terça-feira, 17 de maio de 2016

Os cenários para o fim da crise


A demissão, pelo Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, do terceiro Governo em menos de um ano, dois formados pelo PAIGC e um de iniciativa presidencial, é dos maiores testes que a democracia guineense já enfrentou, e apresenta três cenários possíveis para o fim da crise política e institucional.

O primeiro cenário é o PAIGC formar um governo com aval do Chefe de Estado e do Parlamento guineense. Este cenário, o mais desejado pelos guineenses e a comunidade internacional, é muito pouco provável com o actual clima de tensão entre o PAIGC e a Presidência da República e por 15 deputados dissidentes do PAIGC anunciarem a pretensão de se aliar ao PRS, maior força política da oposição guineense, para formar uma nova maioria parlamentar que permita formar Governo.

A maioria absoluta do PAIGC, de 57 dos 102 lugares no Parlamento, está ameaçada precisamente por “os 15” quererem se juntar ao PRS para formar Governo.
Com o apoio dos 15 dissidentes do PAIGC, o PRS, com 41 deputados, podia formar Governo mesmo sem o apoio do PCD, que tem dois deputados, do PND ou do UM, ambos com um deputado.

Governo sem apoio do povo

O cenário, o segundo para a solução da crise política guineense, é o menos desejável porque significava que o partido a quem o povo deu maioria absoluta para governar não governava. Era, por conseguinte, um desrespeito à vontade do povo guineense expressa nas urnas. O caso do PAIGC na Guiné é diferente do português, em que o PSD, que venceu as eleições legislativas mas não governa, e do espanhol, em que o Partido Popular também não conseguiu formar Governo após vencer as eleições legislativas, por nestes casos os partidos em questão não terem conseguido alcançar os objectivos: a “maioria absoluta”.

Na Guiné-Bissau, o povo criou condições para o PAIGC ter estabilidade para governar, mas dirigentes políticos com fins inconfessos impedem que um Parlamento destinado a funcionar sem grandes bloqueios não funcione.
O cenário de um Governo formado por uma força política que não o PAIGC foi admitido pelo secretário executivo da CPLP. Murarde Murargy disse que a CPLP está disposta a aceitar um novo governo sem o partido vencedor das legislativas, o PAIGC, “se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade à Guiné-Bissau, depois de o Presidente guineense ter demitido o governo”.

O secretário Executivo da CPLP acrescentou que a exoneração do Governo liderado por Carlos Correia, empossado em Setembro do ano passado, pode levar a que a oposição do PRS e os 15 dissidentes do PAIGC formem uma nova maioria no Parlamento.

Murade Murargy excluiu a possibilidade de a Guiné-Bissau realizar eleições gerais antecipadas - as últimas foram a 13 de Abril de 2014 e deram a maioria absoluta ao PAIGC - porque, segundo ele, “quer os Estados membros CPLP, quer os parceiros internacionais não estão disponíveis para as financiar”.
Em resposta às declarações do alto dirigente da CPLP, o PAIGC acusou Murade Murargy de “desrespeitar o país, contrariar valores democráticos e constitucionais” e “perder de vista a construção democrática como pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade”.

Em comunicado, o PAIGC diz que a hipótese apresentada pelo secretário-executivo da CPLP “é “inconstitucional”, que Murade Murargy “ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné-Bissau lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato” e esperar que a actual Presidência de Timor Leste da CPLP corrija “esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga” de Murade Murargy.

Eleições são o caminho

A dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP, Parlamento) e a realização de eleições gerais ou legislativas antecipadas, afastadas pelo secretário-executivo da CPLP, é o terceiro cenário para o fim da crise guineense.
Esta solução é defendida pelo PAIGC mas rejeitada pelo Chefe de Estado José Mário Vaz, para alguns analistas o grande responsável pela crise por não estar satisfeito com os poderes que a Constituição atribui à figura do Presidente da República e pretender ter um papel mais activo nas grandes decisões do país.

A realização de eleições gerais antecipadas, avaliadas em dez milhões de dólares, não é o caminho mais desejado, mas aparenta ser o mais propício para o fim da crise e com potencial de devolver a estabilidade necessária para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Uma vitória do PAIGC com nova maioria absoluta reforçava a posição do partido e fragilizava a do Presidente José Mário Vaz, que podia ser forçado, em função das circunstâncias, a renunciar ao cargo. Este, afirmam muitos analistas, é o principal motivo que leva o Presidente rejeitar categoricamente a realização de eleições antecipadas.

Os 15 Estados-membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciaram esta semana estar prontos “para tomar medidas a fim de ultrapassar a crise na Guiné-Bissau”, sem dar detalhes sobre eventuais medidas, destacando apenas “preocupação com a tensão política e institucional por que passa o país”. A classe política e os cidadãos estão preocupados com o rumo que o país está a tomar com a constante queda de governos. Jornal de Angola

segunda-feira, 16 de maio de 2016

EXCLUSIVO DC: ACORDO POLÍTICO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR PARA A ESTABILIDADE GOVERNATIVA


ACORDO POLÍTICO DE INCIDÊNCIA PARLAMENTAR PARA A ESTABILIDADE GOVERNATIVA 

ENTRE OS PARTIDOS REPRESENTADOS NA ANP:
PAIGC – Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde;
PRS – Partido da Renovação Social;
PCD – Partido da Convergência Democrática;
PND – Partido da Nova Democracia; e
UM – União para a Mudança.

PREÂMBULO 

A realização de Eleições Gerais (Presidenciais e Legislativas) em Abril/Maio de 2014 pôs termo à fase de transição política, resultante do golpe de Estado, ocorrido a 12 de Abril de 2012, no País.

O PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) venceu as Eleições Legislativas com maioria absoluta, tendo conquistado 57 Mandatos dos 102 da Assembleia Nacional Popular. Apesar dessa maioria absoluta, o PAIGC decidiu constituir um Governo inclusivo, que integrou elementos dos Partidos com e sem assento na ANP, assim como figuras da sociedade civil guineense.

Durante um ano de governação desse executivo de inclusão, registaram-se sucessos consideráveis na implementação dos diferentes Programas aprovados na Assembleia Nacional Popular. O sucesso na implementação dos programas de governação deveu-se fundamentalmente ao ambiente de estabilidade política e social proporcionado pela existência de um Governo Inclusivo, com forte incidência parlamentar.

A estabilidade política e governativa do País durante um ano propiciou um ambiente favorável e bastante apreciado pelos parceiros de desenvolvimento da Guiné-Bissau, o que veio a repercutir-se no sucesso da Mesa Redonda realizada a 25 de Março de 2015 em Bruxelas (Bélgica).

Infeliz e lamentavelmente estes avanços, bastante positivos e promissores, vieram a ser interrompidos pela demissão do Governo, a 12 de Agosto de 2015, seguida de subsequentes desenvolvimentos que desembocaram na devolução da governação ao PAIGC.

O segundo Governo constitucional do PAIGC, também inclusivo, foi empossado em Outubro de 2015 e demitido 8 meses depois, isto é em 12 de Maio de 2016.

Contudo, é convicção profunda do PAIGC de que a experiência destes dois anos de governação inclusiva deve ser retomada e capitalizada, aproveitando as competências das diferentes formações políticas, particularmente as dos Partidos com representação parlamentar.

Assim, tendo em conta a convergência de pontos de vista nesta matéria, o Partido Africano da Independência da Guine e Cabo Verde (PAIGC), o Partido da Renovação Social (PRS), o Partido da Convergência Democrática (PCD), o Partido da Nova Democracia (PND) e a União para a Mudança (UM), decidem celebrar, entre si, o presente Acordo Político de Incidência Parlamentar para a Estabilidade Governativa, que se rege pelos seguintes artigos:


Artigo lº 
(Do Objeto)


1. O presente Acordo tem por objeto o estabelecimento duma governação inclusiva de base alargada, com incidência parlamentar, a fim de garantir a estabilidade política e social, condição indispensável à governabilidade do País, até ao fim da presente Legislatura.

2. A governação inclusiva de base alargada pressupõe, entre outras, a integração, no Governo, de quadros provenientes e propostos pelas diferentes entidades, a saber:

Partidos Políticos com representação parlamentar e subscritores do presente Acordo, designadamente o PAIGC, o PRS, o PCD, o PND e a UM;
Partidos Políticos sem representação parlamentar;
Presidente da República;
Sociedade Civil.

3. O instrumento principal de governação inclusiva de base alargada é o Programa de Governo do PAIGC.

Artigo 2º (Da Composição)


1. O Governo inclusivo de base alargada é composto de __ pastas ministeriais e __ Secretarias de Estado.

2. As pastas governamentais são distribuídas da seguinte forma:

PAIGC - 17 pastas
Partidos com Assento parlamentar - 11 “
Partidos sem Assento parlamentar - 2 “
Presidente da República - 2 “
Sociedade Civil - 1 “

3. O enquadramento dos membros na estrutura governava compete ao Primeiro-ministro, tendo em conta o perfil dos quadros que lhe são propostos e após consulta com as entidades proponentes.


Artigo 3º 
 (Das Propostas de Nomeação aos Cargos Públicos e Internacionais)

1. Sem prejuízo do bom funcionamento da Administração Pública, cada Ministro ou Secretário de Estado dependente directamente do Primeiro-ministro apresentará ao Conselho de Ministros a proposta de nomeação dos Directores-Gerais, Presidentes dos Conselhos de Administração dos Institutos Públicos e Empresas Publicas e Participadas sob tutela do respectivo pelouro.

2. O Governo terá em conta o espírito do presente Acordo no preenchimento de postos nas Representações Diplomáticas e nos Organismos Internacionais.

Artigo 4° 
 (Da Administração Local)


1. O Governo, por deliberação do Conselho de Ministros, nomeará um membro do PRS ao cargo de Governador Regional.

2. Os Administradores de Sector serão nomeados de acordo com o critério adotado pelo Código de Administração Autárquica para a constituição das Comissões Instaladoras dos Municípios.

Artigo5° 
 (Da Obediência Governativa)


1. Os Membros do Governo devem rigorosamente obediência ao Chefe do Executivo no exercício da sua atividade governativa e no cumprimento do seu Programa.

2. O Primeiro-ministro poderá, em caso da retirada de confiança política, bem como da desobediência por parte de um membro do executivo ou do ato que ponha em causa a dignidade e a estabilidade governativa, propor a exoneração desse membro ao Chefe de Estado, devendo, para efeito, informar previamente a respetiva entidade proponente.

3. A vaga resultante da aplicação do número anterior será preenchida por proposta da mesma entidade.
 
Artigo 6° 
 (Do Entendimento Parlamentar)


1. Os Partidos Políticos subscritores do presente Acordo comprometem-se a aprovar os instrumentos fundamentais da governação, nomeadamente o Programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado;

2. Os Grupos Parlamentares do PAIGC e do PRS, bem como os Deputados do PCD, do PND e da UM, deverão manter relações estreitas e permanentes de colaboração e de concertação, com vista a prossecução do previsto no número 1 do presente artigo.

3. Em caso de falta de entendimento entre os Grupos Parlamentares e os Deputados das formações políticas acima referenciadas, as Direções dos Partidos deverão reunir-se e dar solução ao assunto, podendo recorrer à implicação da Estrutura de facilitação do Diálogo Interinstitucional.

Artigo 7º 
 (Da Denuncia do Acordo)


1. A parte signatária que pretenda denunciar o presente Acordo deverá dirigir uma carta para esse efeito à Direção doutros Partidos, justificando as razões da denúncia.
 
2. Recebida a carta mencionada no número anterior, as Direções dos Partidos proponentes poderão tentar a reconciliação, e só em caso da sua impossibilidade é que terá lugar à rescisão definitiva do Acordo.

Artigo 8° 
 (Da Interpretação, Aplicação e Integração de Lacunas)


1. O presente Acordo deve ser interpretado e aplicado dentro do espírito e letra da Constituição da República da Guiné-Bissau e das demais Leis.

2. A integração dos casos omissos surgidos na aplicação do presente Acordo será da competência das Direções dos Partidos proponentes, em reunião conjunta específica.


Artigo 9° 
 (Da Entrada em Vigor e da Validade do Presente Acordo)

O presente Acordo entra em vigor a partir da data da sua assinatura pelas partes e será válido até ao fim da IX Legislatura.

Artigo 10° 
 (Do Fiel Depositário)

O fiel depositário do presente Acordo Político de Incidência Parlamentar para a Estabilidade Governativa é a Assembleia Nacional Popular, que deverá velar pelo seu cabal cumprimento.


Feito em Bissau, aos ____ dias do mês de Maio de 2016. 

 
Pelo PAIGC                                                    Pelo PRS


______________________ ______________________  
Domingos Simões Pereira Alberto Imbunhe Nambeia
(Presidente) (Presidente)


Pelo PCD                                                     Pelo PND


______________________ ______________________  
 Vicente Fernandes Iaia Djaló
(Presidente) (Presidente)


Pela UM                      


______________________
Agnelo Regala
(Presidente) 
 

CRISE POLÍTICA: Antigos combatentes manifestaram-se em frente ao palácio da República, pedindo o fim da crise


PAIGC entregou lista com 33 membros do Governo ao presidente da República. AAS


O PAIGC, partido maioritário no Parlamento da Guiné-Bissau, propôs hoje ao Presidente da República ficar com 18 lugares, incluindo o de primeiro-ministro, num novo governo e entregar 16 a outras forças, disse à Lusa fonte do processo negocial.

O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, subscreveu uma proposta em que anuncia estar disponível para confiar oito pastas ao Partido da Renovação Social (PRS, oposição).

Outros três lugares no governo ficariam reservados para os restantes partidos com representação parlamentar, outras duas pastas seriam entregues à Presidência da República, duas a forças sem assento parlamentar e uma à sociedade civil.

Na mesma proposta, o líder do PAIGC voltou a propor Carlos Correia, primeiro-ministro demitido na quinta-feira, para liderar o Governo, colocando como alternativa o nome de Califa Seidi, líder do grupo parlamentar.

Domingos Simões Pereira transmitiu esta proposta aos líderes dos partidos com assento parlamentar, enquanto o PRS pediu para só na terça-feira se encontrar com o partido maioritário para discutirem a proposta, avançou à Lusa fonte que acompanha as negociações.

Paralelamente à proposta da orgânica do futuro executivo, o PAIGC remeteu para o Presidente José Mário Vaz uma proposta de um Pacto de Estabilidade que seria assinado publicamente por todos os partidos com representação parlamentar. Lusa

NÃO VAI TER GOLPE, VAI TER LUTA!!!


CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Ao Murad Murargy, tenho um conselho para dar — demita—se, e diga ao PR JOMAV para fazer o mesmo! Vocês são duas vergonhas para a CPLP. AAS

Militares na Guiné-Bissau levantam restrições de acesso a gabinetes do Governo


Os militares da Guiné-Bissau levantaram hoje as restrições impostas aos membros do Governo, impedidos de entrarem nos respetivos gabinetes, e recusaram-se a comentar os motivos da proibição.

Fonte do Governo do PAIGC, demitido na quinta-feira pelo chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, disse à Lusa que os membros do executivo "estão a entrar e a sair livremente" dos seus gabinetes, sem qualquer restrição dos militares.

"As restrições ocorreram sobretudo nos ministérios que ficam fora do palácio do Governo, isto é, Saúde, Finanças, Justiça, Pescas e Educação, mas no Palácio do Governo não houve qualquer situação dessas", acrescentou.

O comunicado do Conselho de Ministros de sexta-feira "foi claro e inequívoco sobre a matéria e os militares compreenderam que não podiam continuar a fazer o que estavam a fazer", disse a mesma fonte.

No dia seguinte à demissão do Governo de Carlos Correia, alguns membros do executivo demitido, mas ainda em funções, foram barrados no acesso aos respetivos gabinetes, uma situação condenada em comunicado peloConselho de Ministros. O órgão responsabilizou o chefe das Forças Armadas, general Biaguê Nan Tan, e o Presidente da República, Jose Mário Vaz, pelo bloqueio.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas também se posicionou na sexta-feira contra a alegada ingerência dos militares nos assuntos políticos, instando-os a afastarem-se. Fonte do Estado-Maior General das Forcas Armadas disse hoje à Lusa que a liderança militar guineense não pretende comentar o assunto. Lusa

OPINIÃO: Golpe de Estado


Boa Caro Aly Silva.

Mais uma vez, permita-me usar este teu espaço para uma breve explicação. Gostaria que as pessoas menos atentas à crise Guineense, deixassem de comparar a situação da Guiné-Bissau ao que aconteceu em Portugal, ou seja:

Em Portugal, houve uma maioria Parlamentar, porque sim, existiu acordos Partidários entre PS,BE,PCP e os Verdes;

Na Guiné-Bissau, está-se a tentar criar acordos entre o PRS, Deputados rebeldes e Terroristas expulsos do seu Partido e a Presidência da República e Cia. Chama-se a isto, um golpe de Estado em que o PR é a personagem principal.

Ao PRS só tenho a dizer o seguinte: Nunca fui militante de nenhum Partido na Guiné-Bissau, mas ja vinha tendo alguma simpatia pelo Partido, mas pelo que estou a assistir, fica aqui a minha promessa de que, jamais votarei no PRS e irei usar a minha influencia junto daqueles que me ouvem e respeitam, para fazerem o mesmo.

A Batalha Politica faz-se nas urnas, e nas bases do eleitorado. E não-se deve tentar chegar ao poder a todo o custo.

Viva a Guiné-Bissau

Alfa Jalo

RIP: Morreu Idelfrides Gomes Fernandes (DIDI), deputado e membro do Bureau Político do PAIGC. Que a sua alma descanse em paz e condolências à família e ao PAIGC. AAS


PAIGC: DSP reuniu—se hoje com os representantes da comunidade internacional, na sede do partido. AAS

NUNO NA BIAN abre o livro


O presidente da APU-Partido Democrático da Guiné-Bissau, NUNO NA BIAN, acusou o Presidente da República, José Mário Vaz, de "dividir o PAIGC patrocinando a origem do grupo dos 15 deputados para melhor controlar a atuação no Governo e na Assembleia Nacional Popular para se enraizar o regime de tirania durante o seu mandato para ficar mais confortado no poder".

Num comício realizado na tarde do passado sábado, em Bissau, Nuno Na Bian revelou ter dito ao PR JOMAV que no espaço de um ano iria derrubar o próprio Governo do seu partido, como aconteceu com o Governo do DSP e, agora, com o do Engº Carlos Correia.

O presidente da APU-PDGB relembrou que o presidente JOMAV acusou os magistrados de corrupção, “forçando uma maioria parlamentar de 41 mais 15 deputados expulsos do PAIGC e da ANP, lançando a gasolina e ateando o fogo e esconder as mãos para depois derrubar tudo e todos”.

"O que está a acontecer com o PRS, pedindo pastas em ministérios e outros organismos onde se produzem mais receitas, tem um único objectivo - a própria sobrevivência deste partido, o que não dignifica uma formação política". Por isso, disse, "vou meter nas ruas os militantes, simpatizantes e o povo até que seja contida a crise".

Juliano Fernandes e Baptista Té, ambos dirigentes APU-PDGB, acusaram o PR de ser o motor desta crise política porque está sendo utilizado como uma alavanca para criar instabilidade no país, denunciando que "está em curso uma tentativa de deter o próprio Nuno Na Bian", após a formação de um futuro Governo na Guiné-Bissau - o que é ilegal e inconstitucional. AAS

OPINIÃO: A Última Chance do PRS


Depois da incrível ligeireza política de que fez provas ao juntar-se ao governo de 48 horas de Baciro Dia e José Mario Vaz, em vez de simplesmente esperar 48 horas para conhecer o veredicto do Supremo Tribunal de Justiça, aqui está outra vez o PRS a preparar-se para dar um outro salto errado, mas desta vez será um salto no precipício.

Como é possível que o PRS tenha perdido toda e qualquer noção de dever para com o seu eleitorado e se deixar arrastar atrás dum indivíduo tão medíocre e ignorante como José Mário Vaz, ou seja pôr-se inteiramente ao serviço dum mercenário de carácter zero como José Mario Vaz?

Será que aquilo que parecia ser a personalidade ponderada de Florentino Mendes Pereira foi definitivamente submergida nas discussões internas do partido pelo carácter congenitalmente desonesto e aldrabão de Vitor Caúdo? O Alberto Nambeia dizia ainda hà pouco e em comícios públicos que “o PRS não será nunca mais um partido violento” ou qualquer coisa do género. É de compreender então que ele queria dizer que o PRS não participaria mais em distúrbios ou golpes de estado directos ou inditectos

Qualquer que sejam as razões deste desvio desta linha icilamente professada por Alberto Nambeia, o PRS deve saber uma coisa. Se persistir a fazer o jogo do JOMAV e desta vez recusar todas as propostas do PAIGC (que recebeu o mandato do povo para governar o país).

Se se deixar enganar mais uma vez pelo JOMAV e cair na tentação de juntar-se ou formar mais um governo inconstitucional à moda daquele outro de 48 horas, então o PRS terá dado desta vez um salto suicida definitivo no precipício e vai desaparecer duma vez por todas do cenário político nacional.

Estou a dizer isso porque se isso acontecer, o partido do Nuno Nabiam vai então definitivamente substituir o PRS no cenário politico nacional. Aliás o Nuno Nabiam como candidato independente esmagou o Alberto Nambeia nas eleições presidenciais de 2014, e nessa altura o partido do Nuno nem sequer ainda existia.

Com a demonstração de força que este partido fez ontem Sábado 14 de Maio em Bissau, que o PRS se ponha a pau e evite cair num outro ridículo de tentar juntar-se ou formar um outro governo notoriamente inconstitucional, somente por excesso de ganância ou excesso da falta de ponderação. Tal governo será sem nenhuma sombra de dúvidas declarado outra vez inconstitucional pelo STJ e o país não terá outra alternativa que realizar eleições antecipadas, em que o PRS será então arrasado pelo partido do Nuno Nabiam.

Mesmo se o obtuso, rancoroso e carrancudo José Mario Vaz recusar dissolver a ANP, depois do STJ declarar inconstitucional o seu eventual novo governo de 48 horas, o PAIGC vai manter-se como governo de gestão por dois anos se for necessário, até à data normal das eleições em 2018.

É bom que todos se recordem que o STJ foi categórico no ano passado ao acertar, num recurso expedito, que a governação do período de gestão incumbe ao governo demitido pelo PR. Deixem-me repetir então:

Se o PRS não tiver a lucidez e a clarividência de espirito de se dissociar do desesperado José Mario Vaz e os seus 15 cúmplices no crime, e aproveitar esta última oportunidade para reafirmar perante o povo (que está a sofrer e bastante) que ele é um partido responsável, então o partido do Nuno Nabiam fará desaparecer inteiramente o PRS do cenário politico guineense.

Esqueçam o dinheiro que receberam no passado do Presidente Gambiano Yaha Jammeh, deixem que o JOMAV continue sozinho nessa associação suicida com um louco islamico-terrorista. Para simples memória: os EUA e o Senegal acabaram de assinar um acordo de cooperação na luta anti-jihadista.

As tropas de assalto anti-terroristas americanas não tardarão a desembarcar para serem baseadas no Senegal. Portanto senhores do PRS, deixem o JOMAV e os seus 15 cúmplices no crime na sua corrida suicida. Eles não tem outra saída porque estão mergulhados em pactos com os demónios.

Cidadão Atento

domingo, 15 de maio de 2016

ÚLTIMA HORA: Os 15 expulsos do PAIGC e da ANP estão reunidos neste momento na casa do Tó Barbosa, no bairro Quelélé, disse ao DC uma fonte jinto do grupelho. AAS

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Murargy e o sentimento de culpa do dia seguinte

secretário-executivo da CPLP esclareceu que, na atual crise política na Guiné-Bissau, sempre defendeu a busca da paz e a estabilidade das instituições necessárias à construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense.

O secretário-executivo da CPLP esclareceu hoje que, na atual crise política na Guiné-Bissau, sempre defendeu a busca da paz e a estabilidade das instituições necessárias para a construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense. 

Numa nota de "esclarecimento", Murade Murargy reagiu implicitamente às críticas feitas pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, maioritário) que, sábado, acusou o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de "desrespeitar" a Guiné-Bissau e de "contrariar" os valores democráticos e constitucionais. 

Em causa está a entrevista dada sexta-feira à agência Lusa, em que Murargy afirmou que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo. 

Quinta-feira, o Presidente guineense, José Mário Vaz, demitiu o Governo do PAIGC, de Carlos Correia, o que aconteceu pela segunda vez desde as eleições de 2014. 

Ao comentar à Lusa a nova crise política guineense, Murargy admitiu que Bissau possa ter um novo executivo sem o PAIGC, se tal trouxer estabilidade, pois a CPLP e os parceiros internacionais não têm dinheiro para financiar novas eleições. 

Em resposta, o PAIGC emitiu um comunicado na última noite em que acusa o secretário-executivo de "perder de vista a construção democrática", como "pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade". 

Hoje, Murargy esclareceu que, desde que assumiu o mandato na organização lusófona, em 2012, sempre defendeu os "mais elevados valores" assumidos na Declaração Constitutiva da organização e que esteve "sempre empenhado" na construção da paz e estabilidade na Guiné-Bissau. 

"A CPLP rege-se por princípios democráticos, pelo que sempre respeitou e apoiou a vontade do povo guineense, e enquanto secretário-executivo desta organização sempre defendi e reiterei na entrevista concedida à agência de notícias Lusa, no passado 13 de maio, que a resolução da crise guineense é da responsabilidade exclusiva dos guineenses", escreveu Murargy na nota. 

"Continuamente, apelei ao diálogo como a única forma de se chegar ao entendimento e consequentemente satisfazer os anseios do povo. Reitero que qualquer reflexão externada por mim contextualiza, somente, a busca da paz e da estabilidade das instituições necessárias para a construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense", acrescentou. 

Ao terminar o "esclarecimento", Murargy salienta que a organização lusófona "continua à disposição dos guineenses e de todos os povos de Língua Portuguesa em defesa dos ideais que os Estados membros definiram como base da CPLP". 

Nas declarações de sexta-feira à Lusa, Murargy disse que, face à demissão do Governo de Carlos Correia - já tinha exonerado o anterior de Domingos Simões Pereira -, colocavam-se, "aparentemente", dois cenários, que, porém, excluem a realização de novas eleições - as últimas foram a 13 de abril de 2014 e deram a maioria absoluta ao PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira. 

"Aparentemente, há duas saídas: ou convida o PAIGC a formar novo Governo, e aí terá dificuldades, ou então forma um Governo com uma nova maioria a constituir no Parlamento, com base nos 15 deputados (do PAIGC) que foram reintegrados (após terem sido expulsos do partido) e o PRS. Assim o Presidente teria base para formar novo Governo", disse.  Lusa

Em reação, o PAIGC afirmou sábado que Murargy "ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado", ao ponto de "escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato". 

"Diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento, quanto mais para financiar uma eventual eleição antecipada", frisou o PAIGC, que disse esperar que a atual presidência de Timor-Leste da CPLP "corrija" a "deriva de princípios e valores" que só consegue atribuir "ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga" de Murargy.

OPINIÃO: Parabéns pela coragem

Boa tarde
 
Caro Sr. António Aly Silva
 
Os meus cumprimentos
 
Foi com muita apreensão que li, ontem que a sua prisão poderá estar iminente. Chamei a atenção disso numa postagem no meu FB e hoje, agora mesmo, tive a ousadia de copiar a sua opinião acerca daquilo que jomav, pretende fazer.
 
Permita-me que lhe diga que admiro a sua coragem e a sua força e pedir-lhe que continue assim, lutando pela sua terra, pelo seu povo, contra todos os golpes que tanto martirizam a sua (“nossa”)Guiné.
 
Um abraço amigo e que a Comunidade Internacional esteja atenta a tudo quanto se tem passado.
 
Júlio César Ferreira

Bô iabri udjus, camaradas


REKADU: Kin ku ka mama, pa i sinta! Kadera di dari


OPINIÃO AAS: O plano de JOMAV


Além de corrupto e rancoroso, José Mario Vaz, presidente da República da Guiné-Bissau, é um político extremamente inexperiente. Todos os seus timings políticos são errados; todos os seus actos políticos são tortos; todas as suas jogadas políticas são primárias e previsíveis. E más.

O seu objectivo é entregar o poder ao PRS e aos 15 expulsos do PAIGC e da ANP. E vai tudo fazer para isso. Vai inventar qualquer pretexto para dizer que o PAIGC não tem condições para governar: vai recusar o candidato do PAIGC a Primeiro-Ministro, ou vai recusar os nomes que este lhe apresentar para o Governo;

Ou vai dizer que o PAIGC não lhe apresentou um governo suficientemente inclusivo; ou vai dizer (sem poder prová-lo, claro) que há uma nova maioria na Assembleia;

Enfim, vai dizer o que bem lhe apetecer como argumento – que devia ter chovido e não choveu, que o sol demorou a nascer, etc. – para virar as costas ao PAIGC e convidar o PRS e os 15 a formarem governo. Mesmo sabendo que é inconstitucional.

É esta a sua jogada. Nos encontros secretos que está a ter com o PRS já instruiu este partido a declinar qualquer proposta que lhe for feita pelo PAIGC.

É preciso que os Guineenses estejam atentos e se mobilizem contra a deriva antidemocrática de JOMAV e o impeçam de consumar o seu planeado golpe de Estado.

Com responsabilidade e patriotismo, António Aly Silva


inauguração de um novo projecto da Afectos com Letras na Guiné-Bissau


Vão perder outra vez


Caro Aly,

Acabo de ler a noticia sobre a eventualidade da sua prisao. Queria manifestar a minha solidariedade com a sua pessoa e encoraja lo no combate que trava em favor da Guiné-Bissau e da democracia.

Felizmente você está na Guiné-Bissau porque sem a sua voz muitas mais injustiças teriam passado sem nenhuma atenção. Força e coragem. Assim como perderam no passado vão perder mais uma vez. Conta com um amigo e tudo o que estiver ao meu alcance vou fazer por si.

Abraço
Raul Fernandes

PAIGC/RESOLUÇÃO FINAL DA REUNIÃO DO BUREAU POLÍTICO


PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE
Bureau Político

Resolução Final

(dos 71 presentes, 68 votaram SIM, zero NÃO e duas ABSTENÇÕES)

O Bureau Político (BP) do PAIGC reuniu-se, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do Partido, no dia 13 de Maio de 2016, na sua IX sessão extraordinária, presidida pelo Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por unanimidade uma agenda de trabalhos onde constava um único ponto;

1. Análise e discussão de uma solução governava que garanta a estabilidade até ao fim da presente legislatura;

O início dos trabalhos foi marcado com uma intervenção do Presidente do PAIGC que explicou em linhas gerais os cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, com a apresentação de alguns pressupostos e cenários retidos pela Comissão Permanente do Bureau Político que antecedeu a reunião do Bureau Político.

Após uma aturada discussão à volta dos cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, a IX Reunião Extraordinária do Bureau Político delibera:

• Dar anuência ao pedido da Comissão Permanente no sentido de desencadear o processo de diálogo com os demais órgãos da soberania, partidos políticos e entidades da sociedade civil com vista ao estabelecimento de um “Acordo Político de Incidência Parlamentar” para a estabilidade governava assim como de um “Pacto de Estabilidade Politica” para o período de vigência da governação;

• Mandatar o Presidium do partido, assistido pela Comissão Permanente do Bureau Politico, a assumir as negociações e a estabelecer os compromissos que garantam manter as conquistas do nosso Partido como partido vencedor das eleições legislativas e detentor da maioria absoluta no parlamento;

O Bureau Político delibera ainda:

• Aprovar uma Moção de Reconhecimento, Louvor e Solidariedade para com o camarada Carlos Correia, 1º Vice-Presidente do PAIGC, pela excelência da sua valiosa e corajosa prestação como Chefe de Governo e pelas suas elevadas capacidades de ética e moral de que deu provas ao longo da sua vida de cidadão exemplar e de histórico Combatente da Liberdade da Pátria;

• Solidarizar-se com o II Governo Constitucional formado pelo PAIGC e assumir plenamente os Comunicados aprovados pelos Conselhos de Ministros realizados nos dias 11 e 13 de maio de 2016;

• Condenar sem reservas os atos de ameaça e perseguição dos membros do governo em gestão e exortá-los assim como a todo o elenco governamental a usar os instrumentos legais de que dispõem para assegurar o respeito pela continuidade do Estado e a garantia da transição Administrativa da governação em absoluta tranquilidade e normalidade;

• Da mesma forma, exortar o Governo a identificar todos os atos atentatórios da normalidade política e social e responsabilizar os seus atores até apuramento das ultimas consequências;

• Manifestar a sua solidariedade indefetível e sem reservas para com a Mesa da Assembleia Nacional Popular, com particular incidência nas prestações do Presidente, Camarada Eng. Cipriano Cassamá e Vice-Presidente, camarada Inácio Correia “Tchim” e encorajá-los a manterem-se nesta linha da defesa intransigente dos valores democráticos e do Estado de Direito, na estrita observância dos ditames constitucionais;

O Bureau Politico do PAIGC congratula-se com o reconhecimento publico e inequívoco das responsabilidades que o incumbem, enquanto partido vencedor das últimas eleições legislativas, com maioria absoluta na ANP mas apela a todas as suas estruturas a se manterem mobilizadas e prontas a promoverem a defesa das suas conquistas, por meios democráticos mas de forma resoluta e determinada.

O Bureau Politico do PAIGC agradece a atenção com que a Comunidade Internacional, especialmente a configuração P5 das Nações Unidas, tem acompanhado a situação política vigente e espera continuar a merecer toda a sua contínua atenção.

O Bureau Político espera poder continuar a registar o posicionamento das Forças Armadas em manterem-se como forças armadas republicanas e em pleno respeito pela Constituição da República.

O Bureau Político do PAIGC assegura ao povo guineense o seu compromisso inequívoco com o respeito e promoção dos valores e princípios do Estado de Direito Democrático e garante tudo fazer para a reposição próxima da normalidade política e social e o cumprimento integral do seu programa de governação.

Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de Maio de 2016.
O Bureau Político

REKADU: "Bô na matam nam, n'ka pudi suporta, é misti dividim...sin ka murri di flema, di pankada n'na murri"...Atchutchi/Super Mama Djombo

AVISO SÉRIO DA ONU: Quem, por linhas tortas (entenda-se golpe), tomar o poder na Guiné-Bissau TERÁ o seu nome na lista negra - SANÇÕES. A ONU reafirmou a importância da não-interferência das forças de defesa e de segurança na situação política. AAS

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: Inadmissível e infeliz


"Inadmissível se for a posição da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Infeliz se for a posição do Secretário-Executivo (deverá pedir desculpa a todos os restantes países democráticos da CPLP e pedir a imediata demissão do cargo que ocupa).

Como pode pensar que haverá estabilidade se afastar o partido que obteve maioria absoluta nas eleições democráticas? Ingratidão com Timor-Leste que ajudou à realização das eleições democráticas guineenses de abril/2014.

Edgar J.

sábado, 14 de maio de 2016

ÚLTIMA HORA: Os 15 expulsos estão reunidos na casa do Luis Sanca. Fonte do DC confidenciou: "Se o nome proposto pelo PAIGC não for o do Baciro Dja", o PR recusará e, de seguida, nomeará o Baciro como primeiro-ministro. AAS

ANTÓNIO ALY SILVA NA IMINÊNCIA DE SER PRESO: Se eu morrer amanhã, terei morrido de tristeza, por saber que a Guiné-Bissau, o meu País, é capaz de dar o salto porque tem homens e mulheres capazes para isso. Esqueçam quem pouco ou nada acrescenta. Um País constrói—se todos os dias, caramba!!! Mostremos ao mundo que não somos uns animais. AAS

República di Mininus


ÚLTIMA HORA: PRS encontra—se reunido com o PR na Casa de Pedra, na presidência. AAS

ONU não quer intervenção militar na Guiné-Bissau


Conselho de Segurança das Nações Unidas disse na sexta-feira estar disponível para adotar “as medidas necessárias” para ser superada a crise política na Guiné-Bissau e apelou à não intervenção militar.

O Conselho de Segurança da ONU expressa “a sua disponibilidade para tomar as medidas necessárias para a atual situação ser superada”, afirmou o egípcio Amr Ayoulatta, que este mês preside ao organismo, em nome dos 15 membros que o integram. Os membros do conselho “reafirmam a importância da não-interferência das forças de defesa e de segurança na situação política”, acrescentou.

O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, demitiu na quinta-feira o Governo liderado por Carlos Correia, alegando que o executivo não dispõe de apoio maioritário no parlamento.

José Mário Vaz espera agora que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das eleições de 2014, proponha perante os restantes partidos um novo executivo capaz de reunir os deputados em torno de “compromissos políticos” que garantam a estabilidade até ao final da legislatura.

Na sexta-feira, o Executivo denunciou que os membros do Governo em funções foram impedidos por membros de forças de segurança, sob ordens do líder das Forças Armadas, de entrar nos respetivos gabinetes.

No comunicado, o Executivo citou a lei, que prevê “que um Governo demitido permaneça em funções até à tomada de posse de novos titulares”. No mesmo documento, o Presidente e o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, Biaguê Nan Tan, são responsabilizados pelo bloqueio.

sexta-feira, 13 de maio de 2016

PAIGC: Reacção às declarações do secretário executivo da CPLP

PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

Secretariado Nacional

O secretário-executivo da CPLP afirmou hoje numa entrevista que concedeu à Lusa, que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo.

Para o PAIGC, o Secretário Executivo da CPLP ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado ao ponto de escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato.

Como não compreender e até admitir a clareza das razões do Secretario Executivo. Ele diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento quanto menos para financiar uma eventual eleição antecipada.

Talvez o único senão é que o Secretário Executivo perdeu de vista que a construção democrática é um pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade e estes valores não têm preço e se têm, só o povo guineense pode fixar os respetivos valores.

Como é que, conhecendo a inconstitucionalidade dessa proposição, um Responsável de dimensão internacional e em representação de uma organização como a CPLP, que tem como principal vocação contribuir para o reforço das instituições democráticas e a correspondente integração no concerto das nações, ousa fazer esta afirmação, nem que fosse simplesmente por respeito ao povo guineense, que merece todo a consideração dos seus irmãos e pares de língua portuguesa.

Ficamos atentos ao posicionamento da organização através dos seus órgãos supremos, nomeadamente a Conferência de Ministros e a dos Chefes de Estado.

Até lá, talvez a atual presidência de Timor Leste que, tal como o Secretário Executivo, também visitou a Guiné-Bissau e se inteirou da realidade dos factos, queira corrigir esta deriva de princípios e valores que só conseguimos atribuir ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga.

Para ajudar a manter sua atenção e coerência, asseguramos ao Senhor Secretário Executivo que deste lado de África, desde o Atlântico, as vozes que tentam sair em Português com os sotaques de dialetos africanos, nunca chegaremos ao desespero de pedir a legitimação do poder proveniente de outras forças que não seja a vontade do povo moçambicano, seja ela fermentada em Gorongosa ou no Maputo.

Bissau, 13 de maio de 2016

Óscar Barbosa “Cancan”
Membro do Bureau Político e Secretário para Informação, Comunicação e Documentação do Secretariado Nacional do Comité Central do PAIGC

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: "Ao PAIGC, que responda com veemência às palavras desse tchamidur e charlatão"

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Só uma pergunta, foi a Lusa - ou a CPLP - quem pagou o almoço e os copos? AAS

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Perguntas ao Murade Murargy


Meu caro Aly;

Porque é que esse atrevido e bêbado (basta olhar para a cara, os bigodes e os lábios dele) do Murade Murargy não propõe que para que em Moçambique o poder seja entregue à RENAMO, que não ganhou as eleições, sendo mais do que certo que este gesto poria um fim imediato a toda a tragédia que Moçambique tem vindo a atravessar hà mais duma década, e que desde então colocou o país dele (Moçambique) numa sitauação de guerra civil não declarada?

E como bem bem disseste, meu caro Aly, como pode ele se atrever a falar em nome da CPLP sem o consentimento da maioria dos países membros da organização? Os países sérios da CPLP devem urgentemente exiger a demissão deste pateta bêbado e incompetente.

Cidadão Atento

OPINIÃO: Que vergonha é essa?!


Como me sinto pequeno perante o que se vive na nossa terra!!!

Na verdade, as nossas Forças e Serviços de Segurança não estão preparadas para fazer face as tarefas de uma polícia de povo e para povo, ou seja, uma polícia democrata, uma polícia de um Estado de direito democrático. Aliás, se até a Procuradoria Geral da República não consegue lidar com a fragilidade da nossa democracia, para a acarinhar e a mimar, muito menos pediríamos isso a uma Força de Segurança cujos efectivos estão aquém de uma formação adequada para esse exercício.

Estado de Direito funciona na base das normas. Os militares não têm poder discricionário, mas a polícia tem. Ou seja, na função da Segurança Interna, a Guarda Nacional tem poder discricionário no cumprimento da sua missão, não podendo cumprir as ordens que vão contra os valores de um Estado de direito democrático, onde o cumprimento de uma missão exige a preexistência de um suporte legal.

Não Estamos numa situação de Estado de Emergência, nem de Estado de Sítio e muito menos de Estado de Guerra para que a Guarda Nacional se submeta funcionalmente ao Chefe de Estado-Maior. Daí que fica de fora a possibilidade deste homem exemplar, Biague na Ntam, ser conotado com acto vergonhoso ocorrido hoje. Portanto, Cabe as forças e Serviços de Segurança assumirem as suas responsabilidade.

Quanto ao PAIGC, aconselho que saiba explorar todos os recursos ao seu dispor, para assegurar o mandato que o povo lhe confiou. Tendo em conta ao povo para quem lutou durante os "onze anos", este partido deve saber humilhar até o mais profundo menosprezo, abdicando de algumas regalias e até de valor partidário, para se entender com um dos seus adversários nesta luta. Ou com PRS ou com os Deputados descontentes. Porque o que está em causa é a nação e também a decadência do partido.

Muito obrigado amigo Aly

M`bina

E agora, José?


"E agora, José?

A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
"

Carlos Drummond de Andrade, fragmento do poema "José"

CPLP APOIA GOLPE DE ESTADO: Murad Murargy CONSULTOU por acaso os Estados—membros para proferir tal verborreia? Que vergonha! AAS

CPLP APOIA GOLPE DE ESTADO: MURAD MURAGY está a intrometer—se nos assuntos internos na Guiné-Bissau, e o Povo guineense não admitirá esta falta de respeito. AAS

CPLP APOIA GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: "O Murargy só podia estar com uma grande bebedeira. Seria bom se os países da CPLP se pronunciassem...deve ter sido durante um almoço bem regado..."

CPLP APOIA GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: Este senhor secretário-executivo da CPLP, antes deveria olhar a situação do seu país (Moçambique). Porque é que não tem a mesma opinião em relação à FRELIMO e à RENAMO, pelos vistos a situação no seu país não está melhor que a nossa...

Comunicado do Conselho de Ministros


CPLP PATROCINA GOLPE DE ESTADO: O moçambicano Murade Murargy deve ter bebido uns copos valentes para dizer tal disparate. Os países da comunidade devem POSICIONAR-SE perante tamanha aberração! Murade Murargy tornou-se numa personna non grata para o Povo guineense. Isso é o que mais faltava! AAS

CPLP PATROCINA GOLPE DE ESTADO: "CPLP aceita novo Governo sem PAIGC se tal se traduzir em paz e estabilidade", secretário-executivo


O secretário-executivo da CPLP afirmou hoje que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo.

Em declarações à agência Lusa, Murade Murargy salientou que a exoneração decretada quinta-feira por José Mário Vaz ao executivo liderado por Carlos Correia, empossado em setembro de 2015, poderá levar a que a oposição do Partido da Renovação Social (PRS) e os 15 deputados do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) - que se incompatibilizaram com a força política vencedora das eleições legislativas de 2013 -, possam formar uma nova maioria no Parlamento.

Murargy salientou que tudo está em aberto, apesar de não se prever a realização de novas eleições gerais no país (presidenciais e legislativas).

"Aparentemente, há duas saídas: ou convida o PAIGC a formar novo Governo, e aí terá dificuldades, ou então forma um Governo com uma nova maioria a constituir no Parlamento, com base nos 15 deputados (do PAIGC) que foram reintegrados e o PRS. Assim o Presidente teria base para formar novo Governo", disse.

Murargy excluiu a possibilidade de o país ir novamente para eleições gerais (as últimas foram a 13 de abril de 2014 e deram a maioria absoluta ao PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira), uma vez que quer os Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) quer os parceiros internacionais "não estão disponíveis" para as financiar.

"O Presidente (José Mário Vaz) quer evitar eleições. Quer formar um novo Governo, porque sabe perfeitamente que, para novas eleições, agora, ninguém está disponível para financiar. Pelo menos a nível da CPLP não há nenhum país que esteja disposto a financiar eleições porque não temos capacidade para o fazer", defendeu.

Questionado pela Lusa sobre se, a haver eleições, ser grande a probabilidade de o PAIGC voltar a ganhar as legislativas e de José Mário Vaz perder a presidência, Murargy insistiu na "indisponibilidade" da comunidade internacional as financiar.

"Isso não sei. Os guineenses são quem tem de dizer isso. Eu não sei se (José Mário Vaz) perderia ou ganharia, não sei, mas são os guineenses que têm de decidir. Mas (a impossibilidade de realização das eleições) é do ponto de vista financeiro. Não há condições. Os países da CPLP estão com imensas dificuldades para poder dar um passo desses. Vamos aguardar, mais uma vez, o que vai acontecer", respondeu.

Salientando que segue "com muito interesse" o desenvolvimento político na Guiné-Bissau - "cada dia nos surpreende com recuos" -, o secretário-executivo da CPLP manifestou esperança de que a crise política não descambe para a violência.

"Desde que não haja escaramuças armadas, isso para nós é importante. Que haja diálogo político, que se consigam entender e encontrar uma solução para o país", realçou, admitindo que o representante especial da CPLP em Bissau, o diplomata brasileiro Carlos Moura, "está muito apreensivo".

"(A Guiné-Bissau) tem altos e baixos e esperemos que encontre uma saída, uma vez que a comunidade internacional pode ficar cansada com esta situação, que não conduz a que os guineenses tenham estado de espírito para desenvolver o país", alertou. Lusa

AVISO: Para calarem o António Aly Silva, terão de me matar. E venham com cuidado. Com muito cuidado...E com respeito. AAS


Kaba mas, aós i sexta fera...13!!! Nbom

<<<<< Vota na nova sondagem DC. Nô pintcha. AAS

Demissão do governo, uma etapa até às necessárias eleições na Guiné-Bissau


FONTE: África Monitor

APU-PDGB – ASSEMBLEIA DO POVO UNIDO/CONVOCAÇÃO COMÍCIO E MARCHA POPULAR


A GUINÉ-BISSAU E O SEU MARTIRIZADO POVO ESTÃO CONFRONTADAS COM MAIS UMA CRISE INVENTADA PELOS NOSSOS GOVERNANTES A QUAL PARALISOU O FUNCIONAMENTO DE VÁRIAS INSTITUIÇÕES DO ESTADO. EM CONSEQUÊNCIA DESTA MALDITA CRISE, ASSISTE-SE GREVES NOS SECTORES DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, PARALISAÇÃO DAS ACTIVIDADES DESPORTIVAS, ECONÓMICAS, ETC. ETC., PRIVANDO OS CIDADÃOS DOS SERVIÇOS SOCIAIS ESSENCIAIS, CUJOS PREJUÍZOS SÃO INCALCULÁVEIS.

APU-PDGB – ASSEMBLEIA DO POVO UNIDO, PARTIDO DEMOCRÁTICO DA GUINÉ-BISSAU, PREOCUPADO COM ESTA TRISTE E VERGONHOSA SITUAÇÃO, LEVA A CABO, SOB A ORIENTAÇÃO DA DIRECÇÃO SUPERIOR DO PARTIDO, UMA GRANDE MARCHA POPULAR, SEGUIDA DE UM COMÍCIO EM FRENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE BISSAU:

DIA SÁBADO, 14 DE MAIO DE 2016, PELAS 11 HORAS.

O PRESIDENTE NUNO NABIAM IRÁ FAZER UMA COMUNICAÇÃO AO PUBLICO, PROPONDO UMA SOLUÇÃO PARA SAÍDA DESTA CRISE, POIS ELA PODERÁ PÔR EM CAUSA A PRESENTE LEGISLATURA, FACTO QUE APU-PDGB, CONDENA VEEMENTEMENTE.

APELA-SE AOS MILITANTES, SIMPATIZANTES E A POPULAÇÃO EM GERAL, PARA TOMAREM PARTE NESTE IMPORTANTE ACTO DE EXERCÍCIO DE DEMOCRACIA E CIDADANIA, EM NOME DA PAZ, ESTABILIDADE E PROCURA DO DESENVOLVIMENTO PARA A NOSSA GUINE-BISSAU.

A Direcção da APU-PDGB

ESTADO DE MEDO/GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO


Caro Aly,

Por favor publique esta minha mensagem para o meu martirizado e dorminhoco povo Guineense.

"Caros compatriotas já estamos a chegar ao fim da era JOMAV, estejam atentos, os que estão a sofrer qualquer ato de violação e tortura recomendamos identificar esses atores muito bem, não vai tardar a libertação da opressão JOMAV E DOS ESUS COMPARSAS"

GUARDA NACIONAL BO TIRA BO MOM PABIA SUTI NA BO CURPO KI TA BIM KABA.

VIVA GUINÉ-BISSAU

GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO: SETC, João Bernardo Vieira regressou hoje ao país, apesar do seu nome constar da 'lista'...isto quer dizer que É TUDO INVENTADO. O JOMAV e o seu PGR estão completamente a leste. De tudo e de todos! Destituam o JOMAV antes da eclosão de uma guerra civil! AAS

ALERTA/ PARA A COMUNIDADE INTERNACIONAL/GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO: A secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, TOMASIA MANJUBA, também foi proibida de entrar nas instalações. Novamente, a palavra de ordem: "Ordens do Comando". AAS

ALERTA/GOLPE DE ESTADO EM ANDAMENTO: Enquanto o PR ausculta os partidos, nos bastidores, há um golpe de Estado em curso. Depois do desacato na secretaria de Estado das Pescas, aconteceu de novo. A ministra da Justiça, Aida Fernandes, foi proibida de entrar no ministério por tropas da Guarda Nacional. Ao guarda—costas do ministro do Comércio, fizeram pior: foi agredido e tiraram—lhe a pistola. AAS