terça-feira, 29 de julho de 2014

PIB pode crescer nove vezes mais em relação a 2013


O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) da Guiné-Bissau cresça 2,7% este ano, nove vezes mais que os 0,3% de 2013, anunciou hoje o chefe da missão que esteve sete dias no país. "Espera-se que que a atividade económica acelere este ano, no contexto dos melhores preços de exportação de caju e do restabelecimento do apoio de parceiros internacionais", referiu Maurício Villafuerte em conferência de imprensa.

A missão estima que, "após um crescimento de 0,3% em 2013, o PIB alcance um crescimento de 2,7% em 2014", sublinhou. Na prática, a taxa de evolução prevista para este ano é nove vezes superior à do ano transato. Um dos pontos de viragem aconteceu nas últimas semanas, com a tomada de posse de um Governo e Presidente eleitos, em substituição dos órgãos que tomaram o poder com o golpe de Estado de 2012.

O FMI destacou a confiança dos bancos regionais que já permitiu ao novo executivo a emissão de 22,8 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro e considera que há "uma perspetiva favorável" para se conquistar "o rápido restabelecimento do apoio dos doadores internacionais" - condição essencial para o Governo "alcançar plenas condições operacionais".

O executivo espera levar ao parlamento, o mais tardar em setembro, um orçamento geral do Estado para o que resta de 2014 que, tanto o chefe de missão do FMI, como o ministro das Finanças e Economia, Geraldo Martins, querem que seja "totalmente financiável".

"A aprovação de um orçamento totalmente financiável para 2014 constitui um elemento decisivo para que se possa introduzir disciplina orçamental, aliada à complexa implementação de medidas que visam melhorar a gestão de Tesouraria e o controlo da execução orçamental", defendeu hoje Maurício Villafuerte.

Nova missão estará na capital guineense em setembro para preparar um programa de apoio ao país, depois de o último empréstimo do FMI, no valor de cerca de três milhões de euros e previsto para o período de 2011 a 2013, ter sido interrompido com o golpe militar de 2012. "Para apoiar financeiramente a Guiné-Bissau, um novo empréstimo terá que ser desenhado com base no programa de médio prazo que o Governo está a preparar", referiu Maurício Villafuerte.

Geraldo Martins destacou que o objetivo do executivo "é ter um programa com o fundo o mais rapidamente possível", porque "os parceiros de desenvolvimento vão sentir-se mais confiantes em apoiar o país". "Existem várias janelas no FMI que a Guiné-Bissau pode utilizar, vamos tentar perceber qual a que nos pode facilitar rapidamente a adoção de um programa", concluiu o ministro das Finanças e Economia. Lusa

DROGAS: Anunciar redução de tráfico na Guiné-Bissau pode ser "prematuro"


Quaisquer declarações que apontem para uma redução do tráfico de droga na Guiné-Bissau ou noutros pontos da África Ocidental "devem ser consideradas prematuras, na melhor das hipóteses", alerta a organização suíça International Relations and Security Network (ISN).

A conclusão surge num artigo intitulado "O tráfico de droga em evolução na Guiné-Bissau e África Ocidental" publicado na segunda-feira no portal da ISN, na Internet. O documento é da autoria de Davin O`Regan, investigador no Africa Center for Strategic Studies (agência especializada do Departamento de Defesa Americano) que contraria as posições assumidas por representantes das Nações Unidas no país desde 2009.

Apesar de as considerar "compreensíveis" face à diminuição de grandes apreensões de droga e face à ausência de outras evidências, considera que "uma análise mais aprofundada sugere que a complacência com o tráfico de droga na Guiné-Bissau deve ser evitada".

Por um lado, "incidentes anteriores indiciam que os traficantes podem ter ligações enraizadas no país e a maioria tem conseguido operar sem recear consequências, pelo que não têm razões para se afastar de um ambiente propício ao negócio".

Os países da África Ocidental continuam a ser "Estados fracos" e a falta de grandes apreensões "pode apenas refletir o uso de técnicas mais avançadas pelos grupos locais e uma mais meticulosa cooptação de órgãos chave na estrutura estatal", sublinha. O artigo destaca a dimensão regional do tráfico de droga, "a operar através de diversas rotas e redes".

A partir de informação detalhada disponível publicamente, conclui que os estupefacientes "circulam através de uma variedade de Estados africanos, incluindo a Guiné-Bissau e seus vizinhos" - pelo que, quando o fenómeno parece desaparecer num país e surgir noutro, trata-se apenas uma adaptação pontual de rotas que têm vários percursos alternativos na região. "Em vez de estar a diminuir, a extensão e impacto do tráfico de droga na África Ocidental pode estar subestimada", refere.

O documento analisa detenções passadas para realçar outro aspeto: os contactos africanos não serão apenas facilitadores de circulação de droga da América do Sul para o resto do mundo, mas serão eles próprios traficantes com o seu mercado. "Mesmo que os traficantes estrangeiros fossem afastados da Guiné-Bissau, parece haver operadores locais com ligações fortes ao mercado de narcóticos, com contactos e capacidade para manter o seu ímpeto", destaca o artigo.

No documento publicado na segunda-feira, o autor recorda o relatório apresentado em junho pela Comissão do Oeste Africano sobre as Drogas (WACD, sigla inglesa), segundo o qual a "guerra" contra a droga "falhou" e a região é "uma nova placa giratória do tráfico mundial de droga".

Citando os valores do conselho de segurança das Nações Unidas no fim de 2013, a comissão estima que "o valor anual da cocaína em trânsito no oeste de África ronda 1,25 milhões de dólares, um montante largamente superior ao orçamento anual" de vários estados da região.

A WACD, criada pelo ex-secretário-geral das Nações Unidas Kofi Annan, e pelo ex-presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, é composta por vários ex-dirigentes políticos africanos, como o ex-presidente cabo-verdiano Pedro Pires e o ex-secretário da Organização de União Africana Edem Kodjo. Lusa

segunda-feira, 28 de julho de 2014

TAP: O comunicado da transportadora portuguesa




COMUNICADO DE IMPRENSA

A TAP Portugal informa aos estimados passageiros, clientes, agentes de viagens e público em geral que retoma a sua operação em voo direto e sem paragem com efetividade a 28 de Outubro de 2014 no horário abaixo sendo que o primeiro voo será realizado na noite de 28/Outubro/2014:

Todas as 3ª Feiras, 5ª Feiras e Sábados:

Partida de Lisboa 20H50 Chegada a Bissau 01H05

Partida de Bissau 02H05 chegada a Lisboa 06H15

Tipo de avião: A321/A320/A319

A partir de hoje, os clientes podem já realizar as reservas nos voos da TAP entre Lisboa e Bissau, em www.flytap.com, pelo contact center em 707 205 500 ou via skype (tap.contact.center) e nos agentes de viagens.

A TAP Portugal aproveita para agradecer toda a manifestação de simpatia que recebeu durante a longa ausência que privou Bissau dos seus voos diretos a Lisboa.

Bissau, 28 de julho de 2014

ÚLTIMA HORA/TAP: Voos para Bissau serão retomados no dia 28 de outubro, depois do acordo assinado hoje, em Lisboa, entre os chefes da diplomacia de Portugal e da Guiné-Bissau, na presença dos respectivos chefes de Governo. Serão três voos semanais, e as reservas podem ser feitas a partir de hoje. AAS


As ligações entre Portugal e a Guiné-Bissau foram suspensas após o embarque de 74 cidadãos sírios com passaportes falsos no voo TP202, que chegou a Lisboa na madrugada do dia 10 de dezembro de 2013. A entrada no avião da companhia portuguesa foi forçada pelas autoridades guineenses do governo golpista de transição.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

TAP: Acordo para retoma dos voos será assinado brevemente


A TAP suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde Dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. Portugal e a Guiné-Bissau vão assinar na segunda-feira de manhã um acordo para retomar as ligações aéreas entre Lisboa e Bissau, confirmou à Lusa uma fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

O protocolo de cooperação, formação e capacitação nas áreas das migrações e controlo de fronteiras será assinado pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, e pelo seu homólogo da Guiné-Bissau, Mário Lopes da Rosa, em Lisboa, estando também presentes os primeiros-ministros dos dois países.

"Falta limar o acordo Estado a Estado para dar garantias de segurança nos voos, e aliás foi essa a razão da interrupção dos voos, e quando estiver concluído esse acordo, a TAP terá depois de decidir, enquanto empresa, a retoma dos voos", disse o ministro Rui Machete na Guiné-Bissau, quando participou na cerimónia de tomada de posse do seu homólogo.

Questionada pela Lusa sobre a ligação entre este protocolo e a retoma das ligações aéreas diretas entre Lisboa e Bissau, uma fonte oficial afirmou que "a TAP neste momento não tem ainda informação oficial sobre a existência de condições a nível diplomático para retomar os voos, mas mantém a expetativa de retomar a operação logo que possível". A companhia aérea portuguesa, acrescentou, "desde a primeira hora que voa para os países de língua portuguesa e isso faz parte da sua tradição".

Questionada sobre quanto tempo poderá demorar até que sejam retomados os voos, a mesma fonte não quis avançar uma data, mas disse que, de uma forma genérica, o tempo que medeia entre uma decisão deste género e o início da operação costuma demorar dois a três meses, normalmente usados para criar condições técnicas, abrir os mercados e começar a receber reservas para os voos.

A TAP suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa. Na altura a TAP considerou que só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto, que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente. Lisa

ADESÃO: Jornal de Angola volta atacar Portugal


O Jornal de Angola volta hoje a criticar Portugal, pela segunda vez em três dias, e novamente sobre a Guiné Equatorial, acusando os portugueses de darem "lições de democracia" quando no país "há crianças a morrer de fome". Em causa está a adesão daquele país, antiga colónia espanhola em África, à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), concretizada quarta-feira na Cimeira de Díli, em Timor-Leste, apesar das dúvidas lançadas a partir de Portugal.

"Os portugueses têm um grande orgulho na expansão marítima da qual resultou o seu império. Mas agora há países e povos que guardam a memória desse passado comum e querem pertencer à CPLP. Alguns renegam esse passado e opõem-se ao alargamento da organização. São demasiado pequenos para a grandeza da Língua Portuguesa", afirma o editorial.

No editorial, intitulado "A grandeza da língua", o diário estatal recorda que parte do território da Guiné Equatorial "já foi colónia portuguesa" e que a ilha de Fernando Pó [atual Bioko] recebeu o nome do navegador português, o mesmo acontecendo com a ilha de Ano-Bom. "Mas na pequena ilha [Ano-Bom] está um tesouro da lusofonia: fala-se crioulo [fá d'ambô] que tem por base o português arcaico e que chegou quase incólume aos nossos dias", diz o jornal.

Afirma que "está provado" que aquelas ilhas da "foram povoadas por escravos angolanos" e que Angola pretende "ir lá render homenagem" aos antepassados. "Agora que Fernando Pó e Ano-Bom fazem parte da CPLP, mais facilmente podemos cumprir esse dever. Mas sem a companhia das elites estrábicas, que nem sequer foram capazes de defender a dulcíssima língua portuguesa do Acordo Ortográfico", lê-se.

Sobre as dúvidas em torno da adesão da Guiné Equatorial, o Jornal de Angola já tinha criticado Portugal no editorial de terça-feira, o mesmo dia em que o vice-primeiro-ministro Paulo Portas foi recebido em Luanda pelo Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Hoje é a vez de o ministro da Economia, António Pires de Lima, visitar a capital angolana. "Os angolanos querem saber mais sobre a Língua Portuguesa (...) Os portugueses deviam ter o mesmo interesse, mas pelos vistos só estão interessados em dar lições de democracia, quando dentro das suas portas há crianças a morrer de fome", diz o editorial.

O matutino volta a referir-se às "elites portuguesas ignorantes e corruptas", afirmando que com a introdução do português como língua oficial no país "esse argumento deixou de valer".

Num dos artigos mais críticos de Portugal dos últimos meses, aquele jornal diz que "em Lisboa surgiram numerosas vozes contra a adesão" mas que "nunca chegarão aos céus", provenientes de "políticos e líderes de opinião". "O que revela uma contradição insanável eivada de ignorância e uma tendência inquietante para criar um 'apartheid' nas relações internacionais", escreve o matutino. Diz por isso que não se "compreende" a "soberba" com que em Portugal "tratam a Guiné Equatorial e o Presidente Obiang".

Classifica o tema da pena de morte, invocado por Lisboa, como "muito débil", tendo em conta que os Estados Unidos "executam todos os dias condenados à pena capital" e que "nem por isso os porta-vozes dessas elites querem expulsar o seu aliado da OTAN [NATO]". "Pelo contrário, quando Washington anunciou que ia sair da Ilha Terceira por já não ter interesse na Base das Lajes, todos se puseram de joelhos, implorando que a base aérea continue", crítica, em editorial, o Jornal de Angola. Lusa

quarta-feira, 23 de julho de 2014

NOTÍCIA DC: Governo está 15 mil milhões de FCFA mais rico


Ditadura do Consenso apurou junto de uma fonte do banco central, que o Governo guineense recebeu hoje, na sua conta do BCEAO, 15 mil milhões de FCFA, inicialmente programado, preparado e solicitado pelo governo de trasição. O valor incialmente programado, através do ministério das Finanças, foi de 23 mil e cem milhões de FCFA, que foi autorizado e confirmado em parceria com o BCEAO.

Este valor destina-se principalmente à regularização dos salário e atrasados internos do Estado. A emissão de títulos do tesouro é da exclusiva competência do ministério das Finanças. AAS

COMUNIDADE TRAÍDA E APUNHALADA


Um já cá canta. Falta o Mugabe, outro escroque!

PROTESTO. PROTESTO. PROTESTO. Os cidadãos da CPLP foram traídos, ontem, em Díli pela entrada à socapa da Guiné-Equatorial e da ditadura de Teodoro Obiang na nossa comunidade "de Países de Língua Portuguesa". Sinto-me traído pelos oito países, mas mais pelo meu - a Guiné-Bissau.



Uma moratória por si só, não invalida a pena de morte, adia-a; a língua portuguesa não é nem nunca será falada (o francês, que é a segunda língua oficial não é falada sequer por 5 por cento da população. Obiang continua a roubar o seu povo, a torturar, a matar.

OS CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA CPLP TRAÍRAM OS POVOS DOS SEUS PAÍSES. TENHAM VERGONHA!!!

Por PROTESTO, o blog não será actualizado com notícias relativas à reunião até que a cimeira acabe, e, com alguma sorte o avião presidencial de Obiang se despenhe algures num oceano qualquer!!! É o meu desejo. António Aly Silva

terça-feira, 22 de julho de 2014

JOMAV convoca primeira reunião do Conselho Superior de Defesa da sua presidência


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, convocou hoje a primeira reunião do Conselho Superior de Defesa do país para uma apresentação formal dos novos membros do órgão, disse o diretor do seu gabinete, Octávio Lopes. Por inerência de funções o Presidente guineense é o comandante-em-chefe das Forças Armadas, pelo que preside ao Conselho Superior de Defesa.

Após a sua investidura no cargo José Mário Vaz convocou o órgão para se apresentar e conhecer os restantes membros, notou Octávio Lopes. Além da apresentação formal entre os membros, a reunião também visava debater a proposta de perfil do novo secretário do Conselho, cujo nome será indicado pelo Governo e ainda falar de diversos assuntos de defesa da Guiné-Bissau.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, António Indjai, também membro do Conselho Superior de Defesa, aproveitou para apresentar ao chefe de Estado a estrutura orgânica do comando militar e «falar de dificuldades e carências» da instituição.

Segundo Octávio Lopes, a reunião ficou marcada pelo «espírito de abertura total» para uma colaboração institucional entre a presidência da Republica, o Governo e as Forças Armadas para a resolução dos problemas. Além do Presidente da República, que preside ao Conselho Superior de Defesa, integram este órgão o primeiro-ministro, os ministros da Defesa, da Administração Interna e das Infra-Estruturas e um deputado. Lusa

AMEN: Bispo Auxiliar pede ajuda a Angola para o desenvolvimento da Guiné-Bissau



D. José Lampra Cá, Bispo Auxiliar

O bispo da Guiné-Bissau, Lampra Cá, pediu hoje o apoio de Angola no processo de desenvolvimento do país, depois de restabelecida a situação constitucional naquele país da comunidade lusófona. O prelado falava à imprensa à margem do XI Encontro dos Bispos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza em Luanda de 21 a 28 deste mês.

Segundo Lampra Cá, a situação envolvendo um Governo de transição que dirigiu a Guiné-Bissau desde 2012 criou várias dificuldades. "Os funcionários públicos não recebem os salários regularmente, como podem imaginar isso criou um mal-estar generalizado, mas agora com as novas autoridades há muita expectativa", disse o bispo.

Após o golpe militar que interrompeu a segunda volta da campanha eleitoral em abril de 2012, a Guiné-Bissau voltou à normalidade constitucional com a realização de eleições legislativas e presidenciais este ano, com a eleição de José Mário Vaz como Presidente da República.

CIMEIRA CPLP: Organização quer apoio internacional para recuperação da Guiné-Bissau


Os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) querem apoiar a Guiné-Bissau e estão empenhadas em reunir apoios da comunidade internacional para garantir o desenvolvimento daquele país, anunciou hoje o ministro timorense dos Negócios Estrangeiros.

José Luís Guterres falava hoje em Díli após o Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros, que antecede a X cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização lusófona, que se realiza esta quarta-feira. "Há o interesse dos nossos países em dar o apoio que for preciso, de acordo com os meios que cada um de nós possuir, para que a Guiné-Bissau consolide o processo democrático, consolide a paz e a estabilidade, condições fundamentais para o arranque e desenvolvimento", afirmou o ministro timorense.

"Há um consenso de que precisamos de fazer mais pela Guiné-Bissau", disse Guterres, que sublinhou que "cada um dos países tem a sua própria conjuntura económica" e, por isso, não se pode dizer que a CPLP "sozinha vai resolver todos os problemas" daquele país africano.

O ministro anunciou que "há a ideia de organizar uma conferência internacional para que os doadores dos diversos países possam dar a sua contribuição", nomeadamente os membros da União Europeia, das Nações Unidas, da União Africana ou da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O governante timorense referiu ainda que a CPLP decidiu renovar o mandato do representante especial para a Guiné-Bissau, Carlos Moura, nomeado no início deste ano. "Certamente ele irá, em consonância com a União Africana e com a CEDEAO, arranjar forma de consultas com vários intervenientes para que encontremos o apoio político e financeiro necessário para fazermos o arranque para o desenvolvimento do país-irmão da Guiné-Bissau", declarou.

Mais do que a possibilidade de cada país de apoiar financeiramente Bissau, os membros da CPLP pretendem "intervir politicamente e mobilizar outros países" para contribuir para aquele país africano. "O governo da Guiné-Bissau tomou posse recentemente e precisará de algum tempo para fazer o plano necessário para saber quais são as necessidades".

A Guiné-Bissau tem um novo Presidente e governo eleitos, depois de mais de dois anos de autoridades de transição, na sequência de um golpe de estado militar, em abril de 2012. O primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, já chegou a Díli para participar na cimeira da CPLP. Lusa

O EDITOR DO DITADURA DO CONSENSO DIZ NÃO À ENTRADA DA GUINÉ-EQUATORIAL NA CPLP! AAS

DSP: "Regresso do país à CPLP demonstra solidariedade dos Estados-membros"


O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou hoje que o regresso do país à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é uma demonstração de solidariedade dos Estados-membros da organização.

Domingos Simões Pereira falava aos jornalistas pouco depois de ter aterrado no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, num avião de uma companhia aérea indonésia que também transportou o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho.
É uma "demonstração de solidariedade o facto de os países da CPLP nos acolherem de volta e vamos tentar corresponder através das discussões que vão certamente acontecer", afirmou.

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau participa na quarta-feira na X Cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que vai ficar marcada pelo regresso daquele país à organização, depois de ter sido suspenso por causa do golpe de Estado de 2012, e pela possível entrada da Guiné Equatorial como membro de pleno direito.

"Queria expressar a minha enorme satisfação por estar de volta a Timor-Leste e queria dar os parabéns ao povo e Governo de Timor-Leste por se ter vestido de gala para mais este encontro da CPLP", disse Domingos Simões Pereira.
O chefe do executivo guineense afirmou também esperar que durante o encontro de quarta-feira a CPLP saiba "pavimentar o percurso para os grandes desafios" que a organização vai enfrentar.

Além de Domingos Simões Pereira, aterraram hoje no aeroporto Nicolau Lobato os presidentes de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, de Moçambique, Armando Guebuza, de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca e o vice-Presidente de Angola, Manuel Vicente. O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, deverá aterrar em Díli cerca das 17:00 locais (09:00 em Lisboa), segundo as autoridades timorenses. Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Lusa

FUSÃO/SIDÓ: "Ao amigo 'Ticha'. Teu combate é nosso, teu patriotismo está ileso e teu jornalismo sem falhas. Estamos juntos. Praia, Cabo Verde. Sidó"




Obrigado, mais velho. Um abraço,
Aly

segunda-feira, 21 de julho de 2014

CHOCANTE: Hospital Simão Mendes, Bissau, século XXI




COMO SOFRE O POVO DO MEU PAÍS: Três crianças numa cama, com os pés de fora, garrafas de soro penduradas em paus atados à cama... Fidju di Guiné foronta:

"Bentu fresku, na nha kaminhada
Sigridan Seku, kombersa camarada
Kaminhu kun na pensa, des povo kansado
Ku misti diskansa, pa fassil santadu"

Mama Djombo, Dus Passo

OPINIÃO: Sentimento de optimismo, mas...


Hoje, apesar de algumas desilusões geradas à volta de algumas figuras non gratas do actual elenco governativo, vive-se um sentimento generalizado de optimismo, senão de euforia no seio da sociedade guineense, em particular, relativamente à figura do Presidente da Republica e as expectativas criadas à volta do potencial de desempenho do futuro do Chefe do Governo.

Não seria para menos, dado que, Bissau voltou a estar na moda, certo, a custa de muitos sacrificios. Bissau voltou à agenda internacional, pela porta da legitimidade e do respeito, estatuto pelo qual, sempre o seu povo pugnou e lutou estoicamente. Sinais encorajadoras de abertura estão sendo dadas nos varios quadrantes da vida socio-politica nacional, marcando, a retoma do pais ao estatuto de Estado democratico. E bom, é bonito ser legitimo, é bom e reconfortante ser digno da sua representatividade. São bons todos esses sinais..., evidentemente gratificantes, para o povo e para o pais !

Contudo, também é bom aprimorar a nossa faustosa euforia, reconhecendo de que, esses bons sinais, so por isso não bastam para solucionar a enormidade dos problemas que submergem um pais exanque como o nosso, mercê de uma herança catastrofica deixada por um regime de irresponsaveis, orientados por padrões anormais de governabilidade cujas acções sobre o bem publico, foram particularmente pautadas pela incuria e actos de dilinquência primaria, principalmente por parte das figuras mais proeminentes do regime de transição vivida no pais.

Julgo, que devemos ser moderadamente ponderados na nossa legitima euforia. Digo isso, pois hoje, sem citar nomes, constactamos estupefactos, que algumas proeminentes figuras do regime de transição, principais responsaveis pelo estado calamitoso actual do pais, foram paradoxalmente recompensados pelos seus desvairios de ma governação, sendo reintegrados na estructura do novo governo legitimamente eleito – sera que o crime compensa ?!... Na verdade, trata-se de uma realidade chocante, um autêntico não senso que roça à provocação à vontade popular, caso nos atardemos sobre os racios de comportamento delinquentes dessas figuras da transição-golpista, hoje recicladas para servirem num governo democraticamente sufragado.

Sem querer ser maso-pessimista, é minha convicção, de que, mesmo com todos esses sinais de boa fortuna para o pais, eles arriscam-se a ser infimos e com impacto efémero sobre as inumeras questões de emergência nacional, caso essas valências conjunturais, não sejam orientadas para um ciclo de perenidade que proporcione resultados estruturalmente equitativos em todo o tecido nacional. Isso passa igualmente, pela credibilização, quer dos elementos institucionais, mas também, senão principalmente pelas "pessoas/figuras" que aportam a sustentabilidade desse desafio de interesse nacional que não se deve resumir a um jogo de xadrez geopartidario ou geopolitico, como é o caso em presença. Não sendo a questão ponderada dentro dessas premissas, num curto espaço de tempo, inevitavelmente seremos condenados a voltar ao âmago da desilusão e, irremediavelmente cairemos no ciclo do "bota à baixo", lema da sociedade retrocratica dos "krakris".

Por isso, impõe-se ao novo poder democratico emergente, um "alinhamento" com os verdadeiros valores da res publica assente na inevitavel responsabilização dos actos dos servidores do Estado no que toca a gestão da coisa publica, começando pela responsabilização dos servidores do regime cessante, assim como na balização da conduta e responsabilização dos que presentemente se perfilham para a legislatura em curso. E necessario, senão imperioso esse exercicio de cidadania governativa, por forma a aquilitarmos, em cada instância e em cada ciclo de governação do Estado, sobre : "quem", "como", "quando" e "porquê" de tal ou tal situação que se vive na Guiné-Bissau, seja ela presente ou passado.

É ppreciso fazer esse exercicio, sem medos, sem fantasmas ou "rabu di padja". E preciso assacar as responsabilidades de cada um e de cada qual, em cada momento da nossa historia, para que, o pais se possa encarar a si mesmo, se rever nos seus cidadãos e dar novo alento aos ventos de esperança que teimam a soprar nos horizontes do Geba. Não fazer isso, é tentar tapar o sol com a peneira, é atirar areia aos olhos dos nossos concidadãos, é pactuar com a irresponsabilidade e o comodismo tipicamente guineense do "djitu ka tem", "i coitadi dissal", "n'purdal" ou mesmo "n'portam la".

Entretanto, ao "day after" da transição-golpistas, para além deste desafio de "consciência governativa" que se impõe ao novo poder eleito, varios outros assuntos, quiça alguns, de maior acuidado aguardam igualmente soluções por parte dos guineenses ciosos de respostas aos seus ensejos.

Esperam aos novos governantes, desafios enormes e espinhosos. Perante isso, é bom não se acovardarem, tentando furtar-se aos desafios, fingindo ignorar os encolhos que lhe aguardam desafiadoramente ao virar da pagina da retoma democratica. A abordagem dessa confrontação, deve ser assumido de forma corajosa, pragmatica e com a actualidade que se impõe a sua resolução.

Deixando de ser evasivo, falo concrectamente das mudanças no seio da hierarquia militar, principalmente a substituição, necessaria e imperiosa, dos Chefes dos Ramos das Forças Armadas guineenses : a fonte, o principio e o cerne de todos os problemas da Guiné-Bissau.

Infelizmente, ao que parece, até a presente data, apesar da retoma constitucional, teima-se em fazer tabu sobre esse incomodativo "assunto". O novo poder não muge sobre o "assunto" e, mesmo a sociedade civil, activa e presente nos assuntos nacionais, parece ter caido no canto da sereia da aparente submissão dos militares ao poder politico depois das eleições, deixando por esse encanto... a carroça andar até se estatelar abrupta e brutalmente. E infelizmente assim que, num cenario de "sukundi-sukundi", uns fingem que o "assunto" não existe, outros assobiam para o lado evitando tocar ou incomodar-se com o "assunto", ha-os que varrem diplomaticamente o "assunto" para o canto da sala, pensando que com o tempo, passa o fedor e vem a acalmia.

Para mal dos nossos pecados, tudo é, pura mentira, simples ilusão..., o "assunto" esta la e, la continuara. Estara em latência letal ? Em hibernação reactiva ??... Não se sabe... Mas, so se sabera, se alguém tiver a coragem de tocar no "assunto"...nesse caso, todos preferem conviver com o "assunto", assobiando para o lado, com o nariz tapado.

Grupo de Reflexão, "Fongol – Pensar e agir em prol do bem comum".

AMADORISMO: Peripécias várias ditaram derrota na CAN


A Guiné-Bissau perdeu frente à seleção de futebol do Botswana por 2-0, na primeira mão da segunda eliminatória de qualificação para a Taça das Nações Africanas de 2015 (CAN2015), em Gaberone. Os dois golos da seleção do Botswana foram marcados pelo médio Lemponye Tshireletso.

Fonte do Governo guineense afirmou que o encontro foi antecedido de "muitas peripécias", com oito jogadores guineenses a serem impedidos de participar no jogo devido a "irregularidades" invocadas pelas autoridades do Botswana. "Vamos aguardar pela chegada da delegação para apurar responsabilidades", acrescentou a mesma fonte.

Zézinho, considerado a estrela da seleção orientada por Paulo Torres, foi um dos jogadores impedidos de passar na fronteira do Gana. De acordo com a mesma fonte governamental, em causa está o facto de alguns jogadores não terem visto para entrar no Botswana e de outros por viajarem com passaporte português, uma vez que detêm dupla nacionalidade.

OPINIÃO: "Guiné-Bissau, a última oportunidade"


LUÍS NASCIMENTO
Fonte: Público

Um novo poder apoiado pela comunidade internacional será capaz de lidar com maior pragmatismo e, sobretudo, incutir confiança.

É muito frequente considerar-se a Guiné-Bissau um Estado falhado, à deriva, dominado pelo crime organizado.

Todos os indicadores o demonstram na última década. Está muito próximo desse “estatuto”. Não há presença da Administração estatal eficaz em praticamente nenhum sector da vida nacional. Existem serviços quase todos eles dominados por uma corrupção generalizada e ostensiva, que salta à vista de toda a gente. O Estado não consegue cobrar impostos. As actividades económicas desenrolam-se num autêntico maná de economias paralela, sem taxação, sem controlo de segurança e qualidade.

Alguns destes sectores alimentam-se do caos. Há uma transversalidade do caos.

A Guiné-Bissau foi engolida por problemas de crime organizado, tráfico de drogas, tráfico de seres humanos, o desmatamento, a pesca ilegal, que esgotou os seus recursos naturais. O Porto de Bissau está cheio de contentores carregados de madeiras preciosas que sem destinatários oficiais... alguns governadores provinciais (reconhecidamente corajosos…), denunciam todos os dias estas situações nas páginas dos jornais. Mas não há polícia, guarda-fiscal, exercito, com vontade de parar estes desmandos. Tudo na mais absoluta impunidade. Os tribunais não funcionam, o Ministério Publico tem centenas de processos, sobre crimes graves, incluindo espancamentos de políticos, que estão fechados na gaveta e provavelmente nunca verão a luz do dia.

Há uma sensação de impunidade sobre os militares, umas forças armadas descontroladas, mal alimentadas, mal pagas, sem dinheiro para uniformes, para equipamentos. Ao mesmo tempo há um generalato e almirantado completamente inúteis, desproporcionado em número, que exibe orgulhosamente galões e estrelas brilhantes, e com um poder avassalador. Gente muito “sensível” e orgulhosa.

Desde a guerra civil de 7 de Junho de 1998, que a Guiné Bissau conheceu vários golpes de Estado sangrentos, intentonas, assassinatos consumados de chefes militares, de um Presidente Eleito, tentativa de assassinato de um Primeiro-Ministro no golpe de Abril de 2012.

Nas eleições gerais de Abril e Maio, os eleitores mostraram um cartão vermelho a estes ditadores: querem mudar e querem fazer parte dessa mudança. A grande afluência às urnas em todo o País foi a confirmação de que os guineenses, nas cidades, nas tabancas, na diáspora, querem ser parte de uma transformação radical do actual “status quo”. Os comícios de campanha eleitoral foram marcados pelo civismo. Deve haver poucos lugares no mundo, onde os dois candidatos rivais escolhem para fecho de uma campanha na segunda volta das presidenciais, a mesma praça central de Bissau, em festa, sem discursos inflamados, com os dois campos de apoiantes a trocarem abraços, cumprimentos, entre si.

Fui testemunha privilegiada disso em serviço de reportagem, nos contactos pessoais.

E verifica-se que a generalidade dos guineenses sabe bem que escolhas há a fazer, neste regresso à Ordem Constitucional e no elenco de prioridades, que se podiam encaixar num autêntico programa de emergência nacional.

Não há medicamentos nem alimentos para os doentes internados nos hospitais, o abastecimento de energia electrica é caótico, a capital, Bissau, está quase toda às escuras, não obstante os seus residentes pagarem para ter “saldo”, um pré-carregamento de electricidade. Prolifera a poluição do ar por todo o lado, já que a alternativa à electricidade da rede pública, são os milhares de geradores a gasóleo, que não chegam à maioria dos residentes, mas são o motor do funcionamento de estabelecimentos comerciais, hotéis, edifícios públicos, etc.

Tudo isto encarece a prestação de serviços e bens essenciais.

Bissau é uma cidade cara, alguém me dizia que em “certa medida não anda muito longe do Dubai…”

Os produtores de fruta, deslocam-se do interior para os centros urbanos, para comercializarem os seus produtos, e no tajecto são “portajados” várias vezes por supostos fiscais, tornando a vida insuportável a muitos deles, e tudo inflacionando.

O abastecimento de água é igualmente muito irregular, obrigando muitos guineenses a percorrerem longas distâncias com bidões às costas, para poderem cozinhar e matar a sede. As condições higio-sanitárias são preocupantes, não há recolha de lixo, a alternativa são as queimadas um pouco por toda a cidade. Os esgotos a céu aberto são um autêntico viveiro de mosquitos e de muitas outras coisas insalubres, num país com um clima tropical quente e húmido, onde seres humanos, em especial as crianças e animais, “partilham” uma água pestilenta, perigosa, indutora de doenças como a cólera e a malaria.

sábado, 19 de julho de 2014

CAN 2015: Guiné-Bissau perdeu hoje frente à seleção de futebol do Botswana por 2-0, na primeira mão da segunda eliminatória de qualificação para a Taça das Nações Africanas de 2015 (CAN2015), em Gaberone. AAS

OPINIÃO: A isto chamamos escola


Estas imagens demonstram, em parte, o tamanho dos desafios que a sociedade civil, e sobretudo, as novas autoridades têm pela frente. Num momento em que se fala da educação como uma das prioridades da nova governação democrática, trago ao conhecimento público estas “tristes” imagens que expressam o estado de “arte” da educação na Guiné-Bissau.
Na aldeia de Kamquébu situada no sector de Mansabá, região de Oio, um pouco mais de 100 crianças frequentam diariamente esta “escola” que vemos nas imagens, e assim, nessas condições desumanas, elas vão-se preparando para amanhã se tornarem em homens e mulheres escolarizados, formados e preparados para os desafios de desenvolvimento.



O mais caricato de toda esta realidade, é que, alguns metros mais a frente, podem-se ver troncos de madeira (pau de sangue) espalhados, um pouco por todo o lado, a espera de serem transportados para Bissau e daqui para a China. São troncos de árvores subtraídos das florestas que pertencem também ao território da aldeia de Kanquébu, madeira essa que tanta falta faz para a confecção de portas, carteiras, mesas e quadros de que carece a escola. E retomando o nosso caricato cenário, só falta dizer que todo esse negócio passa-se nas barbas das autoridades e num contexto de total desrespeito pelas palavras do Presidente da República e do 1º Ministro que haviam ambos, e a viva voz, interditado toda a exportação de madeira

A decisão mais sábia que se podia tomar neste momento, era, ordenar a confiscação de toda essa madeira e mandar confeccionar carteiras, portas, janelas, mesas, armários e quadros para as escolas das respectivas regiões onde essas florestas estão sendo devastadas.
A população, de certeza que aplaudiria a decisão, as crianças e as famílias, essas sim, sentir-se-iam orgulhosas dos seus dirigentes.

H. A."

sexta-feira, 18 de julho de 2014

DECRETO PRESIDENCIAL: O vice-Chefe do Estado-maior do Exército, Biague Na Ntan, foi nomeado para exercer as funções de Chefe da Casa Militar da Presidência da República da Guiné-Bissau, atravês de um decreto presidencial. Outro decreto nomeia Marciano Silva Barbeiro (director da campanha do actual PR) chefe da Casa Civil da Presidência da República. AAS

CASTANHA DE CAJU: Foram exportadas numa semana 70 mil toneladas


A Guiné-Bissau já exportou cerca de 70 mil toneladas da castanha de caju uma semana depois de o governo ter decidido priorizar o embarque do produto no porto de Bissau, disse hoje o ministro do Comércio, Serifo Embaló.

Na semana passada, o novo governo guineense decidiu priorizar o embarque da castanha (principal produto de exportação da Guiné-Bissau) no porto de Bissau em detrimento da madeira e o resultado "está no aumento do envio da castanha", observou Embaló.

De acordo com o novo ministro do Comércio guineense, já foram vendidas para o mercado indiano (principal comprador do caju da Guiné-Bissau) cerca de 80 por cento do total a ser exportado este ano. "Neste momento temos cerca de 56 mil toneladas da castanha nos armazéns à espera de serem exportadas", adiantou Serifo Embaló indicando que há navios a chegar ao porto de Bissau para virem buscar a castanha.

O governante lamentou, contudo, que "grande quantidade" da castanha teria sido vendida "no circuito clandestino",através da fronteira terrestre da Guiné-Bissau com o Senegal. Números ainda por confirmar indicam que cerca de 60 mil toneladas da castanha guineense teriam sido vendidas "clandestinamente" para o Senegal, observou Serifo Embaló

"Se esta quantidade toda tivesse passado pelo serviço normal, o Estado teria arrecadado mais receitas", defendeu o ministro, que promete combater a fuga ao fisco ao nível do Ministério do Comércio que coordena também o setor do artesanato.

ENTREVISTA COM MIGUEL TROVOADA: "Consolidação das instituições democráticas" é tarefa principal


FONTE: Deutsche Welle

Miguel Trovoada, recém-nomeado representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, irá manter reuniões de trabalho em Nova Iorque, onde se desloca na primeira semana de agosto. E deverá chegar a Bissau poucos dias depois.
Em Nova Iorque, Trovoada terá consultas com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de quem receberá indicações sobre a missão a desempenhar na Guiné-Bissau. Miguel Trovoada, de 78 anos de idade, sucede no cargo ao timorense José Ramos Horta, que permaneceu 18 meses em funções na Guiné-Bissau. Atualmente em Luanda, Angola, Miguel Trovoada afirma que a "consolidação das instituições democráticas" será a sua principal tarefa, adiantou em entrevista à DW África.


MIGUEL TROVOADA Antigo presidente de São Tomé vai ser o próximo representante do secretário geral da ONU na Guiné-Bissau

DW África: A missão é difícil, mas não impossível para um político e diplomata da sua estatura. Concorda?

Miguel Trovoada (MT): (risos) Não creio que isto seja em si o garante de algum sucesso. Tudo irá depender das condições que me forem oferecidas, dos meios que dispuser e também mesmo das circuntâncias da situação local. O país conheceu num passado recente momentos muito conturbados, que felizmente depois das eleições tudo indica que as coisas vão normalizar-se e que um novo capítulo vai ser aberto. Portanto, creio que a minha missão vai ser fundamentalmente acompanhar a Guiné-Bissau neste novo capítulo que é o da establização das instituições políticas, da sociedade civil e também do próprio ambiente político.

Espero poder contar com o concurso dos principais atores que são o povo guineense e as instituições democráticas e também com a comunidade internacional cujo apoio é imprescindível para poder ultrapassar alguns problemas que estão na base também parcialmente dos conflitos que a Guiné-Bissau tem conhecido até agora, que se prendem com a pobreza, com dificuldades do desenvolvimento e com a solução dos problemas básicos do quotidiano.

DW África: Será a continuação do processo iniciado com o seu antecessor José Ramos-Horta ou pensa introduzir novos impulsos?

MT: Creio que são momentos diferentes. O meu predecessor, o Dr. Ramos Horta, chegou a Bissau num momento em que tinha ocorrido um golpe de Estado, enfim toda uma série de situações muito difíceis e depois instalou-se um periodo de transição em que se foi preparando fundamentalmente a realização de eleições para voltar à normalidade.
O momento foi diferente, ele desempenhou um papel extraordinário,. Aliás, as eleições correram muito bem, num clima de paz e de tranquilidade, não houve problemas maiores na contestação dos resultados. Aliás algumas delas foram rápidamente ultrapassadas, o que demostra a maturidade também na classe política guineense e agora é o novo ciclo que começa. E aí fundamentalmente depois da estabilização da situação do clima político e institucional há que criar as bases para que a economia seja relançada para vermos se com o apoio da comunidade internacional, e também a garantia do investimento privado, quer nacional quer estrangeiro, se possa realmente criar as bases de crescimento económico e o desenvolvimento social. É esta nova fase que difere um pouco da anterior. No fundo, a ação da ONU e como da comunidade internacional situa-se na mesma lógica que é de agir no interesse do povo da Guiné-Bissau.

DW Africa: Como pensa que deverão ser as relações com as representações em Bissau da UA, CEDEAO, CPLP... Como será a articulação entre o representante especvial do secretário-geral da ONU e essas instituições e organizações?

MT: Todas essas instituições que considero todas como parceiras da Guiné-Bissau estão a trabalhar na mesma lógica, que é concorrer para o bem estar e progresso desse povo. Por conseguinte não vejo porque razão poderia haver conflitos de interesses. Porque o objetivo fundamental é estão ali no interesse do mesmo povo.
Creio que deverá haver uma maior coordenação, maior cooperação, maior concertação possível na programação de ações que possam levar realmente a Guiné-Bissau ao desenvolvimento. Não vejo incompatibilidade nenhuma. Cada qual sabe muito bem qual é a sua área de intervenção e o que é preciso para evitar a cacofonia, que haja uma concertação a fim que a complementaridade venha servir de maneira ótima à Guiné-Bissau. Deutsche Welle

OPINIÃO/FOSFATOS FARIM: Positivo, mas...


"Caro António Aly,

A exploração de fosfatos em Farim, parece algo positivo para a GB, se existir algum desenvolvimento associado e algum dinheiro entre nos cofres do estado para depois ser utilizado para melhorar a vida do povo da GB.

Mais importante que a exploração de Fosfatos é o governo da GB compreender que o povo da GB poderá ser autosuficiente em alimentação, se aos agricultores for fornecido os fertilizantes a preço competitivo que permita a sua compra e utilização.

A GB importa mais de 50% do arroz que consome, esse arroz poderá ser produzido todo na GB, se o Azoto, Fosforo e Potássio, fundamental para aumentar a produção por hectare, for fornecido a um preço competitivo.

De momento um hectare de arroz produz menos de 1000 kgs, se for utilizado um pouco de N,P e K, com o mesmo trabalho o agricultor poderia ter 3000 kgs/ha. Esse arroz já seria suficiente para alimentar a familia e criar um excedente para ir vender ao mercado.

Aonde quero chegar é que o contrato de exploração de Fosfatos deveria incluir para além de dinheiro, uma quantidade de adubo processado para ser vendido aos agricultores da GB a preço mais baixo, tornando-os competitivos e fixando os jovens na agricultura.

Com os melhores cumprimentos,

PM"

Trovoada quer que ONU reúna sinergias em prol da Guiné-Bissau


Miguel Trovoada, recém-nomeado representante do secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, apontou nesta quinta-feira à Lusa o objectivo de manter o papel desempenhado pela organização naquele país na congregação de sinergias e apoio às autoridades guineenses.

Actualmente em Luanda, Miguel Trovoada, antigo Presidente de São Tomé e Príncipe, referiu que na nova etapa da Guiné-Bissau o importante é "consolidar as instituições democráticas saídas das recentes eleições legislativas e presidenciais e estabilizar a vida política e social, para que haja condições de paz e de segurança, estabilidade para o relançamento da vida económica".

"Isto é que é o fundamental. Julgo que as Nações Unidas tiveram um papel importante, sobretudo neste período de transição, tiveram lá um representante permanente e é dar continuidade nesta nova etapa", sublinhou Miguel Trovoada.

O antigo secretário executivo da Comissão do Golfo da Guiné desloca-se a 05 de Agosto a Nova Iorque, onde vai manter um encontro sobre os termos da nova missão, em que vai trabalhar na Guiné-Bissau. "Aguardo que o presidente em exercício da comissão, que é o Presidente da Guiné Equatorial, organize a transição, para a posse de novos membros, e logo depois disso libertar-me-ei e seguirei para Nova Iorque", resumiu.

O anúncio da nomeação de Miguel Trovoada como representante especial do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para a Guiné-Bissau, foi divulgado quarta-feira em Nova Iorque. Miguel Trovoada, 78 anos, sucede no cargo ao timorense Ramos Horta, que permaneceu 18 meses na função.

A Guiné-Bissau conheceu depois da independência períodos conturbados, marcados por golpes de estado, tendo sido instaurado um período de transição após o último golpe de Estado em Abril de 2012. A fase de transição terminou agora, depois de realizadas eleições legislativas e presidenciais no país.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

FOSFATOS/FARIM: AG Mineral convencido da alta gama

A empresa GB Minerals, cotada na Bolsa de Toronto, dispõe no jazigo de fosfato de Farim, na Guiné-Bissau, de um minério de alta gama com teor de 36% P2O5 e um racio de menos 0,08. A 16 de julho, a companhia canadiana anunciou esta concentração do mineral que foi revelado pelos recentes testes de enriquecimento levado a cabo pela empresa KEMWorks Technology Inc, em parceria com a firma de engenharia Lycopodium Minerals Canada Ltd. « Estes importantes resultados em primeiro lugar demostram o potencial dos recursos minerais que apresentam um teor dos mais elevados jamais conhecidos em um projecto em fase embrionaria de valorização », comentou Luis da Silva, Presidente e CEO de GB Minerals.

Testes ulteriores virão consolidar os resultados actuais e permitirão à companhia de se focalizar sobre a determinação de «à grande escala fornecer um produto de primeira qualidade aos potenciais clientes», sublinha a mesma fonte.

Nos proximos meses, GB Minerals examinera estreitamente com um consultante em engenharia a reducção dos custos das imobilizações e de funcionamento para alcançar processos simplificados de tratamento desse mineral. O projecto de Farim, situado à noroeste da Guiné-Bissau, acolhe 64,6 Mt desses recursos avaliados à 29,11% P2O5. Esse projecto esta acente sobre um plano exploração mineira por um periodo de 25 anos com uma produção anual de 1Mt de concentrado de fosfato.

EUA convidam Guiné-Bissau para a cimeira USA-África


Os Estados Unidos enviaram convites de ultima hora ao Egipto e à Guiné-Bissau para participarem na cimeira USA-Africa prevista no mês proximo em Washington, apos num primeiro tempo ter descartado os dois paises por razões de golpes de estado.

O Egipto e a Guiné-Bissau foram recentemente reintegrados no seio da União Africana (UA), apos a retoma da ordem constitucional nesses dois paises que elegeram os seus novos dirigentes, segundo um responsavel americano. «O presidente (Barack) Obama convidou todos os Chefes de Estado e de Governo em bons termos com o governo dos Estados Unidos e a União Africana a participarem na cimeira USA-Africa», sublinhou Ned Price, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, indicando que num primeiro tempo, esses dois paises estavam suspensos da UA, por isso não tinham sido convidados.

Uma cinquentena de Chefes de Estados e de Governo africanos foram convidados por Barack Obama a cimeira dos Estados Unidos-Africa. Somente os dirigentes da Eritreia, do Sudão e do Zimbabwe não foram convidados a Casa Branca a essa cimeira que abordara, nomeadamente os temas da governância, da segurança e das futuras gerações. A cimeira sera precedida de um forum de empresarios americanos e africanos.

ESTUDO: Os 20 países mais instáveis do mundo (adivinhem quem não podia faltar?)


Está tudo AQUI