quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Hum
"Diário de Uma Gota" é o título da primeira obra da jornalista Ivete Carneiro, um relato da sua experiência numa missão humanitária na Guiné-Bissau, durante a qual foi confrontada com um país que "não quer ser ajudado".
"A vida estacionara num parque mal frequentado. Acontece. Era preciso fugir", assim começa a reportagem/livro de Ivete Carneiro, apresentado na terça-feira, no Porto, que a obrigou a "passar por cima" dos próprios sentimentos para conseguir escrever.
Foi nesse momento, nessa busca pela fuga, que a jornalista se recordou de uma ideia velha, que surgiu durante a estada no Sri Lanka após o tsunami e onde conheceu Fernando Nobre e a AMI (Assistência Médica Internacional). Ligou-lhe. Ficou combinado. Ivete iria reportar um mês na Guiné-Bissau. Mais? AQUI.
Agência LUSA
"A vida estacionara num parque mal frequentado. Acontece. Era preciso fugir", assim começa a reportagem/livro de Ivete Carneiro, apresentado na terça-feira, no Porto, que a obrigou a "passar por cima" dos próprios sentimentos para conseguir escrever.
Foi nesse momento, nessa busca pela fuga, que a jornalista se recordou de uma ideia velha, que surgiu durante a estada no Sri Lanka após o tsunami e onde conheceu Fernando Nobre e a AMI (Assistência Médica Internacional). Ligou-lhe. Ficou combinado. Ivete iria reportar um mês na Guiné-Bissau. Mais? AQUI.
Agência LUSA
ACTUALIZADO - PETROMAR: Somos roubados, pelos patrões e insultados pelos empregados
Fui há pouco atestar o meu carro na estação Petromar/Galp no centro da cidade. Paguei e esperei que atestassem o carro de gasolina. Quando acabou, olhei e vi que o carro tinha sido abastecido com menos 2.000 fcfa e chamei à atenção o funcionario da bomba de gasolina. Praguejou qualquer coisa de imperceptível, mas eu rispostei. E ele ouviu.
Irritado, perguntou-me se eu nunca me enganava. Que sim, respondi. Mas fiz um reparo: no MEU trabalho não, não me engano. E ele começou a barafustar, chegando aos insultos. Não tive outro remédio e rspondi na mesma moeda, à minha maneira - aqui, ninguém faz a festa!
Depois, fui à lojinha, anexa à estação, fazer queixa ao gerente, o Osvaldo. Assim que o velho me viu a falar com o gerente e passámos da porta da loja para fora, recomeçaram os insultos. Mandei-o solenemente à puta-que-pariu, virei as costas e meti-me no carro.
E a coisa não ficará assim, não! Já sou por demais roubado pelo dono da empresa - o primeiro-ministro, e não admitirei NUNCA ser roubado pela(s) sua(s) empresa(s), menos ainda ser roubado e insultado. Puta-que-pariu, bem dito sim senhor!
Pela parte que me toca, fica isto: NÃO atesto nem mais meio-litro de gasolina numa estação PETROMAR/Galp. Ordinários de merda! Analfabetos!!!
E deixo este ALERTA a todas as pessoas que frequentam as estações de combustíveis: aproxima-se a época do Natal, certifique-se bem, saia mesmo do carro e acompanhe de perto toda a operação de abastecimento do seu carro. CASO CONTRÁRIO SERÁ ROUBADO. AAS
Irritado, perguntou-me se eu nunca me enganava. Que sim, respondi. Mas fiz um reparo: no MEU trabalho não, não me engano. E ele começou a barafustar, chegando aos insultos. Não tive outro remédio e rspondi na mesma moeda, à minha maneira - aqui, ninguém faz a festa!
Depois, fui à lojinha, anexa à estação, fazer queixa ao gerente, o Osvaldo. Assim que o velho me viu a falar com o gerente e passámos da porta da loja para fora, recomeçaram os insultos. Mandei-o solenemente à puta-que-pariu, virei as costas e meti-me no carro.
E a coisa não ficará assim, não! Já sou por demais roubado pelo dono da empresa - o primeiro-ministro, e não admitirei NUNCA ser roubado pela(s) sua(s) empresa(s), menos ainda ser roubado e insultado. Puta-que-pariu, bem dito sim senhor!
Pela parte que me toca, fica isto: NÃO atesto nem mais meio-litro de gasolina numa estação PETROMAR/Galp. Ordinários de merda! Analfabetos!!!
E deixo este ALERTA a todas as pessoas que frequentam as estações de combustíveis: aproxima-se a época do Natal, certifique-se bem, saia mesmo do carro e acompanhe de perto toda a operação de abastecimento do seu carro. CASO CONTRÁRIO SERÁ ROUBADO. AAS
Pai do primeiro-ministro serve de mediador entre os candidatos à presidência da Federação de Futebol da Guiné-Bissau
Carlos Domingos Gomes, pai do primeiro-ministro, serviu de mediador - a pedido da candidatura de Manuel Nascimento Lopes - para se chegar a uma solução para a eleição do próximo dia 26, na Federação de Futebol da Guiné-Bissau.
A reunião teve lugar, ontem, na residência de Cadogo Pai e juntou Manuel Nascimento Lopes e José Medina Lobato - que foi selado com um abraço, disse uma fonte ao ditadura do consenso. Chegou-se à conclusão que a Assembleia da FFGB, sendo soberana, é o órgão próprio para tratar do assunto. Recorde-se que foi a secretaria-geral da FFGB, por falta de requisitos e de subscrição mínima, quem fez cair a candidatura de Manelinho Lopes... AAS
A reunião teve lugar, ontem, na residência de Cadogo Pai e juntou Manuel Nascimento Lopes e José Medina Lobato - que foi selado com um abraço, disse uma fonte ao ditadura do consenso. Chegou-se à conclusão que a Assembleia da FFGB, sendo soberana, é o órgão próprio para tratar do assunto. Recorde-se que foi a secretaria-geral da FFGB, por falta de requisitos e de subscrição mínima, quem fez cair a candidatura de Manelinho Lopes... AAS
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
José Medina LOBATO isolado na corrida para a reeleição
O Presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, José Medina Lobato, em final de mandato mas recandidato com a eleição quase assegurada, visitou hoje as obras no Estádio «Saco Vaz» em Canchungo para, como disse, «se inteirar do andamento dos trabalhos».
De seguida, prometeu que se lhe for confiado mais um mandato, outro estádio (na região Leste ou na de Bolama/Bijagós) será beneficiado com relvado sintético e outras obras de melhoramentos.
De regresso a Bissau, o candidato à reeleição visitou os trabalhos de terraplanagem do campo de jogos do Futebol Clube Pefine. Sobre a eleição na federação, nem uma palavra. Ou melhor, «dia 26 logo veremos» - ironizou.
FOTOS: AAS
De seguida, prometeu que se lhe for confiado mais um mandato, outro estádio (na região Leste ou na de Bolama/Bijagós) será beneficiado com relvado sintético e outras obras de melhoramentos.
De regresso a Bissau, o candidato à reeleição visitou os trabalhos de terraplanagem do campo de jogos do Futebol Clube Pefine. Sobre a eleição na federação, nem uma palavra. Ou melhor, «dia 26 logo veremos» - ironizou.
FOTOS: AAS
Fahrenheit 19/11
Caro Aly
Antes de mais espero que estejas bem, com muita pena não nos encontramos em Bissau, onde estive por alguns dias. Escrevo-te estas linhas para te relatar um acontecimento que testemunhei na minha passagem pela fronteira norte de S. Domingos (M'pack) no dia 19 do corrente mês e que passo a relatar:
Após ter atravessado a fronteira na manhã do dia 19 de Novembro em direcção a Ziguinchor, reencontrei no posto fronteiriço de Mpack, alguns elementos da Segurança senegalesa (pessoal amigo que já conhecia a algum tempo), após actualizados os números de telefones que já se haviam perdido, segui caminho. Nesse mesmo dia por volta das 16h., estando eu em Ziguinchor, recebo um telefonema desse meu amigo da segurança senegalês a relatar-me um incidente acabado de acontecer passo a relatar;
- A guarnição militar senegalesa destacada para a fronteira pediu um favor a um motorista de transporte público que tem por hábito fazer a ligação Ziguinchor S. Domingos, para que este lhes comprasse 28Kg de carne para aprovisionamento de fim-de-semana.
Passado algumas horas o mesmo motorista volta, alegando que as nossas autoridades confiscaram-lhe a carne comprada. Houve uma reunião de emergência entre as forças de segurança senegalesas destacados na fronteira, e esse amigo, sabendo quem eu era decide ligar-me a ver se conseguia apaziguar as coisas.
Após ter recebido a chamada da fronteira (lado senegalês), a relatar tal facto, pedi-lhes que me dessem algum tempo para apelar as nossas autoridades para uma rápida averiguação antes que este incidente ganhasse outras proporções. Recarregado o telemóvel pus-me a fazer telefonemas.
Liguei para alguns números de pessoas minhas amigas no Ministério do Interior a fim de conseguir nomes do pessoal destacado na fronteira, mas sem sucesso. Lá consegui falar com alguém do SIE (Serviço de Informação de Estado), que me informou que o Administrador de S. Domingos se encontrava em Cacheu na abertura do festival 'caminho de escravos', mas que iria ver se conseguia entrar em contacto com alguns responsáveis dos serviços presentes no posto fronteiriço.
O que é certo, é que até na manhã de Domingo 20 Novembro, nada havia sido feito, e os militares do lado Senegalês, começavam a jurar não deixar passar este incidente em branco. É sabido que sempre houve um bom entendimento na fronteira Norte, mas há que se fazer a manutenção dessa relação e não deixar que pequenos incidentes banais como este manchem ou ponham em perigo interesses maiores.
Incidentes do género ganham corpo, porque não temos nenhum oficial de ligação em representação do Ministério do Interior ou de algum serviço de segurança afecto à nossa embaixada que possa atenuar estes pequenos incidentes que eu classifico como "falha de comunicação!, mas sobretudo que se faça sentir a presença do Estado guineense neste lado, salvaguardando os interesses dos cidadãos que atravessam diariamente a fronteira ou que escolheram o Senegal como país de acolhimento.
Na esperança de que esta mensagem chegue a quem de direito, estou disponível para dar mais informações.
Mantenhas
C.H.A.»
M/N: Acho que ainda invadimos o Senegal...AAS
Antes de mais espero que estejas bem, com muita pena não nos encontramos em Bissau, onde estive por alguns dias. Escrevo-te estas linhas para te relatar um acontecimento que testemunhei na minha passagem pela fronteira norte de S. Domingos (M'pack) no dia 19 do corrente mês e que passo a relatar:
Após ter atravessado a fronteira na manhã do dia 19 de Novembro em direcção a Ziguinchor, reencontrei no posto fronteiriço de Mpack, alguns elementos da Segurança senegalesa (pessoal amigo que já conhecia a algum tempo), após actualizados os números de telefones que já se haviam perdido, segui caminho. Nesse mesmo dia por volta das 16h., estando eu em Ziguinchor, recebo um telefonema desse meu amigo da segurança senegalês a relatar-me um incidente acabado de acontecer passo a relatar;
- A guarnição militar senegalesa destacada para a fronteira pediu um favor a um motorista de transporte público que tem por hábito fazer a ligação Ziguinchor S. Domingos, para que este lhes comprasse 28Kg de carne para aprovisionamento de fim-de-semana.
Passado algumas horas o mesmo motorista volta, alegando que as nossas autoridades confiscaram-lhe a carne comprada. Houve uma reunião de emergência entre as forças de segurança senegalesas destacados na fronteira, e esse amigo, sabendo quem eu era decide ligar-me a ver se conseguia apaziguar as coisas.
Após ter recebido a chamada da fronteira (lado senegalês), a relatar tal facto, pedi-lhes que me dessem algum tempo para apelar as nossas autoridades para uma rápida averiguação antes que este incidente ganhasse outras proporções. Recarregado o telemóvel pus-me a fazer telefonemas.
Liguei para alguns números de pessoas minhas amigas no Ministério do Interior a fim de conseguir nomes do pessoal destacado na fronteira, mas sem sucesso. Lá consegui falar com alguém do SIE (Serviço de Informação de Estado), que me informou que o Administrador de S. Domingos se encontrava em Cacheu na abertura do festival 'caminho de escravos', mas que iria ver se conseguia entrar em contacto com alguns responsáveis dos serviços presentes no posto fronteiriço.
O que é certo, é que até na manhã de Domingo 20 Novembro, nada havia sido feito, e os militares do lado Senegalês, começavam a jurar não deixar passar este incidente em branco. É sabido que sempre houve um bom entendimento na fronteira Norte, mas há que se fazer a manutenção dessa relação e não deixar que pequenos incidentes banais como este manchem ou ponham em perigo interesses maiores.
Incidentes do género ganham corpo, porque não temos nenhum oficial de ligação em representação do Ministério do Interior ou de algum serviço de segurança afecto à nossa embaixada que possa atenuar estes pequenos incidentes que eu classifico como "falha de comunicação!, mas sobretudo que se faça sentir a presença do Estado guineense neste lado, salvaguardando os interesses dos cidadãos que atravessam diariamente a fronteira ou que escolheram o Senegal como país de acolhimento.
Na esperança de que esta mensagem chegue a quem de direito, estou disponível para dar mais informações.
Mantenhas
C.H.A.»
M/N: Acho que ainda invadimos o Senegal...AAS
Cagadeira industrial
«Caro Aly,
No principio da revolução industrial começaram a aparecer este tipo de cagadeiras, e num dos Cursos de Prevenção de Acidentes no trabalho que tirei havia um manual que justificava dizendo que ao defecar assim o trabalhador estava enrolado comprimindo a barriga contra os joelhos e fazendo força não havia o perigo de contrair hérnias inguinais.
Quando encontrar esse velho livro mando uma fotocópia. Acerca da noticia acerca dos ex-combatentes guineenses do exército colonial aqui há um sentimento de apoio aos ex-militares, tal como cá todos foram ignorados e maltratados pelos políticos. Um abraço amigão e que tudo vá correndo como desejas.
J.N.»
No principio da revolução industrial começaram a aparecer este tipo de cagadeiras, e num dos Cursos de Prevenção de Acidentes no trabalho que tirei havia um manual que justificava dizendo que ao defecar assim o trabalhador estava enrolado comprimindo a barriga contra os joelhos e fazendo força não havia o perigo de contrair hérnias inguinais.
Quando encontrar esse velho livro mando uma fotocópia. Acerca da noticia acerca dos ex-combatentes guineenses do exército colonial aqui há um sentimento de apoio aos ex-militares, tal como cá todos foram ignorados e maltratados pelos políticos. Um abraço amigão e que tudo vá correndo como desejas.
J.N.»
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Alice no País das Maravilhas
No final dos anos '70, EDUARDO FERNANDES era o feliz director-geral da empresa estatal SOCOTRAM - Sociedade de Comercialização e Transformação de Madeiras, caído de páraquedas não se sabe bem como.
Tudo corrias às mil maravilhas, não fosse um homem cruzar o seu caminho para lhe baralhar as contas e espalhar espinhos. Esse homem dava pelo nome de António Buscardini, o temível e todo-poderoso director nacional da Segurança do Estado (morto no golpe de estado de 1980), formado, tal como muitos agentes da nossa 'secreta', nas famosíssimas escolas de espiões da antiga Checoslováquia.
Um belo dia, rebenta o escândalo na praça pública: havia sobrecarregamento nos navios que zarpavam com a nossa madeira, para as ilhas Canárias. Foram então destacados dois agentes, um dos quais era S.M., que se lembra do caso como se fosse hoje: "Andámos atrás deles durante um tempo, colectando informações, escutando, mas nao foi um esforço por aí além. E a cidade era ainda mais pequena", lembra o agente. As investigações, que duraram cerca de duas semanas, deram frutos.
Antonio Buscardini foi posto ao corrente da situação, e, ciente da gravidade das suspeitas, ordenou as detenções. Um dia, com o sol nos píncaros, os dois agentes bateram à porta de um quarto há muito referenciado, no Hotel Ancar: lá dentro, estavam EDUARDO FERNANDES e um compincha do esquema fraudulento que lesou o Estado em várias centenas de milhões de pesos.
Os dois foram conduzidos à presença do Buscardini. A conversa foi deveras interessante, lembra o agente S.M.: "Assim que o Eduardo Fernandes entrou no gabinete do Buscardini, este encheu whisky num copo e estendeu-o, dizendo 'nós somos amigos, Eduardo. Bebe um copo enquanto eu me vou ocupando com outras coisas e já falaremos".
Sem grandes conversas, Eduardo Fernandes lá acabou por confessar tudo aquilo que a Segurança do Estado já sabia - motivo pela qual foi detido. Julgado em Tribunal, foi condenado e mandado para a prisão, onde definhou mais de um ano, tendo sido libertado pouco antes do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980.
E o que faz afinal, hoje, o feliz do Eduardo Fernandes? Vive em Portugal há duas decadas pelo menos, imune a crise, e, bom, tornou-se num caríssimo consultor (nao consta que seja da área madeireira...) de empresas que pretendem investir na Guiné-Bissau.
Ah, e como não podia deixar de ser, como se já não bastasse, Eduardo Fernandes foi contratado para comentar, no programa semanal 'Debate Africano' na famosa RDP-África, onde se limita a bater palmas, 'está tudo bem', a este Governo, que revelou ser simplesmente... o maior ladrão do Povo da Guiné-Bissau. Pasmem-se: o Eduardo Fernandes fala até, imaginem, da... 'corrupção que está a dar cabo da Guiné-Bissau'. E assim vai o mundo. AAS
Tudo corrias às mil maravilhas, não fosse um homem cruzar o seu caminho para lhe baralhar as contas e espalhar espinhos. Esse homem dava pelo nome de António Buscardini, o temível e todo-poderoso director nacional da Segurança do Estado (morto no golpe de estado de 1980), formado, tal como muitos agentes da nossa 'secreta', nas famosíssimas escolas de espiões da antiga Checoslováquia.
Um belo dia, rebenta o escândalo na praça pública: havia sobrecarregamento nos navios que zarpavam com a nossa madeira, para as ilhas Canárias. Foram então destacados dois agentes, um dos quais era S.M., que se lembra do caso como se fosse hoje: "Andámos atrás deles durante um tempo, colectando informações, escutando, mas nao foi um esforço por aí além. E a cidade era ainda mais pequena", lembra o agente. As investigações, que duraram cerca de duas semanas, deram frutos.
Antonio Buscardini foi posto ao corrente da situação, e, ciente da gravidade das suspeitas, ordenou as detenções. Um dia, com o sol nos píncaros, os dois agentes bateram à porta de um quarto há muito referenciado, no Hotel Ancar: lá dentro, estavam EDUARDO FERNANDES e um compincha do esquema fraudulento que lesou o Estado em várias centenas de milhões de pesos.
Os dois foram conduzidos à presença do Buscardini. A conversa foi deveras interessante, lembra o agente S.M.: "Assim que o Eduardo Fernandes entrou no gabinete do Buscardini, este encheu whisky num copo e estendeu-o, dizendo 'nós somos amigos, Eduardo. Bebe um copo enquanto eu me vou ocupando com outras coisas e já falaremos".
Sem grandes conversas, Eduardo Fernandes lá acabou por confessar tudo aquilo que a Segurança do Estado já sabia - motivo pela qual foi detido. Julgado em Tribunal, foi condenado e mandado para a prisão, onde definhou mais de um ano, tendo sido libertado pouco antes do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980.
E o que faz afinal, hoje, o feliz do Eduardo Fernandes? Vive em Portugal há duas decadas pelo menos, imune a crise, e, bom, tornou-se num caríssimo consultor (nao consta que seja da área madeireira...) de empresas que pretendem investir na Guiné-Bissau.
Ah, e como não podia deixar de ser, como se já não bastasse, Eduardo Fernandes foi contratado para comentar, no programa semanal 'Debate Africano' na famosa RDP-África, onde se limita a bater palmas, 'está tudo bem', a este Governo, que revelou ser simplesmente... o maior ladrão do Povo da Guiné-Bissau. Pasmem-se: o Eduardo Fernandes fala até, imaginem, da... 'corrupção que está a dar cabo da Guiné-Bissau'. E assim vai o mundo. AAS
Parlamento caboverdeano está no ponto (ou em cuecas)
Discutia-se o orçamento de Estado, com José Maria Neves a 'picar' a oposição, até que o Deputado Orlando Dias o tomou de ponta:
O Deputado Orlando Dias disse ao líder parlamentar do PAICV: "Dr José Manuel Andrade, quando era Ministro da Justiça comprou um fato com dinheiro do Estado, e o Sr. Primeiro-Ministro fala de lealdade, mas troca de namoradas como quem troca de cuecas!".
José Maria Neves confessou-se "enojado", e classificou as declarações como sendo "uma tentativa de assassinato de carácter" por parte do partido MpD.
Após considerar que Orlando Dias é "maluco", o presidente do Parlamento, Basílio Ramos, suspendeu a sessão, que deve ser retomada esta tarde. Afinal, Brelusconnis é coisa que nao falta por aí... Bunda-Bunda, é o que é! AAS
O Deputado Orlando Dias disse ao líder parlamentar do PAICV: "Dr José Manuel Andrade, quando era Ministro da Justiça comprou um fato com dinheiro do Estado, e o Sr. Primeiro-Ministro fala de lealdade, mas troca de namoradas como quem troca de cuecas!".
José Maria Neves confessou-se "enojado", e classificou as declarações como sendo "uma tentativa de assassinato de carácter" por parte do partido MpD.
Após considerar que Orlando Dias é "maluco", o presidente do Parlamento, Basílio Ramos, suspendeu a sessão, que deve ser retomada esta tarde. Afinal, Brelusconnis é coisa que nao falta por aí... Bunda-Bunda, é o que é! AAS
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