Apesar do agrado com que recebeu a notícia de que as autoridades guineenses concordaram com a presença no país de uma força de estabilização internacional, o Governo português não tenciona enviar militares para a Guiné-Bissau.
«Não vejo necessidade de termos tropas portuguesas nessa missão», disse Luís Amado à TSF, a partir de Jacarta, onde se encontra. O ministro dos Negócios Estrangeiros não excluiu, no entanto, a possibilidade de Portugal vir a fornecer outro tipo de ajuda à Guiné-Bissau... Ehehehe
JA O BRASIL...
O Brasil, esse, apoiará uma eventual força de estabilização na Guiné-Bissau, desde que haja a chancela da União Africana e da Organização das Nações Unidas, informou hoje à Lusa o Itamaraty.
De acordo com a diplomacia brasileira, esse apoio poderá consistir, até mesmo, no envio de tropas, mas a Guiné-Bissau deve solicitar o envio da força de paz junto da ONU.... Ohohoh
terça-feira, 3 de agosto de 2010
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Meia bola e...força!
A tão propalada força de estabilização para a Guiné-Bissau não é necessária e será despropositada. Mandem-na antes para Portugal, para calar os verdadeiros inimigos da Guiné-Bissau!!! - alguma diáspora precisará mais dela do que o povo guineense, que sofre calado, e humilhado e espezinhado por um Governo incapaz de conter a tropa, que está aliado com alguma tropa.
Essa diáspora, alguém apelidou-a um dia, e bem, como sendo «a pior inimiga da Guine-Bissau»; essa diáspora venenosa, desdentada e incompetente e que nem sabe o que vai no País - pois não metem lá os pés vai para décadas, preferem o bacalhau e a sardinha assada e o tintol barato e o boato; essa alguma diáspora que engorda a olhos vistos, prefere a humilhação e as postas de pescada a ter que regressar e dar a sua contribuição. Essa é que é a verdade!
Mas quem pensa essa diáspora que é mesmo? Uma diáspora fantoche e sanguessuga - morde aqui, sopra acolá - inimiga do Povo sofredor da Guiné-Bissau, aliada de algum tuga saudosista e neocolonialista!
Portugal continua a albergar - sabe-se lá por que razão - uma fabrica de mentiras como nunca se viu (chouriços e outros enchidos), de calúnias e de desinformação. Nós, que vivemos e pelamos na Guine-Bissau, nós é que sabemos por que passa o nosso povo, e sabemo-lo porque vivemos lá, com eles, não sabendo nunca se acordaremos juntos para mais um dia de terror!
Em vez de uma força de estabilização, porque não uma força para desmacarar certa diaspora venenosa e desacreditada? E ja agora, frustrada? Força de estabilização, sim! Mas para Portugal!!! AAS
Essa diáspora, alguém apelidou-a um dia, e bem, como sendo «a pior inimiga da Guine-Bissau»; essa diáspora venenosa, desdentada e incompetente e que nem sabe o que vai no País - pois não metem lá os pés vai para décadas, preferem o bacalhau e a sardinha assada e o tintol barato e o boato; essa alguma diáspora que engorda a olhos vistos, prefere a humilhação e as postas de pescada a ter que regressar e dar a sua contribuição. Essa é que é a verdade!
Mas quem pensa essa diáspora que é mesmo? Uma diáspora fantoche e sanguessuga - morde aqui, sopra acolá - inimiga do Povo sofredor da Guiné-Bissau, aliada de algum tuga saudosista e neocolonialista!
Portugal continua a albergar - sabe-se lá por que razão - uma fabrica de mentiras como nunca se viu (chouriços e outros enchidos), de calúnias e de desinformação. Nós, que vivemos e pelamos na Guine-Bissau, nós é que sabemos por que passa o nosso povo, e sabemo-lo porque vivemos lá, com eles, não sabendo nunca se acordaremos juntos para mais um dia de terror!
Em vez de uma força de estabilização, porque não uma força para desmacarar certa diaspora venenosa e desacreditada? E ja agora, frustrada? Força de estabilização, sim! Mas para Portugal!!! AAS
domingo, 1 de agosto de 2010
Eu acredito é nisto:
- Antes mesmo de se começar a negociar 'a coisa', o Governo vai cair. Depois, bom, depois como nada mais haverá para estabilizar, então não haverá necessidade de força nenhuma! Ora toma. Vou mas é beber umas caipirinhas. E aconselho-vos a fazer o mesmo.. AAS
E você, acredita??!: Guiné-Bissau aceita presença de força internacional de estabilização
As autoridades políticas e militares da Guiné-Bissau concordaram, hoje, com o princípio da vinda de uma força de estabilização, disse à imprensa um porta-voz da presidência guineense. Em declaracões à imprensa, à saída de uma reunião do Conselho de Defesa Nacional guineense, presidida pelo Presidente Malam Bacai Sanhá, o porta-voz Soares Sambu afirmou que essa decisão havia sido tomada e que seriam agora iniciadas as formalidades necessárias.
Segundo Soares Sambu, a aceitação da futura força vem na sequência dos apelos nesse sentido feitos à Guiné-Bissau nas recentes cimeiras de chefes de Estado e governo realizadas na cidade de Sal, Cabo Verde, na cimeira da CPLP que se realizou em Luanda, Angola e as decisões da cimeira da União Africana, que se realizou em Kampala, Uganda.
"O Presidente está tratando de criar consenso e tentar difundir toda a informação relativamente às principais decisões em relação à Guiné-Bissau, particularmente em relação aos esforços que estão sendo desenvolvidos junto à comunidade internacional na mobilização de apoios para o processo da reforma do setor de Defesa e Segurança", indicou o porta-voz da presidência guineense.
Questionado pela agência Lusa sobre o mandato e a composição da futura forca de estabilização da Guiné-Bissau, Soares Sambu afirmou que, por enquanto, essas questões ainda não foram definidas.
"Ainda há algumas etapas a serem percorridas, isso requererá um processo interno que vai ter que ser realizado. O Estado-Maior General das Forcas Armadas vai ter que reunir, os resultados dessa reunião vão ser transmitidos ao Executivo que, naturalmente, vai deliberar e, por fim, submeter a sua deliberação ao Parlamento e depois o Presidente promulgará a decisão que sair dessa instancia", disse Soares Sambu, conselheiro político e diplomático do Presidente guineense.
O porta-voz da presidência não soube dizer se a força estará na Guiné-Bissau antes do final deste ano, no entanto, Soares Sambu notou que o trabalho para a sua vinda vai ser iniciado brevemente.
"O formato nem está ainda definido (...). Diferentes missões, quer da União Africana, CEDEAO e CPLP virão ao país e com as nossas autoridades políticas e militares vai ser definido um conjunto de questões em relação ao mandato, ao formato, quero dizer, um conjunto de questões militares, que eu desconheço neste momento", sublinhou Soares Sambu.
Abordado pela Lusa e RTP-África, à saída da reunião, o primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, escusou-se a fazer declarações, afirmando que não queria dizer nada para além do que dito pelo porta-voz da Presidência.
As chefias militares que assistiram à reunião não prestaram declarações aos jornalistas.
Lusa
Segundo Soares Sambu, a aceitação da futura força vem na sequência dos apelos nesse sentido feitos à Guiné-Bissau nas recentes cimeiras de chefes de Estado e governo realizadas na cidade de Sal, Cabo Verde, na cimeira da CPLP que se realizou em Luanda, Angola e as decisões da cimeira da União Africana, que se realizou em Kampala, Uganda.
"O Presidente está tratando de criar consenso e tentar difundir toda a informação relativamente às principais decisões em relação à Guiné-Bissau, particularmente em relação aos esforços que estão sendo desenvolvidos junto à comunidade internacional na mobilização de apoios para o processo da reforma do setor de Defesa e Segurança", indicou o porta-voz da presidência guineense.
Questionado pela agência Lusa sobre o mandato e a composição da futura forca de estabilização da Guiné-Bissau, Soares Sambu afirmou que, por enquanto, essas questões ainda não foram definidas.
"Ainda há algumas etapas a serem percorridas, isso requererá um processo interno que vai ter que ser realizado. O Estado-Maior General das Forcas Armadas vai ter que reunir, os resultados dessa reunião vão ser transmitidos ao Executivo que, naturalmente, vai deliberar e, por fim, submeter a sua deliberação ao Parlamento e depois o Presidente promulgará a decisão que sair dessa instancia", disse Soares Sambu, conselheiro político e diplomático do Presidente guineense.
O porta-voz da presidência não soube dizer se a força estará na Guiné-Bissau antes do final deste ano, no entanto, Soares Sambu notou que o trabalho para a sua vinda vai ser iniciado brevemente.
"O formato nem está ainda definido (...). Diferentes missões, quer da União Africana, CEDEAO e CPLP virão ao país e com as nossas autoridades políticas e militares vai ser definido um conjunto de questões em relação ao mandato, ao formato, quero dizer, um conjunto de questões militares, que eu desconheço neste momento", sublinhou Soares Sambu.
Abordado pela Lusa e RTP-África, à saída da reunião, o primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior, escusou-se a fazer declarações, afirmando que não queria dizer nada para além do que dito pelo porta-voz da Presidência.
As chefias militares que assistiram à reunião não prestaram declarações aos jornalistas.
Lusa
sábado, 31 de julho de 2010
Contactos
Muita gente tem telefonado: «Não conseguimos enviar e-mail para ti do 'envelope'» - que aparece no blog.
Pois não, nem nunca conseguirão... Isto aqui e a ditadura TOTAL, não e como na Guine-Bissau: uma ditadura parcial, camuflada, sinistra... Entretanto se for um leitor atento, vera que no cabeçario estão os meus endereços de e-mail:
- aaly.silva@gmail.com
- aly_silva@hotmail.com
Beijos e abraços, que não ha tempo para mais. AAS
Pois não, nem nunca conseguirão... Isto aqui e a ditadura TOTAL, não e como na Guine-Bissau: uma ditadura parcial, camuflada, sinistra... Entretanto se for um leitor atento, vera que no cabeçario estão os meus endereços de e-mail:
- aaly.silva@gmail.com
- aly_silva@hotmail.com
Beijos e abraços, que não ha tempo para mais. AAS
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Finalmente
Depois da peripécia que foi a minha viagem de Bissau para Dakar, o meu carro está, finalmente, em Bissau e à porta da minha casa. Isto, depois de uma viagem de barco entre Dakar e Ziguinchor. A máquina está operacional - alô, Maitre! - e pronta para as curvas.
Eu também estou bem oleado e pronto para continuar o combate para a libertação total do nosso povo.
Não será fácil, mas o mundo também não foi construido num dia. O principal papel de cada guineense, hoje, é libertar outro guineense das garras dos bandidos e das unhas dos ladrões e malfeitores do povo.
Urge dar-lhes um combate sem precedentes, ainda que com o terrorismo de Estado (conhecêmo-lo noutras alturas, e, no ano passado foi por demais evidente...).
Ninguém deve ter medo: nem dos políticos e menos ainda dos militares. O político que não é capaz de pôr em sentido um militar...não serve para governar a Guiné-Bissau! Assim, rua com eles!!! Se preciso...ao murro e ao pontapé. AAS
Eu também estou bem oleado e pronto para continuar o combate para a libertação total do nosso povo.
Não será fácil, mas o mundo também não foi construido num dia. O principal papel de cada guineense, hoje, é libertar outro guineense das garras dos bandidos e das unhas dos ladrões e malfeitores do povo.
Urge dar-lhes um combate sem precedentes, ainda que com o terrorismo de Estado (conhecêmo-lo noutras alturas, e, no ano passado foi por demais evidente...).
Ninguém deve ter medo: nem dos políticos e menos ainda dos militares. O político que não é capaz de pôr em sentido um militar...não serve para governar a Guiné-Bissau! Assim, rua com eles!!! Se preciso...ao murro e ao pontapé. AAS
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Dias felizes
Lisboa, 40 graus ao sol. Tenho descansado o bastante, e, sobretudo tenho visto amigos de longa data.
Hoje, passei grande parte da manhã de molho e depois dei um salto à baixa para comprar boxers (20 deles).
À tarde, ainda com o sol a arder, fui convidado para um lanche na casa da Ana M, mais a Isabel M, a Maria da Luz e o marido Manuel. Também lá estavam o piloto da TAP Miguel M. mais a mulher e a sua linda filha Leonor (uma rainha, portanto), e ainda o João e a mulher. Depois, jantei com a Ana A., no restaurante Magnólia na praça de Londres. Amanhã almoço na minha Mãe (que ainda não vi desde que cheguei) e janto com o amigo Calisto E.
Na quarta feira, é a vez do Luis P. me aturar ao jantar. Aturemo-nos então.
A Mafalda merece outro café e dois dedos de conversa - é para isso que servem os amigos. AAS
Hoje, passei grande parte da manhã de molho e depois dei um salto à baixa para comprar boxers (20 deles).
À tarde, ainda com o sol a arder, fui convidado para um lanche na casa da Ana M, mais a Isabel M, a Maria da Luz e o marido Manuel. Também lá estavam o piloto da TAP Miguel M. mais a mulher e a sua linda filha Leonor (uma rainha, portanto), e ainda o João e a mulher. Depois, jantei com a Ana A., no restaurante Magnólia na praça de Londres. Amanhã almoço na minha Mãe (que ainda não vi desde que cheguei) e janto com o amigo Calisto E.
Na quarta feira, é a vez do Luis P. me aturar ao jantar. Aturemo-nos então.
A Mafalda merece outro café e dois dedos de conversa - é para isso que servem os amigos. AAS
domingo, 25 de julho de 2010
Muito comovido, e agradecido
Hoje, recebi uma chamada de um membro da comunidade guineense no Canadá, convidando-me para uma visita a este grande País a fim de ser homenageado pelos meus conterrâneos.
Fiquei bastante comovido, e agradeci do fundo do coração este convite de que não estava nada à espera. A homenagem será em Outubro próximo. E eu lá estarei. Muito obrigado aos meus irmãos que vivem no Canadá. AAS
Fiquei bastante comovido, e agradeci do fundo do coração este convite de que não estava nada à espera. A homenagem será em Outubro próximo. E eu lá estarei. Muito obrigado aos meus irmãos que vivem no Canadá. AAS
CPLP na Praça da Figueira
A CPLP comemora o seu XIV aniversario com uma festa de arromba, hoje, na 'nossa' Praça da Figueira, em Lisboa. Bonga, Toque de Classe, EDDU, Ancha, Akunamatata, Cremilda, Bei Gua e o grupo Super Mama Djombo animarão as hostes. Hoje, as 16:30h. Eu não vou faltar. AAS
JORNALISTA DO ANO 2010 NA GUINÉ-BISSAU
Caro Aly!
Venho através deste meio ultra moderno de comunicaçao para desejar-lhe umas boas e merecidas férias ao lado dos seus familiares, amigos, queridos, fãs e ex-colegas e amigos da batalha.
Ciente do quanto é difícil ser jornalísta num país e continente ainda com muito por fazer, queria em poucas palavras dizer que sou um teu acompanhante quotidiano, aliás uma janela que me permite inteirar in loco dos problemas mais actualizados da nossa querida e amada pátria, GUINÉ-BISSAU.
A forma simplicista em jeito dum cronista/jornalista como narras os episódios informativos e formativos das actualidades guineense em particular e universal em geral, num cenário de trabalho nefasto em todos as vertentes, fazem de vossa Excia, no meu ponto de vista, merecedor dum reconhecimento Nacional e Internacional, devendo para o efeito ser-lhe atribuído o prémio de JORNALISTA DO ANO 2010 na GUINÉ-BISSAU.
A base do meu reconhecimento assenta na naraçao do caso 01 e 02 de março de 2009, 01 de abril de 2010, denúncia do caso da C.N.E.-COMISSAO NACIONAL DE EMPREITADAS, Por ser o 1º a publicar a célebre carta DO ESTADO MAIOR DAS F.A.R.P. contra ZAMORA INDUTA, da sua recente viagem-terror à Gâmbia e a denúncia PREVENTIVA (já que ajudou a prevenir o mal maior para a GUINÉ-BISSAU) sobre o eventual PEDIDO DE DEMISSAO DO 1º MINISTRO Carlos Gomes Junior aquando da sua convalescença em PORTUGAL.
Para terminar deixo aqui o pedido para que CONTINUES O ÁRDUO TRABALHO JORNALISTICO NA GUINÉ-BISSAU e também que tentes avistar e fazer as pazes com o nosso grande e querido amigo Didinho.
Por hoje fico por aqui fortes abraços.
MAMADÚ B. BALDÉ, Eng.º Civil, Mestrando em Eng.ª Civil-Contrucçao pela U.ÉVORA e Empresário de Construçao e Comércio.
Obrigado, amigo. Terei em conta tudo o que escreveu. Abraços e boa continuação. Aly
Nenhuma doença foi curada sem um bom diagnôstico, ninguém nunca passou sobre uma ponte que nunca foi construída
"Olá Aly Silva,
Parabéns pela tua convicção, coragem e determinação. Em suma, pelo teu profundo senso patriótico.
Certamente que nos cruzamos na Guiné durante as minhas viagens de trabalho e prospecção cultural, sem saber quem tu "eras" - as minhas desculpas. Isto confirma bem que a ignorância é um dos inimigos do homem.
Apesar de musicalmente silencioso, pois desde a saída do meu último album Simbioses em 2004, nada mais fiz. Quero com este gesto manifestar-te não só o meu apoio, mas também dizer-te que contigo venho dar a minha contribuição militante, pelo, e para o encorajamento e o reconforto dos nossos compatriotas.
Como tenho dito: a formação e o diploma, são instrumentos necessários, mas insuficientes, se com eles não estão: a prática embebida de convicção própria, da perseverança e do sentido de responsabilidade que cada um de nós tem, face ao favor que a nossa nascença nas terras da Guiné-Bissau nos fez, e se com eles também não está, a noção da responsabilidade que envolve um título, face ao potencial do nosso país.
Também costumo dizer ainda que: um título é uma função, e não um simples objecto de decoração. Para além do seu valor jurídico, um título é para mim, um veiculo a motor com capacidades e potencias incomensuráveis. Tudo depende do seu piloto. Infelizmente na nossa querida e infinitamente amada, mas tão martirizada Guiné-Bissau, demos títulos à individuos que nunca incarnaram a problemática digna e merecida do Povo guineense.
Até aqui, todos têem pautado exclusivamente, no capital monetário e financeiro, deixando completamente nas valas, o capital e o valor incontestável que é a CULTURA. Ora, o que tu tens estado a fazer, e que está dando coragem e esperanças aos nossos irmãos, é, simplesmente, a meu ver, uma das disciplinas da CULTURA.
Caro Aly Silva! Tudo o que acima disse, pode parecer vago e talvez mesmo, como uma pretenção teórica. Estamos longe de tudo isso. Mas neste primeiro contacto, a ética nos é imposta. Ofereço-te assim, toda a minha amizade e disponibilidade para que, com outros guineenses que como tu, labutam para o crescimento harmonioso da Guiné-Bissau, partindo da sua "coluna vertebral" a CULTURA, façamos caminho juntos.
Nenhuma doença foi curada sem um bom diagnôstico, ninguém nunca passou sobre uma ponte que nunca foi construída. Este é o paradoxo ridículo no qual os nossos sucessivos dirigentes se inscrevem obstinadamente, apesar dos repetidos insucessos.
Sem mais, deixo-te estas palavras, esperando que te dêem mais oxigénio para a continuidade do combate, e toda a afeição do irmão e companheiro da luta cultural.
Sidónio Pais
Sidó de Capa Negra"
Grande Sido, palavras para que? Falou o artista que o homem projectou! Amigo, que Deus te proteja e te dê a força que todos precisamos. Aly
Parabéns pela tua convicção, coragem e determinação. Em suma, pelo teu profundo senso patriótico.
Certamente que nos cruzamos na Guiné durante as minhas viagens de trabalho e prospecção cultural, sem saber quem tu "eras" - as minhas desculpas. Isto confirma bem que a ignorância é um dos inimigos do homem.
Apesar de musicalmente silencioso, pois desde a saída do meu último album Simbioses em 2004, nada mais fiz. Quero com este gesto manifestar-te não só o meu apoio, mas também dizer-te que contigo venho dar a minha contribuição militante, pelo, e para o encorajamento e o reconforto dos nossos compatriotas.
Como tenho dito: a formação e o diploma, são instrumentos necessários, mas insuficientes, se com eles não estão: a prática embebida de convicção própria, da perseverança e do sentido de responsabilidade que cada um de nós tem, face ao favor que a nossa nascença nas terras da Guiné-Bissau nos fez, e se com eles também não está, a noção da responsabilidade que envolve um título, face ao potencial do nosso país.
Também costumo dizer ainda que: um título é uma função, e não um simples objecto de decoração. Para além do seu valor jurídico, um título é para mim, um veiculo a motor com capacidades e potencias incomensuráveis. Tudo depende do seu piloto. Infelizmente na nossa querida e infinitamente amada, mas tão martirizada Guiné-Bissau, demos títulos à individuos que nunca incarnaram a problemática digna e merecida do Povo guineense.
Até aqui, todos têem pautado exclusivamente, no capital monetário e financeiro, deixando completamente nas valas, o capital e o valor incontestável que é a CULTURA. Ora, o que tu tens estado a fazer, e que está dando coragem e esperanças aos nossos irmãos, é, simplesmente, a meu ver, uma das disciplinas da CULTURA.
Caro Aly Silva! Tudo o que acima disse, pode parecer vago e talvez mesmo, como uma pretenção teórica. Estamos longe de tudo isso. Mas neste primeiro contacto, a ética nos é imposta. Ofereço-te assim, toda a minha amizade e disponibilidade para que, com outros guineenses que como tu, labutam para o crescimento harmonioso da Guiné-Bissau, partindo da sua "coluna vertebral" a CULTURA, façamos caminho juntos.
Nenhuma doença foi curada sem um bom diagnôstico, ninguém nunca passou sobre uma ponte que nunca foi construída. Este é o paradoxo ridículo no qual os nossos sucessivos dirigentes se inscrevem obstinadamente, apesar dos repetidos insucessos.
Sem mais, deixo-te estas palavras, esperando que te dêem mais oxigénio para a continuidade do combate, e toda a afeição do irmão e companheiro da luta cultural.
Sidónio Pais
Sidó de Capa Negra"
Grande Sido, palavras para que? Falou o artista que o homem projectou! Amigo, que Deus te proteja e te dê a força que todos precisamos. Aly
sábado, 24 de julho de 2010
Radios comunitarias: Um instrumento de luta contra a pobreza e a exclusão social na Guine-Bissau
Por: Adão Nhaga
Guineense Actualmente Residente em Espanha
Ex-Secretário Executivo da RENARC – Rede Nacional das Rádios Comunitárias da Guine Bissau
Com a liberalização económica, a sociedade civil da Guiné-Bissau apostou numa mudança de atitude política do Estado e dos cidadãos por forma a encontrar novas formas de organização social que implicassem mais os cidadãos no processo de desenvolvimento, apostando na sua capacidade e criatividade individual, no surgimento de estruturas descentralizadas que evitassem que o poder político e económico fossem monopolizados e manipulados, concentrando-se nas mãos de uma minoria que dificulta ou impede o acesso do cidadão à livre expressão das suas opiniões.
A Guine Bissau, especialmente notada pela instabilidade dos últimos anos, é, em matérias, apontado como um modelo para outros países lusófonos, que vem a Bissau colher a experiências de 28 rádios comunitárias hoje existente no pais cobrem praticamente toda a população.
As rádios comunitárias surgem como um dos meios mais importantes para fazer ouvir a voz dos cidadãos não só enquanto pessoas individuais como também enquanto integradas em associações profissionais de defesa dos seus interesses específicos e das comunidades de base, rurais em especial. O cidadão deixa de ser só um ouvinte para passar a ser um interveniente activo na discussão dos problemas nacionais, libertando-se a si próprio e ganhando gradualmente um estatuto de cidadania.
As rádios comunitárias, têm-se revelado um instrumento incontornável para introduzir uma linguagem mais acessível e directa junto das comunidades em que está inserida, falando dos seus problemas concretos, dando voz às suas preocupações e desejos, respeitando a diversidade étnica e fazendo que todas as pessoas se reconheçam nelas. O acesso é aberto e fácil. Os programas respeitam as prioridades e interesses das diferentes camadas sociais, em especial as mulheres, os jovens e os agricultores.
Elas aparecem como um instrumento privilegiado para a transmissão de mensagens que reforçam a consciência das populações nos seus direitos enquanto cidadãos e nos seus deveres para com o interesse colectivo, promovendo assim uma melhor compreensão do que é a democracia, das modalidades do seu funcionamento e das suas vantagens enquanto factor de desenvolvimento, assumindo-se como determinantes para o empoderamento das comunidades locais.
A primeira rádio comunitária da Guiné-Bissau, a Radio Voz de Quelele, surge em 1994, num bairro pobre da cidade de Bissau sendo fortemente contestada pelo poder político que na altura a mandou encerrar antes das primeiras eleições legislativas multipartidárias de 94. Outras foram surgindo, a Rádio Kasumai (1995), a Rádio Lamparam (1996), assim como a DjanDjan, a Waquilara, a Forréa, a Djalicunda, a Mindara, a Rádio Escolar EVA e outras.
Nos ultimos anos as mulheres rurais têm vindo a protagonizar um importante movimento associativo no campo, especialmente através da criação de agrupamentos e associações à volta de interesses económicos e sociais comuns, cujo impacto é já reconhecido por todo o país.
No quadro do processo de descentralização as associações de base de mulheres têm vindo a conquistar um maior espaço de afirmação e intervenção local, no sentido de marcar pela positiva as políticas de implementação das estruturas de funcionamento municipal, as opções de desenvolvimento regional e os programas prioritários.
As mulheres têm vindo a assumir um maior poder combativo a partir das suas organizações próprias, dispondo de maior clarividência na defesa das suas posições e na expressão das suas preocupações.
Apesar de ainda embrionário, o movimento associativo das mulheres rurais está a assumir cada vez mais um protagonismo que não se limita aos simples aspectos de promoção económica dos seus membros, apostando igualmente em formas mais modernas de organização, como elemento determinante para influenciar o envolvimento e a participação das populações rurais nos processos de conquista de uma cidadania activa.
A grande dificuldade vem residindo no deficiente acesso das mulheres à informação, aos orgãos de comunicação, ao debate e reflexão sobre as oportunidades e riscos do desenvolvimento e na falta de capacidade de mobilização das outras mulheres.
As mulheres têm que utilizar as rádios comunitárias enquanto processos populares, educativos, livres, participativos, interactivos, mostrando a diversidade e a riqueza dos diferentes movimentos associativos de mulheres, das diversas opções e práticas de desenvolvimento, das culturas próprias das mulheres de cada etnia enquanto elementos fundamentais da cidadania guineense e não da superioridade ou inferioridade de alguma delas em relação às outras. Daí que o desafio seja o de promover o acesso das mulheres à palavra para democratizar a sociedade.
Outro dos desafios das mulheres é o de criarem espaços colectivos de interesse, que possam influenciar a opinião pública, estabelecer consensos à volta de causas justas e solidárias, ajudar a melhorar as condições de vida das mulheres, de propiciar o exercício de direitos e o cumprimento de deveres. Isto é, construir uma comunidade, cidadanizar.
Nestes tempos de crescente globalização e homogeneização, é um imperativo de democracia que as mulheres promovam espaços de participação cidadã onde se expressam as suas vozes e se defende a diversidade de idiomas e de culturas, onde se assume o direito de pensar diferentemente e de ter gostos e aspirações distintos. Isto é, promover uma cultura e uma prática onde o direito à diferença implique o dever de tolerância.
As mulheres têm a obrigação de se envolverem activamente no funcionamento interno das rádios comunitárias sem que se verifique nenhum tipo de discriminação, funcionando democraticamente, com membros seus nas direcções e corpos sociais eleitos.
Guineense Actualmente Residente em Espanha
Ex-Secretário Executivo da RENARC – Rede Nacional das Rádios Comunitárias da Guine Bissau
Com a liberalização económica, a sociedade civil da Guiné-Bissau apostou numa mudança de atitude política do Estado e dos cidadãos por forma a encontrar novas formas de organização social que implicassem mais os cidadãos no processo de desenvolvimento, apostando na sua capacidade e criatividade individual, no surgimento de estruturas descentralizadas que evitassem que o poder político e económico fossem monopolizados e manipulados, concentrando-se nas mãos de uma minoria que dificulta ou impede o acesso do cidadão à livre expressão das suas opiniões.
A Guine Bissau, especialmente notada pela instabilidade dos últimos anos, é, em matérias, apontado como um modelo para outros países lusófonos, que vem a Bissau colher a experiências de 28 rádios comunitárias hoje existente no pais cobrem praticamente toda a população.
As rádios comunitárias surgem como um dos meios mais importantes para fazer ouvir a voz dos cidadãos não só enquanto pessoas individuais como também enquanto integradas em associações profissionais de defesa dos seus interesses específicos e das comunidades de base, rurais em especial. O cidadão deixa de ser só um ouvinte para passar a ser um interveniente activo na discussão dos problemas nacionais, libertando-se a si próprio e ganhando gradualmente um estatuto de cidadania.
As rádios comunitárias, têm-se revelado um instrumento incontornável para introduzir uma linguagem mais acessível e directa junto das comunidades em que está inserida, falando dos seus problemas concretos, dando voz às suas preocupações e desejos, respeitando a diversidade étnica e fazendo que todas as pessoas se reconheçam nelas. O acesso é aberto e fácil. Os programas respeitam as prioridades e interesses das diferentes camadas sociais, em especial as mulheres, os jovens e os agricultores.
Elas aparecem como um instrumento privilegiado para a transmissão de mensagens que reforçam a consciência das populações nos seus direitos enquanto cidadãos e nos seus deveres para com o interesse colectivo, promovendo assim uma melhor compreensão do que é a democracia, das modalidades do seu funcionamento e das suas vantagens enquanto factor de desenvolvimento, assumindo-se como determinantes para o empoderamento das comunidades locais.
A primeira rádio comunitária da Guiné-Bissau, a Radio Voz de Quelele, surge em 1994, num bairro pobre da cidade de Bissau sendo fortemente contestada pelo poder político que na altura a mandou encerrar antes das primeiras eleições legislativas multipartidárias de 94. Outras foram surgindo, a Rádio Kasumai (1995), a Rádio Lamparam (1996), assim como a DjanDjan, a Waquilara, a Forréa, a Djalicunda, a Mindara, a Rádio Escolar EVA e outras.
Nos ultimos anos as mulheres rurais têm vindo a protagonizar um importante movimento associativo no campo, especialmente através da criação de agrupamentos e associações à volta de interesses económicos e sociais comuns, cujo impacto é já reconhecido por todo o país.
No quadro do processo de descentralização as associações de base de mulheres têm vindo a conquistar um maior espaço de afirmação e intervenção local, no sentido de marcar pela positiva as políticas de implementação das estruturas de funcionamento municipal, as opções de desenvolvimento regional e os programas prioritários.
As mulheres têm vindo a assumir um maior poder combativo a partir das suas organizações próprias, dispondo de maior clarividência na defesa das suas posições e na expressão das suas preocupações.
Apesar de ainda embrionário, o movimento associativo das mulheres rurais está a assumir cada vez mais um protagonismo que não se limita aos simples aspectos de promoção económica dos seus membros, apostando igualmente em formas mais modernas de organização, como elemento determinante para influenciar o envolvimento e a participação das populações rurais nos processos de conquista de uma cidadania activa.
A grande dificuldade vem residindo no deficiente acesso das mulheres à informação, aos orgãos de comunicação, ao debate e reflexão sobre as oportunidades e riscos do desenvolvimento e na falta de capacidade de mobilização das outras mulheres.
As mulheres têm que utilizar as rádios comunitárias enquanto processos populares, educativos, livres, participativos, interactivos, mostrando a diversidade e a riqueza dos diferentes movimentos associativos de mulheres, das diversas opções e práticas de desenvolvimento, das culturas próprias das mulheres de cada etnia enquanto elementos fundamentais da cidadania guineense e não da superioridade ou inferioridade de alguma delas em relação às outras. Daí que o desafio seja o de promover o acesso das mulheres à palavra para democratizar a sociedade.
Outro dos desafios das mulheres é o de criarem espaços colectivos de interesse, que possam influenciar a opinião pública, estabelecer consensos à volta de causas justas e solidárias, ajudar a melhorar as condições de vida das mulheres, de propiciar o exercício de direitos e o cumprimento de deveres. Isto é, construir uma comunidade, cidadanizar.
Nestes tempos de crescente globalização e homogeneização, é um imperativo de democracia que as mulheres promovam espaços de participação cidadã onde se expressam as suas vozes e se defende a diversidade de idiomas e de culturas, onde se assume o direito de pensar diferentemente e de ter gostos e aspirações distintos. Isto é, promover uma cultura e uma prática onde o direito à diferença implique o dever de tolerância.
As mulheres têm a obrigação de se envolverem activamente no funcionamento interno das rádios comunitárias sem que se verifique nenhum tipo de discriminação, funcionando democraticamente, com membros seus nas direcções e corpos sociais eleitos.
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