sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Comunicado do Conselho de Ministros


DENÚNCIA

"Antes de mais queria lhe encorajar pela sua coragem e determinaçao na luta pela afrimaçao da democracia na Guiné Bissau e é nesse ambito que eu lhe escrevo essa carta de consternacao de um trabalhador Guineense que acredito que muitos como eu estao na mesma situaçao mas nao tem coragem de se expressar.

Falo da empresa Meetings, prestadora de serviço da empresa de telecomunicaçoes Orange Bissau que até à data presente 05/11/2015, nao pagou aos seus funcionarios mas no entanto os funcionarios da Orange receberam desde o dia 22/10/2015 ou seja há duas semanas e na verdade já se tornou um hábito essas violaçoes dos direitos dos trabalhadores por parte dessa empresa.

O pior de tudo é que a maioria devido a situaçao do país tem medo de reclamar pois podem ser despedidos sem justa causa como ja o foram muitos dos nossos pois nessa empresa só se encontram Guineenses e é uma empresa de Senegaleses onde o salario pago é uma autentica miséria pois o salario de um funcionario da Meetings é duas vezes inferior a de um funcionário da Orange Bissau fazendo os dois o mesmo trabalho a isso chama-se injustiça 0, e dá pena sentir-se estrangeiro nos seu proprio país. Ninguém merece."

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

OPINIÃO AS: Eis o que penso


Nota-se que há cada vez mais gente a suspirar de saudade do tempo em que havia autoridade na Guiné-Bissau. Eram tempos duros, diga-se, e sinistros. Mas havia autoridade, via-se.

Eu, hoje, continuo a preferir o lixo avulso que qualquer democracia representa ao silêncio imposto pelas ditaduras. E as minhas qualidades - ter o hábito de dizer o que penso e de fazer o que digo, talvez não sejam as mais requeridas.

Lembro-me perfeitamente de, em certas ocasiões de crise política (perdi-lhes a conta) em que eu teimava em dar a cara e em bater-me pelos meus ideais e pelas minhas convicções, algumas pessoas diziam-me num tom quase paternal «vai, faz-te de vítima, queixa-te, pode ser que consigas 'vender' qualquer coisa».

Lá está. Não entendiam as minhas razões. As minhas razões, minhas caras, meus caros, sempre estiveram na linha da frente das minhas lutas.

O tempo da verdade chega sempre, pelo que a honra tem que ser paciente. Nunca serei uma vítima. E é isso que, afinal de contas, o País não me perdoa. AAS


FRANÇA: Semana da Solidariedade Internacional


Jornalismo e Direitos Humanos - 2ª Edição



quarta-feira, 4 de novembro de 2015

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BCEAO dispõe de 200 biliões de reservas cambiais liquidas


"A instituição bancária que dirijo está disponível, em continuar a trabalhar com o Governo", afirmou o Diretor Nacional da BCEAO, João Aladje Mamadu Fadia, durante a visita de cortesia, que efetuou hoje, dia 4 de novembro, ao Chefe do Governo, Carlos Correia. No encontro, a abordagem foi fundamentalmente sobre a situação económica, do crédito e dos Bancos na Guiné-Bissau.

Segundo o Diretor Nacional da BCEAO, “senti-me na obrigação de vir apresentar alguns elementos, que constitui o nosso relacionamento com o governo, nomeadamente os textos do Banco Central e as algumas informações úteis das mais recentes da situação económica.

Também, referiu que “o Banco Central ocupa-se da questão da Balança de Pagamentos e além disso do sector externo e nós mostramos ao Primeiro-ministro que este ano a evolução foi positiva do sector externo, em que o Banco Central hoje dispõe de reservas cambiais acima de duzentos bilhões francos CFA, que é superior a trezentos milhões de euros de reservas cambiais liquidas.” O Primeiro-ministro agradeceu a disponibilidade manifestação e reiterou o interesse do governo em continuar a trabalhar com o BCEAO.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

OPINIÃO AAS: Íntimo


Ditadura do Consenso - o blogue, sempre foi a cara do António Aly Silva. Independentemente dos sentimentos, que assumiram várias formas. A meu ver, foram argumentos mais fortes do que o argumento, sempre discutível, de ter ou não ter um efeito que nortearam a criação deste blogue, que conta com quase 30 milhões de visitas.

Lamento algumas coisas. Sei que feri susceptibilidades, e que em alguns posts - poucos - causei dor e sofrimento em algumas pessoas. Mas também passei por momentos muito difíceis e tenho conseguido superá-los. De resto, tenho subido um escalão aly e descido outro acolá, mas, pasmem-se, tenho subido quase cinco no respeito e consideração de muito boa gente.

Mas de que serve, hoje, o lamento? De que me posso lamentar, alguma coisa de que me arrependa? Cometi erros, mas nenhum estratégico, simplesmente tácticos. As pessoas lamentam-se de muitas coisas... Como pessoa, no pouco que de mim conheço, nos meus simples costumes, nas minhas práticas diárias, nas minhas poucas coisas, sou uma pessoa bastante humana, vivendo de maneira espartana.

De algumas coisas que escrevi, sim - e lamentá-las-ei até à efectiva consumação dos séculos. Bastante mesmo. Como lamento não ter podido descobrir antes todas as coisas que agora conheço, com as quais, com metade do tempo, teria podido fazer mais, muito mais do que o que fiz em apenas 49 anos de vida.

Durante séculos os homens cometeram erros. Tristemente, continuam a incorrer nos mesmos erros. Acredito ainda assim, que o Homem é também capaz de conceber e criar coisas belas, de ter os mais nobre ideais, de albergar os mais generosos sentimentos e remorsos e, superando até mesmo os instintos que a natureza lhe impôs; de dar a vida pelo que sente e, sobretudo, pelo que pensa.

Eu estou disposto a dar a vida pela Guiné-Bissau. Ponto.

Escrevi já muito no blogue. O livro está a chegar e, quem sabe mesmo, um ponto final? Sempre soube que havia inconvenientes naquilo que divulgo, mas que fique claro: quando critico os poderes faço-o de forma responsável (nunca critico pessoas, critico autoridades) - apesar das possíveis e, inadiáveis, consequências, tudo é melhor do que a ausência de críticas. Prefiro as prisões, os espancamentos, os exílios forçados a estar simplesmente calado, passivo e a contemplar o caos reinante. Isso nunca acontecerá, garanto-vos.

Nestes 49 anos (a completar já no próximo dia 15) que já levo por cá, tive o privilégio de ver realidades com as quais nem supunha quanto mais atrever a sonhá-los. Hoje, não penso em mais nada a não ser que tenho mais vida para além de mim, oportunidades que convém agarrar.

Hoje, 11 anos depois de criar o blogue, continuo a pensar que o essencial, o principal, o fundamental, o vital, a questão de vida ou morte é de facto a luta comigo mesmo. António Aly Silva

CIDADANIA: Mindjeris lanta


Um grupo de mulheres da Guiné-Bissau, residentes no país e na diáspora, criou um movimento para a paz, estabilidade e legalidade, com o qual pretendem "dizer basta" à instabilidade política e pobreza.

O grupo, que se autointitula "Minjderis di Guiné No Lanta" (Mulheres da Guiné-Bissau levantemo-nos), ou Miguilan, foi fundado por 29 guineenses de várias profissões e conta com cerca de 80 membros. Entre elas estão a cantora Karyna Gomes, a gestora de projetos Nelvina Barreto ou a jurista Vera Cabral.

Em conjunto, a decisão de criar o movimento surgiu no dia 24 de agosto, na sequência da decisão do Presidente guineense, José Mário Vaz, de demitir o Governo eleito, situação com a qual não concordaram.

"Somos um movimento constituído exclusivamente por mulheres que espontaneamente se mobilizaram para dizer 'basta' aos recentes eventos políticos que levaram ao derrube, pelo Presidente da República, do Governo saído das urnas após as eleições legislativas de 2014", lê-se num manifesto a que a Lusa teve hoje acesso. O Governo derrubado "já estava a dar passos importantes e a granjear a confiança interna e externa", acrescentam.

Para o Miguilan, a decisão do Chefe de Estado "mergulhou a Guiné-Bissau em nebulosas de insegurança, instabilidade, ilegalidade", factores que, dizem, conduzem à persistência da corrupção, injustiça e pobreza da população.

Cansadas de ver e viver com instabilidade política no país e confrontadas com os níveis da pobreza da maioria da população guineense, as mulheres do Miguilan pretendem passar aos atos, com a introdução de "um discurso diferente" na Guiné-Bissau e a colocação da voz e ação feminina "nas mais altas instâncias nacionais e internacionais" de discussão.

"O Miguilan é uma organização da sociedade civil guineense que é, por definição, partidária, e que se quer política, tendo a ambição de fazer ouvir a sua voz em tudo o que diz respeito às orientações e decisões relativas à paz, estabilidade e legalidade" na Guiné-Bissau, refere o manifesto.

Ter uma presença ativa das mulheres nos órgãos de poder, de gestão e resolução de conflitos é um dos objetivos do movimento.
O Miguilan promete trazer para o debate nacional questões como a boa governação, democracia, direitos humanos e género, bem como denunciar decisões e práticas vigentes na Guiné-Bissau que sejam contrárias às prerrogativas da democracia e de um Estado de Direito.

OBITUÁRIO



Os mais profundos sentimentos à família enlutada. AAS

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TERRA RANKA/BANCA: Bissau terá mais um banco comercial, o 5º a operar no País


A Atlantic Business International obteve, segundo informações recolhidas, o aval das autoridades da Guiné-Bissau para se instalar naquele que era, até agora, o único Estado da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) na qual essa holding financeira não tinha ainda presença marcada.

Após ter arrematado o Banco Internacional para a Africa (BIA, Niger) por 22 milhões de euros – validado em outubro pelas autoridades monetárias da UEMOA -, a holding financeira e bancária Atlantic Business International (ABI, sigla em inglês), filial comum da costa-marfinense Atlantic Financial Group (AFG) e do marroquino Banque Centrale Popularize (BCP), obteve a autorização das autoridades guineenses para a implantação do Banque Atlantique na capitals Bissau, segundo a Jeune Afique.

Segundo essas informações, a ABI não conta no entanto abrir uma nova filial, mas sim uma sucursal que dependerá do Banque Atlantique Côte d’Ivoire (BACI), o líder desse grupo financeiro. Essa implantação foi dirigida de inicio ao fim pelo costa-marfinense Souleymane Diarrassouba, o Director-Geral da ABI, contando igualmente com Rachid Agoumi, o ex-director para a área internacional do BCP.

Com esta operação, a ABI fecha o ciclo da sua implantação nos oito Estados membros da UEMOA, porquanto a Guiné-Bissau era o único pais da União que não beneficiava da cobertura do Banque Atlantique.

A abertura do BACI-Guiné-Bissau esta prevista para o primeiro semestre de 2016. O banco posicionar-se-á na vertente das pequenas/médias operações e poupanças. Será o quinto estabelecimento bancário do País, depois do Banco da Africa Ocidental (BAO), o BDU, o Ecobank e o Orabank (sucursal da Orabank Costa do Marfim). AAS

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

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ONU ALERTA: "Tempo urge" para a Guiné-Bissau após dois meses sem governação


O "tempo urge" para a Guiné-Bissau após dois meses sem governação e agora a enfrentar insegurança com a formação do novo Governo recém-empossado, afirmou Raul de Melo Cabral, chefe de coordenação do Assessor Especial para África da ONU.

por vezes, dá a impressão que vivemos um mal crónico, que é o mal da crise permanente", disse à Lusa o guineense, que chefia a coordenação do Programa de Desenvolvimento do Gabinete do Assessor Especial para África das Nações Unidas (OSAA, na sigla em inglês).

O Presidente da República, José Mário Vaz, nomeou a 12 de outubro o novo Governo de Carlos Correia, dois meses depois de ter demitido o executivo liderado por Domingos Simões Pereira.

Na opinião de Raul Cabral, a comunidade internacional esteve apreensiva durante o impasse político que tomou conta do país africano durante agosto, setembro e início de outubro.

"A Guiné-Bissau é um dos países frágeis em todos os seus aspetos, desde a governação, à sua economia. No meio dessa confusão, mal havia um governo de gestão sequer. Obviamente que a comunidade internacional estava apreensiva pela recente história do país", analisou.

Sobre as críticas de que a ONU não tem estado a cumprir o seu papel de ajudar na estabilização do país, Raul Cabral discorda.

"Penso que a ONU tem desempenhado um papel crucial e não há nenhuma dúvida que as coisas poderiam ser muito piores se as Nações Unidas não estivessem lá para ajudar. Mas a ONU só pode ajudar quando as partes envolvidas estão dispostas a isso", ressalvou.

Para o responsável, é uma questão de tempo até o país encontrar o seu passo. O guineense admitiu que foi apanhado de surpresa ao saber da notícia da demissão do Governo, porque estava entusiasmado com o rumo que o país estava a tomar.

"Fui apanhado de surpresa com o que aconteceu. Desta vez que o partido líder PAIGC conseguiu maioria, a Guiné-Bissau estava no bom caminho e tinha todo o apoio internacional", disse.

Em março deste ano, o então primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira foi à mesa redonda de doadores em Bruxelas com o objetivo de conseguir 427 milhões de euros de ajudas financeiras. A União Europeia prometeu um apoio de 160 milhões de euros e Portugal outros 40 milhões.

Cabral destacou o facto de, desta vez, não ter havido nenhuma intervenção militar e que utilizaram-se os mecanismos jurídicos para resolver o impasse político.

"Esta situação poderia ter sido evitada, mas é de aplaudir o fato de que todos comediram as suas ações, o que permitiu que a solução fosse encontrada. Muito embora tenha levado tempo, foi uma solução negociada que utilizou as instituições jurídicas e legais", reforçou.

Para Cabral, a Guiné-Bissau tem todas as condições para ser um país de êxito e caberá aos seus governantes utilizarem o "bom senso" e os mecanismos institucionais. O responsável destacou ainda a necessidade de reforçar os mecanismos de prevenção de conflito e promoção de diálogo para detetar e impedir futuros males e problemas.

Cabral disse ter "muita fé" na Guiné-Bissau e no seu povo, e referiu estar convencido de que será possível encontrar uma solução pacífica e sustentável. "Como africano, partilho do ponto de vista que os problemas devem ser resolvidos pelos africanos e com os africanos. A ONU está lá para dar apoio, ajudar, servir como plataforma de coesão e ser um facilitador", defendeu. Lusa

Terra Ranka: Pescas


A instalação de uma indústria de conservação e redes de distribuição de pescado a nível da Guiné-Bissau deve ocorrerá em breve, anunciou sexta-feira o secretário de Estado das Pescas e Economia Marítima, Ildefonso Barros.

O governante, que falava perante uma delegação de empresários da província chinesa de Jiangsu – de visita ao país desde o dia 26 – acrescentou que estes são os grandes compromissos assumidos pelo governo e o seu parceiro chinês, a Companhia Nacional de Pesca Marítima da China (CONAPEMAC), através de um protocolo de acordo rubricado.

“O processo está muito avançado e espero que em breve possamos ter o privilégio de assistir ao início dos trabalhos de construção”, revelou o secretário de Estado das Pescas e Economia Marítima, indicando que a futura indústria pesqueira fica localizada em Bissau, junto às instalações onde funciona a CONAPEMAC.

Partidos progressistas da CEDEAO reunidos no Benin




"As crises políticas na África Ocidental e o surgimento de uma consciência coletiva progressiva" foi o tema com que o Presidente do Partido Social Democrata beninense, Emmanuel Golou abriu a sessão dos trabalhos da Conferencia dos Partidos de Esquerda da África Ocidental, que ontem iniciou-se no Azalai Hotel Praia em Cotonou, Bénin.

Um total de 23 partidos políticos progressistas, vieram de 11 países para esta reunião de Cotonou. Os delegados durante todo o dia refletiram sobre "a necessidade de um quadro consultivo permanente dos partidos progressistas da África Ocidental". E do “papel que que cabe a estes partidos progressistas na construção e preservação da paz na África Ocidental".

Aquiles Massougbodji, SG PSD, em suas palavras introdutórias e de boas-vindas, destacou as razões para a reunião sub-regional dos partidos progressistas no âmbito da CEDEAO, que considerou como uma iniciativa louvável e oportuna nascida de um projeto do Partido Socialista senegalês.

"a vossa presença em Cotonou para tomarem parte nesta reunião, demonstra a urgência e a necessidade deste encontro da família dos partidos de esquerda, nesta altura em que acrescem as necessidades de uma real e efetiva coordenação entre nós, de forma a encontrarmos uma estratégia comum para reintroduzirmos um mais do que necessário debate político sobre questões de grande importância para o futuro dos nossos países respetivos”, diria ainda Aquiles Massougbodji, SG PSD, para logo concluir que “nós estamos aqui para reconstruir ou afinar os conceitos ideológicos no seio dos nossos partidos, a fim de podermos ideologicamente fazer as mudanças urgentes de que a África Ocidental precisa. Estamos aqui para delinearmos os objectivos e as estratégias da nossa actuação para com o futuro".

Para o Presidente do Partido Social Democrata do Bénin (PSD-Bénin), Emmanuel Golou, “esta reunião é a primeira história de sucesso dos partidos considerados de esquerda, após a falhada tentativa empreendida pelo Presidente Léopold Sédar Senghor em 1946 e este encontro na nossa capital servirá para discutirmos as grandes questões nosso tempo”

Para Emmanuel Golou, “o socialismo é uma abordagem pragmática que não morre com o tempo e que também não morrem com o desaparecimento dos seus mentores”, para logo acrescentar, citamos, “hoje, é preciso uma redefinição de valores e a nossa missão para ter sucesso, é desejável que os nossos partidos resistam e sobrevivam ao tempo, não morrendo com os seus fundadores”.

O Presidente do PSD Emmanuel Golou não deixou de enviar parabéns aos militantes do PSD partidos progressistas cujo país sediou as últimos reuniões deste grupo, tendo também convidado os líderes presentes para desenvolverem acções concertadas entre eles no sentido de se reforçar de forma sustentável a segurança na África Ocidental, ao mesmo tempo que defendia a necessidade de se proceder a importantes reformas políticas e económicas no seio de cada um dos países integrantes do espaço CEDEAO, pois como sustentou, citamos, “é chegado o tempo para que a nossa região e a África faca valer a sua real forca e da necessidade de um esforço consciente e coletivo para extirparmos do nosso seio essa falsa impotência que às vezes nos deixa indefesos".

O camarada Domingos Simões Pereira, fará igualmente uma apresentação da situação política, económica e social da Guiné-Bissau e do papel que cabe ao PAIGC de que é Presidente jogar neste processo conducentes ao reforço da democracia, da unidade e coesão nacionais, do desenvolvimento económico, financeiro, social e cultural do nosso país, com vista ä materialização dos grandes eixos programáticos do PAIGC em prol do desenvolvimento, do progresso e do bem-estar dos guineenses.

sábado, 31 de outubro de 2015

Autoridades da Guiné-Bissau detêm 500 estrangeiros sem documentos


As autoridades da Guiné-Bissau detiveram cerca de 500 cidadãos estrangeiros nos últimos dez dias por circularem sem documentos de identificação, disse hoje fonte do Serviço de Migração, Estrangeiros e Fronteiras no âmbito da operação "Poeira Lanta" (Levanta Poeira) destinada a por cobro a atos de vandalismo e assaltos.

De acordo com a mesma fonte, todos "vão ficar encarcerados até que paguem multa" no montante de 2.500 francos CFA (3,80 euros) por pessoa, sendo agravada para quem não tiver a situação legalizada. A operação "Poeira Lanta" vai prosseguir durante o período festivo de Natal e passagem de ano.

TESTEMUNHO: Determinado


"Meu dignissimo mano Aly,

Sei que não deves lembrar de mim, pois sou o irmão mais novo do ..., um teu grande amigo. No outro dia cumprimentei-te no parlamento (Guineense). Sou um grande fã, e tu és um ídolo!

Admiro a tua coragem, a firmeza, a determinação.

Um abraço do,
B._., Deputado da Nação"


Obrigado, digníssimo Deputado. Um abraço. AAS

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

PAIGC no encontro da Esquerda africana



PARTIDO AFRICANO PARA A INDEPENDÊNCIA DA GUINÉ E CABO VERDE

Comunicado de Imprensa

Uma delegação de alto nível do PAIGC, chefiada pelo Camarada Presidente Domingos Simões Pereira e integrada ainda pelo camarada Aly Hijazi, Secretário Nacional, encontra-se em Cotonou, Bénin, a convite do Presidente do Partido Social Democrata beninense, Emmanuel Golou, para participar num encontro dos partidos de esquerda da África Ocidental, cujos trabalhos se inicial a 31 de Outubro do corrente mês.

Os objectivos preconizados para este encontro dos partidos de esquerda da África Ocidental, afiliados ou não na Internacional Socialista é o de alcançarem uma plataforma que proporcione um melhor conhecimento entre eles, criar um verdadeiro espaço de solidariedade e cooperação, a par de uma procura de posições similares para as grandes questões de política regional e internacional e de assim poderem fazer face aos diferentes problemas que se colocam perante eles.

Esta procura de solidariedade regional e de reforço de cooperação e solidariedade entre estas forcas politicas da África Ocidental vem sendo reclamada pelas principais forcas políticas africanas ao nível de cada espaço regional, para assim poderem melhor responder aos desafios políticos e de desenvolvimento nos seus respetivos países e sub-regiões africanas.

Neste fórum de grande importância política, o Presidente do PAIGC, camarada Domingos Simões Pereira fará uma dissertação baseada não só na experiencia interna e externa do PAIGC, como igualmente sobre o seu papel e posicionamento perante os grandes problemas políticos e de desenvolvimento que a Guiné-Bissau tem vindo a registar nos últimos 20 a esta data.

O convite do Partido Social Democrata do Bénin ao PAIGC inscreve-se na linha do prestígio do nosso Partido além-fronteiras e da sua nova liderança, marcada principalmente pelos grandes êxitos alcançados pelo seu Executivo e que foram internacionalmente realçados pelos resultados e projeção conferidos a Guiné-Bissau sob a liderança de um Governo de Inclusão liderado pelo PAIGC.

Bissau, 30 de Outubro de 2015

Pelo Secretário da Comunicação a.i.

Oscar Barbosa “Cancan”

PM recebe representante da União Africana


O Primeiro-ministro, Carlos Correia, recebeu em visita de cortesia, o Representante da União Africana – UA, Sr. Ovídio Pequeno, que lhe veio saudar pela sua recente nomeação.



No encontro, com o Chefe do Governo, que foi assistido pelo Conselheiro para a área da Defesa e Segurança, Sr. Luís Melo, foi abordado a problemática da paz e segurança; questões como: o género, o armamento, a desmobilização das Forças Armadas, o Fundo de Pensões e Gratificações, a prevenção de conflitos, etc.

À saída, o Representante da UA, disse ter falado com a Sua Excelência: “um pouco sobre os programas e projetos que a União Africana,” a fim de “receber dele sobretudo orientações que possam ajudar na forma como a União Africana deve atuar.”

Diploma da Mérito para Representante da FAO


O Representante da FAO, na Guiné-Bissau, Sr. Joachim Laubhoult Akadié, cuja missão por motivos da reforma de carreira chegou ao seu término, esta manhã, do dia 30 de outubro, esteve no Palácio do Governo para pessoalmente despedir-se de Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia e agradecer ao Governo por todo o apoio prestado.



Foi ocasião, para o Sr. Joachim Akadié tecer breves considerações a sua atividade exercida durante as suas funções, enquanto representante da FAO no país, reafirmar o seu engajamento pessoal e colocar-se inteiramente à disposição do Governo guineense, para apoiar (mesmo estando na reforma, no exterior), as ações do desenvolvimento a nível do sector agrícola e das pescas, focalizadas para a segurança alimentar e nutricional das mulheres e dos jovens. Satisfeito, declarou à saída: “É com muita satisfação e esperança que parto, na esperança que o país continue com a estabilidade e ponha em ação o Programa prioritário do Governo, que é o Programa Nacional de Investimento Agrícola, como consta no Plano Terra Ranka.

O Chefe do Executivo ao desejar-lhe uma boa reforma, em jeito de elevado reconhecimento pelas contribuições prestadas ao país, informou ao ilustre visitante, de que é intenção do Governo atribuir-lhe um Diploma de Mérito, regozijando-se pelo facto do Ministério da Agricultura e Secretaria de Estado das Pescas, já o terem feito. A reunião, contou com a presença do Sr. Ildefonso Barros, Secretário de Estado das Pescas.

PM inaugura centro de controlo sanitário no aeroporto de Bissalanca


Foi hoje, dia 30 de outubro, inaugurado um Posto de Controlo Sanitário, sito no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pela sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.



Após, uma detalhada explicação pelos técnicos do Ministério da Saúde sobre o papel e as vantagens de instalar um Posto de Controlo Sanitário na fronteira do aeroporto, para a despistagem de certas epidemias, o Chefe do Executivo ao usar da palavra, declarou ser aquela contribuição “importante no quadro do controlo mundial de doenças.” Referindo-se “ser uma boa coisa, que tem todo o apoio da Guiné-Bissau”, pois, “vamos participar em toda a sua utilidade e obrigações de controlo de doenças”, mais concretamente, “nesta luta contra as epidemias, tal como ebola e outras doenças.”

A cerimónia foi presenciada pelas Suas Excelências: Ministra da Saúde, a Sra. Cadi Seide e Secretário de Estado de Transportes e Comunicações, o Sr. João Bernardo Vieira.

Bissau, 30 de outubro de 2015

Carlos Vaz

Conselheiro para Comunicação e Informação do Governo

Comunicado do Conselho de Ministros


Cabral, a maior figura africana



O jornalista e repórter de guerra sul-africano Al Venter considera Amílcar Cabral, “pai” das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, “a maior figura da libertação” em África, “bem acima” dos restantes líderes dos movimentos de libertação africanos.



Numa entrevista à agência Lusa, o autor de “Portugal e as Guerrilhas de África”, editado este mês pelo Clube de Autor, lembra também António de Spínola, “um dos líderes mais liberais que conheci”, considerando-o um homem “brilhante, talvez o mais brilhante” dos militares portugueses que conheceu em África.

Al Venter, 78 anos, cobriu as três frentes das guerras que Portugal manteve entre 1961 e 1974 – Angola, Guiné e Moçambique – e o livro ora lançado é um reflexo da vivência que manteve com o Exército, Marinha e Força Aérea portuguesas ao longo dos 13 anos de conflitos contra o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo).

“(Amílcar Cabral) está bem acima de qualquer outro líder de movimentos de libertação, não só nos antigos territórios portugueses mas de todos os africanos. (O PAIGC) tinha um exército agressivo e disciplinado”, salientou.

“E Cabral soube aproveitar a geografia da Guiné, que não tinha os problemas encontrados pela Frelimo ou pelo MPLA, que eram obrigados a percorrer centenas ou milhares de quilómetros para movimentarem as tropas e o armamento pesado."

Além disso, reforçou, o PAIGC de Cabral era “solidamente” apoiado pelo regime de Sékou Touré, na vizinha Guiné-Conacri (onde o movimento tinha a sua base militar), que contava com o apoio da então União Soviética, o que ajudou no conflito e na declaração unilateral da independência a 24 de setembro de 1973, oito meses depois de, ironicamente, ter sido assassinado precisamente em Conacri.

Na entrevista à Lusa, e transversalmente a diversas questões, o nome de Spínola surgiu recorrentemente, com o também realizador de documentários sobre conflitos a lembrar que o conheceu em Bissau, no fim dos anos de 1960, assumindo uma “grande admiração” pelo então Governador Militar da Província Portuguesa da Guiné.

“Era um homem invulgar. Direto, às vezes embaraçosamente direto, duro e um defensor da disciplina. Não tolerava preguiçosos e punia os que, mesmo sendo pessoas da sua confiança, se relaxassem. Mas era suficientemente modesto para se sentar com as pessoas, fossem oficiais, fossem populares, e ouvir o que tinham a dizer”, sustentou.

Al Venter lembrou que, durante o acompanhamento de missões de combate com as tropas portuguesas, conheceu também, entre muitos outros, Otelo Saraiva de Carvalho e Vítor Alves, ambos ligados à revolução de 25 de abril de 1974, de quem ficou “muito amigo”.

Sobre Angola, o repórter de guerra mostrou-se “crítico” face ao MPLA, sobretudo por, já depois da independência, ter agido de forma a pôr cobro ao cessar-fogo que permitiu as eleições de 1992 e de ter “assassinado” o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Jonas Savimbi, em 2002, depois de ter contratado “um bando de mercenários sul-africanos”.

Em relação a Savimbi, aliás, Al Venter considera-o “um dos maiores líderes da guerrilha do século XX” do antes da independência de Angola (11 de novembro de 1975) e que soube ser sempre “extremamente cauteloso” e evitar as sucessivas tentativas para o assassinarem.

Al Venter disse nunca ter percebido por que razão os Estados Unidos decidiram apoiar o líder da Frente de Libertação Nacional de Angola (FNLA), Holden Roberto, associado ao então presidente do ex-Zaire (atual República Democrática do Congo), homem que considerou “corrupto e alcoólico”.

Sobre Moçambique, quer a Frelimo quer a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) combateram “inteligentemente” contra Portugal, inteligência que “faltou a ambos” na guerra, apesar de considerar que Afonso Dhlakama liderava, na altura, um “exército insurgente invulgarmente competente”.

“Se as guerrilhas estavam prontas para enfrentar as forças portuguesas no terreno? Sim, tanto na Guiné como em Moçambique e não em Angola, embora, neste último caso, a guerra durou o tempo suficiente para o MPLA o tentar verdadeiramente”, concluiu. Lusa

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CEDEAO: Governo confirma engajamento


O Embaixador Representante Especial da CEDEAO na Guiné-Bissau, Sr. Ansumana E. Ceesay, esta manhã, do dia 29 de outubro, efetuou uma visita de cortesia a Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.



Durante a reunião o Embaixador reafirmou a disponibilidade do seu “bureau e da Comissão da CEDEAO, em continuar a trabalhar com o Governo da Guiné-Bissau nos objectivos já fixados, em conjunto, cuja prioridade principal é a Reforma do Sector da Defesa e da Segurança.” Sobre o Fundo de Pensão, respondeu “vamos trabalhar para mobilizar o fundo necessário...”

Por seu turno, o Chefe do Governo agradeceu a disponibilidade colocada por essa organização sub-regional, em continuar a acompanhar o desenvolvimento do país e confirmou o engajamento do governo em se avançar, com o projeto da Reforma em colaboração com a CEDAEO.

Bissau, 29 de outubro de 2015

Carlos Vaz
Conselheiro para Comunicação e Informação do Governo

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai apoiar ações de formação de quadros da administração pública da Guiné-Bissau no âmbito dos programas de reformas em curso no país, adiantou hoje o representante da organização.

Delegação chinesa recebida pelo PM Carlos Correia


Uma delegação da China Popular, da Província Jiangsu, que esteve em visita exploratória ao nosso país, acompanhado pelo Embaixador residente, Sr. Wang Hua, foi hoje, dia 29 de outubro, recebido no Salão Nobre do Conselho de Ministros, pela Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Sr. Carlos Correia.



A delegação chinesa após ter informado o Chefe do Governo do propósito de sua missão, fez uma breve resenha das potencialidades da Província Jiangsu, para concluir de que há todo interesse em cooperar com a Guiné-Bissau. Para esse efeito, pretendem assinar um Memorando de cooperação, a fim de intervir em várias áreas: na educação (aumentando a ofertas de bolsas de estudo); nas pescas (introduzindo aquacultura no país); no sector do comércio e de investimentos (mobilizando os empresários chineses para que invistam no país), etc.

Foi incumbido ao governo guineense de preparar um draft de Memorando, que aprovado, será rubricado aquando da visita à China pelo Ministro da Economia e Finanças, Sr. Geraldo Martins.



O Chefe do Executivo ao desejar um bom regresso à delegação e para que sintam saudades e muito brevemente possam regressar ao país, fez questão de lembrar que a relação de amizade e de cooperação com a China, data os primórdios da Luta de Libertação Nacional, desde os tempos em que “Amílcar Cabral acompanhado de dois camaradas angolanos visitaram à China.” E, que inclusive, “os 10 camaradas que iniciaram à Luta de Libertação, fizeram formação militar na China.” Finalizou, assegurando: “Esta delegação está no bom caminho. Pois, se juntarmos os esforços para o desenvolvimento do país será bem melhor.”

Bissau, 28 de outubro de 2015

Carlos Vaz

Conselheiro para Comunicação e Informação do Governo