicado de 13 de abril. No documento, a responsável do executivo germânico condenou "veementemente" o golpe e lamentou que "os desenvolvimentos positivos para estabilizar a democracia na Guiné-Bissau tenham sido interrompidos por este ato inconstitucional e violento". LUSA
Subscrever:
Mensagens (Atom)