sexta-feira, 16 de março de 2012
quinta-feira, 15 de março de 2012
Votar para escolher
Cerca de 570 mil eleitores guineenses estão convocados às urnas no próximo domingo para escolher o sucessor do malogrado presidente Malam Bacai Sanhá, que morreu no passado dia 9 de janeiro, em Paris, França. Esta é uma eleição-chave para um país marcado pela violência e pela instabilidade, apesar de alguns progressos. A campanha que encerra amnhã, sexta-feira, decorreu até agora sem incidentes de maior, e com uma surpreendente mobilização de recursos para um país dito pobre.
A Guiné-Bissau - onde nenhum presidente eleito depois de 2000 concluiu o seu mandato - busca aproveitar melhor as suas águas com riquíssimo caudal pesqueiro, e o seu subsolo com abundantes recursos minerais e petrolíferos ainda não explorados. Contudo, o país sofre com a actividade de traficantes de drogas, que utilizam o território como uma zona de trânsito entre a América do Sul e a Europa.
Nove candidatos (seriam dez, não fosse a desistência de Ibraima Afa Djaló; teriam sido catorze se o Supremo Tribunal de Justiça não tivesse barrado quatro candidaturas) estão na disputa para dirigir esta ex-colônia portuguesa da África Ocidental de mais de 1,6 milhões de habitantes que se tornou independente em 1974, depois de uma difícil luta armada de onze anos e que conheceu posteriormente vários golpes de Estado e diversos tipos de violência.
Os favoritos são o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, de 62 anos e candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC, no poder) e o ex-presidente Kumba Yala, de 59 anos e que tem o apoio do Partido da Renovação Social (PRS, na oposição). Mas também há que contar com Henrique Rosa (foi Presidente da República de Transição) e com Serifo Nhamadjo, um dissidente do PAIGC descontente com o processo que consagrou Carlos Gomes Jr no Comité Central).
Diversos partidos da oposição questionaram a candidatura de Carlos Gomes Jr - três juízes do STJ votaram contra, três a favor sendo que a presidente do STJ, Maria do Céu Siva Monteiro, desempatou, dando o seu aval a Cadogo Jr). Carlos Gomes Jr ocupou o cargo de primeiro-ministro até fevereiro, por supostamente ter iniciado a sua campanha antes de renunciar ao cargo, ferindo claramente a Constituição. Carlos Gomes Jr também é acusado de ter usado meios estatais para garantir uma vitória na primeir fota. O opositor Braima Alfa Djalo, que se retirou da campanha, denunciou que havia "uma fraude em marcha".
Por a escoha não ter sido unânime dentro do próprio partido de que é presidente, dois dos seus colegas do PAIGC decidiram apresentar-se como independentes: Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional, e o jvem Baciro Dja, ministro da Defesa. Quanto a Koumba Yala, foi eleito presidente em janeiro de 2000 com um mandato de cinco anos, mas o seu governo foi marcado pela instabilidade até que finalmente foi derrubado por um golpe de Estado militar, em 2003. Fracassaram as duas tentativas para voltar ao poder em 2005 e 2009. Em 2012, como será. Veremos.
Henrique Rosa, de 66 anos, foi presidente de transição de 2003 (mercê do golpe que depôs Koumba Yalá) a 2005. Aprezenta-se como independente, mas está a trabalhar de maneira a fundar um mvimento político. A opinião geral (nas últimas eleições, ganhou mesmo em Bissau, Biombo) é que poderá alcançar um bom resultado no próximo domingo. Graças a ele, o país conseguiu restabelecer o diálogo com a comunidade internacional, algo que Koumba não dava prioridade.
Malam Bacai Sanhã deu o mote. "A Guiné-Bissau começou um novo ciclo econômico marcado por uma anulação da sua dívida externa de mais de mil milhões de dólares e pela adopção de uma estratégia de desenvolvimento econômico", constatou em dezembro passado o Fundo Monetário Internacional (FMI), para votar a ser rexonfirmado pela missão de há uma semana atrás. Malam Bacai Sanha também foi saudado como o artífice de uma relativa estabilidade política que permitiu superar os sobressaltos maiores: uma guerra entre chefes militares em abril de 2010 e um ataque de militares contra outros, apresentado como uma tentativa de golpe de Estado em dezembro 2011.
Políticos locais e interlocutores do país, incluindo a ONU, multiplicam agora os pedidos de calma e a continuidade pacífica da campanha eleitoral. No fim deste ano (novembro) o país terá também eleições legislativas. As eleições presidenciais de domingo serão supervisionadas por cerca de 80 observadores da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da CPLP, do Parlamento Britânico, entre outros. AAS com Agências
A Guiné-Bissau - onde nenhum presidente eleito depois de 2000 concluiu o seu mandato - busca aproveitar melhor as suas águas com riquíssimo caudal pesqueiro, e o seu subsolo com abundantes recursos minerais e petrolíferos ainda não explorados. Contudo, o país sofre com a actividade de traficantes de drogas, que utilizam o território como uma zona de trânsito entre a América do Sul e a Europa.
Nove candidatos (seriam dez, não fosse a desistência de Ibraima Afa Djaló; teriam sido catorze se o Supremo Tribunal de Justiça não tivesse barrado quatro candidaturas) estão na disputa para dirigir esta ex-colônia portuguesa da África Ocidental de mais de 1,6 milhões de habitantes que se tornou independente em 1974, depois de uma difícil luta armada de onze anos e que conheceu posteriormente vários golpes de Estado e diversos tipos de violência.
Os favoritos são o ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Junior, de 62 anos e candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC, no poder) e o ex-presidente Kumba Yala, de 59 anos e que tem o apoio do Partido da Renovação Social (PRS, na oposição). Mas também há que contar com Henrique Rosa (foi Presidente da República de Transição) e com Serifo Nhamadjo, um dissidente do PAIGC descontente com o processo que consagrou Carlos Gomes Jr no Comité Central).
Diversos partidos da oposição questionaram a candidatura de Carlos Gomes Jr - três juízes do STJ votaram contra, três a favor sendo que a presidente do STJ, Maria do Céu Siva Monteiro, desempatou, dando o seu aval a Cadogo Jr). Carlos Gomes Jr ocupou o cargo de primeiro-ministro até fevereiro, por supostamente ter iniciado a sua campanha antes de renunciar ao cargo, ferindo claramente a Constituição. Carlos Gomes Jr também é acusado de ter usado meios estatais para garantir uma vitória na primeir fota. O opositor Braima Alfa Djalo, que se retirou da campanha, denunciou que havia "uma fraude em marcha".
Por a escoha não ter sido unânime dentro do próprio partido de que é presidente, dois dos seus colegas do PAIGC decidiram apresentar-se como independentes: Manuel Serifo Nhamadjo, presidente interino da Assembleia Nacional, e o jvem Baciro Dja, ministro da Defesa. Quanto a Koumba Yala, foi eleito presidente em janeiro de 2000 com um mandato de cinco anos, mas o seu governo foi marcado pela instabilidade até que finalmente foi derrubado por um golpe de Estado militar, em 2003. Fracassaram as duas tentativas para voltar ao poder em 2005 e 2009. Em 2012, como será. Veremos.
Henrique Rosa, de 66 anos, foi presidente de transição de 2003 (mercê do golpe que depôs Koumba Yalá) a 2005. Aprezenta-se como independente, mas está a trabalhar de maneira a fundar um mvimento político. A opinião geral (nas últimas eleições, ganhou mesmo em Bissau, Biombo) é que poderá alcançar um bom resultado no próximo domingo. Graças a ele, o país conseguiu restabelecer o diálogo com a comunidade internacional, algo que Koumba não dava prioridade.
Malam Bacai Sanhã deu o mote. "A Guiné-Bissau começou um novo ciclo econômico marcado por uma anulação da sua dívida externa de mais de mil milhões de dólares e pela adopção de uma estratégia de desenvolvimento econômico", constatou em dezembro passado o Fundo Monetário Internacional (FMI), para votar a ser rexonfirmado pela missão de há uma semana atrás. Malam Bacai Sanha também foi saudado como o artífice de uma relativa estabilidade política que permitiu superar os sobressaltos maiores: uma guerra entre chefes militares em abril de 2010 e um ataque de militares contra outros, apresentado como uma tentativa de golpe de Estado em dezembro 2011.
Políticos locais e interlocutores do país, incluindo a ONU, multiplicam agora os pedidos de calma e a continuidade pacífica da campanha eleitoral. No fim deste ano (novembro) o país terá também eleições legislativas. As eleições presidenciais de domingo serão supervisionadas por cerca de 80 observadores da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da CPLP, do Parlamento Britânico, entre outros. AAS com Agências
EPA 2012: Afonso Té, candidato independente, dará prioridade à agricultura
15-03-2012 13:02
Guiné-Bissau/Eleições
Agricultura e remodelação do Estado nas prioridades de Afonso Afonso Té, candidato a Presidente da Guiné-Bissau nas eleições de domingo, iria procurar que se desenvolvesse a agricultura se fosse eleito, e faria uma remodelação completa e profunda do aparelho do Estado. "Faria", porque Afonso Té reconhece que não será eleito, embora acrescente, em declarações à Lusa, que a sua candidatura "pode ir longe". A campanha, diz, decorreu como a concebeu. "Não é de grandes espectáculos, é de sensibilização porta a porta, de trabalho de formiga, com alguns grandes comícios".
Trata-se de uma estratégia, garante, que está a dar resultados. Mas "há outra vitória que já conseguiu": fui dos primeiros a dizer que não faria campanha baseada em insultos mas sim em propostas concretas para a população, do que faria se fosse eleito. E acho que os outros candidatos estão a seguir os meus passos. Não vejo sessões longas de insultos que se verificaram noutras eleições e sinto-me realizado porque marquei uma diferença.
Ainda que não seja eleito Presidente, nada o impede de se revoltar contra o facto de haver crianças que andam quilómetros para ir à escola e que não têm nada para comer, algo que também tentaria resolver. Em acção de campanha na região de Bafatá e Gabu, o candidato elege esse tema, a Educação, como uma das prioridades. "É preciso repensar a Educação. Se um menino vai para outro país, ao fim de seis meses está a falar correctamente a língua desse país. Aqui estuda até ao 12.º ano e não sabe falar português. O que é que está mal? Alguma coisa está mal", diz a uma pequena e atenta plateia, à beira da estrada que liga Bafatá a Gabu, a centena e meia de quilómetros de Bissau.
Mas não só a Educação. "A minha prioridade é para as mulheres e para a juventude, os que mais sofrem. Se nós sofremos, eles sofrem duas vezes, porque não têm comida nem têm emprego". De resto fala de temas que todos os outros candidatos também falam, como a necessidade de mais e melhores escolas, uma melhor administração, mais saneamento e água potável, melhor justiça.
Temas na verdade que são do pelouro do Governo. Mas todos os candidatos têm, na campanha que sexta-feira termina, feito promessas sobre assuntos que não são da competência de um Presidente. E criticas a outros candidatos Afonso Té não as fez. Excepto uma, a Botché Candé, ministro do Comércio e muito activo na campanha do até agora Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. "Como é que um lutador de feira do mercado é eleito o melhor ministro?"
Guiné-Bissau/Eleições
Agricultura e remodelação do Estado nas prioridades de Afonso Afonso Té, candidato a Presidente da Guiné-Bissau nas eleições de domingo, iria procurar que se desenvolvesse a agricultura se fosse eleito, e faria uma remodelação completa e profunda do aparelho do Estado. "Faria", porque Afonso Té reconhece que não será eleito, embora acrescente, em declarações à Lusa, que a sua candidatura "pode ir longe". A campanha, diz, decorreu como a concebeu. "Não é de grandes espectáculos, é de sensibilização porta a porta, de trabalho de formiga, com alguns grandes comícios".
Trata-se de uma estratégia, garante, que está a dar resultados. Mas "há outra vitória que já conseguiu": fui dos primeiros a dizer que não faria campanha baseada em insultos mas sim em propostas concretas para a população, do que faria se fosse eleito. E acho que os outros candidatos estão a seguir os meus passos. Não vejo sessões longas de insultos que se verificaram noutras eleições e sinto-me realizado porque marquei uma diferença.
Ainda que não seja eleito Presidente, nada o impede de se revoltar contra o facto de haver crianças que andam quilómetros para ir à escola e que não têm nada para comer, algo que também tentaria resolver. Em acção de campanha na região de Bafatá e Gabu, o candidato elege esse tema, a Educação, como uma das prioridades. "É preciso repensar a Educação. Se um menino vai para outro país, ao fim de seis meses está a falar correctamente a língua desse país. Aqui estuda até ao 12.º ano e não sabe falar português. O que é que está mal? Alguma coisa está mal", diz a uma pequena e atenta plateia, à beira da estrada que liga Bafatá a Gabu, a centena e meia de quilómetros de Bissau.
Mas não só a Educação. "A minha prioridade é para as mulheres e para a juventude, os que mais sofrem. Se nós sofremos, eles sofrem duas vezes, porque não têm comida nem têm emprego". De resto fala de temas que todos os outros candidatos também falam, como a necessidade de mais e melhores escolas, uma melhor administração, mais saneamento e água potável, melhor justiça.
Temas na verdade que são do pelouro do Governo. Mas todos os candidatos têm, na campanha que sexta-feira termina, feito promessas sobre assuntos que não são da competência de um Presidente. E criticas a outros candidatos Afonso Té não as fez. Excepto uma, a Botché Candé, ministro do Comércio e muito activo na campanha do até agora Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. "Como é que um lutador de feira do mercado é eleito o melhor ministro?"
Abel Chivukuvuku CASA com Angola
(Jornal de Angola, 15/Mar/2012)
Abel Epalanga Chivukuvuku renunciou ao seu partido de origem, a UNITA onde militou durante 38 anos alguns dos quais, como figura carismática, e, segundo ele, “com mágoa, mas sobretudo com muita determinação, [viu-se] forçado, conscientemente, a ter de trilhar um novo caminho”.
Desde ontem emerge na cena política angolana uma nova organização (coligação?) política que poderá ter alguma palavra na cena estadística nacional.
Chivukuvulu, visando a presidência da República, vai liderar a CASA – Convergência Ampla de Salvação Nacional, que parece já ter ganho o apoio de outras organizações partidárias menores que pensam ver na CASA o caminho para uma maior harmonização partidária aquela que, só assim se entende o afastamento de Chivukuvuku da UNITA, esta não parece conseguir – e nem tentar – fazê-lo.
Paradoxalmente ou não a edição de hoje do Jornal de Angola no seu habitual e, por vezes, bem sagaz cartune, dá-nos uma ideia daquilo que os partidários do MPLA já sentem da presença de Chivukuvuku, ou seja, temem os efeitos políticos da sua nova formação partidária.
Vamos ver se, de uma vez, tal como já se sente com a presença do Bloco Democrático, a vida política e partidária e o actual Estadão (roubei este termo ao politólogo José Adelino Maltez e que também aqui se aplica e bem) tem o abanão que se deseja. Ou como diz o meu amigo Orlando Castro quando recorda, e bem, que Angola merece sempre o melhor; e aí defende que Chivukuvuku representa uma pedrada no charco, pelo que está nas mãos dos angolanos analisar bem todas as novas vertentes em perspectiva.
No entanto, e até às eleições muita coisa poderá ainda ocorrer, nomeadamente, as forças democráticas – as verdadeiras forças democráticas – se unirem a favor do único bem comum que não o ego pessoal: Angola. Têm alguns meses, poucos, para ponderarem…
Abel Epalanga Chivukuvuku renunciou ao seu partido de origem, a UNITA onde militou durante 38 anos alguns dos quais, como figura carismática, e, segundo ele, “com mágoa, mas sobretudo com muita determinação, [viu-se] forçado, conscientemente, a ter de trilhar um novo caminho”.
Desde ontem emerge na cena política angolana uma nova organização (coligação?) política que poderá ter alguma palavra na cena estadística nacional.
Chivukuvulu, visando a presidência da República, vai liderar a CASA – Convergência Ampla de Salvação Nacional, que parece já ter ganho o apoio de outras organizações partidárias menores que pensam ver na CASA o caminho para uma maior harmonização partidária aquela que, só assim se entende o afastamento de Chivukuvuku da UNITA, esta não parece conseguir – e nem tentar – fazê-lo.
Paradoxalmente ou não a edição de hoje do Jornal de Angola no seu habitual e, por vezes, bem sagaz cartune, dá-nos uma ideia daquilo que os partidários do MPLA já sentem da presença de Chivukuvuku, ou seja, temem os efeitos políticos da sua nova formação partidária.
Vamos ver se, de uma vez, tal como já se sente com a presença do Bloco Democrático, a vida política e partidária e o actual Estadão (roubei este termo ao politólogo José Adelino Maltez e que também aqui se aplica e bem) tem o abanão que se deseja. Ou como diz o meu amigo Orlando Castro quando recorda, e bem, que Angola merece sempre o melhor; e aí defende que Chivukuvuku representa uma pedrada no charco, pelo que está nas mãos dos angolanos analisar bem todas as novas vertentes em perspectiva.
No entanto, e até às eleições muita coisa poderá ainda ocorrer, nomeadamente, as forças democráticas – as verdadeiras forças democráticas – se unirem a favor do único bem comum que não o ego pessoal: Angola. Têm alguns meses, poucos, para ponderarem…
quarta-feira, 14 de março de 2012
EPA 2012: Ministro do Interior diz que o Governo "não vai tolerar actos de vandalismo" no dia das eleições, e garante que "patrulhas conjuntas de polícias e militares estarão no terreno". Fernando Gomes falava depois de uma audiência com representantes da embaixada dos EUA (Dakar) que se dizem "preocupados com a segurança no dia das eleições". AAS
Ban Ki-Moon pede ajuda a Paulo portas na continuação dos apoios à Guiné-Bissau
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, a continuação do apoio de Portugal ao processo de reformas e consolidação da paz na Guiné-Bissau.
Segundo nota hoje divulgada pelo gabinete de Ban Ki-moon, o pedido foi expresso durante um encontro entre ambos na segunda-feira, nas Nações Unidas, depois de o chefe da diplomacia de Portugal ter feito uma intervenção no Conselho de Segurança sobre a situação no Médio Oriente, e em particular a Síria, crise também discutida entre ambos.
Ban Ki-moon "expressou o apreço pelo antigo apoio a Timor-Leste e às sucessivas missões da ONU" no país lusófono, refere a nota. O secretário-geral da ONU também "encorajou Portugal a continuar o seu envolvimento no apoio à agenda de reformas e de consolidação da paz na Guiné-Bissau".
A ONU tem um escritório na Guiné-Bissau e uma missão cessante em Timor-Leste e ambos os países vão realizar eleições em 2012. Outro ponto discutido entre ambos foi a recente visita do secretário-geral da ONU a Angola. Nas Nações Unidas, Portas também se encontrou na segunda-feira com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e com o chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov.
No Conselho de Segurança, o ministro dos Negócios Estrangeiros defendeu que a iniciativa da ONU e Liga Árabe para a Síria, liderada Koffi Annan, é a "última oportunidade" para impedir uma guerra civil. Numa altura em que decorrem consultas sobre um novo projeto de resolução, depois dos dois vetos da Rússia e da China, Portas apelou ainda a um apoio "público e total" dos 15 países membros do Conselho de Segurança a esta iniciativa. RTP
EPA 2012/Portalangop: Carlos Gomes Júnior diz que se candidatou "para evitar que as forças do mal derrubem o Governo do PAIGC"
O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, afirmou terça-feira que decidiu candidatar-se a Presidente do país para evitar que "as forças do mal" derrubem o Governo do PAIGC, de que é líder.
Num comício popular em Bissorã, a cerca de uma centena de quilómetros de Bissau, Gomes Júnior disse que se o PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) não apresentasse "um candidato forte" nas eleições presidenciais antecipadas de domingo, a primeira acção do chefe de Estado que fosse eleito seria "correr com o Governo do PAIGC".
"Se falharmos e elegermos um Presidente que não seja do PAIGC, qual será a sua primeira medida? É correr com o Governo do PAIGC. É por isso que todas as forças do mal estão juntas para derrotar o candidato do PAIGC. Mas isso não vai acontecer", afirmou um Carlos Gomes Júnior, confiante na sua vitória no domingo.
A convicção de que vai ser eleito Presidente da Guiné-Bissau é tanta que Carlos Gomes Júnior até já vai remetendo os pedidos dos populares, que o abordaram ao longo da viagem entre Bissau e Canchungo, para Adiatu Djalo, que, disse, "vai ser Primeira-ministra a partir do dia 18". Adiatu Djalo, actual ministra da presidência do Conselho de Ministros é a directora da campanha de Carlos Gomes Júnior, mas será ela quem vai dar vazão aos pedidos da escola que os jovens de Bissorã e de Canchungo fizeram à Gomes Júnior, pedidos de centros de saúde e de cooperativas agrícolas. Os mais velhos pedem apenas que haja paz no país e mais estradas.
Normalmente os comícios são feitos na parte da tarde. Mas hoje não foi assim. Carlos Gomes Júnior, que esteve em Bissorã, Cacheu, Calequisse e Canchungo falou para os seus apoiantes a meio do dia, quando fazia um calor tórrido. Com o sol, muitos aproveitavam as bandeirinhas para tapar a cabeça. Bissorã foi a localidade onde falou mais. Com música alta a misturar-se com as suas palavras, lá conseguiu responder aos pedidos do povo. Mais uma vez explicou que a governação do país será pacífica com ele na presidência e Adiatu no Governo.
"Depois do dia 18 deixo de ser Primeiro-ministro. É a camarada Adiatu Djalo Nandigna que vai passar a ser chefe do Governo. É uma homenagem que faço às mulheres trabalhadoras deste país. Penso que nada vai mudar. Porque, estando eu na Presidência e a Adiatu como chefe do Governo, é o programa do PAIGC que vai continuar", destacou. Ainda em Bissorã, Carlos Gomes Júnior apelidou os adversários de "milhafres que querem pegar no pé" do 'Cadogo' (nome por que é conhecido), mas garantiu que "não terão hipótese, porque serão pisados", levando a plateia ao rubro pelo gesto que fez com os pés.
Em Cacheu, cidade conhecida por ter sido a primeira terra da Guiné onde aportaram os portugueses, Carlos Gomes Júnior foi recebido em festa. Cacheu é a terra natal da sua mulher, Salomé Gomes. Aí, Gomes Júnior viu os jovens a dançar ao som da música tradicional e teve apenas pouco tempo para um encontro fugaz com os anciões, aos quais recomendou que orientem os mais novos para que votem nele. À Calequisse foram apenas os elementos da direcção da campanha. Os jornalistas foram encaminhados para Canchungo, onde depois ia ter lugar mais um comício.
Em Canchungo, 'Cadogo' viu o povo a dançar, sobretudo mulheres trajadas com panos tradicionais da etnia manjaca, e t-shirts com o seu rosto. Repetiu as mesmas palavras já ditas nas outras localidades e reforçou a ideia de que votando nele é garantir que Adiatu Djalo vá ser Primeira-ministra. O povo de Canchungo gostou de ouvir. Adiatu Djaló é natural de Canchungo.
Conta-se que nos últimos três dias Canchungo tem vindo a ser ornamentada, com muita juventude nas ruas, muita bandeira do PAIGC, muita música, para acolher aquela que pode vir a ser a primeira mulher a chefiar um governo na Guiné-Bissau. Se Carlos Gomes Júnior foi eleito Presidente.
EPA 2012: PRS acusa Governo de "banalizar processo eleitoral"
A Directoria da campanha de Koumba Yalà acusou o Governo, através do Ministério da Administração Territorial, e a CNE, de banalizarem o actual processo eleitoral em curso no país, denunciando ainda uma alegada tentativa de fraude para 18 de Março.
Em conferência de imprensa, Artur Sanhá, director nacional da campanha, justificou dizendo que alegadamente deve haver «urnas misturadas» e com diferentes cores e tamanhos para estas eleições. E critica a distribuição dos materiais de voto: "Quando os materiais chegaram, provenientes de Portugal, foram levados e guardados nas instalações da CNE. Os mandatários de Koumba Yalà de Serifo Nhamadjo, de Baciro Dja e de Afonso Té é que reclamaram as garantias de segurança".
Neste encontro com a imprensa, Artur Sanha lançou críticas ao candidato do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, que acusa de querer ganhar na primeira volta, o que, no seu entender, é uma fraude. Em relação à emissão da segunda via do cartão de eleitoral, Artur Sanhá falou de um alegado movimento descoordenado e mal enquadrado de brigadas junto dos seus distritos eleitorais, relativamente à imperfeição na emissão dos documentos, justificando que alguns destes não têm numeração nem anotação de segunda via.
Artur Sanhá citou nomes de algumas pessoas apanhadas em Catió, sul do país, em Gabú, leste, e em Bissau, que alegadamente foram vistas a seleccionar e a transcrever dados de cartões de eleitor. Perante estes factos, Artur Sanhá concluiu que o processo de emissão de segunda via de cartões de eleitor não é viável, transparente e serve apenas para "vender galinhas em Ziguinchor e em Bissau".
Em conferência de imprensa, Artur Sanhá, director nacional da campanha, justificou dizendo que alegadamente deve haver «urnas misturadas» e com diferentes cores e tamanhos para estas eleições. E critica a distribuição dos materiais de voto: "Quando os materiais chegaram, provenientes de Portugal, foram levados e guardados nas instalações da CNE. Os mandatários de Koumba Yalà de Serifo Nhamadjo, de Baciro Dja e de Afonso Té é que reclamaram as garantias de segurança".
Neste encontro com a imprensa, Artur Sanha lançou críticas ao candidato do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, que acusa de querer ganhar na primeira volta, o que, no seu entender, é uma fraude. Em relação à emissão da segunda via do cartão de eleitoral, Artur Sanhá falou de um alegado movimento descoordenado e mal enquadrado de brigadas junto dos seus distritos eleitorais, relativamente à imperfeição na emissão dos documentos, justificando que alguns destes não têm numeração nem anotação de segunda via.
Artur Sanhá citou nomes de algumas pessoas apanhadas em Catió, sul do país, em Gabú, leste, e em Bissau, que alegadamente foram vistas a seleccionar e a transcrever dados de cartões de eleitor. Perante estes factos, Artur Sanhá concluiu que o processo de emissão de segunda via de cartões de eleitor não é viável, transparente e serve apenas para "vender galinhas em Ziguinchor e em Bissau".
EPA 2012: Henrique Rosa à Lusa: "Sacudir o miserabilismo e beneficiar da riqueza da terra"
Henrique Rosa, candidato a Presidente da Guiné-Bissau nas eleições de dia 18, quer um debate sobre a bandeira nacional, porque... é "falta de respeito" a bandeira do país e de um partido serem iguais. "A bandeira é importante, é um símbolo, mas a nossa bandeira é uma onde há um símbolo de um partido escrito, um candidato escrito. Afinal é a bandeira nacional, de um partido ou de um candidato?", questionou num comício em Mansoa, arredores de Bissau.
E acrescentou: eu não quero a nossa bandeira assim, nós queremos uma bandeira nacional. Temos de fazer uma opção clara, ou o PAIGC (partido que lutou contra o colonialismo e que está hoje no poder, apoiando o candidato Carlos Gomes Júnior) fica com a bandeira e arranjamos outra ou eles arranjam outra bandeira. Para Henrique Rosa, é uma "falta de respeito" e "não é possível homens que querem ser presidentes tratarem assim um símbolo nacional".
Henrique Rosa fez hoje contactos com populações da região de Mansoa, onde ao fim da tarde fez um comício no qual lembrou as regiões por onde andou na primeira semana de campanha. "Temos andado de tabanca em tabanca (lugares), setor a setor, para ouvir o povo onde ele está, o que lhe falta, o que deseja", porque "quero ser o Presidente da Guiné-Bissau, de todos os guineenses, e para ser Presidente tenho de saber como é que o povo vive, quais as suas dificuldades e canseiras", disse.
E depois contou que viu mulheres grávidas a serem levadas em carros de burro para o hospital, que viu uma mulher a quem lhe morreu o filho porque não passou nenhuma canoa na ilha onde vive que a levasse para um hospital. "Esta é a Guiné que temos", disse. "Se gostamos da Guiné-Bissau, do povo da Guiné-Bissau, e se há muitas coisas que podemos resolver, em vez de comprarmos um carro podemos resolver. Podemos dar escola aos nossos meninos, dar boas condições para os hospitais, podemos fazer muitas coisas", afirmou Henrique Rosa no comício, perante uma assistência atenta e muito jovem.
E foi para os jovens que falou depois, dizendo que os vê por todo o país e que se pergunta que futuro terão. São rostos bonitos, com força, com energia, com sonhos, "mas que podem fazer? Que oportunidades lhes são dadas se não há formação? Quando os mais velhos morrerem a quem entregar a Guiné se não preparamos as pessoas?", perguntou. Num país, disse, onde todos os dias se noticiam milhões que são dados ao governo e que continua "terra do fim do mundo", é preciso mudar, "sacudir o miserabilismo" e beneficiar da riqueza da terra. E a oportunidade, acrescentou, está no dia 18, o único dia em que o povo tem o poder.
FP/LUSA
Ter estilo próprio sempre causou polémica...
Sei o momento crítico por que passa a Guiné-Bissau. Sei, e sei ainda mais. Que há gente interessada em armar confusão no dia 18, dia das eleições. Não vou lançar lenha para uma fogueira que, anos depois, ainda arde. Não serei eu a dar o tiro de partida para a confusão. Não contem comigo para isso. Tenho a noção do perigo que estas eleições representam. Tenho visto, tenho ouvido, tenho lido. Meço bem as palavras, as críticas. Para mim, os candidatos estão todos em pé de igualdade, e, ganhe quem ganhar, não ganhará por mim.
Sei muito bem para onde caminho, conheço todas as pedrinhas que os meus pés pisam. Se alguém reparar num 'apoio' do meu blogue a uma candidato em particular, chamem-me à razão mas não me acusem sem fundamento, sem provas. Todos os candidatos que enviaram fotografias e textos, eu publiquei - Serifo Nhamdjo, Henrique Rosa, Carlos Gomes Jr., Baciro Dja. Não privilegiei um candidato em detrimento de outro. Nunca o farei. Tenho noção de Estado. Sei do que a Guiné-Bissau não precisa.
Que isto fique bem claro: Se no próximo dia 18 de março, um voto for realmente 'um voto', então não contabilizarão o meu. Alguém, seja quem for, não será o 'meu' Presidente. Contudo, e isto é para quem lê o blogue, uma coisa é certa: depois de contados os votos e a Comissão Nacional de Eleições se pronunciar, dir-vos-ei se o blogue Ditadura do Consenso continua. Ou não. Estou fartérrimo. De mentiras, de boatos, e, sobretudo de inveja. António Aly Silva
Sei muito bem para onde caminho, conheço todas as pedrinhas que os meus pés pisam. Se alguém reparar num 'apoio' do meu blogue a uma candidato em particular, chamem-me à razão mas não me acusem sem fundamento, sem provas. Todos os candidatos que enviaram fotografias e textos, eu publiquei - Serifo Nhamdjo, Henrique Rosa, Carlos Gomes Jr., Baciro Dja. Não privilegiei um candidato em detrimento de outro. Nunca o farei. Tenho noção de Estado. Sei do que a Guiné-Bissau não precisa.
Que isto fique bem claro: Se no próximo dia 18 de março, um voto for realmente 'um voto', então não contabilizarão o meu. Alguém, seja quem for, não será o 'meu' Presidente. Contudo, e isto é para quem lê o blogue, uma coisa é certa: depois de contados os votos e a Comissão Nacional de Eleições se pronunciar, dir-vos-ei se o blogue Ditadura do Consenso continua. Ou não. Estou fartérrimo. De mentiras, de boatos, e, sobretudo de inveja. António Aly Silva
EPA 2012: Serifo Nhamadjo - "Para alguns candidatos, estas eleições são uma questão de vida ou morte.
"Para alguns candidatos, estas eleições são uma questão de vida ou morte. O meu entendimento é de que muitos não são democratas, porque se perderem as eleições isso será um suicídio político para eles. Numa disputa há sempr...e que contar com a vitória e a derrota mas o comportamento de certos candidatos, em especial alguns, não tem essa cultura. Viveram sempre como todo-poderosos, que não admitem ideais contrárias". A Guiné-Bissau é um país com "muita impunidade e muita corrupção" e muitos dos agentes do Estado são corruptos, diz Serifo Nhamadjo, candidato a Presidente da República nas eleições de domingo.
Em entrevista à Agência Lusa, o candidato fala da corrupção mas também da falta de democracia, de candidatos que se sentem todo-poderosos e da necessidade de dotar a Justiça de meios. Se for eleito, a prioridade é "reconciliar a família guineense".
"A Guiné-Bissau tem sido catalogada de país desorganizado, sem esperança, com conflitos. A minha atenção vai ser simplesmente chamar à razão todos os guineenses, à volta de uma mesa. Buscar o entendimento necessário, que deve presidir todos os actos, o
entendimento, a reconciliação da família guineense, para projectarmos juntos o desenvolvimento almejado", diz à Lusa.
É que, justifica, só com o entendimento se poderá desenvolver outras áreas da vida nacional. "Para mim, a reconciliação deve de ser a base de tudo, para que a paz e a tranquilidade possam reinar neste país".
Serifo Nhamadjo, um dirigente do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), candidata-se contra as orientações do partido, que apoia Carlos Gomes Júnior, até agora Primeiro-ministro. O candidato tem criticado duramente a candidatura de Carlos Gomes Júnior e diz-se o verdadeiro seguidor das ideias de Malam Bacai Sanhá, o Presidente eleito em 2009 que morreu de doença em Janeiro passado. Na altura, Nhamadjo estava a preparar, segundo orientações do Presidente, uma "conferência de reconciliação nacional".
A questão da conferência, disse à Lusa, não morreu com Malam Bacai Sanhá. "Uma das motivações da minha candidatura é essa, é levar avante essa ideia, que eu acho que é brilhante, fundamental neste país. A reconciliação é um imperativo nacional e como sei que vou ser eleito, essa conferência terá lugar". Serifo Nhamadjo elege como prioridades também os jovens e a justiça, neste caso para que tenha uma independência real. Porque "não basta nomear um determinado responsável e dar um edifício para dizer que está tudo bem. É preciso dar condições materiais e financeiras para poderem materializar os objectivos".
Também a reforma das Forças Armadas, um projecto em curso, é necessária, mas desde que inclusiva e com a participação de todos os envolvidos no processo, nota Serifo Nhamadjo. E acrescenta: "não é fazer uma reforma imposta, teoricamente tratada num gabinete e imposta às pessoas". No seu discurso nota-se quase sempre uma crítica ao actual estado de coisas e ao Governo de Carlos Gomes Júnior, companheiro de partido até há poucos dias, embora sempre se esquive a citar nomes.
"Para alguns candidatos, estas eleições são uma questão de vida ou morte. O meu entendimento é de que muitos não são democratas, porque se perderem as eleições isso será um suicídio político para eles. Numa disputa há sempre que contar com a vitória e a derrota mas o comportamento de certos candidatos, em especial alguns, não tem essa cultura. Viveram sempre como todo-poderosos, que não admitem ideais contrárias", diz. E fala de uma impunidade na sociedade guineense "sobejamente conhecida", dos muitos agentes do Estado que são corruptos.
Mas não foi ele até agora um dirigente partidário, um vice-presidente da Assembleia Nacional? O que fez para acabar com a situação? Por que não denunciou? Serifo Nhamadjo responde assim: "contacte a Inspecção Superior contra a Corrupção, o Tribunal de Contas, a Procuradoria-Geral da República, vai encontrar processos infindáveis que não tiveram seguimento. De várias denúncias, pessoais e de vários outros cidadãos". LUSA
terça-feira, 13 de março de 2012
EPA 2012: CEDEAO envia 80 observadores, chefiado pelo ex-presidente do Níger. António Russo Dias, já não chefiará a delegação da CPLP por ter sido embaixador de Portugal na Guiné-Bissau - será "incompatível" (mas está cá o David Stephen, pelas mesmas razões, e que já foi representante do ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, na Guiné-Bissau...). Por seu lado, a CNE diz ter "tudo pronto" para a ida às urnas do próximo domingo. 'Sexta-feira, todas as CRE's receberão os materiais eleitorais' - garantiu o seu secretário-executivo. AAS
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