sexta-feira, 18 de março de 2016

Denunciar a tirania, manter nossa liberdade!!!


Carmen Pereira, convocada por beneficiar de um encargo com a saúde? Uma combatente da liberdade da Pátria, uma ex-Presidente da ANP, uma ex-Presidente da República interina, uma ex-companheira de luta de Amílcar Cabral?

O que se espera mais para ver e confirmar que este grupo de delinquentes e malfeitores, liderados pelo JOMAV e agora capitaneados pelo Sedja querem a viva força arrastar o país para o abismo? Um finge jogar ao perdão e reconciliação, enquanto o outro executa a ordem da intriga, perseguição e terrorismo do Estado.

Basta!

Amanhã, temos de ir todos à Procuradoria acompanhar a Tia Carmem e dizer basta a este Procurador da treta. Amanhã tem de começar a destituição do JOMAV. Amanhã temos de mostrar ao mundo que sentimos porque filhos de boa gente. Amanhã, desde à primeira hora, concentração na Procuradoria para defender a nossa liberdade!!!

MOVIMENTO PARA A DEMOCRACIA (MPD) / GUINÉ-BISSAU


Bissau, 17 de Marco de 2016

Cabo Verde vai a votos no dia 20 de Marco, p.f., para eleger os seus 72 representantes a Assembleia Nacional. Os eleitores cabo-verdianos residentes na Guine-Bissau também votarão nesse dia.

Assim sendo, o Movimento para a Democracia na Guine-Bissau pretende encerrar a sua campanha eleitoral na SEXTA-FEIRA, 18 de Marco, com uma marcha pelas artérias de Bissau, devendo a concentração se efectuar na sua sede, sita em Cupelum de Baixo, a frente da DISCOTECA STOP, pelas 17:00 horas, seguida de um comício publico no largo dos Bombeiros.

Tendo em conta a importância deste evento, convidamos a todos os cabo-verdianos e descendentes, a estarem presentes nesse acto.

quinta-feira, 17 de março de 2016

CRISE POLÍTICA: CPLP alerta para possibilidade de fadiga dos doadores internacionais quanto à Guiné-Bissau


A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) encorajou as autoridades da Guiné-Bissau a "procurarem soluções políticas duradouras que garantam a estabilidade política" e a continuidade do apoio internacional, alertando para a "possibilidade de fadiga" dos doadores.

A posição consta do comunicado final da XIV reunião extraordinária do Conselho de Ministros da CPLP, que hoje decorreu na sede da organização, em Lisboa, e que decidiu também estender o mandato do representante especial da comunidade [o cabo-verdiano António Alves Lopes] em Bissau, até 31 de julho de 2016.

"[O Conselho de Ministros] encorajou, assim, as autoridades da Guiné-Bissau - Presidente da República, Assembleia Nacional Popular, Governo, e principais partidos políticos - a procurarem soluções políticas duradouras, que garantam a estabilidade política e permitam que a comunidade internacional possa manter o seu apoio, no quadro dos compromissos assumidos na conferência de parceiros para o desenvolvimento, que teve lugar em Bruxelas, em março de 2015", lê-se no comunicado. Lusa

EXCLUSIVO DC: PGR transfere juíza que recusou prender DSP


Uma fonte do ministério Público contou ao DC que o PGR, António Sedja Man, ordenou à magistrada Telma que despachasse a detenção do presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira no âmbito de um processo ligado à Câmara Municipal de Bissau.

A denúncia, contou a mesma fonte, foi feita por um tal de Zé Carlos. Segundo a magistrada Telma, as acusações eram totalmente infundadas e dai não ter acatado a ordem do PGR para prender o presidente do PAIGC.

Todos os outros magistrados que recusaram cumprir ordens para prender os outros membros do Governo, também foram transferidos. "Ele agora colocou novos magistrados para abrirem novos processos contra os membros do governo", contou a fonte. AAS

Especialista apela à África Ocidental que vigie vírus Zika devido a semelhança com Ébola


Um especialista em doenças infecciosas alertou hoje 8quinta-feira) , em Washington (Estados Unidos), que os países afectados pelo Ébola na África Ocidental, incluindo a Guiné-Bissau, devem começar a fazer a vigilância do Zika, devido à semelhança dos sintomas entre ambas as doenças.

Num comentário publicado na edição electrónica da revista científica Health Security, o infecciologista Daniel Lucey, da Universidade de Georgetown, Washington, apelou à vigilância do Zika e a estudos prospectivos para monitorizar eventuais casos de microcefalia na África ocidental, em particular nos países afectados pela epidemia de Ébola, como a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conakry.

Em causa está a epidemia de Zika em Cabo Verde, país onde já se registaram 7.457 casos suspeitos desde Outubro de 2015, e o perigo de o surto se espalhar aos países afectados pelo Ébola, que estão ainda em alerta para eventuais ressurgimentos da doença.

"A apresentação clínica da infecção pelo Zika, embora extremamente ligeira quando comparada com a típica infecção pelo Ébola, pode causar uma confusão inicial, porque ambas as doenças podem provocar febre, dores musculares e articulares, olhos vermelhos e erupção cutânea", escreve Lucey.

Para o especialista, o problema é que se um paciente com infecção por Zika levantasse a suspeita de um eventual ressurgimento do Ébola, "uma cascata de desnecessárias questões médicas, de saúde pública, sociais e políticas poderia ser iniciada".

Em Fevereiro, uma avaliação de risco de Zika em África realizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) colocou a Libéria, a Serra Leoa e a Guiné-Conakry na categoria de risco elevado ou moderado. Hoje, Lucey sugere que a informação sobre o Zika que se reuniu desde que essa avaliação foi feita e exige uma mudança.

Para o epidemiologista, três medidas devem ser acrescentadas, nomeadamente, uma recomendação explícita e forte para a realização de estudos epidemiológicos prospectivos para monitorizar eventuais casos de microcefalia, após qualquer caso conhecido de Zika.

Outra medida, segundo o especialista, é a discussão sobre a potencial confusão entre as apresentações clínicas iniciais de infecção por Zika e de doença de Ébola (ligeira) e a última prende-se com a disponibilização de testes rápidos para o Zika tão cedo quanto possível, "em especial na Guiné-Conakry, na Serra Leoa e na Libéria, assim como na Guiné-Bissau".

O professor de medicina e investigador do Instituto O'Neill para a Legislação de Saúde Nacional e Global passou vários meses na África Ocidental a tratar pacientes com Ébola em 2014.

"Ter testemunhado o sofrimento causado pelo Ébola leva-me a apelar agora a uma intervenção precoce sobre o Zika e a microcefalia na África Ocidental", disse Lucey. A epidemia de Zika em Cabo Verde foi oficialmente declarada a 22 de Outubro de 2015 e até 06 de Março de 2016 foram registados 7.457 casos suspeitos.

Esta semana, o Ministério da Saúde cabo-verdiano confirmou o primeiro caso de microcefalia com provável associação ao vírus Zika, adiantando que desde o início da epidemia foram registadas 165 grávidas com suspeita de infecção. A epidemia do Ébola causou mais de 11 mil mortos desde o final de 2013, na sua maioria na Guiné-Conakry, Serra Leoa e Libéria, e desorganizou os seus sistemas de saúde, destruiu as suas economias e afugentou os investidores. PortalAngop

E ESTA, HEIN?: O PGR António Sedja Man atingiu o limite do suportável. Mandou agora convocar a CARMEN PEREIRA, combatente da liberdade da Pátria, para a humilhar na procuradoria. A audição está relacionada com o encargo de saúde ou seja aquela questão em que já foram ouvidos os ministros Geraldo Martins e Valentina Mendes. AAS

<<< Já votou hoje na sondagem DC? VOTA

Uma boa ideia


Uma sugestão: Que apupem o Jomav no jogo da seleção no estádio nacional. Isto caso ele se atreva a ir.

Aliu Famora Baldé

A pergunta que muitos fazem agora não é se Jomav vai ter um segundo mandato, mas sim se vai terminar este. Em todo o caso, se conseguir terminar este, poderá agradecer aos deuses (ou aos Irãs em que muito acredita) de ter tido essa sorte. AAS

FACTO


Instituto BENTEN apoia documentário sobre a vida de Amílcar Cabral


Ver AQUI

BASTA JOMAV, BASTA JOMAV


Caro Aly,

Por favor pulique esta mensagem para acordar os meus irmãos Guineenses.

POVO GUINEENSE BO CORDA DJA

SI NO STA NUNDE CU NÔ STA I PABIA NÔ NA DURMI INDA

RUA JOMAV, RUA JOMAV
BASTA JOMAV, BASTA JOMAV
ABAIXO PRESIDENTE RUNHO
ROSTO TA DJUNDA SOM NA TERRA DE DJINTIS

R.C.

OPINIÃO AAS: JOMAV perdeu esta batalha e… todas as outras batalhas


À atenção de:

PALOP
CPLP,
CEDEAO,
UNIÃO AFRICANA,
UNIÃO EUROPEIA,
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS


Ao demitir o governo de Domingos Simões Pereira, José Mário Vaz, Presidente da Guiné-Bissau apresentou basicamente dois argumentos: a corrupção e a perda de confiança política no Chefe do Governo.

Em relação ao primeiro argumento, não só foi incapaz de provar qualquer acto de corrupção do governo demitido como se recusou a colaborar com a Comissão de Inquérito criada pela ANP para averiguar as suas acusações.

Quanto ao segundo argumento, pode-se dar o benefício da dúvida na sua avaliação, já que a Constituição dispõe que o Primeiro-ministro é politicamente responsável perante o Presidente da República e a interpretação de quebra de confiança política é meramente subjectiva.

Contudo, diante de sérias dúvidas quanto à bondade destes argumentos, um leque enormíssimo de vozes, quer dentro quer fora do país, tentaram em vão demover o Presidente da República da sua intenção de demitir o governo de DSP com o receio de que o acto político poderia ameaçar a concretização dos fundos prometidos na mesa redonda de Bruxelas e recolocar o país numa nova espiral de instabilidade política.

Jomav ignorou todos os apelos vindos de vários partidos políticos, da sociedade civil, dos líderes religiosos e tradicionais, do presidente senegalês Macky Sall, do seu homólogo Alpha Condé, do secretário-geral da ONU Ban Ki Moon, e de tantos outros.

Ao preservar na sua determinação de derrubar o governo de DSP (coisa que durante a campanha eleitoral jurara a pés juntos que nunca iria fazer), Jomav avocou a si o ónus da estabilidade política.

Isto é, assumiu o risco de que, a partir daquele momento, ele seria o único responsável pela estabilidade política na Guiné-Bissau. O risco era elevado, mas a perseverança de Jomav fazia pensar que ele sabia o que fazia e tinha o controlo da situação. Estava enganado ou deixou-se enganar.

O seu plano falhou redondamente. Desde 12 de Agosto de 2015 que o país entrou num ciclo de instabilidade política absolutamente desnecessário e não consegue sair dele – dois meses sem governo, nomeação de um governo inconstitucional, anulação do acto pelo STJ, nomeação de um governo incompleto (há quatro meses sem Ministro da Administração Interna e Ministro dos Recursos Naturais), transferência da luta política para o Parlamento, disputas sobre aprovação ou rejeição do programa do governo, actos de vandalismo no Parlamento, disputas nos tribunais, etc.

Perante tudo isto, o presidente parece ter sido apanhado num turbilhão inesperado que ultrapassa a sua capacidade de reacção. Ele, que é suposto ser o árbitro de todo o processo político já deixou transparecer que não tem uma porta de saída airosa para a crise por si criada.

De comunicados inoportunos e mal articulados da Presidência da República a iniciativas tardias e frouxas de diálogo político, Jomav cimenta a cada dia que passa a impressão de que fez o país refém de propósitos mesquinhos e não sabe o que fazer para o tirar do imbróglio em que o meteu.

Constitucionalmente Jomav ainda tem armas para resolver o problema. Só que essas armas viraram armas de arremesso. Para voltar a derrubar o governo terá que fornecer uma boa justificação (algo que não tem) e o resultado será sempre voltar a entregar o poder ao PAIGC. Neste cenário, Jomav sofreria um sério desgaste político e consolidaria a sua imagem de factor de instabilidade política.

Se dissolver o Parlamento, baralha todo o jogo mas ele próprio entrará na disputa eleitoral. Perante tudo o que está a acontecer, ninguém no seu mais perfeito juízo colocará a hipótese de que se possa clarificar o jogo político sem que o próprio Jomav vá às eleições. Este é o seu grande dilema hoje: a derrota, amanhã.

O que lhe resta? Pouca coisa. Jomav está cada vez mais isolado e o seu capital político erodiu dentro e fora das nossas fronteiras. Os populares não o respeitam; os músicos atiram toda a ira nacional contra ele em canções extremamente agressivas e desrespeitosas; os blogues vilipendiam-no diariamente.

O homem vive num absoluto hermetismo, reflexo da sua incapacidade de lidar com as populações. Nos seus dois anos como Presidente da República não visitou uma única região do país.

O seu único vai vem é entre o Palácio luxuosamente pago por terceiros e Calequisse, uma vila no meio de nenhures, sem uma única estrada. Os seus pares da sub-região não querem tratar com ele; internacionalmente, está muito mal visto (um alto funcionário das Nações Unidas comentou em tempos que nunca nos seus 24 anos na ONU tinha visto um Presidente da República que perdeu credibilidade internacional em tão pouco tempo).

A pergunta que muitos fazem agora não é se Jomav vai ter um segundo mandato, mas sim se vai terminar este. Em todo o caso, se conseguir terminar este, poderá agradecer aos deuses (ou aos Irãs em que muito acredita) de ter tido essa sorte. AAS

FACTO: As atitudes do PR José Mário Vaz assemelham—se a alguém que engoliu plutónio. Por fora parece normal. Mas está radioactivo...AAS

Os ficheiros secretos do Estado Islâmico


Veja AQUI



É mais um capítulo da saga dos jihadistas portugueses. Depois de as cadeias de rádio e televisão públicas alemãs NDR, WDR e o jornal Sueddeutsche Zeitung terem revelado, a 7 de Março, a existência de milhares de fichas com dados pessoais de voluntários estrangeiros do Estado Islâmico, em Portugal, todos, polícias, serviços secretos e jornalistas, quiseram saber se haveria portugueses nas listas. Uma parte estava acessível na internet, no site sírio Zaman Al Wasl, que a partir dessa data começou a colocar os documentos online – mas rasurados de informação relevante: nomes, contactos, datas, etc.

No Brasil, sim!


Caro Aly,

O início desta noite ficou feio nas ruas do Brasil. Ficamos assustados, mas vale a pena ver o povo Brasileiro mostrando o patriotismo. É isso que falta na Guiné, dizer basta a corrupção, ditadura e a impunidade...

É isso que falta para o JOMAV. O povo sair na rua em massa e dizer basta de ditadura.

Atenciosamente,

David Silva

TERRORISMO: Guineense que morreu na Síria tinha o nome na lista do Daesh


Ver AQUI, e AQUI dois brilhantes trabalhos do jornalista Nuno Tiago Pinto, da revista Sábado.

DESAFIO AOS GUINEENSES: Vamos todos gravar 1 Minuto de Vídeo


Nomeia-se a menina Nancy Cardoso como o rosto da luta para destituição do Jomav da presidência da República da Guiné-Bissau. Vamos baptizar o nome desse movimento de Turbada Grandi.

Vamos todos gravar 1 minuto de mensagem de vídeo para pedir/exigir a destituição do presidente Jomav. Jovens, mulheres, homens, velhos cada um com a sua ferramenta, telemóvel, iPad, computador.

Enviar para o Ditadura do Consenso neste email: aaly.silva@gmail.com e divulgar no Facebook, Twitter, Instagram ou outros meios. Vamos mostrar ao mundo que também podemos derrubar um regime sem recorrer a armas de fogo, catanas ou pedras. Inspiremos todos no vídeo da Nancy Cardoso.

Leitor indentificado

Médicos do Mundo regressam


Esta é uma história que se repetiu em muitas famílias e instituições de solidariedade: chegou a crise e, apesar da vontade de ajudar, os rendimentos tiveram de ser canalizados para despesas urgentes. Resultado: organizações não-governamentais, como a Médicos do Mundo, sentiram uma redução nos donativos (cerca de 300 mil euros em doações e subsídios) e tiveram de se adaptar.

Esta instituição promoveu eventos como o concerto da próxima terça-feira, 22, no Tivoli, ou a corrida solidária. Mas optou também por se focar apenas nos projectos nacionais (são dez e apenas metade deles são financiados, os restantes necessitam de fundos próprios). Tem unidades móveis em Lisboa e Porto, projectos vocacionados para idosos, contra a exclusão social, de apoio medicamentoso e a migrantes — estão a trabalhar com o centro de acolhimento temporário de refugiados, onde estarão cerca de 20, neste momento.

A partir de 2012, a Médicos do Mundo começou a fechar as missões internacionais. Primeiro, a Guiné-Bissau, em 2012. No ano seguinte, São Tomé e Príncipe e, em 2014, em Timor-Leste.

Mas já têm acertada a data para regressarem a estes países. "Está nos nossos planos voltarmos [ao plano internacional], senão em 2016, em 2017", diz à SÁBADO a directora-geral da associação Médicos do Mundo, Carla Paiva. "A nossa prioridade seria a Guiné e depois São Tomé. Em último, Timor, por ser mais longe e porque deixámos um belíssimo trabalho de capacitação dos locais."

quarta-feira, 16 de março de 2016

À ATENÇÃO DA UNIÃO AFRICANA E DO PRESIDENTE JOMAV: O Banco Central dos Estados da África Ocidental, através do seu director nacional para a Guiné-Bissau, João Fadia, afirmou hoje que a economia do país evoluiu positivamente em 2015, registando um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem dos 4,8 pontos percentuais. AAS

DSP faz o balanço da CPLP


VÍDEO HERÓICO-MARÇO, MÊS DA MULHER: "Nô ka misti JOMAV na ki turpessa"


Veja o VÍDEO

Mobilizemo-nos, povo Guineense. Tudo está ao nosso alcance.

JOMAV POVO NA DESAFIAU, Su FIANÇA NO BAI URNA DE NOVO.

Chega!, ruaaaaa!!!


Autoria: Nancy Raisa Da Silva Alves Cardoso

Só uma perguntinha. Se a selecção da Guiné-Bissau vai jogar (para já nem sabe se vai...) com o Quénia, em Bissau, por que motivo a selecção tem de ir 'estagiar' a Lisboa? Mania das grandezas na terra de pedintes, é o que é! Vão mas é estagiar em Calequisse!!! AAS

Tensões na fronteira entre Guiné-Bissau e Senegal


O ministério dos negócios estrangeiros da Guiné-Bissau aconselhou esta quarta-feira os cidadãos guineenses a evitarem frequentar a zona de fronteira entre o Senegal e a Gambia, dois países, cujas relações se deterioraram nas últimas semanas, com o fecho da fronteira terrestre.

O reflexo desta tensão já é sentido na Guiné-Bissau com escassez de alguns produtos essenciais, sobretudo o açúcar, que saiu 500fcfa, o equivalente a 1USD, para 1000fcfa, ou seja, 2USD. Feitas as contas percentuais, diga-se que houve uma subida de 100%.

Os consumidores queixam-se da situação e lamentam o facto das autoridades não estarem em condições de superar, sempre que apareçam, momentos iguais.

Guineenses inconformados com a dependência do mercado nacional ao Senegal e a Gambia, dois países mais próximos, cujos produtos abastecem totalmente o mercado nacional. Situação longe de ser resolvida perante ausência de uma visão e política claras sobre este particular.

Midana Sambú, especialista em Comércio Internacional, disse a Voz de América, que a Guiné-Bissau oferece maior condições geográficas que a impediria de enfrentar a presente crise, sobretudo do escassez de açúcar.

Segundo este especialista guineense é preciso que o Governo encontre alternativas. Alternativas que, na sua opinião, passam pela criação de condições que permitam a melhoria do Porto principal da Guiné-Bissau. VOA

União Africana inicia missão na Guiné-Bissau


Depois do Conselho de Segurança da ONU, é a vez do Conselho de Paz e Segurança da UA estar presente na Guiné-Bissau. A missão da União Africana inicia esta noite uma visita de cinco dias a Bissau, onde tem em agenda vários encontros com as autoridades políticas e sociedade civil, para ajudar a resolver a crise que abala o país desde agosto de ano passado.

Até ao próximo dia 20 de Março, a visita do Conselho de Paz e Segurança da UA insere-se no âmbito das consultas com diversas entidades nacionais para compreender a situação política vigente e, em conjunto, encontrar mecanismos que possam facilitar a resolução da crise guineense, que se instalou no Parlamento, depois da nomeação de Carlos Correia como Chefe do Governo.

O representante da União Africana no país, Ovídio Pequeno, disse que a missão do conselho não tem uma estratégia pré-definida para o impasse político, contudo alerta para a necessidade de todos se mobilizarem em torno do desenvolvimento da Guiné-Bissau.

A delegação do Conselho de Paz e Segurança da União Africana inicia visitas em Bissau, uma semana depois da missão do Conselho de Segurança da ONU ter mantido contactos com os actores políticos, com vista a encontrar solução para actual crise política que começou com o derrube do Governo liderado por Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC, Partido vencedor nas últimas eleições. RFI

OBITUÁRIO: Faleceu esta madrugada, em Bissau, Juvêncio Gomes. Combatente da liberdade da pátria, ocupou vários cargos, como secretário Geral do Ministério da Administração Interna e presidente da Câmara Municipal de Bissau. A Guiné-Bissau perdeu um dos seus melhores filhos, o mais bem formado nos seus valores. À família enlutada, o editor do DC envia as mais sentidas condolências. Que a terra lhe seja leve. AAS



O malogrado ao lado de Iva Cabral, filha de Amílcar Cabral, fundador das nacionalidades guineense e cabo-verdiana

<<< Já votou? Bom dia!

ENTREVISTA: "Com a intervenção do Presidente, José Mário Vaz, o desenvolvimento tornou-se mais complicado"


Christoph Kohl, é alemão, professor e um profundo conhecedor da Guiné-Bissau. Pesquisador na "Fundação Alemã de Estudos da Paz e de Mediação de Conflitos", falou com a rádio Deutsche Welle sobre as principais razões da instabilidade naquele país africano de língua portuguesa.

DW África: Quais os principais fatores que contribuem para a instabilidade política na Guiné-Bissau?

Dr. Christoph Kohl (CK): Diria que o maior fator de instabilidade são as lutas entre diferentes redes, entre políticos e militares. Trata-se de redes baseadas em vários interesses. Hoje dependem de um determinado político, e amanhã podem ser compostas por outros políticos...

DW África: E o que pode dizer sobre o fator étnico?

CK: Sempre houve tentativas de mobilização étnica. Olhemos, por exemplo, para o caso Kumba Yalá, que durante toda a sua vida política tentou mobilizar os eleitores de uma maneira ‘étnica’, dirigindo-se aos balantas. Mais recentemente há que referir o caso de Braima Camará, do maior partido, o PAIGC, que tenta mobilizar guineenses oriundos da zona leste do país, nomeadamente mandingas e fulas. Mas eu diria que até agora a mobilização étnica não teve grande sucesso.

DW África: Mais de 40 anos depois da independência o colonialismo e também a luta contra o colonialismo ainda estão muito presentes na mente dos guineenses. Isso também é um fator de instabilidade?

CK: Sim, claro. O colonialismo ainda tem um papel muito importante na Guiné-Bissau. Quando os portugueses saíram da Guiné-Bissau praticamente não havia pessoas com formação superior e até agora esse facto tem repercussões muito importantes na Guiné-Bissau.

DW África: Falando com os jovens guineenses ouvimos muitas vezes frases como ‘Quem nos liberta dos nossos libertadores’. Muitos jovens querem uma maior emancipação perante os militares que fizeram a luta de libertação...

CK: Sim. Eu também ouvi essas frases, sobretudo da boca das camadas bem educadas. Os jovens de 20, 30 anos querem um país mais avançado, um país democrático. A juventude pensa que ela mesma poderia governar o país de uma maneira muito melhor.

DW África: Alguns observadores dizem que a Guiné-Bissau é um ‘failed state’, um Estado falhado. Que consequências terá isso para o funcionamento da sociedade da Guiné-Bissau?

CK: Eu não gosto muito do conceito de ‘failed state’, porque, ao contrário de outros países, a Guiné-Bissau também tem desenvolvimentos bastante positivos. É claro que o Estado é relativamente fraco, mas, por outro lado, a sociedade civil da Guiné-Bissau é bastante forte. Os guineenses têm uma ideia muito vincada de pertença a uma nação, à sua nação. Identificam-se com o seu país, e isso contribui para que essa nação não tenha caído completamente, como outros países.

DW África: Que solução vê para o atual impasse político na Guiné-Bissau?

CK: Durante o governo de Domingos Simões Pereira a Guiné-Bissau parecia estar a enveredar pelo bom caminho. Agora, com a intervenção do Presidente, José Mário Vaz, o desenvolvimento tornou-se mais complicado. No meu entender é necessário que a comunidade internacional tente influenciar, de uma maneira construtiva, os desenvolvimentos políticos na Guiné-Bissau. É necessário que a comunidade internacional mantenha uma postura positiva, para que o país possa regressar a um Governo mais estável. A União Europeia e sobretudo Portugal deveriam contribuir de forma mais ativa para a estabilidade na Guiné-Bissau, juntamente com as Nações Unidas.

DW África: Existe o perigo da Guiné-Bissau ser utilizada não só por redes internacionais de narcotráfico como também por redes de terroristas islamistas e jihadistas?

CK: Sim, sobretudo no interior do país existem jovens que estiveram na Arábia Saudita para fazer formações religiosas e esses jovens tentam espalhar as suas visões mais conservadoras do islão. Mas até agora a sociedade guineense ainda resistiu a essas tentativas de interpretar o islão de uma maneira mais conservadora, ou seja a versão “wahhabita” do islão. Mas é possível que isso possa mudar no futuro próximo. Mas neste momento não vejo que o islamismo esteja a ocupar um papel decisivo na vida política do país.

OPINIÃO: Consequências da emigração na actual crise da Europa


Diz-se e é verdade, a nossa cultura de emigração só começou no ano 80. Tirando a nossa emigração regional da etnia Manjaca inserida na região cassamanse/Senegal e depois França, aliás, esta etnia além de beneficiar de uma educação colonial porque Cacheu foi berço das famílias mais civilizadas educadas pelo colonialismo português, que deram nomes das elites guineenses como por exemplos as famílias Barreto, Gomes, Pereira, Silva e Mendes.

Esta educação colonial diga-se beneficiou principalmente ao Senegal, porque quando vemos grandes cabeças pensantes e quadros do prestígio internacional a serem referidos nos grandes certames com nomes de Mendes ou Gomes, qualquer guineense atento diz logo "é da Guiné Bissau". Isso acontece também no desporto e principalmente no futebol com nomes com Patrick Vieira, Gomes, Mendes e Evra.

Com esta pequena introdução, quero falar da situação dramática das famílias guineensess em Portugal e por esta Europa fora. A comunidade guineense já viveu momentos muito bons em Portugal no período da pujança econômica do país. Portugal restabelece a estabilidade política com a entrada dos governos de Cavaco Silva/PSD e a entrada na CEE, e foi nesse período que se deu uma emigração maciça dos guineenses.

Havia trabalho, havia circulação de dinheiro, concessão de créditos para a habitação e mais géneros. Tivemos a nossa comunidade a trabalhar na reconstrução e construção das novas infraestruturas de Portugal.

Com a crise que assola a Europa e principalmente Portugal, sobretudo com a entrada do governo de Durão Barroso/PSD, a família guineense foi atingida brutalmente. Fim do trabalho nas obras e a crise começa a entrar porta adentro atingindo as famílias. Começam problemas sociais, penhoras e despejos de casas e dívidas bancárias que teve como consequências muitas separações e destruição de famílias principalmente nas camadas mais jovens.

Esta destruição das famílias teve como consequências maiores a falta de rumo que muitas famílias não conseguiram dar aos filhos, hoje temos cadeias cheios de jovens filhos de guineenses que entraram no mundo da criminalidade. Chefes de família que tinham e alguns ainda tem a seu cargo 10 ou 12 membros nos seus agregados. Medida facilitada com a lei suicida para guineenses, lei Sócrates agrupamento familiar, apesar da bondade dessa lei que permitiu que muitas famílias se juntassem aos seus, foi também um convite para a desgraça de muita gente.

À nossa maneira guineenses, algumas famílias usaram esta lei sem nenhum plano elaborado, aumentando simplesmente o agregado familiar sem ter em conta o aspecto financeiro para suportar muitas despesas com a saúde, a educação, a alimentação, os transportes. Nessa vaga, trazem irmãos, sobrinhos, filho deste e daquele.

No início de ano 2000 começa uma nova emigração dos guineenses de Portugal para outros países da Europa, alguns ainda mantinham o sistema social atraente, principalmente os países Nórdicos, a Alemanha e a Inglaterra. Alguns refazerem as suas vidas mas foi sol da pouca dura. Todos estes países cortaram a tradicional famosas benesses sociais.

É doloroso o que muitas famílias vivem e com a crise extrema, dificuldades enormes hoje de garantir a própria alimentação em casa e garantir passes de transportes para crianças se deslocarem para as escolas. Ver as mulheres a levantarem às 3 ou 4h da madrugada para serviços de limpeza com ordenados muitos baixos e homens sentados em casa sem trabalho.

Há uma nova realidade na emigração, muitas famílias estão fazer as malas para regressar ao seu país, muitos são confrontados com a realidade da falta de suporte de condições mínimas, gente já com idade avançada e sem nenhuma possibilidade de se manter e viver na Europa. Gente qualificada e de muita qualidade que podem emprestar está mais valias adquiridas para ajudar a Guiné-Bissau.

Acredito que se os nossos governantes fizessem a exemplo do que os governos de José Maria Neves/PAICV fez em Cabo Verde, com políticas de incentivo à emigrantes cabo-verdianos principalmente os de Portugal, muitos guineenses regressariam à Guiné-Bissau com a dignidade que um emigrante merece. Já não há alternativa na Europa.

E a nossa única salvação é o nosso país, por isso é urgente ajudar a salvar famílias, homens, mulheres e jovens formados que querem trabalhar em função do estatuto.

Catio Baldé

terça-feira, 15 de março de 2016