A CEDEAO E UMA VERGONHA !
A Guiné-Bissau viveu mais uma vez um golpe de estado no passado dia 12 de Abril, na vespera do inicio da Campanha Eleitoral para a segunda volta que seria disputada entre Carlos Gomes Junior o mais votado com 49% de votos e Kumba Yala que ficou na segunda posicao com 23%.
O referido golpe nao apanhou de surpresa o Povo guineense e nem a Comunidade Internacional que estava atenta com o que se passava na Guiné, sobretudo a representaçao das NU na Guiné, atraves do seu representante Joseph Mutaboba que esteve sempre a par do que acontecia.
Naturalmente logo apos ao golpe de estado, surgiu a CEDEAO no dia seguinte(13 de Abril) através de um comunicado onde o seu Presidente Désire Cadré Ouedraogo, condenou vigorosamente a incursao militar em Bissau qualificando-a de um acto irresponsavel que colabora na manutençao da Guiné-Bissau como um ”ESTADO FALHADO”. Ainda no mesmo comunicado, ESSA CEDEAO exigiu que o restabelecimento da ordem constitucional e o prosseguimento do processo eleitoral e adiantou que os autores do golpe deviam ser confrontados com as suas responsabilidades. O dito Comando Militar nao obedecia nem a ESSA CEDEAO nem o resto da Comunidade Internacional que unanimamente condenaram o golpe e exigiram o retorno da ordem constitucional que fara o POVO guineense que para além de ver retirado a sua liberdade de expressao mas também foram impedidas de promover qualquer tipo de manifestaçao e, assinou um acordo de Transiçao de dois anos com o dito Forum de Partidos sem expressao encabeçado por PRS que esta muito furioso para voltar ao Poder a todo custo. Logo apos essa assinatura de acordo entre o Comando Militar e o Forum de Partidos de oposiçao, houve informaçoes de fontes diplomaticas em Bissau que a Nigeria estaria pronta para reconhecer no dia 18 de Abril (apos o dia da assinatura do acordo) o novo governo de transiçao fruto do acordo entre o Comando militar e o Forum de Partidos de Oposicao. Essa atitude da Nigeria poderia ser seguida logo por outros Paises DESSA CEDEAO, contrariando assim a posiçao das Naçoes Unidas e restante Comunidade Internacional. Mas tal nao veio a acontecer, optando deste modo para outras vias de fazer valer os seus objectivos e intensao clara DESSA CEDEAO.
Ora bem, ESSA MESMA CEDEAO mudou num fechar e abrir de olhos a sua primeira posiçao de condenaçao do golpe e na defesa do seu principio de Tolerancia Zero aos golpes, quando no dia 27 de Abril em Abidjan, Costa do Marfim, numa Cimeira extraordinaria num dos pontos do seu comunicado final, instou toas as partes interessadas a se submeterem aos esforços de mediaçao da CEDEAO, com vista as modalidades para uma transiçao consensual através da realizaçao das eleiçoes no prazo de 12 meses. QUE INCOERENCIA DE POSICOES DESSA CEDEAO? Que tinha dito que condenava o golpe, exigia o restabelecimento da ordem constitucional e o prosseguimento do processo eleitoral. Mudou-se de posiçoes estrategicamente porque teme a presença cada vez mais notavel de Angola na Costa Ocidental e viram grande oportunidade de se juntar aos militares e ao Senhor que tinham proposto para ser o Presidente de Transiçao para correram com a Angola na Guiné-Bissau. Por outro lado porque tem Paises que nao querem ver o avanço da nossa Guiné.
Foi por essa razao que ESSA CEDEAO se prontificou logo isoladamente excluindo outros parceiros como a CPLP, o Portugal e a Angola na resoluçao da crise, para assim fingir mediar mas com seus interesses geoestrategicos bem assentes, colocando assim aos militares e ao Senhor que desejam tanto que fosse o Presidente da Republica mas que infelizmente o Povo nao o quer, por isso nao lhe chamou para a segunda volta das eleiçoes.
No entanto para confirmaçao do jogo estratégico DESSA CEDEAO, se realizou mais outra Cimeira desta vez em Dakar, Senegal, onde sem vergonha, contra seu proprio principio, acabou por legitimar o golpe, acabar com o processo eleitoral que decorria e deixando a soluçao ao Parlamento guineense para escolher Presidente de Transiçao e Presidente da Assembleia. Ai, também acabou por dar um golpe no parlamento. Porque pelomenos até aqui, o Comando Militar sempre disse que o Parlamento nao foi dissolvido.
Sendo assim, o Presidente em exercicio da Assembleia Nacional Popular Sr Serifo Nhamadjo se precipita correndo assim contra o tempo antes que o resto da Comunidade Internacional posicionar contra as acçoes da CEDEAO, convocou os deputados para sessao parlamentar onde escolheriam Presidentes de Transiçao e de Assembleia Nacional Popular, mesmo sabendo que esta indo contra a vontade popular, contra o Partido que lhe retirou confiança politica, contra o prescrito na Constituiçao da Republica, contra a democracia e contra o resto da Comunidade Internacional, fingindo ser uma figura de consenso que nunca a é e nem a sera.
Mas como disse alguém, o resto da Comunidade Internacional nao ira cegamente atras DESSA CEDEAO na resoluçao dessa crise e nem o Povo guineense agora confia NESSA CEDEAO, restando a unica esperanca nas NACOES UNIDAS, CPLP e ANGOLA.
Depois da desfeita que passaram na ultima reuniao do Conselho de Seguranca das Naçoes Unidas onde esteve presente a comissaria da organizacao, agora dizem que o retorno a ordem constitucional e retoma do processo eleitoral que o PAIGC e o resto da Comunidade Internacional quer, poderia gerar guerra civil na Guiné. Que vergonha! Quem faria essa guerra civil? Mas devo lembrar que o Porta-Voz do Forum de Partidos da oposiçao socios do Comando Militar e da CEDEAO também tinha proferido a mesma declaraçao numa conferencia de imprensa realizada em Bissau, onde disse que a insistencia do retorno a legalidade que o PAIGC quiz traria uma guerra civil na Guiné-Bissau.
Ora, assim começam os conflitos na Guiné com essas declaraçoes. O Kumba Yala na vespera do inicio da campanha eleitoral afirmou publicamente que nao haveria eleiçoes e que quem tentasse fazer campanha a responsabilidade seria dele e logo horas depois se deu o golpe. Afinal, parece que sabia do que estava a falar. O Sr Henrique Rosa também tinha dito que a presença da MISSANG poderia trazer conflito para o Pais. Também tudo indica que sabia o que se estaria a passar: Coincidencia ou nao, essa presença militar da MISSANG veio a ser a grande motivaçao para o golpe de estado. Nota-se claramente que alguém, ou algum Pais ou alguma Organizaçao Internacional estara disponivel em apoiar qualquer situaçao de provocar uma guerra civil na Guiné.
Posto isso, como guineense acho que nao bastarao so acçoes diplomaticas para por fim a essa crise, mas também seria necessaria que essas acçoes sejam acompanhadas com sançoes economicas aos autores do golpe e aos seus aliados, seguindo o exemplo da Uniao Europeia. Por isso exorto que as Naçoes Unidas adoptem o mais rapido possivel sançoes economicas contra esses golpistas militares e politicos. Também que envolvam direta e de forma activa na resoluçao dessa crise sem que no entanto disista de enviar uma força multinacional de interposiçao para salvar o Povo guineense, salvar o Pais, salvar a democracia, ajudar controlar o narcotrafico e criaçao de condiçoes para que haja justiça.
Força!
O guineense nao desiste!
Viva o Povo guineense!
Aliu Baldé
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Raiva
RAIVA!!!
Prezado Aly,
Mais uma vez estamos a mostrar ao mundo que na guiné tudo se resolve na base da força e da ignorância. E o pior estamos mostrar ao mundo que a Guiné-Bissau não passa de uma simples província do Senegal. Digo isso, porque graças ao governo central do Senegal, a CEDEAO conseguiu legitimar o golpe que ele mesmo (CEDEAO) havia condenado com veemência.
Os golpistas ( Koumba Iala, Henrique Rosa e Serifo Nhamadjo) estão de parabéns, pois só através da estratégia usada por eles ( violência, intimidação e a intolerância) é que conseguiriam ascender a presidência da republica.
Mas enfim, nós enquanto povo, enquanto donos do pedaço daquela pátria, não podemos e nem devemos ficar de braços cruzados e dizermos simplesmente que não há outro jeito. Há sim. Pois podemos levantar as nossas vozes através de manifestações, podemos seguir o exemplo da primavera árabe e com isso acabarmos com autoritarismo dos militares na Guiné-Bissau. Alias militares esses que não trazem nada de bom para o país, que passam todo tempo sentados nos quartéis a jogarem baralho, xadrez etc. a espera dos seus salários no fim do mês.
Vivo no Brasil e vejo como o exercito brasileiro contribui para o progresso do país, através de mutirões, apoio a Defesa Civil e, sobretudo durante a campanha de vacinação. Esses sim (brasileiros) podem se orgulhar em dizer que temos forças armadas republicanas, não como as que temos na guiné que só nos trazem problemas.
Dizem que a esperança é a ultima a morrer, por isso só nos resta contar com o apoio da Comunidade dos países da língua portuguesa (CPLP) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e espero que esta ultima faça valer o seu poder e com isso pressionar a CEDEAO a rever a sua postura face a crise vivida na guiné. Aos guineenses lanço um veemente apelo, caso não consigamos manifestar através de marchas, pois tenho quase certeza que aqueles ignorantes não vão permitir a única saída passa necessariamente pelo boicote as próximas eleições, até porque o nosso voto não tem sentido nenhum na Guiné-Bissau.
Para finalizar, gostaria de manifestar o meu desejo em ver os nomes dos políticos envolvidos no golpe, dentre os quais Koumba Iala, Henrique Rosa e
Serifo Nhamadjo , fazerem partes dos que serão punidos através de sanções pela comunidade internacional.
É VERGONHOSO SER GUINEENSE NO ESTRANGEIRO!!!
Sem qualquer consideração,
Suleimane mane
ESTUDANTE GUINEENSE EM BELO HORIZONTE/BRASIL
Prezado Aly,
Mais uma vez estamos a mostrar ao mundo que na guiné tudo se resolve na base da força e da ignorância. E o pior estamos mostrar ao mundo que a Guiné-Bissau não passa de uma simples província do Senegal. Digo isso, porque graças ao governo central do Senegal, a CEDEAO conseguiu legitimar o golpe que ele mesmo (CEDEAO) havia condenado com veemência.
Os golpistas ( Koumba Iala, Henrique Rosa e Serifo Nhamadjo) estão de parabéns, pois só através da estratégia usada por eles ( violência, intimidação e a intolerância) é que conseguiriam ascender a presidência da republica.
Mas enfim, nós enquanto povo, enquanto donos do pedaço daquela pátria, não podemos e nem devemos ficar de braços cruzados e dizermos simplesmente que não há outro jeito. Há sim. Pois podemos levantar as nossas vozes através de manifestações, podemos seguir o exemplo da primavera árabe e com isso acabarmos com autoritarismo dos militares na Guiné-Bissau. Alias militares esses que não trazem nada de bom para o país, que passam todo tempo sentados nos quartéis a jogarem baralho, xadrez etc. a espera dos seus salários no fim do mês.
Vivo no Brasil e vejo como o exercito brasileiro contribui para o progresso do país, através de mutirões, apoio a Defesa Civil e, sobretudo durante a campanha de vacinação. Esses sim (brasileiros) podem se orgulhar em dizer que temos forças armadas republicanas, não como as que temos na guiné que só nos trazem problemas.
Dizem que a esperança é a ultima a morrer, por isso só nos resta contar com o apoio da Comunidade dos países da língua portuguesa (CPLP) e da Organização das Nações Unidas (ONU) e espero que esta ultima faça valer o seu poder e com isso pressionar a CEDEAO a rever a sua postura face a crise vivida na guiné. Aos guineenses lanço um veemente apelo, caso não consigamos manifestar através de marchas, pois tenho quase certeza que aqueles ignorantes não vão permitir a única saída passa necessariamente pelo boicote as próximas eleições, até porque o nosso voto não tem sentido nenhum na Guiné-Bissau.
Para finalizar, gostaria de manifestar o meu desejo em ver os nomes dos políticos envolvidos no golpe, dentre os quais Koumba Iala, Henrique Rosa e
Serifo Nhamadjo , fazerem partes dos que serão punidos através de sanções pela comunidade internacional.
É VERGONHOSO SER GUINEENSE NO ESTRANGEIRO!!!
Sem qualquer consideração,
Suleimane mane
ESTUDANTE GUINEENSE EM BELO HORIZONTE/BRASIL
Governo guineense apela a Ban Ki Moon e pede que "seja liderado pelas Nações Unidas"
O governo legitimo da Guiné Bissau deposto no golpe militar no dia 12 de marco, apelou hoje ao secretário-geral das Nações Unidas que assuma a liderança do processo de transição no país, considerando que a CEDEAO não tem condições para continuar a fazê-lo. "A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) não tem mais condições para conduzir o processo para a busca de uma solução duradoura para a crise da Guiné-Bissau, ao se apressar nesta tentativa de impor uma solução que não é solução, mas um desastre total para o povo da Guiné-Bissau", disse hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mamadu Djaló Pires, em conferência de imprensa em Lisboa.
Falando em nome do "governo legítimo da Guiné Bissau", o ministro apelou ao Conselho de segurança das Nações Unidas e do secretário-geral, Ban Ki-Moon, que o processo "seja liderado pelas Nações Unidas, envolvendo outras organizações, como a União Africana, a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e a União Europeia".
Guineenses manifestam-se amanhã, em Paris
O Coletivo dos "Ressortissants, Sympathisants et Amis de la Guinée-Bissau" em França, informa-lhe da sua manifestaçao prevista no dia 12 de Maio na "Rue de la Paix", Place Vendôme perto do Ministerio da Justicia Francesa, Paris 1er a partir das 14 horas. Objectivo da marcha: Protesto para a reposiçao da legalidade democratica e direito constitucional na Guine-Bissau
Carta Aberta à CPLP de Apoio à Guiné-Bissau (subscreva e divulgue!)
Nós, Cidadãos Lusófonos, estamos fartos:
- estamos fartos de grandes proclamações retóricas, sem qualquer atitude consequente.
- estamos fartos de ouvir que “a nossa pátria é a língua portuguesa”, sem que isso tenha depois qualquer resultado.
- estamos fartos de escutar que a convergência lusófona é o nosso grande desígnio estratégico, sem que depois se dêem passos concretos nesse sentido.
Nós, Cidadãos Lusófonos, sabemos bem que a CPLP só faz o que os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a deixam fazer e, por isso, responsabilizamos sobretudo os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pela inoperância da CPLP, 15 anos após a criação. Muitos desses Governos parecem continuar a considerar que a CPLP só serve para promover sessões de poesia – nada contra: sempre houve na nossa língua excelente poetas. Mas a CPLP tem que agir muito mais – não só no plano cultural, mas também no plano social, económico e político.
A situação a que chegou a Guiné-Bissau é um dos exemplos maiores dessa inoperância. Como o MIL há vários anos alertou, teria sido necessário que a CPLP se tivesse envolvido de modo muito mais firme, para além das regulares proclamações grandiloquentes em prol da paz, proclamações tão grandiloquentes quanto inócuas. Como sempre defendemos, exigia-se a constituição de uma FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ para realmente pacificar a Guiné-Bissau e defender o povo irmão guineense dos desmandos irresponsáveis e criminosos de muitas das suas autoridades políticas e militares.
Dada a situação extrema a que se chegou, só agora a CPLP parece acordar, ao propor “uma força de interposição para a Guiné-Bissau, com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em articulação com a CEDEAO – Comunidade Económica dos Países de África Ocidental, a União Africana e a União Europeia”, bem como a “aplicação de sanções individualizadas” aos militares envolvidos neste último golpe militar – nomeadamente, a “proibição de viagens, congelamento de bens e responsabilização criminal”.
Obviamente, nós, Cidadãos Lusófonas, concordamos com essas propostas. Apenas esperamos que não cheguem demasiado tarde. E, sobretudo, que não fiquem por aí. O apoio à Guiné-Bissau terá que se estender aos mais diversos planos – desde logo, ao da Educação, da Saúde e da Economia. É mais do que tempo que o povo martirizado da Guiné-Bissau possa viver em paz, com acesso à Educação e à Saúde e com uma Economia que lhe permita viver dignamente.
Nós, Cidadãos Lusófonos, exigimos isso. E por isso exortamos a CPLP a dar, finalmente, passos concretos nesse sentido.
Subscreva e Divulgue aos seus contactos!!
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=cplpgb
MIL: Movimento Internacional Lusófono
http://www.movimentolusofono.org
- estamos fartos de grandes proclamações retóricas, sem qualquer atitude consequente.
- estamos fartos de ouvir que “a nossa pátria é a língua portuguesa”, sem que isso tenha depois qualquer resultado.
- estamos fartos de escutar que a convergência lusófona é o nosso grande desígnio estratégico, sem que depois se dêem passos concretos nesse sentido.
Nós, Cidadãos Lusófonos, sabemos bem que a CPLP só faz o que os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa a deixam fazer e, por isso, responsabilizamos sobretudo os Governos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa pela inoperância da CPLP, 15 anos após a criação. Muitos desses Governos parecem continuar a considerar que a CPLP só serve para promover sessões de poesia – nada contra: sempre houve na nossa língua excelente poetas. Mas a CPLP tem que agir muito mais – não só no plano cultural, mas também no plano social, económico e político.
A situação a que chegou a Guiné-Bissau é um dos exemplos maiores dessa inoperância. Como o MIL há vários anos alertou, teria sido necessário que a CPLP se tivesse envolvido de modo muito mais firme, para além das regulares proclamações grandiloquentes em prol da paz, proclamações tão grandiloquentes quanto inócuas. Como sempre defendemos, exigia-se a constituição de uma FORÇA LUSÓFONA DE MANUTENÇÃO DE PAZ para realmente pacificar a Guiné-Bissau e defender o povo irmão guineense dos desmandos irresponsáveis e criminosos de muitas das suas autoridades políticas e militares.
Dada a situação extrema a que se chegou, só agora a CPLP parece acordar, ao propor “uma força de interposição para a Guiné-Bissau, com mandato definido pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, em articulação com a CEDEAO – Comunidade Económica dos Países de África Ocidental, a União Africana e a União Europeia”, bem como a “aplicação de sanções individualizadas” aos militares envolvidos neste último golpe militar – nomeadamente, a “proibição de viagens, congelamento de bens e responsabilização criminal”.
Obviamente, nós, Cidadãos Lusófonas, concordamos com essas propostas. Apenas esperamos que não cheguem demasiado tarde. E, sobretudo, que não fiquem por aí. O apoio à Guiné-Bissau terá que se estender aos mais diversos planos – desde logo, ao da Educação, da Saúde e da Economia. É mais do que tempo que o povo martirizado da Guiné-Bissau possa viver em paz, com acesso à Educação e à Saúde e com uma Economia que lhe permita viver dignamente.
Nós, Cidadãos Lusófonos, exigimos isso. E por isso exortamos a CPLP a dar, finalmente, passos concretos nesse sentido.
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MIL: Movimento Internacional Lusófono
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A humilhação da ONU pelos golpistas da CEDEAO
A CEDEAO ´escolheu´ Serifo Nhamadjo para presidente da República de transição. Do alto da sua incompetência, um desbocado qualquer desta delegação sub regional disse ontem, em Bissau, que ´a crise na Guiné-Bissau deve ser resolvida hoje´. E a democracia foi, assim, apunhalada bem como todos os cidadãos guineenses que elegeram, nas urnas, os seus representantes numas eleições consideradas justas e transparentes por TODOS os observadores internacionais.
Serifo Nhamadjo, Koumba Yala, Henrique Rosa são os GOLPISTAS de serviço e os principais responsáveis pela situação que se seguiu e DEVEM SER ALVO DE SANÇÕES por parte das Nações Unidas, e de outras organizações - pois tudo o que aconteceu antes e depois das eleições de 18 de marco último, deve-se a eles. E devem, também, sentir a ira do guineense mais inconformado...
A União Europeia, o Banco Mundial, o Fundo Monetario Internacional e outras organizaçoes, tanto no ambito bilateral como multilateral, devem manter o cancelamento de todas as ajudas à Guiné-Bissau – a CEDEAO, rica como é, pode muito bem continuar a ajudar os golpistas...
kin ku djunta ku purku, forel ki ta kumé.
Aos guineenses, democratas como eu: NÃO SE SUBMETAM a quem quer que seja – político ou militar. Os servidores do Estado devem permanecer nas suas casas, aqueles que forem trabalhar ESTARÃO a trair a democracia e devem, igualmente, ser sancionados dentro de portas. É preciso que o guineense adira em massa à desobediência civil lançada por muitos partidos políticos, pelos sindicatos. É preciso parar o País, po-lo de joelhos, de preferência com as calças nas mãos.
PARA AS NAÇÕES UNIDAS:
A ÚLTIMA ESPERANÇA do guineense comum, aquele que deixou de ter aulas, que não recebe o seu salário, que se sente ameaçado, que não tem ARMAS, é nas NAÇOES UNIDAS.
A imposição, ontem, pela CEDEAO, de um nome para presidente da República de transição (alguém que nem em sonhos aparece na contagem para a segunda volta das eleições presidenciais...), é uma AFRONTA às Nações Unidas em vésperas de ser conhecida a resolução desta organização que congrega países de todo o mundo. Mais, esta decisão da CEDEAO no nosso solo envergonha pelo cinismo, pelo descaramento e pela prepotência demonstrados, e o que quer que aconteça daqui para a frente será da sua inteira reponsabilidade.
Para o Henrique Rosa, Koumba Yala, Serifo Nhamadjo – golpistas primeiros; para os golpistas em geral, sobretudo os ´políticos´ de meia tigela que sofrem de complexos de derrota, tenho uma palavrinha: Não ficarão impunes, pois o povo da Guine Bissau sabera dar-vos a resposta que merecem, e não tardara. E a justiça não será divina, não. Será dos mesmos homens que hoje vocês fazem por castigar, na vossa desmedida ambição de chegar ao poder a qualquer custo. Não passam de cobardes!
Eu, enquanto cidadão deste País, digo-vos que PERDERAM todo o meu RESPEITO. Abomino golpistas e gente cobarde, gente que provoca mortes e confusão, espancamentos e censura; gente que rouba e faz pilhagens, gente mesquinha que se esconde atras de uma arma... segurando discretamente na baioneta. Se querem mesmo saber, metem-me nojo! A cada dia que passa, e a toda a hora.
O Serifo Nhamadjo NÃO é o meu presidente. Não reconheço em nenhum golpista – civil ou militar - qualquer capacidade de liderança. Deviam era ter VERGONHA na cara. Estes políticos de manga-de-alpaca devem merecer a REPROVAÇÃO de todo um povo, devem ser APUPADOS por onde quer que passem, devem mesmo ser vaiados e, até, insultados. A revolução vai perigosa, mas, como dizia Mao Tsé-Tung a revolução não é um jantar de amigos. A revolução é um acto de violência.
O Povo da Guiné-Bissau, democrata como provou ser, sempre que foi chamado para assumir as suas responsabilidades, DIZ NÃO À BRUTALIDADE.
Mas, temos um consolo: ainda bem que a CEDEAO tem uma delegação e os seus representantes na Guiné-Bissau. É preciso ir lá, em massa, gritar, manifestar a nossa ira e discordância pela consumação brutal DE MAIS UM golpe de Estado na Guiné-Bissau protagonizado pelos 5 candidatos derrotados nas urnas, com a benção IRRESPONSÁVEL da CEDEAO.
Sem qualquer consideração,
António Aly Silva
Portugal pretende "rápida" imposição de sanções
Portugal pretende uma "rápida" imposição de sanções do Conselho de Segurança aos militares golpistas na Guiné-Bissau, e deverá apresentar no início da próxima semana aos restantes membros do órgão da ONU um projeto de resolução com esse fim. Em declarações à Lusa em Nova Iorque, o embaixador de Portugal junto das Nações Unidas, Moraes Cabral, afirmou que, para já, o projeto de resolução contemplará apenas sanções individuais, e que um mandato do Conselho de Segurança para envio de uma força multinacional de estabilização continuará em aberto.
"Não vejo que esta resolução - e, digo bem, esta resolução - contemple mais do que as sanções", disse o diplomata português. Juntamente com o Togo, o país formalmente responsável pelo "dossier" da Guiné-Bissau dentro do Conselho de Segurança, Portugal tem estado a preparar o projeto de resolução, que será apresentado aos restantes membros na segunda ou terça feira, adiantou. "Estamos a trabalhar com os [países-membros] africanos primeiro, alargando o círculo. Interessa-nos uma resolução com a qual todos se revejam e que permita uma aprovação rápida, como pretendemos. Isso implica algum trabalho de casa", afirma Moraes Cabral.
Juntamente com a resolução, haverá uma lista das pessoas alvo de sanções, como o congelamento de bens ou interdição de viagem, que será evolutiva, podendo posteriormente ser acrescentados ou retirados nomes. "Não é muito difícil presumir qual, grosso modo, será essa lista [de indivíduos alvo de sanções]. Basta ir à lista de sanções da União Europeia para ter alguma ideia de que pessoas que se visam", afirma o diplomata português. No caso europeu, foram visados só militares, mas Moraes Cabral não rejeita que sejam incluídos políticos apoiantes do golpe, como tem vindo a ser admitido por alguns países e mesmo defendido pelo governo da Guiné-Bissau.
"O objetivo é a reposição das instituições que foram afastadas do exercício legítimo dos seus mandatos democráticos", afirma o diplomata. "Esperamos que esta resolução com sanções seja de facto uma expressão forte da vontade da comunidade internacional e que os revoltosos em Bissau acatem esta vontade unânime expressa pelo Conselho de Segurança. Se não acatarem, logo veremos", adianta. O Conselho de Segurança debateu na segunda-feira a crise na Guiné-Bissau, aprovando no dia seguinte um comunicado à comunicação social em que apela a Ban Ki-moon, para se envolver ativamente na imposição de "tolerância zero" com a tomada do poder pelos militares na Guiné-Bissau.
A declaração reitera ainda disponibilidade para "considerar sanções contra os autores do golpe militar e seus apoiantes", já expressa na declaração presidencial de 21 de abril, caso a situação em Bissau não registe evoluções positivas. Na anterior declaração presidencial, o Conselho de Segurança condenou "fortemente" o golpe de Estado e exigiu a reposição "imediata" da ordem constitucional e do governo democrático legítimo, além da continuação do processo eleitoral interrompido. A CEDEAO afirma que está iminente o envio de um contingente militar para Bissau, enquanto o governo guineense e o bloco lusófono tem vindo a defender um mandato da ONU para tal força e que esta seja aberta a outros países.
Quanto à aprovação de tal mandato, Moraes Cabral afirma que "depende muito da evolução da situação", após a aprovação da resolução. O diplomata mostra-se agradado com a recente abertura da CEDEAO a uma "conjugação de esforços das diferentes organizações internacionais relevantes para a Guiné-Bissau, a aceitação de um mecanismo de cooperação coletiva". "É isso que nós pretendemos, no fundo. Não pretendemos excluir ninguém e, pelo contrário, congregar todas as instituições relevantes" no caso guineense, afirma.
"Não vejo que esta resolução - e, digo bem, esta resolução - contemple mais do que as sanções", disse o diplomata português. Juntamente com o Togo, o país formalmente responsável pelo "dossier" da Guiné-Bissau dentro do Conselho de Segurança, Portugal tem estado a preparar o projeto de resolução, que será apresentado aos restantes membros na segunda ou terça feira, adiantou. "Estamos a trabalhar com os [países-membros] africanos primeiro, alargando o círculo. Interessa-nos uma resolução com a qual todos se revejam e que permita uma aprovação rápida, como pretendemos. Isso implica algum trabalho de casa", afirma Moraes Cabral.
Juntamente com a resolução, haverá uma lista das pessoas alvo de sanções, como o congelamento de bens ou interdição de viagem, que será evolutiva, podendo posteriormente ser acrescentados ou retirados nomes. "Não é muito difícil presumir qual, grosso modo, será essa lista [de indivíduos alvo de sanções]. Basta ir à lista de sanções da União Europeia para ter alguma ideia de que pessoas que se visam", afirma o diplomata português. No caso europeu, foram visados só militares, mas Moraes Cabral não rejeita que sejam incluídos políticos apoiantes do golpe, como tem vindo a ser admitido por alguns países e mesmo defendido pelo governo da Guiné-Bissau.
"O objetivo é a reposição das instituições que foram afastadas do exercício legítimo dos seus mandatos democráticos", afirma o diplomata. "Esperamos que esta resolução com sanções seja de facto uma expressão forte da vontade da comunidade internacional e que os revoltosos em Bissau acatem esta vontade unânime expressa pelo Conselho de Segurança. Se não acatarem, logo veremos", adianta. O Conselho de Segurança debateu na segunda-feira a crise na Guiné-Bissau, aprovando no dia seguinte um comunicado à comunicação social em que apela a Ban Ki-moon, para se envolver ativamente na imposição de "tolerância zero" com a tomada do poder pelos militares na Guiné-Bissau.
A declaração reitera ainda disponibilidade para "considerar sanções contra os autores do golpe militar e seus apoiantes", já expressa na declaração presidencial de 21 de abril, caso a situação em Bissau não registe evoluções positivas. Na anterior declaração presidencial, o Conselho de Segurança condenou "fortemente" o golpe de Estado e exigiu a reposição "imediata" da ordem constitucional e do governo democrático legítimo, além da continuação do processo eleitoral interrompido. A CEDEAO afirma que está iminente o envio de um contingente militar para Bissau, enquanto o governo guineense e o bloco lusófono tem vindo a defender um mandato da ONU para tal força e que esta seja aberta a outros países.
Quanto à aprovação de tal mandato, Moraes Cabral afirma que "depende muito da evolução da situação", após a aprovação da resolução. O diplomata mostra-se agradado com a recente abertura da CEDEAO a uma "conjugação de esforços das diferentes organizações internacionais relevantes para a Guiné-Bissau, a aceitação de um mecanismo de cooperação coletiva". "É isso que nós pretendemos, no fundo. Não pretendemos excluir ninguém e, pelo contrário, congregar todas as instituições relevantes" no caso guineense, afirma.
Golpe!
Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional da Guiné-Bissau, disse ontem aos jornalistas que hoje, sexta-feira, vai iniciar consultas para escolher um primeiro-ministro de um governo de transição mas o PAIGC, maior partido, já disse estar fora. No final de uma maratona de reuniões entre a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), partidos e militares da Guiné-Bissau a organização regional propôs Serifo Nhamadjo para Presidente de transição (um ano), na sequência do golpe de Estado de 12 de abril. A proposta foi lida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Nigéria, Nurudeen Muhammad, segundo o qual se tratou de uma escolha "em obediência estrita à Constituição" da Guiné-Bissau, segundo o seu artigo 71. LUSA
CEDEAO propõe(?) o nome de Serifo Nhamadjo para presidente da Republica de Transiçãoe
A CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental) propôs hoje o nome de Serifo Nhamadjo, presidente interino do Parlamento, para Presidente da Guiné-Bissau num período de transição. A proposta surgiu no final de uma longa reunião que juntou em Bissau militares e políticos e os ministros dos Negócios Estrangeiros da Costa do Marfim e da Nigéria. À chegada a Bissau, na tarde de quinta-feira, o chefe da diplomacia da Nigéria tinha dito que a crise na Guiné-Bissau tinha de acabar nesta reunião.
quinta-feira, 10 de maio de 2012
"Angola pode rever retirada"
Angola está disposta a rever a posição de retirar os 270 militares que mantem na Guiné-Bissau caso haja uma resolução das Nações Unidas e lhe for solicitada colaboração numa futura força internacional, disse hoje fonte governamental em Luanda.
"Caso haja uma resolução das Nações Unidas e seja solicitada alguma colaboração ao governo de Angola, nós estamos dispostos a rever [a posição]", disse o ministro de Estado e da Coordenação Económica, referindo-se à anunciada retirada do contingente militar que Angola mantém em Bissau. Numa conferência de imprensa para apresentação dos resultados da governação no primeiro trimestre de 2012, Manuel Vicente destacou que o anúncio da retirada da Missang, a missão de cooperação para ajudar à reforma dos setores de Defesa e Segurança guineenses, se deveu à falta de vontade das autoridades de Bissau.
"Estivemos na Guiné-Bissau no quadro de uma relação bilateral. Uma vez que não há vontade das autoridades em que esta força permaneça, o executivo [angolano] achou por bem dar por finda esta missão de cooperação que vinha exercendo", considerou. A referência surgiu na sequência de uma questão sobre se os recentes desenvolvimentos na Guiné-Bissau, face ao golpe de estado de 12 de abril, poderiam afetar a imagem de Angola. Os militares golpistas justificaram a tomada do poder, com a consequente detenção do Presidente da República interino, Raimundo Pereira, e do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, com a alegada interferência dos militares angolanos no processo politico guineense. LUSA
Analista angolano, Nelson Pestana, em entrevista à rádio Voz da América: "CEDEAO receia derrota militar na Guiné-Bissau"
O analista angolano Nelson Pestana “Bonavena” afirma que o recuo da CEDEAO na Guiné-Bissau se deve ao facto de aquela organização regional recear ser derrotada numa intervenção militar no país. A CEDEAO, Comunidade dos Estados da África Ocidental, respondeu ao golpe na Guiné-Bissau, exigindo, no mês passado, o retorno imediato à ordem constitucional. Posteriormente, contrariando a ONU, a União Africana e a CPLP, a CEDEAO passou a solução da crise para o parlamento guineense, que se encontra, para todos os efeitos, sob o controle dos militares.
E abandonou a exigência de retorno do país à ordem constitucional – exigência que, inicialmente, se dispunha a impor pela força. Nelson Pestana, do Centro de Estudos Científicos da Universidade Católica Angolana, disse, numa entrevista à VOA, que a CEDEAO teve medo das consequências de uma intervenção militar. Após um discurso inicial “peremptório e musculado” a organização regional “percebeu que poderia cair numa armadilha – ver-se perante a resistência dos militares e um confronto armado para o qual a CEDEAO não está preparada e poderia traduzir-se num verdadeiro desastre militar” para qualquer força que interviesse”. Pestana lembrou a experiência negativa do Senegal, quando em 1998 interveio na Guiné-Bissau para “socorrer Nino Vieira”.
“Garantiu durante algum tempo o poder de Nino Vieira – mas depois a rebelião venceu e o Senegal saiu derrotado, envergonhado e humilhado”.
Nelson Pestana disse que o recuo da CEDEAO, provavelmente, vai saldar-se pelo cumprimento dos objectivos dos golpistas. “Eles vão ter melhores condições de enfraquecer o poder hegemónico que Carlos Gomes Júnior já estava a ter e que queria consolidar através da legitimidade do voto, voto esse que foi contestado por todos os candidatos. A verdade eleitoral foi contestada”, disse o académico angolano. Pestana crê que apesar da legitimidade das queixas sobre fraude eleitoral, os militares não podem permanecer no poder a longo prazo. O poder, segundo ele, terá que ser transferido para civis eleitos num processo verdadeiramente livre e justo. “Temos muitos casos – disse – em que a fraude eleitoral é considerada verdade eleitoral”. VOA
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