«Caro Aly,
No principio da revolução industrial começaram a aparecer este tipo de cagadeiras, e num dos Cursos de Prevenção de Acidentes no trabalho que tirei havia um manual que justificava dizendo que ao defecar assim o trabalhador estava enrolado comprimindo a barriga contra os joelhos e fazendo força não havia o perigo de contrair hérnias inguinais.
Quando encontrar esse velho livro mando uma fotocópia. Acerca da noticia acerca dos ex-combatentes guineenses do exército colonial aqui há um sentimento de apoio aos ex-militares, tal como cá todos foram ignorados e maltratados pelos políticos. Um abraço amigão e que tudo vá correndo como desejas.
J.N.»
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Alice no País das Maravilhas
No final dos anos '70, EDUARDO FERNANDES era o feliz director-geral da empresa estatal SOCOTRAM - Sociedade de Comercialização e Transformação de Madeiras, caído de páraquedas não se sabe bem como.
Tudo corrias às mil maravilhas, não fosse um homem cruzar o seu caminho para lhe baralhar as contas e espalhar espinhos. Esse homem dava pelo nome de António Buscardini, o temível e todo-poderoso director nacional da Segurança do Estado (morto no golpe de estado de 1980), formado, tal como muitos agentes da nossa 'secreta', nas famosíssimas escolas de espiões da antiga Checoslováquia.
Um belo dia, rebenta o escândalo na praça pública: havia sobrecarregamento nos navios que zarpavam com a nossa madeira, para as ilhas Canárias. Foram então destacados dois agentes, um dos quais era S.M., que se lembra do caso como se fosse hoje: "Andámos atrás deles durante um tempo, colectando informações, escutando, mas nao foi um esforço por aí além. E a cidade era ainda mais pequena", lembra o agente. As investigações, que duraram cerca de duas semanas, deram frutos.
Antonio Buscardini foi posto ao corrente da situação, e, ciente da gravidade das suspeitas, ordenou as detenções. Um dia, com o sol nos píncaros, os dois agentes bateram à porta de um quarto há muito referenciado, no Hotel Ancar: lá dentro, estavam EDUARDO FERNANDES e um compincha do esquema fraudulento que lesou o Estado em várias centenas de milhões de pesos.
Os dois foram conduzidos à presença do Buscardini. A conversa foi deveras interessante, lembra o agente S.M.: "Assim que o Eduardo Fernandes entrou no gabinete do Buscardini, este encheu whisky num copo e estendeu-o, dizendo 'nós somos amigos, Eduardo. Bebe um copo enquanto eu me vou ocupando com outras coisas e já falaremos".
Sem grandes conversas, Eduardo Fernandes lá acabou por confessar tudo aquilo que a Segurança do Estado já sabia - motivo pela qual foi detido. Julgado em Tribunal, foi condenado e mandado para a prisão, onde definhou mais de um ano, tendo sido libertado pouco antes do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980.
E o que faz afinal, hoje, o feliz do Eduardo Fernandes? Vive em Portugal há duas decadas pelo menos, imune a crise, e, bom, tornou-se num caríssimo consultor (nao consta que seja da área madeireira...) de empresas que pretendem investir na Guiné-Bissau.
Ah, e como não podia deixar de ser, como se já não bastasse, Eduardo Fernandes foi contratado para comentar, no programa semanal 'Debate Africano' na famosa RDP-África, onde se limita a bater palmas, 'está tudo bem', a este Governo, que revelou ser simplesmente... o maior ladrão do Povo da Guiné-Bissau. Pasmem-se: o Eduardo Fernandes fala até, imaginem, da... 'corrupção que está a dar cabo da Guiné-Bissau'. E assim vai o mundo. AAS
Tudo corrias às mil maravilhas, não fosse um homem cruzar o seu caminho para lhe baralhar as contas e espalhar espinhos. Esse homem dava pelo nome de António Buscardini, o temível e todo-poderoso director nacional da Segurança do Estado (morto no golpe de estado de 1980), formado, tal como muitos agentes da nossa 'secreta', nas famosíssimas escolas de espiões da antiga Checoslováquia.
Um belo dia, rebenta o escândalo na praça pública: havia sobrecarregamento nos navios que zarpavam com a nossa madeira, para as ilhas Canárias. Foram então destacados dois agentes, um dos quais era S.M., que se lembra do caso como se fosse hoje: "Andámos atrás deles durante um tempo, colectando informações, escutando, mas nao foi um esforço por aí além. E a cidade era ainda mais pequena", lembra o agente. As investigações, que duraram cerca de duas semanas, deram frutos.
Antonio Buscardini foi posto ao corrente da situação, e, ciente da gravidade das suspeitas, ordenou as detenções. Um dia, com o sol nos píncaros, os dois agentes bateram à porta de um quarto há muito referenciado, no Hotel Ancar: lá dentro, estavam EDUARDO FERNANDES e um compincha do esquema fraudulento que lesou o Estado em várias centenas de milhões de pesos.
Os dois foram conduzidos à presença do Buscardini. A conversa foi deveras interessante, lembra o agente S.M.: "Assim que o Eduardo Fernandes entrou no gabinete do Buscardini, este encheu whisky num copo e estendeu-o, dizendo 'nós somos amigos, Eduardo. Bebe um copo enquanto eu me vou ocupando com outras coisas e já falaremos".
Sem grandes conversas, Eduardo Fernandes lá acabou por confessar tudo aquilo que a Segurança do Estado já sabia - motivo pela qual foi detido. Julgado em Tribunal, foi condenado e mandado para a prisão, onde definhou mais de um ano, tendo sido libertado pouco antes do golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980.
E o que faz afinal, hoje, o feliz do Eduardo Fernandes? Vive em Portugal há duas decadas pelo menos, imune a crise, e, bom, tornou-se num caríssimo consultor (nao consta que seja da área madeireira...) de empresas que pretendem investir na Guiné-Bissau.
Ah, e como não podia deixar de ser, como se já não bastasse, Eduardo Fernandes foi contratado para comentar, no programa semanal 'Debate Africano' na famosa RDP-África, onde se limita a bater palmas, 'está tudo bem', a este Governo, que revelou ser simplesmente... o maior ladrão do Povo da Guiné-Bissau. Pasmem-se: o Eduardo Fernandes fala até, imaginem, da... 'corrupção que está a dar cabo da Guiné-Bissau'. E assim vai o mundo. AAS
Parlamento caboverdeano está no ponto (ou em cuecas)
Discutia-se o orçamento de Estado, com José Maria Neves a 'picar' a oposição, até que o Deputado Orlando Dias o tomou de ponta:
O Deputado Orlando Dias disse ao líder parlamentar do PAICV: "Dr José Manuel Andrade, quando era Ministro da Justiça comprou um fato com dinheiro do Estado, e o Sr. Primeiro-Ministro fala de lealdade, mas troca de namoradas como quem troca de cuecas!".
José Maria Neves confessou-se "enojado", e classificou as declarações como sendo "uma tentativa de assassinato de carácter" por parte do partido MpD.
Após considerar que Orlando Dias é "maluco", o presidente do Parlamento, Basílio Ramos, suspendeu a sessão, que deve ser retomada esta tarde. Afinal, Brelusconnis é coisa que nao falta por aí... Bunda-Bunda, é o que é! AAS
O Deputado Orlando Dias disse ao líder parlamentar do PAICV: "Dr José Manuel Andrade, quando era Ministro da Justiça comprou um fato com dinheiro do Estado, e o Sr. Primeiro-Ministro fala de lealdade, mas troca de namoradas como quem troca de cuecas!".
José Maria Neves confessou-se "enojado", e classificou as declarações como sendo "uma tentativa de assassinato de carácter" por parte do partido MpD.
Após considerar que Orlando Dias é "maluco", o presidente do Parlamento, Basílio Ramos, suspendeu a sessão, que deve ser retomada esta tarde. Afinal, Brelusconnis é coisa que nao falta por aí... Bunda-Bunda, é o que é! AAS
BRUTALIDADE CONTRA A PRÓPRIA MULHER: REACÇÕES
«Ouvi da minha própria prima o 'descasque' que levou no hospital quando pediu um relatório médico (Médico - contra o teu próprio marido???!!!), quando fez queixa crime na polícia (Polícia - contra o teu próprio marido???!!!), e quando ligou ao tio (meu pai), pedindo ajuda - Entre marido e mulher não se mete a colher. Estou revoltada. Dói. Mas tudo tem solução.»
D.G
«A denúncia já é um grande acto de coragem. Agora urge tomarem-se medidas por parte de quem de direito... Não podemos continuar a pactuar com esses actos de selvajaria!»
T.V.
«Muitas e muitas (mulheres) continuaräo a levar porrada na calada enquanto a maioria näo tiver a coragem e a dignidade desta SENHORA ! Mesmo as mais informadas preferem esconder as nódoas e o olho inchado atrás dos seus óculos escuros da Guess ou Ray Ban !!!!»
H.N.A.
«Existem muitas mulheres que continuam a achar normal apanharem dos maridos. Muitas sentem vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do marido; outras acham que foi só daquela vez, ou que, no fundo, são elas as culpadas pela vio...lência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o marido. Mantendo a expectativa equivocada que situação vai mudar. Mas não muda! Não se iludam! Um Homem que bate a 1ª vez, bate a 2ª a 3ª…. cada vez com mais violência. Cabe a nós mulheres contribuir para que a situação se altere, marcando posições e não permitindo esse tipo de abusos... Para casar são necessárias duas pessoas, mas para divorciar... basta uma.
S.G.
«É insustentável!!!»
R.V.
Assassinatos politicos de 2009: Procuradoria Geral da Republica em velocidade de cruzeiro. Agora havera acareacoes entre Zamora Induta, Samba Djalo e o PM Carlos Gomes Jr. AAS
Amine Michel Saad, ex-Procurador Geral da Republica, tera entregue, depois da sua exoneracao pelo Presidente da Republica, todo o processo ao primeiro-ministro Carlos Gomes Jr.
Enquanto isso, a Franca acaba de conceder asilo a Nazare de Pina Vieira, cedendo-lhe uma casa nos arredores de Paris. AAS
Enquanto isso, a Franca acaba de conceder asilo a Nazare de Pina Vieira, cedendo-lhe uma casa nos arredores de Paris. AAS
Vitor Raposo chega a Lisboa, é detido pela PJ, ouvido e depois libertado
Vítor Raposo, ex-deputado do PSD, sócio de Duarte Lima no negócio dos terrenos de Oeiras, continua hoje a ser interrogado no processo de fraude fiscal e branqueamento de capitais que levou à prisão preventiva do ex-líder parlamentar.
Vitor Raposo, acompanhado do seu advogado, chega à Polícia Judiciária (C.M.)
O empresário, que chegou ontem da Guiné-Bissau, é sócio maioritário, gerente ou administrador de 36 empresas, que operam em ramos tão distintos como imobiliário, media, decoração e hotelaria. Há ainda outras cinco empresas em que Vítor Raposo faz parte da administração, juntamente com um irmão, César Augusto Igreja Raposo.
A sua declaração de rendimentos não espelha, no entanto, a extensa actividade empresarial. Disse em 2009 que ganhou apenas 31 mil euros. Em 2008, declarou valores idênticos, enquanto em 2007 os números apresentados eram de 34 mil euros.
Anteontem, Vítor Raposo regressou a Portugal e, acompanhado do seu advogado, Paulo Sá e Cunha, dirigiu-se à Polícia Judiciária, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa. O empresário não evitou que os inspectores da Polícia Judiciária o detivessem e o levassem nessa qualidade - de detido - a primeiro interrogatório judicial. Ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, foi libertado pelas 20h30 e regressou a casa. Continuará a ser interrogado hoje, às 14.30 horas.
No processo em que agora está a ser interrogado, Vítor Raposo, juntamente com Pedro Lima, era o sócio maioritário do fundo Homeland. Possuíam, cada um, 42,5% das unidades de participação. Era através desse fundo que os dois sócios pretendiam adquirir os terrenos em Oeiras, onde o Instituto Português de Oncologia poderia vir a ser instalado. Duarte Lima terá dado informações privilegiadas à Homeland.
TRÊS MILHÕES NO FUNDO DO BAIRRO DO ALEIXO
Vítor Raposo é titular de 60% do Fundo de Investimentos Imobiliários (FEII) - o que corresponde a três milhões e seiscentos mil euros - que foi constituído com vista à demolição do bairro do Aleixo, no Porto. Em documento aprovado em 2009, a câmara estipulava que o FEII seria constituído com o capital de seis milhões, tendo como principais participantes Vítor Raposo (ou uma entidade em que fosse sócio maioritário), a Espart - Espírito Santo Participações Financeiras SA (ou outra entidade do grupo Espírito Santo) e o município. O contrato recebeu o visto do Tribunal de Contas em 10 de Março de 2010 e, durante esse ano, o FEII foi constituído com a designação de Invesurb. Mereceu a aprovação da CMVM. (C.M)
Vitor Raposo, acompanhado do seu advogado, chega à Polícia Judiciária (C.M.)
O empresário, que chegou ontem da Guiné-Bissau, é sócio maioritário, gerente ou administrador de 36 empresas, que operam em ramos tão distintos como imobiliário, media, decoração e hotelaria. Há ainda outras cinco empresas em que Vítor Raposo faz parte da administração, juntamente com um irmão, César Augusto Igreja Raposo.
A sua declaração de rendimentos não espelha, no entanto, a extensa actividade empresarial. Disse em 2009 que ganhou apenas 31 mil euros. Em 2008, declarou valores idênticos, enquanto em 2007 os números apresentados eram de 34 mil euros.
Anteontem, Vítor Raposo regressou a Portugal e, acompanhado do seu advogado, Paulo Sá e Cunha, dirigiu-se à Polícia Judiciária, na rua Alexandre Herculano, em Lisboa. O empresário não evitou que os inspectores da Polícia Judiciária o detivessem e o levassem nessa qualidade - de detido - a primeiro interrogatório judicial. Ouvido pelo juiz Carlos Alexandre, foi libertado pelas 20h30 e regressou a casa. Continuará a ser interrogado hoje, às 14.30 horas.
No processo em que agora está a ser interrogado, Vítor Raposo, juntamente com Pedro Lima, era o sócio maioritário do fundo Homeland. Possuíam, cada um, 42,5% das unidades de participação. Era através desse fundo que os dois sócios pretendiam adquirir os terrenos em Oeiras, onde o Instituto Português de Oncologia poderia vir a ser instalado. Duarte Lima terá dado informações privilegiadas à Homeland.
TRÊS MILHÕES NO FUNDO DO BAIRRO DO ALEIXO
Vítor Raposo é titular de 60% do Fundo de Investimentos Imobiliários (FEII) - o que corresponde a três milhões e seiscentos mil euros - que foi constituído com vista à demolição do bairro do Aleixo, no Porto. Em documento aprovado em 2009, a câmara estipulava que o FEII seria constituído com o capital de seis milhões, tendo como principais participantes Vítor Raposo (ou uma entidade em que fosse sócio maioritário), a Espart - Espírito Santo Participações Financeiras SA (ou outra entidade do grupo Espírito Santo) e o município. O contrato recebeu o visto do Tribunal de Contas em 10 de Março de 2010 e, durante esse ano, o FEII foi constituído com a designação de Invesurb. Mereceu a aprovação da CMVM. (C.M)
ÚLTIMA HORA: Manuel Nascimento Lopes 'cai' na secretaria
NOTA: A equipa de Farim Futebol Clube, e as associações de Jornalistas e dos treinadores abstiveram-se de subscrever qualquer candidato nestas eleições. AAS
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Levante-se o réu
Antigos combatentes guineenses querem Portugal no banco dos réus, e a associação dos ex-combatentes guineenses que serviram a tropa colonial portuguesa garantiu hoje à Lusa que até final de 2012 irá interpor uma ação judicial contra o Estado português, que acusa de nada ter feito para os ajudar.
A queixa será apresentada num tribunal europeu ou mesmo no Tribunal de Haia, disse à Lusa António Albino Gomes, presidente do conselho fiscal da Associação dos Antigos Combatentes das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau.
É que, justificou, desde a independência da Guiné-Bissau que Portugal nunca apoiou os antigos combatentes e nenhum dos acordos com o governo de Bissau para que usufruíssem de pensões ou reformas foi cumprido.
Diário Digital / Lusa
A queixa será apresentada num tribunal europeu ou mesmo no Tribunal de Haia, disse à Lusa António Albino Gomes, presidente do conselho fiscal da Associação dos Antigos Combatentes das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau.
É que, justificou, desde a independência da Guiné-Bissau que Portugal nunca apoiou os antigos combatentes e nenhum dos acordos com o governo de Bissau para que usufruíssem de pensões ou reformas foi cumprido.
Diário Digital / Lusa
Brutalidade contra a própria mulher!
Boa tarde Aly,
Envio em anexo a queixa crime que hoje entreguei no Ministério Público e fotos da minha agressão. Aguardo notificação do "assessor-agressor" de um secretário de Estado deste Governo, e os próximos passos a tomar.
Há muita injustiça cometida contra as mulheres no nosso país, bem como as dificuldades para ter acesso à justiça, sobretudo no que diz respeito à violência
contra a mulher.
Existe uma Brigada de Crimes contra Mulheres e Menores na nossa Polícia Judiciária de Bissau, rua Mariem N'Gouabi, cujo serviço de piquete se encontra aberto 24 horas e onde todo o caso poderá ser encaminhado para o coordenador da brigada Mario Clodé, contactável pelo número 553 71 33.
TODAS AS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DEVEM RECORRER A ESSE SERVIÇO PARA QUE SE ACABE DE VEZ COM O COMETIMENTO DE CRIMES CONTRA AS MULHERES NA GUINÉ-BISSAU.
Gostaria que o meu caso fosse entendido como um acto de coragem e para que todas as mulheres nas mesmas condições ou piores me vissem como exemplo, denunciando o agressor (seja de renome ou não) e que este tipo de acto de selvageria possa ser punido justamente.
Um abraço,
M.F.C.A.'B'
M/N: Faço minhas as tuas palavras. Há milhares de mulheres nesta situação, talvez por acharem que é 'cultural' o espancamento pelos seus maridos, namorados, parentes e ou familiares. Desejo sinceramente que, tal como noutros casos, a justiça funcione e possa punir exemplarmente esta situação. António Aly Silva
Exmo. Senhor
Magistrado do M.Pº Junto a
Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau
Bissau, 21 de Novembro de 2011
Assunto: Queixa-Crime.
M.F.C.A.B, casada, guineense de nacionalidade, titular do B.I Nº 1A1-00169121-22, emitido pelo serviço de identificação civil de Bissau, contactável pelo Nº ------- / ---------, vem pela presente participar criminalmente contra o cidadão nacional Sr. C.A.K.B., casado funcionário publico afecto à Secretaria de Estado da Juventude, contactável pelo Nº ------/------, pelos seguintes fundamentos de facto e de direito:
Iº
A queixosa é mãe de uma menina de seis meses e meio de idade, cujo o pai é o ora participado de quem a queixosa é esposa;
IIº
No dia 18 de Novembro corrente quando eram 23:30mn após uma discussão entre o casal e tendo ambos chegado a conclusão que o ambiente conjugal tornara-se impossível, e havendo necessidade de cada um continuar o seu percurso pessoal e dar assim abertura a um processo de separação, foi discutida a situação da guarda da criança, tendo à propósito, o participado exigido que a bebé doravante passe todo o fim de semana com inicio ás quintas feira a noite à domingo, proposta que lhe foi recusada pela queixosa por razões que se prendem com a idade da menor supra, aliado ainda ao facto de ela estar a tomar peito sobretudo no período da noite e outrossim pelo facto de o próprio participado não dispor de condições de, nesta fase, ter a bebé em casa da mãe onde ele irá viver após o abandono voluntario do lar conjugal;
IIIº
A queixosa ao abrigo da discussão supra, de boa fé disse ao ora participado que mesmo nos fins de semana quando a bebé tiver que deslocar no período diurno a casa da avó paterna era necessário que ela na qualidade da mãe fizesse acompanhar da mesma tendo em atenção o seu regime alimentar e outros cuidados;
Posto isto,
IVº
De forma surpreende e deveras agressiva o participado com violência foi ao quarto buscar a bebé que já se encontrava a dormir para levar com ele, afirmando que se ele não podia ficar sozinho com a criança aos fins de semana então a queixosa também não ficaria com ela;
Vº
A queixosa na tentativa de impedir-lhe que não levasse a criança para fora de casa e sobretudo àquela hora da noite, foi brutalmente agredida pelo participado com “socos” na cara tendo atingido varias vezes o olho direito da queixosa, provocando-lhe hemorragia subconjuntival, equimoses infraorbital e edema palpebral tal como se depreende do Auto de Exame Directo (Guia Médica) anexa a presente (vide folha 03) e das fotografias igualmente em anexo (vide folha______);
VIº
E como se não bastasse o ilícito que o participado cometeria lançou a bebé no sofá antes da agressão, esta que por sorte não se magoou;
VIIº
Na sequência da violência sofrida pela queixosa, a mesma encontra-se impossibilitada de trabalhar durante um período de 14 dias, com todas as implicações laborais que a situação representa;
VIIIº
O facto praticado pelo participado consubstancia o crime de ofensas corporais previsto e punível pelo art. 114º do C.P;
São estes os factos aqui participados pela queixosa, termos em que se pede JUSTIÇA.
A Queixosa
_________________________
M.F.C.A.'B'
Envio em anexo a queixa crime que hoje entreguei no Ministério Público e fotos da minha agressão. Aguardo notificação do "assessor-agressor" de um secretário de Estado deste Governo, e os próximos passos a tomar.
Há muita injustiça cometida contra as mulheres no nosso país, bem como as dificuldades para ter acesso à justiça, sobretudo no que diz respeito à violência
contra a mulher.
Existe uma Brigada de Crimes contra Mulheres e Menores na nossa Polícia Judiciária de Bissau, rua Mariem N'Gouabi, cujo serviço de piquete se encontra aberto 24 horas e onde todo o caso poderá ser encaminhado para o coordenador da brigada Mario Clodé, contactável pelo número 553 71 33.
TODAS AS MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DEVEM RECORRER A ESSE SERVIÇO PARA QUE SE ACABE DE VEZ COM O COMETIMENTO DE CRIMES CONTRA AS MULHERES NA GUINÉ-BISSAU.
Gostaria que o meu caso fosse entendido como um acto de coragem e para que todas as mulheres nas mesmas condições ou piores me vissem como exemplo, denunciando o agressor (seja de renome ou não) e que este tipo de acto de selvageria possa ser punido justamente.
Um abraço,
M.F.C.A.'B'
M/N: Faço minhas as tuas palavras. Há milhares de mulheres nesta situação, talvez por acharem que é 'cultural' o espancamento pelos seus maridos, namorados, parentes e ou familiares. Desejo sinceramente que, tal como noutros casos, a justiça funcione e possa punir exemplarmente esta situação. António Aly Silva
Exmo. Senhor
Magistrado do M.Pº Junto a
Vara Crime do Tribunal Regional de Bissau
Bissau, 21 de Novembro de 2011
Assunto: Queixa-Crime.
M.F.C.A.B, casada, guineense de nacionalidade, titular do B.I Nº 1A1-00169121-22, emitido pelo serviço de identificação civil de Bissau, contactável pelo Nº ------- / ---------, vem pela presente participar criminalmente contra o cidadão nacional Sr. C.A.K.B., casado funcionário publico afecto à Secretaria de Estado da Juventude, contactável pelo Nº ------/------, pelos seguintes fundamentos de facto e de direito:
Iº
A queixosa é mãe de uma menina de seis meses e meio de idade, cujo o pai é o ora participado de quem a queixosa é esposa;
IIº
No dia 18 de Novembro corrente quando eram 23:30mn após uma discussão entre o casal e tendo ambos chegado a conclusão que o ambiente conjugal tornara-se impossível, e havendo necessidade de cada um continuar o seu percurso pessoal e dar assim abertura a um processo de separação, foi discutida a situação da guarda da criança, tendo à propósito, o participado exigido que a bebé doravante passe todo o fim de semana com inicio ás quintas feira a noite à domingo, proposta que lhe foi recusada pela queixosa por razões que se prendem com a idade da menor supra, aliado ainda ao facto de ela estar a tomar peito sobretudo no período da noite e outrossim pelo facto de o próprio participado não dispor de condições de, nesta fase, ter a bebé em casa da mãe onde ele irá viver após o abandono voluntario do lar conjugal;
IIIº
A queixosa ao abrigo da discussão supra, de boa fé disse ao ora participado que mesmo nos fins de semana quando a bebé tiver que deslocar no período diurno a casa da avó paterna era necessário que ela na qualidade da mãe fizesse acompanhar da mesma tendo em atenção o seu regime alimentar e outros cuidados;
Posto isto,
IVº
De forma surpreende e deveras agressiva o participado com violência foi ao quarto buscar a bebé que já se encontrava a dormir para levar com ele, afirmando que se ele não podia ficar sozinho com a criança aos fins de semana então a queixosa também não ficaria com ela;
Vº
A queixosa na tentativa de impedir-lhe que não levasse a criança para fora de casa e sobretudo àquela hora da noite, foi brutalmente agredida pelo participado com “socos” na cara tendo atingido varias vezes o olho direito da queixosa, provocando-lhe hemorragia subconjuntival, equimoses infraorbital e edema palpebral tal como se depreende do Auto de Exame Directo (Guia Médica) anexa a presente (vide folha 03) e das fotografias igualmente em anexo (vide folha______);
VIº
E como se não bastasse o ilícito que o participado cometeria lançou a bebé no sofá antes da agressão, esta que por sorte não se magoou;
VIIº
Na sequência da violência sofrida pela queixosa, a mesma encontra-se impossibilitada de trabalhar durante um período de 14 dias, com todas as implicações laborais que a situação representa;
VIIIº
O facto praticado pelo participado consubstancia o crime de ofensas corporais previsto e punível pelo art. 114º do C.P;
São estes os factos aqui participados pela queixosa, termos em que se pede JUSTIÇA.
A Queixosa
_________________________
M.F.C.A.'B'
Youssou N'Dour em Bissau
A estrela maior da música do Senegal, Youssou N'Dour, actuará em Bissau no próximo mês de Dezembro, a convite da comissão organizadora da Cimeira das Primeiras-Damas da África Ocidental, e dará um concerto extra no estádio 'Lino Correia, contratado por uma empresa guineense - a Connecting.
Em 1992, a convite da UNICEF, Youssou N'Dour deu um concerto na praça Che Guevara, em Bissau, em comemoração da 'Quinzena da Crianca'. AAS
Em 1992, a convite da UNICEF, Youssou N'Dour deu um concerto na praça Che Guevara, em Bissau, em comemoração da 'Quinzena da Crianca'. AAS
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