domingo, 15 de maio de 2016

ÚLTIMA HORA: Os 15 expulsos do PAIGC e da ANP estão reunidos neste momento na casa do Tó Barbosa, no bairro Quelélé, disse ao DC uma fonte jinto do grupelho. AAS

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO: Murargy e o sentimento de culpa do dia seguinte

secretário-executivo da CPLP esclareceu que, na atual crise política na Guiné-Bissau, sempre defendeu a busca da paz e a estabilidade das instituições necessárias à construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense.

O secretário-executivo da CPLP esclareceu hoje que, na atual crise política na Guiné-Bissau, sempre defendeu a busca da paz e a estabilidade das instituições necessárias para a construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense. 

Numa nota de "esclarecimento", Murade Murargy reagiu implicitamente às críticas feitas pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, maioritário) que, sábado, acusou o secretário-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) de "desrespeitar" a Guiné-Bissau e de "contrariar" os valores democráticos e constitucionais. 

Em causa está a entrevista dada sexta-feira à agência Lusa, em que Murargy afirmou que aceitaria um novo Governo sem o partido vencedor das legislativas (PAIGC) se tal permitir formar uma maioria estável e trazer paz e estabilidade, depois de o Presidente guineense ter demitido o Governo. 

Quinta-feira, o Presidente guineense, José Mário Vaz, demitiu o Governo do PAIGC, de Carlos Correia, o que aconteceu pela segunda vez desde as eleições de 2014. 

Ao comentar à Lusa a nova crise política guineense, Murargy admitiu que Bissau possa ter um novo executivo sem o PAIGC, se tal trouxer estabilidade, pois a CPLP e os parceiros internacionais não têm dinheiro para financiar novas eleições. 

Em resposta, o PAIGC emitiu um comunicado na última noite em que acusa o secretário-executivo de "perder de vista a construção democrática", como "pressuposto fundamental para a paz e a estabilidade". 

Hoje, Murargy esclareceu que, desde que assumiu o mandato na organização lusófona, em 2012, sempre defendeu os "mais elevados valores" assumidos na Declaração Constitutiva da organização e que esteve "sempre empenhado" na construção da paz e estabilidade na Guiné-Bissau. 

"A CPLP rege-se por princípios democráticos, pelo que sempre respeitou e apoiou a vontade do povo guineense, e enquanto secretário-executivo desta organização sempre defendi e reiterei na entrevista concedida à agência de notícias Lusa, no passado 13 de maio, que a resolução da crise guineense é da responsabilidade exclusiva dos guineenses", escreveu Murargy na nota. 

"Continuamente, apelei ao diálogo como a única forma de se chegar ao entendimento e consequentemente satisfazer os anseios do povo. Reitero que qualquer reflexão externada por mim contextualiza, somente, a busca da paz e da estabilidade das instituições necessárias para a construção democrática em absoluto respeito da vontade expressa pelo povo guineense", acrescentou. 

Ao terminar o "esclarecimento", Murargy salienta que a organização lusófona "continua à disposição dos guineenses e de todos os povos de Língua Portuguesa em defesa dos ideais que os Estados membros definiram como base da CPLP". 

Nas declarações de sexta-feira à Lusa, Murargy disse que, face à demissão do Governo de Carlos Correia - já tinha exonerado o anterior de Domingos Simões Pereira -, colocavam-se, "aparentemente", dois cenários, que, porém, excluem a realização de novas eleições - as últimas foram a 13 de abril de 2014 e deram a maioria absoluta ao PAIGC, liderado por Domingos Simões Pereira. 

"Aparentemente, há duas saídas: ou convida o PAIGC a formar novo Governo, e aí terá dificuldades, ou então forma um Governo com uma nova maioria a constituir no Parlamento, com base nos 15 deputados (do PAIGC) que foram reintegrados (após terem sido expulsos do partido) e o PRS. Assim o Presidente teria base para formar novo Governo", disse.  Lusa

Em reação, o PAIGC afirmou sábado que Murargy "ficou cansado dos muitos problemas que a Guiné lhe tem causado", ao ponto de "escolher o caminho mais curto e o que lhe parece mais barato". 

"Diz simplesmente que a CPLP não tem dinheiro para o seu funcionamento, quanto mais para financiar uma eventual eleição antecipada", frisou o PAIGC, que disse esperar que a atual presidência de Timor-Leste da CPLP "corrija" a "deriva de princípios e valores" que só consegue atribuir "ao cansaço e à alguma desatenção e fadiga" de Murargy.

OPINIÃO: Parabéns pela coragem

Boa tarde
 
Caro Sr. António Aly Silva
 
Os meus cumprimentos
 
Foi com muita apreensão que li, ontem que a sua prisão poderá estar iminente. Chamei a atenção disso numa postagem no meu FB e hoje, agora mesmo, tive a ousadia de copiar a sua opinião acerca daquilo que jomav, pretende fazer.
 
Permita-me que lhe diga que admiro a sua coragem e a sua força e pedir-lhe que continue assim, lutando pela sua terra, pelo seu povo, contra todos os golpes que tanto martirizam a sua (“nossa”)Guiné.
 
Um abraço amigo e que a Comunidade Internacional esteja atenta a tudo quanto se tem passado.
 
Júlio César Ferreira

Bô iabri udjus, camaradas


REKADU: Kin ku ka mama, pa i sinta! Kadera di dari


OPINIÃO AAS: O plano de JOMAV


Além de corrupto e rancoroso, José Mario Vaz, presidente da República da Guiné-Bissau, é um político extremamente inexperiente. Todos os seus timings políticos são errados; todos os seus actos políticos são tortos; todas as suas jogadas políticas são primárias e previsíveis. E más.

O seu objectivo é entregar o poder ao PRS e aos 15 expulsos do PAIGC e da ANP. E vai tudo fazer para isso. Vai inventar qualquer pretexto para dizer que o PAIGC não tem condições para governar: vai recusar o candidato do PAIGC a Primeiro-Ministro, ou vai recusar os nomes que este lhe apresentar para o Governo;

Ou vai dizer que o PAIGC não lhe apresentou um governo suficientemente inclusivo; ou vai dizer (sem poder prová-lo, claro) que há uma nova maioria na Assembleia;

Enfim, vai dizer o que bem lhe apetecer como argumento – que devia ter chovido e não choveu, que o sol demorou a nascer, etc. – para virar as costas ao PAIGC e convidar o PRS e os 15 a formarem governo. Mesmo sabendo que é inconstitucional.

É esta a sua jogada. Nos encontros secretos que está a ter com o PRS já instruiu este partido a declinar qualquer proposta que lhe for feita pelo PAIGC.

É preciso que os Guineenses estejam atentos e se mobilizem contra a deriva antidemocrática de JOMAV e o impeçam de consumar o seu planeado golpe de Estado.

Com responsabilidade e patriotismo, António Aly Silva


inauguração de um novo projecto da Afectos com Letras na Guiné-Bissau


Vão perder outra vez


Caro Aly,

Acabo de ler a noticia sobre a eventualidade da sua prisao. Queria manifestar a minha solidariedade com a sua pessoa e encoraja lo no combate que trava em favor da Guiné-Bissau e da democracia.

Felizmente você está na Guiné-Bissau porque sem a sua voz muitas mais injustiças teriam passado sem nenhuma atenção. Força e coragem. Assim como perderam no passado vão perder mais uma vez. Conta com um amigo e tudo o que estiver ao meu alcance vou fazer por si.

Abraço
Raul Fernandes

PAIGC/RESOLUÇÃO FINAL DA REUNIÃO DO BUREAU POLÍTICO


PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE
Bureau Político

Resolução Final

(dos 71 presentes, 68 votaram SIM, zero NÃO e duas ABSTENÇÕES)

O Bureau Político (BP) do PAIGC reuniu-se, no Salão Nobre “Amílcar Cabral” da Sede Nacional do Partido, no dia 13 de Maio de 2016, na sua IX sessão extraordinária, presidida pelo Camarada Domingos Simões Pereira, Presidente do Partido, tendo aprovado por unanimidade uma agenda de trabalhos onde constava um único ponto;

1. Análise e discussão de uma solução governava que garanta a estabilidade até ao fim da presente legislatura;

O início dos trabalhos foi marcado com uma intervenção do Presidente do PAIGC que explicou em linhas gerais os cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, com a apresentação de alguns pressupostos e cenários retidos pela Comissão Permanente do Bureau Político que antecedeu a reunião do Bureau Político.

Após uma aturada discussão à volta dos cenários e opções para a saída da crise política e institucional na Guiné-Bissau, a IX Reunião Extraordinária do Bureau Político delibera:

• Dar anuência ao pedido da Comissão Permanente no sentido de desencadear o processo de diálogo com os demais órgãos da soberania, partidos políticos e entidades da sociedade civil com vista ao estabelecimento de um “Acordo Político de Incidência Parlamentar” para a estabilidade governava assim como de um “Pacto de Estabilidade Politica” para o período de vigência da governação;

• Mandatar o Presidium do partido, assistido pela Comissão Permanente do Bureau Politico, a assumir as negociações e a estabelecer os compromissos que garantam manter as conquistas do nosso Partido como partido vencedor das eleições legislativas e detentor da maioria absoluta no parlamento;

O Bureau Político delibera ainda:

• Aprovar uma Moção de Reconhecimento, Louvor e Solidariedade para com o camarada Carlos Correia, 1º Vice-Presidente do PAIGC, pela excelência da sua valiosa e corajosa prestação como Chefe de Governo e pelas suas elevadas capacidades de ética e moral de que deu provas ao longo da sua vida de cidadão exemplar e de histórico Combatente da Liberdade da Pátria;

• Solidarizar-se com o II Governo Constitucional formado pelo PAIGC e assumir plenamente os Comunicados aprovados pelos Conselhos de Ministros realizados nos dias 11 e 13 de maio de 2016;

• Condenar sem reservas os atos de ameaça e perseguição dos membros do governo em gestão e exortá-los assim como a todo o elenco governamental a usar os instrumentos legais de que dispõem para assegurar o respeito pela continuidade do Estado e a garantia da transição Administrativa da governação em absoluta tranquilidade e normalidade;

• Da mesma forma, exortar o Governo a identificar todos os atos atentatórios da normalidade política e social e responsabilizar os seus atores até apuramento das ultimas consequências;

• Manifestar a sua solidariedade indefetível e sem reservas para com a Mesa da Assembleia Nacional Popular, com particular incidência nas prestações do Presidente, Camarada Eng. Cipriano Cassamá e Vice-Presidente, camarada Inácio Correia “Tchim” e encorajá-los a manterem-se nesta linha da defesa intransigente dos valores democráticos e do Estado de Direito, na estrita observância dos ditames constitucionais;

O Bureau Politico do PAIGC congratula-se com o reconhecimento publico e inequívoco das responsabilidades que o incumbem, enquanto partido vencedor das últimas eleições legislativas, com maioria absoluta na ANP mas apela a todas as suas estruturas a se manterem mobilizadas e prontas a promoverem a defesa das suas conquistas, por meios democráticos mas de forma resoluta e determinada.

O Bureau Politico do PAIGC agradece a atenção com que a Comunidade Internacional, especialmente a configuração P5 das Nações Unidas, tem acompanhado a situação política vigente e espera continuar a merecer toda a sua contínua atenção.

O Bureau Político espera poder continuar a registar o posicionamento das Forças Armadas em manterem-se como forças armadas republicanas e em pleno respeito pela Constituição da República.

O Bureau Político do PAIGC assegura ao povo guineense o seu compromisso inequívoco com o respeito e promoção dos valores e princípios do Estado de Direito Democrático e garante tudo fazer para a reposição próxima da normalidade política e social e o cumprimento integral do seu programa de governação.

Feito em Bissau, aos 13 dias do mês de Maio de 2016.
O Bureau Político

REKADU: "Bô na matam nam, n'ka pudi suporta, é misti dividim...sin ka murri di flema, di pankada n'na murri"...Atchutchi/Super Mama Djombo

AVISO SÉRIO DA ONU: Quem, por linhas tortas (entenda-se golpe), tomar o poder na Guiné-Bissau TERÁ o seu nome na lista negra - SANÇÕES. A ONU reafirmou a importância da não-interferência das forças de defesa e de segurança na situação política. AAS

CPLP APOIA O GOLPE DE ESTADO/OPINIÃO: Inadmissível e infeliz


"Inadmissível se for a posição da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Infeliz se for a posição do Secretário-Executivo (deverá pedir desculpa a todos os restantes países democráticos da CPLP e pedir a imediata demissão do cargo que ocupa).

Como pode pensar que haverá estabilidade se afastar o partido que obteve maioria absoluta nas eleições democráticas? Ingratidão com Timor-Leste que ajudou à realização das eleições democráticas guineenses de abril/2014.

Edgar J.