quarta-feira, 2 de maio de 2012
Raimundo Pereira e Carlos Gomes Jr., cada vez mais perto de Bissau
O Presidente da República, Raimundo Pereira e o Primeiro-Ministro, Carlos Gomes Jr., chegaram hoje a Dakar por volta das 13 horas - sob auspícios das Nações Unidas - que, assim, retiraram o protagonismo exacerbado que a CEDEAO vinha demonstrando. A reunião na capital senegalesa, segundo uma fonte do DC, é vista com desconfiança por alguma ala do PAIGC, que teme uma rasteira por parte do Senegal "que não quer que se concretize o projecto do porto de águas profundas, em Buba", cuja construção está assegurada por empresas angolanas. "Não é de hoje, essa posição senegalesa", ressalta a nossa fonte. Sabem que um porto desses, nessa localização, "destronaria qualquer concorrência".
Em Dakar, o representante do Secretário-Geral da ONU em Bissau, Joseph Mutaboba, fez uma declaração há pouco. Garantiu mesmo que "não haverá outra solução que não aquela que passe pelo respeito e reposição da ordem constitucional", que o Comando Militar assinou por baixo. O Presidente interino e o primeiro-ministro guineenses estão em Dakar para participar na cimeira do Grupo de Contacto sobre a Guiné-Bissau, que se reúne quinta-feira na capital senegalesa.
Ainda segundo a nossa fonte, esta espécie de mini cimeira é um caminho para os grandes do continente se posicionarem. "A Nigéria olha com desconfiança para o mais recente colosso africano - Angola, que não estará presente, e a Gâmbia e o Senegal são isso mesmo - arqui-inimigos. Cabo-Verde, obviamente estará do lado da posição de Angola. Quanto ao Benim e Togo, "estão lá para bater palmas, não representam sequer a sub-região mas são dois Estados e isso é que conta. A Guiné-Conacry, ainda segundo a nossa fonte, "tem óptimas relaçoes com Angola, e está tudo dito".
À agência LUSA, uma fonte sublinhou que Raimundo Pereira e Carlos Gomes Júnior - detidos a 12 de abril na sequência de um golpe de Estado na Guiné-Bissau e libertados na passada sexta-feira, dia em que seguiram para Abidjan - seguiram diretamente da capital da Costa do Marfim para Dacar, sem precisar a data. Ditadura do Consenso sabe entretanto que os dois chegaram por volta das 13 horas num voo particular. A cimeira do Grupo de Contacto, que analisará as situações político-militares que a Guiné-Bissau e o Níger enfrentam, e que vai reunir seis chefes de Estado (Nigéria, que preside, Senegal, Benim, Gâmbia, Guiné-Conacri e Togo) e de um primeiro-ministro (Cabo Verde) dos sete países que o integram. AAS com Lusa
A vida africana consome em emoçoes
Estava no Facebook, quando uma pessoa por quem tenho enorme respeito, apesar de muitas vezes discordar do que escreve, publicou um artigo sobre a sua prisão, no passado dia 13 de março. Despertou-me a atenção, porque seres humanos rebeldes e corajosos são sempre fascinantes. E nos seus olhos existia a centelha que vi nos olhos de uma menina (é já uma mulher e mamã, enfim...) que conheci em Moçambique. A mesma cor, a mesma coragem, a mesma força de Vida e a mesma sombra. Aquela sombra…
A menina de que lhe falo, chega a Xai-Xai (Moçambique), com os seus 23 anos, uma cadela e a força do seu olhar. O seu objectivo: marcar a diferença na vida das crianças da Praia de Xai-Xai. E sozinha construiu essa diferença.
Imagino que, neste momento, esteja muito cansado. Imagino apenas, porque sei o quanto a vida africana nos consome em emoções, mas não sei o que é viver essa luta que está viver. E é aí que cada um de nós estará sempre sozinho. Só o António Aly saberá qual é o motor da sua existência, quais são os seus objectivos, qual a sua missão e os seus limites.
Apenas lhe vou dizer algo e perdoe-me se considerar uma intromissão: o António é dono do seu destino, mais ninguém. Neste momento, é muito conhecido. Nestes casos, lembro-me sempre do livro o Perfume. As multidões (existe sempre uma parte de nós que deseja, ainda que inconscientemente, atrai-las) podem acabar por nos devorar. Seja leal a si próprio nas suas decisões, apenas isso.
As únicas pessoas a que deve algo são aquelas que ama e que o amam e que generosamente aceitam estar consigo, apesar de terem o coração sempre em sobressalto. E essas estarão sempre consigo, seja quais forem as suas decisões. Anteriormente enviei-lhe uma mensagem, desejo sinceramente que não o tenha ofendido. Não sabia quem era. Apenas a sua história me comoveu. Não sabia que não precisava dessa ajuda.
Vivemos tempos esquisitos, cada ser humano com a sua luta. A coragem de uns serve de força para outros. As histórias de uns servem de motor para outros. E no fundo, o que fica é que todos somos humanos, demasiado humanos e às vezes, maravilhosamente humanos.
Paz para o povo da Guiné. Que o António Aly Silva continue a contribuir para a construção dessa Paz e que a encontre em si.
Julia R.
Reconhecido
Boa tarde,
Independentemente da decisão que será sempre sua, de acabar agora ou não com o seu Blog, sou da opinião que os seus filhos certamente que irão ter “BEM ESTAR” quando souberem ou reconhecerem que o seu pai “blogou” em tempos difíceis e de grande incerteza pugnando pela liberdade de pensamento e de imprensa.
Pela minha parte que ao seu blog fui parar, por curiosidade e mero acaso, quando buscava melhores informações sobre o que se estaria a passar na Guiné Bissau o meu obrigado e reconhecimento de que ele tem sido útil para lembrar, a mim e a alguns com quem fui compartilhando a informação que ia recolhendo da sua leitura, que a liberdade, mesmo nos nossos países da Europa, é um BEM enorme, uma jóia muito valiosa a que temos de dar constante valor sob pena de ao mínimo descuido deixarmos campo aberto aqueles que a querem cercear.
Obrigado.
José S. e S.
Obrigado
Bom dia caro amigo e irmão Aly,
Acabei de ver o teu desabafo no teu/nosso blog e embora te compreenda, fiquei preocupado, tal como milhares de outros Guineenses que vêm em ti o pulso da verdade e da coragem. Porém, enquanto lia preocupado a noticia, impulsivamente, olhei para o lado..., para a tua fotografia (de resto, de fazer inveja a muitos reputados gigolos), quiça para melhor compreender melhor o teu estado de espirito...
Inevitavelmnte, li o teu slogan jornalistico inspirado em Jonh Stuart Mill. Supirei... Então questionei se o nosso Blog-star iria desistir. CONVICTAMENTE respondi-me mim mesmo : NAO, o Aly não vai desistir. Sem poder dar-te nada, para além desta solidariedade e singelo reconhecimento, podes crer que,
ESTAMOS JUNTOS
FLP
DENUNCIA DC ~ OS SELOS RETIRADOS DO COFRE DA DIRECÇAO GERAL DE VIAÇAO SERVIRAO PARA FALSIFICAR DOCUMENTOS E RETIRAR AS VIATURAS ROUBADAS PARA O SENEGAL E PARA A GAMBIA. MUITO CUIDADO NAS FRONTEIRAS. AOS QUE FICARAM SEM AS SUAS VIATURAS, AGRADEÇO QUE ME ENVIEM TODA A DOCUMENTAÇAO PARA QUE POSSAMOS PROIBIR ESTE CRIME. AAS
terça-feira, 1 de maio de 2012
Sinto que nunca mais terei um blog
Caros amigos,
Estara na hora de parar. Hoje, do meu carro, alguem roubou um iPad [emprestado] e um disco externo [meu]. Para vos dizer a verdade, estou farto, cansei. Ja perdi muito dinheiro [muito mesmo] comprando materiais para os ladroes roubarem. Sacrifiquei ate, e digo isto com alguma vergonha, algum bem-estar dos meus filhos em detrimento de informar atraves do meu blog. Mas acho que ja chega. Nao ganho nada e acabo por perder tudo. Serei masoquista...
Estou desiludido e sem forças para fazer o que quer que seja. Tornei-me num alvo apetecivel, bastante policiado ate. Mas no que me diz respeito, valeram a pena todos estes anos agarrado ao computador, nao me arrependo de nada. Durante esta semana, tomarei uma decisao final. Mas sinto que nunca mais terei um blog. Detesto ser roubado.
Antonio Aly Silva
Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, declaraçao do Embaixador dos EUA para Senegal e Guine Bissau
Declaração de Lewis Lukens,
Embaixador dos Estados Unidos da América
para as Repúblicas do Senegal e da Guiné-Bissau,
«Porque a liberdade da mídia torna as sociedades mais saudáveis»
Informação é poder. Poucas pessoas podem ganhar a vida, manter seus governos responsáveis e educar seus filhos sem o fluxo livre e saudável de informações. Os cidadãos precisam de notícias precisas, oportunas e independentes em que possam confiar. Assim como as empresas e os mercados. E assim como os governos.
A liberdade da mídia mantém sociedades e economias vibrantes, ativas e saudáveis. Quando o livre fluxo de notícias e informações é interrompido, as pessoas sofrem. As sociedades sofrem. As economias sofrem.
Mas enquanto pessoas no mundo todo comemoram o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, organizado este ano pela Unesco em Túnis, as ameaças contra os jornalistas se avolumam. Em Dezembro passado, o Comité para a Proteção dos Jornalistas contabilizava 179 jornalistas presos em todo o mundo. E os jornalistas continuam a ser ameaçados, atacados, assassinados ou a desaparecer por tentar dar as notícias.
No ano passado, o mundo testemunhou tanto a promessa da imprensa livre, quanto os riscos por ela enfrentados. No Oriente Médio e no Norte da África, jornalistas, blogueiros, cineastas e especialistas registraram os protestos que varreram toda a região, enquanto alguns cidadãos armados com nada além de telefones celulares arriscaram a vida para transmitir a verdade — por textos, tweets e imagens.
Ao fazer isso, estavam exercendo uma liberdade fundamental consagrada na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, que afirma: “Todos têm o direito à liberdade de opinião e expressão; esse direito inclui a liberdade de ter opiniões sem interferência, bem como de buscar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras.”
No entanto, muitos governos tentam censurar a mídia, direta ou indiretamente.
Diversos jornalistas investigativos estão sendo silenciados, muitos por exporem a corrupção — no âmbito de governos locais, estaduais ou nacionais. Diversos ataques e assassinatos de jornalistas ficam impunes. Em alguns casos, não são só governos que atacam, intimidam e ameaçam jornalistas. Isso também se aplica a criminosos — cartéis da droga — terroristas ou facções políticas.
Quando jornalistas são ameaçados, atacados, presos ou desaparecem, outros jornalistas praticam a autocensura. Deixam de escrever reportagens. Amenizam as notícias. Omitem detalhes. As fontes deixam de ajudá-los. Os editores hesitam em publicar matérias. O medo substitui a verdade. Todas as sociedades sofrem.
Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, os Estados Unidos convocam todos os governos a adotar as medidas necessárias para criar espaço para jornalistas independentes fazerem seu trabalho sem medo de violência ou perseguição. Prestamos tributo especial aos jornalistas, blogueiros e cidadãos corajosos que sacrificaram a vida, a saúde ou a liberdade para que outros pudessem conhecer a verdade. E homenageamos o papel da mídia livre e independente na criação de democracias sustentáveis e sociedades abertas e saudáveis.
Lewis Lukens,
Embaixador dos Estados Unidos da América
para as Repúblicas do Senegal e da Guiné-Bissau.
Centro Democrático: Declaração de condenação do golpe de Estado
"
EDUCAR - DEMOCRATIZAR – DESENVOLVER.
Declaração de Condenação
A Direcão Superior do Partido Centro Democrático (C.D.), vem por este meio manifestar a sua indignação e firme condenação pelo o acontecimento (golpe de estado) ocorrido no dia 12 de Més de Abril na Guiné-Bissau e que culminou
com a detençao do PM Carlos Gomes Junior, do PR Interino Dr. Raimundo Pereira e outros.
Exortamos ao autodenominado “Comando Militar” à observança de Normas Constituicionais e a libertações dos Dirigentes Politicos e Jornalista detidos em consequença do mesmo acontecimento.
Nesta mesma declaração, queremos pedir a população em geral para que se mantenha calma e firme em busca da verdade e a justiça como sempre tinha demonstrado.
O povo é soberano.
A verdade e a Justiça reinará na nossa Terra.
Que Deus Abençoe a Guiné-Bissau.
Que Deus Abençoe o Povo da Guiné-Bissau.
Diereção Superior do Partido Centro Democratico (C.D.).
Presidemte: Empossa Ié
Bissau aos dias 16 de Més de Abril de Ano 2012."
EDUCAR - DEMOCRATIZAR – DESENVOLVER.
Declaração de Condenação
A Direcão Superior do Partido Centro Democrático (C.D.), vem por este meio manifestar a sua indignação e firme condenação pelo o acontecimento (golpe de estado) ocorrido no dia 12 de Més de Abril na Guiné-Bissau e que culminou
com a detençao do PM Carlos Gomes Junior, do PR Interino Dr. Raimundo Pereira e outros.
Exortamos ao autodenominado “Comando Militar” à observança de Normas Constituicionais e a libertações dos Dirigentes Politicos e Jornalista detidos em consequença do mesmo acontecimento.
Nesta mesma declaração, queremos pedir a população em geral para que se mantenha calma e firme em busca da verdade e a justiça como sempre tinha demonstrado.
O povo é soberano.
A verdade e a Justiça reinará na nossa Terra.
Que Deus Abençoe a Guiné-Bissau.
Que Deus Abençoe o Povo da Guiné-Bissau.
Diereção Superior do Partido Centro Democratico (C.D.).
Presidemte: Empossa Ié
Bissau aos dias 16 de Més de Abril de Ano 2012."
Cocaína que passa por Cabo Verde financia terrorismo
Parte da cocaína que passa por Cabo Verde com destino à Europa estará a ser utilizada para financiar actividades terroristas, afirma um relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, dos EUA. O documento, divulgado semana passada, coloca, entretanto, maior enfoque na Guiné-Bissau, o primeiro narco-estado da África Ocidental. Um estudo do Instituto Internacional de Estutos Estratégicos, sedeado nos Estados Unidos, conlcluiu que boa parte da droga que sai da América do Sul com destino à Europa estará a financiar actividades terroristas. Cabo Verde entra na história por ser um dos países-trânsito num grande canal lusófono transatlâtico para fazer chegar o ’pó branco’ ao principal m,ercado mundial, a Europa. A droga sai preferencialmente do Brasil (mercado emissor), passa por Cabo Verde (trânsito), Guiné-Bissau (armazenamento) e Portugal (receptor) antes de ser comercializada nos restantes países do velho Continente.
A conclusão do IIEE é de que este percurso é dominado por organizações terroristas próximas à nossa região africana. O documento daquele instituto norte-americano refere Cabo Verde como uma das rotas da cocaína que financia o terrorismo, por meio dos muitos cidadãos sírios que habitam o nosso país. Mas coloca especial enfonque ao caso da Guiné-Bissau, o primeiro e único narco-estado da África Ocidental. Segundo o documento, investigadores acreditam que o tráfico de narcóticos naquere país irmão esteja a alimentar as actividades de grupos terroristas, desde o Hezbollah, da Síria, ao Al-Qaida, com base no Iémen, e com ramimificações ao ocidente africano.
"O arquipélago dos Bijagós tem mais de 80 ilhas e fica a meio caminho entre um grande produtor de droga (a América Latina) e um grande consumidor (a Europa). Tendo em conta a geografia do terreno e a fraca vigilância, o arquipélago acaba por ser um local ideal para os traficantes de droga", diz o relatório da IIEE. Segundo o mesmo documento, a constante instabilidade política na Guiné-Bissau, a pobreza e a fraca economia do país fizeram com que o tráfico de cocaína proviniente da América do Sul se fixasse nos últimos anos. "Estima-se que todas as noites cheguem, por avião, à Guiné-Bissau cerca de 900 quilos de cocaína. A esse número acresce a droga transportada pelo mar para as ilhas na costa guineense".
Para Virginia Comolli, responsável pelo recente relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos,“o tráfico de droga veio colmatar essa lacuna na economia guineense. A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo e deve muito do seu Produto Interno Bruto à produção e exportação de produtos agrícolas, sobretudo de castanha de caju”, refere.
COMUNICADO DA COMUNIDADE GUINEENSE NA ITÁLIA
Antecipadamente, as nossas mantenhas de irmandade!
Caro editor do blog Ditadura do Consenso, Antonio Aly Silva, a Comunidade Bissau-guineense na Itália vem por este meio pedir a publicação do comunicado em anexo, resultante de uma reunião ocorrida no dia 29 de Abril, na cidade de Verona, para analisar a actual situação da Guiné-Bissau.
O comunicado produzido pelos participantes no encontro visa mostrar ao mundo e ao povo guineense em particular, a nossa total sintonia de sentimentos para com o povo residente e a pátria que nos viu nascer.
Confiantes numa resposta satisfatória queira aceitar Sr. Editor, as nossas saudações fraternas.
A Comunidade Guineense na Itália
A Comunidade guineense na Itália informa que neste momento se encontra sem uma entidade representativa devido aos trabalhos de reestruturação da Associação mãe dos Imigrantes Guineenses na Itália (AIGBI), paralisada há mais de 2 anos. Reunida de urgência no dia 29 de Abril do corrente ano para analisar a situação actual na Guiné-Bissau derivada da crise institucional em consequência das acções das nossas Forças Armadas do dia 12 de Abril, que resultaram no afastamento e detenção do Presidente da República Interino Raimundo Pereira e do ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Junior;
Depois de um debate de 3 horas e quarenta minutos para auscultar as opiniões dos associados sobre os eventos na terra que nos viu nascer e discutir as possíveis contribuições a dar para a resolução do conflito;
A Comunidade guineense na Itália deliberou:
1. Condenar energicamente o golpe de estado militar de 12 de Abril tendo em conta que o uso da força é um acto anti-democrático e põe em causa a afirmação do Estado de Direito;
2. Exigir a libertação de todos os presos detidos em consequência do golpe militar de 12 de Abril;
3. Apelar a reposição da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau de forma a prosseguir o processo do desenvolvimento sócio-económico interrompido com a acção das Forças Armadas do dia 12 de Abril;
4. Apelar as partes em conflito para uma solução política e negocial da crise vigente no país;
5. Exprimir a sua total solidariedade para com os conterrâneos em Bissau, os mais afectados pela crise mas também e em especial os da diáspora, pela prontidão da reacção ordeira e civilizada face a mais esta situação que poderá pôr em causa o processo do desenvolvimento do nosso país.
Feito em Verona, aos 29 dias do mês de Abril de 2012
A Comunidade Guineense na Itália
Caro editor do blog Ditadura do Consenso, Antonio Aly Silva, a Comunidade Bissau-guineense na Itália vem por este meio pedir a publicação do comunicado em anexo, resultante de uma reunião ocorrida no dia 29 de Abril, na cidade de Verona, para analisar a actual situação da Guiné-Bissau.
O comunicado produzido pelos participantes no encontro visa mostrar ao mundo e ao povo guineense em particular, a nossa total sintonia de sentimentos para com o povo residente e a pátria que nos viu nascer.
Confiantes numa resposta satisfatória queira aceitar Sr. Editor, as nossas saudações fraternas.
A Comunidade Guineense na Itália
A Comunidade guineense na Itália informa que neste momento se encontra sem uma entidade representativa devido aos trabalhos de reestruturação da Associação mãe dos Imigrantes Guineenses na Itália (AIGBI), paralisada há mais de 2 anos. Reunida de urgência no dia 29 de Abril do corrente ano para analisar a situação actual na Guiné-Bissau derivada da crise institucional em consequência das acções das nossas Forças Armadas do dia 12 de Abril, que resultaram no afastamento e detenção do Presidente da República Interino Raimundo Pereira e do ex-Primeiro Ministro Carlos Gomes Junior;
Depois de um debate de 3 horas e quarenta minutos para auscultar as opiniões dos associados sobre os eventos na terra que nos viu nascer e discutir as possíveis contribuições a dar para a resolução do conflito;
A Comunidade guineense na Itália deliberou:
1. Condenar energicamente o golpe de estado militar de 12 de Abril tendo em conta que o uso da força é um acto anti-democrático e põe em causa a afirmação do Estado de Direito;
2. Exigir a libertação de todos os presos detidos em consequência do golpe militar de 12 de Abril;
3. Apelar a reposição da Ordem Constitucional na Guiné-Bissau de forma a prosseguir o processo do desenvolvimento sócio-económico interrompido com a acção das Forças Armadas do dia 12 de Abril;
4. Apelar as partes em conflito para uma solução política e negocial da crise vigente no país;
5. Exprimir a sua total solidariedade para com os conterrâneos em Bissau, os mais afectados pela crise mas também e em especial os da diáspora, pela prontidão da reacção ordeira e civilizada face a mais esta situação que poderá pôr em causa o processo do desenvolvimento do nosso país.
Feito em Verona, aos 29 dias do mês de Abril de 2012
A Comunidade Guineense na Itália
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