sexta-feira, 2 de novembro de 2012
QUAL SERÁ O PRÓXIMO EPISÓDIO?
Apesar de toda instabilidade política que o país enfrenta pós-conflito interno de 07 de junho de 1998 a 1999, impõe-se a pergunta: vale continuar com as Forças Armadas no país? Duas coisas merecem ser lembradas diante desta espécie de pergunta: a primeira diz respeito ao seguinte, se alguém me perguntar se tu gostas de Forças Armadas, responderia que não, a segunda se alguém me perguntar se tu gostas de viver num país sem presença de Forçar Armadas também responderia que não. Quanto ao primeiro ponto, é claro que sou contra ação dos militares perante a sociedade civil, uma vem que o mesmo só pauta no uso das forças. As Forças Armadas Revolucionarias do Povo é o que garante a soberania nacional do país. No mundo atual, não é admitido que a classe castrense fosse quem dita às regras.
A Guiné-Bissau precisa fortalecer acordos para selecionar, treinar e pagar melhores salários para os militares, tal vez isso ajudaria a inibir os conflitos políticos e militares. Só através disso, os militares deixariam de ser manipulados e/ou influenciado pelos políticos GABOLA, que só pensam em roubar o aparelho de Estado.
Um militar deve ser respeitado e não temido, mas nas ruas da cidade de Bissau, os militares são temidos pelo seu comportamento de bravura. Vamos sair ás ruas para repudiar tais condutas praticadas pelos militares.
Estamos perante uma ditadura militar, onde a voz do povo é silenciada pela força das armas. Vamos fazer circulação pacifica espalhar cartazes por todo lado retratando a violência dos militares e políticos. Precisamos de PAZ, para inibir a crise política que assolou o país desde o conflito interno de 07 de junho de1998. Pois a indisciplina nas Forças Armadas é uma ameaça a Guiné-Bissau.
A crise política de 07 de junho em Bissau, que durou 11 meses, ceifou vida de milhares de pessoas, impusera aos guineenses uma enorme tradição de instabilidade política, cuja pesada herança poder ser vista debaixo da camada mais recente de cultura de violência.
Recentemente teve um novo episódio de 21 de outubro de 2012, supostamente, Pansau Ntchama dirigiu um ataque contra o quartel de para-comandos que matou seis pessoas, o fato é um reflexo da atual situação de instabilidade política que o país atravessa, o acontecimento de 21 de outubro, nada mais é que uma etapa de eventos que está em andamentos.
Augusto A.
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Afinal...vai, fica - em que ficamos?
... O delegado da RTP na Guiné-Bissau já não será expulso. Fernando Teixeira Gomes ficará, afinal, no país. "Decidimos manter o Fernando Gomes porque foram-nos garantidas condições de segurança", disse Nuno Santos, Director de informação da televisão pública portuguesa. Hum... Decidam-se, caraças! AAS
Comité para a Protecção dos Jornalistas condena expulsão e ameaças contra Jornalistas na Guiné-Bissau
ENGLISH VERSION
http://www.cpj.org/2012/11/guinea-bissau-expels-journalist-another-flees-into.php#more
VERSÃO PORTUGUESA
http://cpj.org/pt/2012/11/guine-bissau-expulsa-jornalista-portugues-outro-fo.php
NOTA: Dos jornaleiros...não reza a história! AAS
A mentira tem pernas curtas... MFDC nega envolvimento nos problemas da Guiné-Bissau
O MFDC, Movimento das Forças Democráticas de Casamança, desmentiu categoricamente o 'governo usurpador', negando qualquer envolvimento nos problemas da Guiné-Bissau e nomeadamente no caso de 21 de Outubro. Em comunicado, este movimento que luta pela independência da Casamança face ao governo do Senegal, referiu que nenhum dos seus combatentes tinha participado na tentativa de assalto contra o quartel de para-comandos de Bissau a 21 de Outubro. O MFDC respondeu deste modo às acusações proferidas pelo governo Guineense de transição que afirmou que entre os 6 mortos resultantes do confronto se encontravam combatentes oriundos da região de Casamança.
Sr., porta-disparate: por favor, não volte a abrir a matraca!!! AAS
Nem sim, nem 'nim'
Esta quinta-feira, dois encontros marcaram a actualidade Guineense, a convocação do Conselho de Estado pelo 'pesidente de transição', que em seguida se reuniu com as chefias militares, o PRS, Partido de Renovação Social (os golpistas de serviço) e com o PAIGC, partido no poder até ao golpe de estado de 12 de Abril, no intuito de analisar em conjunto a situação do país e tentar chegar a um consenso para que as instituições da República funcionem melhor.
Ao fim de quatro horas de reunião, os balanços dos dois maiores partidos políticos Guineenses foram contrastados. Augusto Poquena, Secretário-Geral do PRS, considerou que o PAIGC não reconhece o golpe de Estado de 12 de Abril e que este partido não tem vontade de fazer sair o país do impasse. Por outro lado, o líder da delegação do PAIGC, Luís Oliveira Sanca, contrapôs esta argumentação afirmando que a reunião "foi positiva" e que o golpe de Estado de 12 de Abril é uma evidência. RFI
O “desvio” da RTP na Guiné
O delegado da RTP na Guiné-Bissau, Fernando Gomes, deixa amanhã o país. Depois de a Sábado avançar com a notícia da sua expulsão, na terça-feira, surgem agora mais detalhes, revelados pela Lusa. O ministro guineense da Presidência do Conselho de Ministros e porta-voz do governo de transição, Fernando Vaz, escreveu uma carta a Alberto da Ponte ea Miguel Relvas a pedir a substituição do jornalista por existir um "desvio" do fim para que a televisão portuguesa foi aceite em Bissau. O que só fica bem ao jornalista e à RTP. Este é o take da Lusa:
"O governo de transição da Guiné-Bissau considera que houve "um desvio claro do fim" para o qual a representação da RTP foi aceite no país, pelo que pediu a substituição do delegado, Fernando Gomes.
Fernando Gomes era até agora o delegado da RTP em Bissau mas deixa o país na próxima sexta-feira, na sequência de uma carta do governo de transição pedindo a substituição do delegado.
A carta, a que a agência Lusa teve acesso, tem data de 15 de outubro e é dirigida ao presidente do conselho de administração da RTP, Alberto da Ponte, com conhecimento do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas. Foi assinada pelo ministro da Presidência do Conselho de Ministros do governo de transição da Guiné-Bissau, Fernando Vaz.
Em três parágrafos, Fernando Vaz agradece "os esforços que a administração da RTP tem feito para garantir o funcionamento e difusão das informações quotidianas" da Guiné-Bissau, contando para o efeito com uma representação em Bissau.
"O governo da Guiné-Bissau reconhece o trabalho que tem sido desenvolvido pela aludida representação desde a sua instalação em Bissau", diz a carta, que acrescenta: "Entretanto, o governo lamenta constatar um desvio claro do fim para que a representação foi aceite no país, impulsionado pessoalmente pelo atual delegado na pessoa do senhor Fernando Gomes".
"Nestes termos" o governo "agradece a amabilidade" de Alberto da Ponte "no sentido de tomar medidas que julgar necessárias para substituir o mais rápido possível o atual delegado" da RTP na Guiné-Bissau, conclui a carta."
http://ntpinto.wordpress.com/2012/11/01/o-desvio-da-rtp-na-guine/
RESPOSTA ÀS ACUSAÇÕES DO GOVERNO DE TRANSIÇÃO DA GUINE BISSAU
Sr. Fernando Vaz,
A luta de libertação não se fez com burros e cavalos. Fez-se com estratégias e recurso humanos—e infelizmente, muitos perderam a vida. Como deve saber, qualquer carro que andar sem condutor, acaba por cair no precipício.
No dia 28 de Outubro de 2012 a forcv.com publicou uma noticia, “Guiné-Bissau: Governo de transição considera ‘vergonhosas’ declarações de dirigentes cabo-verdianos.” Tendo em conta o nosso conhecimento da história de luta de libertação, queremos dizer ao Sr. Vaz que procure outros argumentos por forma a legitimar o governo dele.
Todos sabemos que o actual governo da Guiné Bissau é um governo de paus mandados, sem poderes e submisso às forças armadas (danadas) de Guiné Bissau. Um governo de incoerentes que não deveria assumir a liderança – legitimando decisões arbitrárias de golpistas. Só espero que o senhor esteja “aqui” para ler esta minha posição porque pelos vistos, o Senhor Vaz não entende nada da democracia e/ou estado de direito. Talvez esteja com medo, defendendo seu tacho e seguindo cegamente ordens com argumentos sem lógica, descabidas, que poderão sobretudo causar um profundo dano no relacionamento entre a Guiné e Cabo Verde. É uma tristeza imensa ouvir a sua baixa e barata retórica em nome do governo e estado da Guiné Bissau.
Sr. Vaz, a legitimização do seu Estado não se faz com discursos, entrevistas ou conferências de imprensas baratos e ofensivos. Ela é feita com resultados práticos e mensuráveis—algo que o senhor e seus camaradas desconhecem. Hoje o senhor está no “poder”, certamente com muito medo porque sabe que será deposto amanhã. São essas atitudes de vingança e desordem que as autoridades de Cabo Verde não desejam (mais) ver num país que teve muito em comum com Cabo Verde.
Sr. Vaz, a luta de libertação não se fez com burros e cavalos. Fez-se com estratégias e recurso humanos—e infelizmente, muitos perderam a vida. Como deve saber, qualquer carro que andar sem condutor, acaba por cair no precipício—o caso da Guiné Bissau tudo aconteceu depois do golpe de estado de novembro de 1980.
Nós sabemos que pelas vossas limitações, invejas e espírito de cobiça e tribalismo, nunca gostaram dos caboverdianos. Os caboverdianos entenderam a vossa “ira”, abandonou a unidade Guiné/ Cabo Verde (que nunca devia existir) e veja, Sr. Vaz, hoje vocês têm a nação mais fragmentada de África – enquanto Cabo Verde, está no topo dos sectores de governaçao,prosperidade económica, democracia e paz social—algo que com as vossas
barbaridades, jamais atingirão. Daí a razão que os governantes de Cabo Verde estão tomando as posições que tomam no sentido de promover uma coerência para o bem estar do povo sofredor da Guiné.
Nunca defendo o primeiro ministro José Maria Neves ou Presidente Jorge Carlos Fonseca porque eles são idóneos e dispõem de mecanismos adequados para responder a essa vossa baixeza—que não merece resposta deles—daí, a minha resposta às suas acusações maléficas e infudamentadas.
Sr. Vaz, Cabo Verde e seu povo não devem a sua independência aos guineenses. Foi um trabalho conjunto, com liderança efetiva e ações práticas dos guineenses e caboverdeanos, muito embora, por razões geográficas, os guineenses em maior número.Vocês continuam angustiados porque não dispunham de estratégia ou competência técnica para demolirem o regime colonial. Os caboverdianos têm cara e sentido de responsabilidade. Em contrapartida, vocês continuam nas vossas barbaridades, como se a vida humana não tivesse valor.
Por isso, o senhor e seu governo deveriam simplesmente agradecer a intervenção do governo de Cabo verde no sentido de pôr cobro às atrocidades quotidianas da Guiné Bissau. Os caboverdianos sentem na pele o sofrimento do povo guineense enquanto os senhores “chefes” manipulam o povo e venham aqui cantar cantiga de galo molhado.
Dr. Julio C de Carvalho
Militante da UCID – U.S.A.
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