segunda-feira, 24 de junho de 2013

Federação de Futebol de pantanas!


Os membros da direção da Federação de futebol da Guiné-Bissau estão envolvidos numa acesa polémica que já motivou demissões de vários elementos do Comité Executivo, o último o secretário-geral, Alberto Dias. De acordo com uma fonte da Federação, Alberto Dias foi hoje demitido do cargo por ordens expressas do presidente do organismo, Manuel Nascimento Lopes, na sequência de uma auditoria recentemente realizada, que teria mostrado "várias irregularidades" financeiras.

A fonte não adiantou os valores em causa, mas precisou que o presidente da Federação prometeu entregar os resultados dos inquéritos ao Ministério Público. Interinamente, o lugar de secretário-geral da Federação de Futebol guineense será ocupado por Virgínia Mendes da Cruz. Já antes da suspensão do secretário-geral, outros elementos do Comité Executivo tinham sido exonerados ou '"batido com a porta", como os casos de Alfredo Gomes, segundo vice-presidente da Federação, Inum Embaló, responsável pelo futebol feminino, e Mutaro Bari, responsável financeiro.

Tirando Inum Embaló, que foi suspenso de funções depois de levantar várias suspeições sobre a forma como o presidente da Federação está a conduzir o organismo, Alfredo Gomes (atual ministro da Educação, Juventude, Cultura e Desporto) e Mutaro Bari saíram por discordarem da forma como Manuel Nascimento Lopes dirige a Federação. Os clubes de futebol da Guiné-Bissau estão a exigir a realização de um congresso extraordinário para uma análise profunda à gestão da atual direção da Federação, eleita há pouco mais de um ano.

Enganar os menos atentos


Quase dois anos depois, uma notícia publicada no blog ditadura do consenso mereceu uma atenção especial de um jornalista 'quase especial' para alguns guineenses. Segundo esse reconhecido jornalista, quando, nas vésperas da campanha eleitoral de 2012, o então ministro do Comercio, Botche Candé, fez o lançamento das obras de reparação de uma estrada do interior do país, este acontecimento mereceu atenção especial de um blogue de um conterrâneo nosso, que classificou esta acção de lançamento da obra (com cobertura da comunicação social), como sendo uma pura propaganda eleitoral. Para o autor deste blogue, o ditadura do consenso, o ministro Botche Cande não passava de “um ministro analfabeto”, como se alguém não merecesse o reconhecimento e elogio do seu trabalho útil para as populações, sobretudo quando faz um trabalho bem feito!
 
A dúvida reside no seguinte: Ele é analfabeto? Lançou a pedra da obra? Alguma mentira foi dita pelo editor do blog ditadura do consenso? E ter um ministro analfabeto merece chacota ou não? Venha o diabo e escolha...
 
Como disse e bem o reputado jornalista: Quando nas vésperas da campanha eleitoral de 2012, o então ministro do Comercio, Botche Candé, fez o lançamento das obras de reparação de uma estrada do interior do país, este acontecimento mereceu atenção especial de um blogue de um conterrâneo nosso, que classificou esta acção de lançamento da obra (com cobertura da comunicação social), como sendo uma pura propaganda eleitoral. Outra vez pergunto: A atenção que este facto mereceu no blog ditadura do consenso era só para fazer chacota ou para reportar o lançamento da obra? A obra foi pura propaganda eleitoral? Compete ao Ministro do Comercio a reabilitação das estradas? Qual devia ser papel do ministro do Comércio para com o ministro das infraestruturas/ministro das finanças, se o ministério de Vomércio dispunha de montante para reabilitar a estrada?

O António Aly Silva falou mentira? Nos EUA, é o ministro do Comércio que faz a manutenção das estradas? Mas, a maior curiosidade, o porque só agora (passaram quase dois anos) esta notícia merece especial atenção de reconhecido jornalista? Será que esta passagem no texto, não é algo para desviar atenção dos menos atentos, quando a razão é defender a desflorestação denunciada na semana passada por ONG´s entre os quais a AD?

Senão vejamos, o reputado jornalista disse:

Por exemplo, se uma organização não-governamental ou ambiental achar injusta a exploração de uma determinada floresta guineense, que a mesma proponha uma zona protegida, como aliás fizeram com as florestas de cantanhez, com o parque nacional de orango (ilhas bijagós), com o parque natural dos tarrafes do rio cacheu (norte), com o parque nacional marinho joão vieira e poilão (sul), e com o parque nacional lagoas de cufada (sul). Mas, outras experiências africanas e mundiais têm mostrado que quando questões ambientais se transformam em políticas, dificilmente um consenso é alcançado. Só me resta encorajar as partes a não perder a esperança de discutir e partilhar as melhores ideias e passar à sua aplicação.

Mas outras perguntas:

O reconhecido jornalista achou justa a forma como está a ser explorada a nossa floresta? Será que a questão da nossa floresta recentemente denunciada pelas ONG´s é politizada? Por ultimo, meu caro Jorge Herbert, há muito que aprecio as sua publicações, mas hoje confesso que tiro-lhe o chapéu. Os grandes se conhecem no momento certo."

<<<<<< Nova sondagem DC. Vote

O algodão não engana


Sondagem Ditadura do Consenso

Pergunta

- ESTE GOVERNO É ILEGAL?

Respostas

- SIM, COMPLETAMENTE - 430 (53%)

- NÃO, É DE GOLPISTAS - 175 (21%)

- É LEGALMENTE DOENTE - 140 (17%)

- NÃO SEI - NÃO RESPONDO - 64 (7%)

Votos apurados: 809

A falta de rigor dos atuais intelectuais/académicos ou formados


Saber ler não é o mesmo que saber estudar ou saber pesquisar com rigor, da mesma forma que dominar a arte de escrever não significa de todo saber opinar com rigor. Refiro-me ao tão propalado e almejado, mas um tanto ou quanto mal definido, rigor académico. Aquele rigor que devia nortear, para o resto da vida, todos aqueles que um dia tiveram a oportunidade de cumprirem um percurso académico com maior ou menor sucesso… É certo que não devemos confundir um intelectual de um académico e muito menos um destes dois com um “formado”…

Ao ler o artigo “O Cinismo e as Ambiguidades dos “futuros arrependidos”, fiquei estupefacto com a falta de rigor demonstrado pelo seu autor, atendendo ao reconhecimento profissional de que já goza entre os guineenses!
O poeta português Fernando Pessoa escreveu uma vez que “para que um homem possa ser absolutamente intelectual, tem que ser um pouco imoral”. Mas, modéstia a parte, vou discordar do grande poeta português, já que defendo que a intelectualidade só é sustentável, enquanto andar de mãos dadas com a moralidade. Ou seja, uma intelectualidade verdadeiramente produtiva necessita também da moralidade como matéria-prima.

Segundo o nosso reconhecido jornalista, “Muitos ignoram o facto de qualquer desenvolvimento de um país começar pela criação de infra-estruturas indispensáveis para o seu funcionamento, criando estrutura administrativa e empresarial precisa. Daí serem extremamente importantes as construções de obras públicas, que possam albergar serviços públicos e privados, com o objectivo de proporcionar um ambiente propício e confortável para o exercício digno da profissão.

Para o nosso jornalista, as infraestruturas, depois de criadas, criam eles automaticamente condições de trabalho, que influenciam o desenvolvimento de um país!? Não sei em que manual académico relacionado com modelos de desenvolvimento das nações foi buscar essa ideia, mas fico a espera da respetiva referência bibliográfica.

Numa "dança" entre a ambiguidade e o contraditório, o nosso reconhecido jornalista faz referência às infraestruturas criadas no período da presidência de Luís Cabral (“Socotram, Fábrica Bambi, Leite Blufo, Fábrica de Cumeré, Fábrica de Compotas Titina Silá, Fábrica de Nhaye, montagem do Volvo, Fábrica Cicer”), mas esquiva-se a questionar as viabilidades económicas das mesmas, como se isso não tivesse a mínima importância para a sustentabilidade e a continuidade desses mesmos investimentos! Simultaneamente fala de “guineenses orgulhosos e nostálgicos” desses projetos, assumindo claramente os seus desaparecimentos, mas sem fazer um pequeno exercício de raciocínio para perceber que, efetivamente, não foi por terem sido erguidos que o país tirou o devido proveito deles, acabando por desaparecerem…

Para não ser fastidioso, não pretendo divagar-me sobre as "estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável", nem vou dissecar os seus componentes (ambiental, económica e sociopolítica), para depois remeter-me aos abates indiscriminados das árvores na Guiné-Bissau, entre outras delapidações dos nossos recursos naturais que têm acontecido, sem que o povo usufrua verdadeiramente disso... Também não vou falar do conceito da “Felicidade Interna Bruta” de um país para analisar o impacto desses investimentos no nosso país, nem tão pouco vou socorrer-me de referências bibliográficas internacionais sobre modelos de desenvolvimento.

Vou sim aconselhar ao nosso reconhecido jornalista, a leitura muito atenta de um livro, escrito por um guineense, que retrata e analisa de forma implícita e explícita, nada mais que a criação e o fim desses projetos do “tempo de Luís Cabral” que deixou alguns guineenses nostálgicos. Não é que concordo ou me identifique com a linha de raciocínio e orientação política e cultural que Filinto Barros denotou no livro intitulado “Testemunho”. Mas, uma leitura imparcial e desapaixonada desse livro, principalmente a sua primeira metade, permite-nos tirar ilações sobre a falta ou ausência de estratégias de desenvolvimento a médio-longo prazo dos sucessivos governos, desde a nossa independência… Numa passagem na página 14 do mesmo livro, o autor dá uma pequena lição “pós-mortem” ao nosso reconhecido jornalista, afirmando o seguinte: “È neste mar de ingenuidade que os dirigentes da Guiné-Bissau se lançaram numa tarefa inglória de industrializar por industrializar, na vã esperança que uma unidade industrial caída de para-quedas, geraria por si só todas as condições necessárias ao seu sucesso”. A verdade é que ainda temos quadros e dirigentes políticos a pensar desta forma, perpetuando o nosso marcar do passo, rumo ao desenvolvimento!

“Assim, o povo tem o direito de pedir explicações sobre quaisquer “contrapartidas” e exigir, sobretudo, uma maior transparência na selecção e aplicação dos projectos de desenvolvimento. Todavia, esta “vontade de saber” não deve ser guiada pelo sentimento antigovernamental, fruto de ajustes de contas com os “inimigos” dos nossos amigos. Este sentimento deve ser genuíno, apolítico e guiado por um espírito de incentivar parcerias entre as instituições estatais, não-estatais e comunitárias”.

Contrariamente ao nosso reconhecido jornalista, importo-me sim quando as ajudas e novos acordos de cooperação estão a ser negociados e viabilizados por um governo e um presidente ilegítimos, sedentos de financiamento recusado pelos principais financiadores do país e a quem o povo não pode, de forma nenhuma, pedir explicações! Que mecanismos de fiscalização existem neste momento, para este governo ilegítimo? A quem o povo guineense pede explicações hoje em dia, sobre a governação do bem comum!? O povo que, num estado de direito democrático, poderia ter uma atitude vigilante e crítica e posteriormente julgar nas urnas, está neste momento oprimido, atemorizado e impedido de exercer qualquer dos seus direitos mais básicos!  

“Portanto, para concluir, diria que os projectos que já existem ou em vias de construção devem ser encarados como investimentos patrimoniais bem-intencionados e que, se espera que mais tarde ou mais cedo, irão beneficiar a Guiné-Bissau.  Se calhar, nessa altura, dificilmente lembraremos que este ou outro edifício público tenha sido fruto de um Governo de Transição.”

Sr. Jornalista, “investimentos patrimoniais bem-intencionados” cheira-me a empirismo e leviandade que temos assistido a conduzir a Guiné-Bissau aos piores índices de desenvolvimento. Os investimentos estatais, patrimoniais ou não, não podem assentar no princípio de boas intenções! Conforme diz o português, “de bem-intencionados está o cemitério cheio”. Quando vejo um académico, intelectual ou formado a aplaudir “investimentos patrimoniais bem-intencionados”, sem olhar ao rigor que a gestão da coisa-pública exige, fico deveras preocupado com o futuro da nossa Guiné-Bissau e da nova geração de intelectuais que o país está a formar…

“Devemos sim, apoiar sempre, sem preconceito de quem faz o bem, independentemente do facto de ser ”analfabeto”, não licenciado ou outro.”

Sr. Jornalista, sem qualquer preconceito da minha parte em relação aos analfabetos, digo-lhe que não apoio qualquer analfabeto que queira fazer o bem, com o dinheiro público (portanto de todos nós), a não ser que se faça rodear de bons conselheiros letrados e tecnicamente capazes e ele limitar-se apenas a pôr o dedo ou a carimbar os documentos, como fazia o primeiro responsável pela área dos transportes no período imediato pós-independência, conforme reza a história,

Sr. Jornalista, é com esses analfabetos, alguns mal formados, golpistas e pseudo-transicionistas, obviamente “bem-intencionados”, a gerir a coisa-pública é que a nossa Guiné-Bissau insiste em não sair da equipa de países mais pobres do mundo! Aplaudi-los e incentivá-los, não é mais que contribuir para o prolongar do “estado comatoso” em que se encontra o nosso país… O mundo está em constante mudança e a Guiné-Bissau não pode continuar a insistir na sua guetização, com dirigentes políticos analfabetos ou semi-analfabetos aplaudidos por intelectuais/académicos ou formados.

Jorge Herbert

sábado, 22 de junho de 2013

Empresários lusófonos assinam parcerias


Plataformas empresariais portuguesas e a Câmara do Comércio da Guiné-Bissau rubricaram hoje (sábado) em Bissau um protocolo para a criação de parcerias de negócios nos países lusófonos, aproveitado as organizações dos oito países. O protocolo, cuja validade inicial é de dois anos, foi rubricado entre a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO)e a Cooperação, a Associação Industrial Portuguesa (AIP)e a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços (CCIAS) da Guiné-Bissau.  

De acordo com o presidente da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico (ELO), Francisco Mantero, o acordo rubricado irá permitir que as empresas do espaço lusófono "desenvolvam actividades nos blocos regionais" a que pertencem os oito Estados da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) e Macau, tendo a língua portuguesa "como um activo importante". Citando números, Mantero disse, por exemplo, que 4,2 por cento do negócio mundial é feito pelos países de língua portuguesa, o que, observou, totalizar cerca de 240 mil milhões de dólares, embora dessa percentagem apenas 3 por cento do negócio seja feito entre os países da CPLP. "O ideal seria subirmos essa percentagem para pelo menos seis por cento de transações entre os países da língua portuguesa", notou o presidente da ELO ao justificar a importância do protocolo rubricado com o presidente da CCIAS da Guiné-Bissau, Braima Camará.  

Os países lusófonos "têm tudo a ganhar" se potenciarem mais a língua portuguesa, disse Mantero, sublinhando que na União Europeia, com a presença de Portugal, e na CEDEAO (Comunidade Económica de Países de África Ocidental), com as presenças de Cabo Verde e Guiné-Bissau, "existem condições para excelentes negócios". Destacando ainda a importância da pertença de cada país no seu bloco regional, Mantero apontou o caso da Guiné-Bissau, frisando ser um país "charneira para as futuras parcerias" sobretudo para as empresas portuguesas que queiram entrar na CEDEAO. "A Guiné-Bissau é um país importante para o sector privado português, nomeadamente para a banca", disse Francisco Mantero, apontando, contudo, as tarefas a executar para a materialização das parcerias.  

Evitar a dupla tributação e a remoção de barreiras ao negócio, a troca de informações e prestações de apoios mútuos são entre outras as tarefas a realizar, disse. Braima Camará, presidente da Câmara do Comércio da Guiné-Bissau, enfatizou que com as parcerias a serem criadas entre as empresas do espaço CPLP "o país poderá ter aqui uma grande oportunidade para iniciar o ciclo de saída da pobreza" em que se encontra actualmente. A instalação de empresas para transformação do cajú (principal produto de exportação do país) e a criação de emprego para os jovens são os benefícios imediatos apontados por Braima Camará nas parcerias a serem estabelecidas.

...Logo depois do golpe de Estado de 12 de abril de 2012


RECORDAR O QUE O MUNDO FALOU. O Povo da Guiné-Bissau aguarda para ver.

Amigos mangadel


RTP, "PORTUGUESES PELO MUNDO" - GUINÉ-BISSAU

Para o sr. Punheteiro


UMARO VOCE ESTA AQUI

Umaro e Serifo (em pé)

Umaro, um dia havemos de estar frente a frente para repetires as enormidades e as mentiras que andas a escrever sobre a minha pessoa. Não passas de uma sanguessuga e de um vil traidor do Povo da Guiné-Bissau! Tu e essa escória a que te juntaste. Espero que acabem a comer farelo como porcos que são. AAS

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Com a alma em sangue


A nomeação de Bion Na Tchongo (um militar no activo) para liderar a secreta (civil) guineense, é uma afronta às instituições internacionais, e um presente com sabor a fel para o 'presidente' da CEDEAO, que teve de engolir uma vez mais, o peixe pelo rabo! A nomeação de Biom foi uma imposição de António Indjai, que já pedira a substituição de Serifo Mané e do chefe da Guarda-Fronteira. "Estão todos a dormir", disse em tom exaltado, referindo-se à falha na segurança que culminou na captura de Bubo Na Tchuto pela norte-americana DEA, e, posteriormente, na acusação do próprio António Indjai pelos Estados Unidos da América.

A Montreal Gazette resume, assim, este braço de ferro entre a emparedada Guiné-Bissau e quem dá de comer aos seus ricos e reluzentes políticos - a União Europeia:

Guinea-Bissau says a navy officer with links to a suspected drug kingpin had been named head of the West African nation's information service. The appointment of Biom Natchongo was announced in a statement Thursday by the Council of Ministers. Natchongo is an associate of former navy chief Jose Americo Bubo Na Tchuto, who was arrested in April and transferred to New York on charges of conspiring to import narcotics into the U.S. Natchongo has also served as a bodyguard to former President Joao Bernardo Vieira, who was assassinated in 2009. Long a transit point for South American cocaine bound for Europe, Guinea-Bissau has been trapped in a cycle of instability since gaining independence from Portugal in 1974, with the most recent coup occurring in April 2012.

No caso em concreto, a humilhação maior, esta bofetada sem mãos, vai direitinha para a União Europeia e para as Nações Unidas. E, já agora, para os EUA através da DEA. Recorde-se que já depois da imposição das sanções contra 21 militares superiores e generais das forças armadas guineenses, o CEMGFA António Indjai viajava (vide as denúncias várias feitas pelo Ditadura do Consenso) a seu bel prazer e era recebido com honras semelhantes às de um chefe de Estado - que até certo ponto é, e não como devia: um assustado general acusado - e procurado com base num mandado internacional de captura por tráfico de droga, associação a grupo terrorista, conspiração para matar cidadãos norte-americanos. Da Nigéria à Costa do Marfim, do Burkina Faso ao Senegal, todos se prostravam aos pés do general - golpista como eles.

A imagem que a Guiné-Bissau tem passado para fora das suas fronteiras, é triste e mete dó. Um Estado incapacitado, completamente desfigurado, sem exemplos que empolguem o seu Povo. Um Estado tomado pelos cartéis sul-americanos da cocaína. FARC? É connosco! HEZBOLLAH? Com certeza! AQMI? Por que não? Um Estado de eternos desconfiados e cheio de manhas. Ainda assim, um Estado.

Não estou a criticar o meu País, apenas por criticar. Tenho a alma em sangue!!! Quando critico os poderes, os seus desmandos, faço-o de forma responsável - apesar das possíveis e, inadiáveis consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Tenho acompanhado com acentuada preocupação, a situação na Guiné-Bissau. Acompanho o que lhe passa ao perto e ao longe, enxergo o que lhe mal fazem, ocultam, tramam, sonegam, roubam. Percebo onde lhe alvejam, meço o quanto lhe cerceiam ou destroem. Eu sou apenas a favor da Guiné-Bissau. Contra os que lhe mal fazem, os que lhe roubam. António Aly Silva


"Se eu vi mais longe, foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." - Isaac Newton

quinta-feira, 20 de junho de 2013

DENÚNCIA


CARLOS SCHWARZ da AD - Acção para o Desenvolvimento, na primeira pessoa

VERGONHA: O delegado da União Europeia pediu à equipa da RTP que não fosse filmado na audiência com Delfim da Silva. Só o embaixador de Espanha falou, pouco ou nada adiantando, mas deixou uma pista - a desconfiança dos 27 mantém-se...


Ou seja: Este encontro, a pedido de Delfim da Silva, foi tipo uma visita de cortesia, só que ao contrário: Como a UE não convidaria nenhum ministro ou membro de um governo golpista, que não reconhecem, toca o ministro a chamar! Ma n'falau, kussa tem!!! AAS

Cada macaco no seu galho


O ministro dos Negócios Estrangeiros, Delfim da Silva, convocou hoje o embaixador do Reino de Espanha e o delegado da União Europeia, ambos residentes em Bissau. Ouviu aquilo que já se esperava: um rotundo não, no que toca a um hipotético retomar da cooperação. Uma possível retoma da cooperação, sim, mas só - e só - apenas depois das eleições, que, de resto, NÃO terão lugar este ano. A UE comprometeu-se a continuar a dar o seu apoio aos vários programas de cooperação que estão a cargo de organizações não-governamentais. Apanhado pela imprensa, à saída do encontro, Delfim da Silva praguejou e gaguejou. E acabou por nada dizer. O que é triste.

Mais, nem o embaixador de Espanha nem o delegado da UE se dignaram a falar à imprensa no fim do encontro, deixando o ministro a falar sozinho, debitando um discurso falido como se de um disco riscado se tratasse. Senhor Fernando Delfim Da Silva, você e o seu governo de golpistas, nada podem contra a União Europeia (dos 27 paíes não mobilizariam um avo), nem contra a União Africana, e menos ainda contra as Nações Unidas. Esses já vos descobriram a careca. Enganam uns quantos da CEDEAO, em cujos países reina e mesma coisa: a anarquia. O meu avó já dizia "quando não se tem nada para dizer o melhor é ficar calado." António Aly Silva

E Se Nos Levantarmos? O mundo democrático está de olhos postos na Guiné-Bissau, e aguarda um levantar estrondoso do seu apático Povo, que, ao que parece, ainda não percebeu a mensagem. Chame-se-lhe Primavera quente, Verão molhado ou - e porque não - Outono infernal. No Brasil, são aos milhares e há uma semana que não dão descanso aos governos estadual e federal. A revolução deve doer. Como qualquer metamorfose! AAS