O director-geral adjunto da PJ, Edmundo Mendes, revelou hoje que a Polícia Judiciária deteve na passada 2ª feira, no aeroporto internacional Osvaldo Vieira, uma cidadã caboverdeana que estava na posse de 3 kilos de cocaína.
A PJ não revelou o nome da cidadã em causa, que já foi entregue ao Ministério Público, aguardando nos calabouços a decisão. A droga saiu do Brasil. Edmundo Mendes mostrou-se preocupado com O tráfico de droga e apelou à população que ajude a polícia no combate a este flagelo. AAS
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Reviravolta: Conselho de Ministros aprova pagamento de 50 fcfa por kilo da castanha de caju exportado. Obedece quem deve...
Alguns exportadores contactados hoje pelo Ditadura do Consenso dizem que vão cumprir a Lei, mas garantem por outro lado "passar a comprar a castanha por um preço muito mais baixo". AAS
quinta-feira, 28 de abril de 2011
Estudante guineense preso por posse de cocaína no Brasil
Um estudante guineense foi detido no passado domingo pelas autoridades brasileiras, no aeroporto de Campinas, no Brasil, com meio-quilo de cocaína escondido nas palmilhas das sapatilhas.
Agora, encontra-se preso e arrisca uma pena que vai de 5 a 15 anos de cadeia. AAS
Agora, encontra-se preso e arrisca uma pena que vai de 5 a 15 anos de cadeia. AAS
quarta-feira, 27 de abril de 2011
Não porque sim
Foi um ministro do Comércio nervoso, sobretudo desconfortável, aquele que ontem apareceu ao lado do 1º Ministro Carlos Gomes Jr na reunião com o Grupo do Não aos 50 Fcfa/kilo. Botche começou mal. E ao ataque: "A greve que vocês fizeram é contra o Estado da Guiné-Bissau", atirou o ministro. Ninguém ligou.
Os empresários ripostaram e bateram o pé: ou 10 Fcfa/kilo, ou não pagamos. A cantilena continuou até que o PM, desgastado com a atitude do seu ministro-djidiu, tomou a palavra. Carlos Gomes Jr disse que não queria falar muito, pedindo apenas ao grupo que preparassem um dossier para ser discutido hoje na reunião do Conselho de Ministros (dossier de resto já entregue na Primatura). Lamentou de seguida que se tivesse parado os trabalhos durante uma semana, e que ninguém o tivesse comunicado sobre o que estava a passar.
Cadogo Jr garantiu ainda aos empresários que a taxa exigida por despacho pelo ministério do Comércio, não iria parar aos cofres da Câmara do Comércio (CCIAS).
O Grupo do Não propôs, durante a negociação, pagar 10 Fcfa/kilo, a criação de um fundo destinado ao Banco do Desenvolvimento, que terá sede própria, com representantes dos ministérios das Finanças, Comércio e Economia.
Hoje, depois da reunião o Conselho de Ministros, o Grupo do Não - que passou uma rasteira ao ministro Botche Candé - saberá a decisão final. AAS
Os empresários ripostaram e bateram o pé: ou 10 Fcfa/kilo, ou não pagamos. A cantilena continuou até que o PM, desgastado com a atitude do seu ministro-djidiu, tomou a palavra. Carlos Gomes Jr disse que não queria falar muito, pedindo apenas ao grupo que preparassem um dossier para ser discutido hoje na reunião do Conselho de Ministros (dossier de resto já entregue na Primatura). Lamentou de seguida que se tivesse parado os trabalhos durante uma semana, e que ninguém o tivesse comunicado sobre o que estava a passar.
Cadogo Jr garantiu ainda aos empresários que a taxa exigida por despacho pelo ministério do Comércio, não iria parar aos cofres da Câmara do Comércio (CCIAS).
O Grupo do Não propôs, durante a negociação, pagar 10 Fcfa/kilo, a criação de um fundo destinado ao Banco do Desenvolvimento, que terá sede própria, com representantes dos ministérios das Finanças, Comércio e Economia.
Hoje, depois da reunião o Conselho de Ministros, o Grupo do Não - que passou uma rasteira ao ministro Botche Candé - saberá a decisão final. AAS
MISSANG(AS)
Atracou hoje, no porto de Bissau, um barco proveniente de Angola e carregado com camiões, carrinhas, materiais de construção entre outros. Tudo isto faz parte da contribuição angolana para a reforma nos sectores da Defesa e Segurança - a MISSANG.
Dos 30 milhões de dólares avançados por Luanda, vinte e três milhões destinam-se à reforma das forças armadas, e 7 milhões serão para a Segurança.
Angola trouxe ainda outro tipo de material "não especificado".
Ainda assim, está tudo controlado... AAS
Dos 30 milhões de dólares avançados por Luanda, vinte e três milhões destinam-se à reforma das forças armadas, e 7 milhões serão para a Segurança.
Angola trouxe ainda outro tipo de material "não especificado".
Ainda assim, está tudo controlado... AAS
O que escondem os Carlos?
1 - O cidadão Carlos Domingos Gomes (pai do 1º Ministro Carlos Gomes Jr), ex-ministro da Justiça e ex-membro do Conselho de Estado, vem dizer, que escutou atentamente o debate semanal de sábado, dia 16 de abril, felicita os participantes pelo empenho e calor das intervenções, particularmente a inclusão do Dr Silvestre Alves, advogado de grande prestígio no País.
2 - Falou da discórdia, entre o ex-CEMGFA, Almirante Zamora Induta e a família Vieira, (ex-Presidente executado e esposa Isabel Romano Vieira), pela disputa da casa onde habitava Zamora Induta, que o casal vinha reivindicando, menção muito importante para orientação das investigações em curso.
3 - Falaram, sugeriram, que o 1º Ministro Carlos Gomes Jr devia pôr o lugar a desposição, até esclarecimento da afirmação que se diz, ter produzido o ex-CEMGFA, Zamora Induta, de que recebeu ordens do 1º Ministro Carlos Gomes Jr, para assassinar o ex-Presidente Nino Vieira, para dizer, que o 1º Ministro, tem ainda o Pai vivo e com uma boa reputação a nível nacional e internacional, actractivos, que ele mesmo, pelo esforço pessoal adqueriu. Por isso, não tem que se acobardar, pelos alardes gratuitos.
4 - Sugestão infeliz, para dizer, que o pai deixou o cargo de ministro da Justiça bem cotado, ainda tem elementos de consulta, para dizer, que o Artº 246 nº 1 do Código Civil diz: - citação:
(Falta de consciência de declaração e coacção física)
A declaração não produz qualquer efeito, se o declarante não tiver a consciência de fazer uma declaração negocial, ou for coagido pela força física a emiti-la mas, se a falta de consciência da declaração foi devida a culpa, fica o declarante obrigado a indemnizar o declaratário. Como no debate estavam advogados, não compreende o tão marginal descambe.
5 - Por outro lado, tem a dizer, que o povo da Guiné-Bissau em geral, sabe em que circunstancias ocorreram a morte do general Nino Vieira e o CEMGFA Tagme Na Wai, escutou-se várias difusões, das últimas mensagens do ex-CEMGFA, que dizem ter ditado ao actual CEMGFA António Indjai, para o caso da sua morte, este enquanto comandante do batalhão de Mansoa. Também bem se referiu as circunstâncias que ditaram a presença do capitão Tcham Na Man no grupo que esquartejou o ex-Presidente e se prova bem, que os golpes que atingiram o malogrado ex-Presidente com uma catana, foram desferidos por um canhoto. Consta também, que a ex-Primeira Dama, detectou a presença do capitão Tcham Na Man, no quintal do malogrado na altura do golpe, gritou para o marido "Nino ala Tcham na sukundi tras di banana" (afirmação, que só ex-Primeira Dama poderá confirmar). Para dizer, meus senhores, o caso 17 de Outubro, falou e fala bem alto, nos casos em descussão. Daí que, o cidadão Carlos Domingos Gomes, que se deslocou ao local da execução, não por acaso, como membro do Conselho de Estado, foi-lhe permetido ver o cadáver antes da remoção, é da opinião, que se deve dizer objectivamente a comunidade internacional e União Europeia, a verdade da complexidade do processo dos assassinados, porque envolve ajuste de contas, como atrás fica nitidamente demonstrado e uma das vítimas do Caso 17 de Outubro, o capitão Tcham Na Man, talvez é pessoas mais acertada para ser ouvido, em vez dos atropelos políticos, que visam o 1º Ministro, sem provas que a lei recomenda, atrás mencionados e não se continuar a desrespeitar as normas elementares de qualquer País no mundo, visando adversários de cargos que merecem respeito, de não serem envolvidos, na caça ao homem que se vislumbra.
6 - Por outro lado e por todas as razões e mais alguma, os comentadores da rádio presentes em debate sabem, que além da disposição apontada, o estatuto do funcionalismo ultramarino do ex-poder colonial, prevê, que o funcionário, ou subalterno, que recebe uma ordem verbal, da dimensão de riscos a vista, dentro de dez dias, tem o direito de exigir do chefe o documento escrito da ordem recebida, o ex-CEMGFA, é bem esclarecido, para saber de tal obrigação que tinha junto do 1º Ministro, evitando apetutes ao cargo, que deve ser desputado nas urnas e não por intrigas, que a beber um copo de água, serão desmanteladas.
Bissau, 18/04/2011
Assina
Carlos Domingos Gomes
Administrador
Combatente da Liberdade da Pátria
C/C: Presidente da República, Primeiro-Ministro, Presidente da ANP, Ministro da Justiça, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Procurador Geral da República, Representante do Secretário Geral das Nações Unidas, Representante da CEE.
NOTA: Não corrigi o texto. Tempu ka tem... AAS
2 - Falou da discórdia, entre o ex-CEMGFA, Almirante Zamora Induta e a família Vieira, (ex-Presidente executado e esposa Isabel Romano Vieira), pela disputa da casa onde habitava Zamora Induta, que o casal vinha reivindicando, menção muito importante para orientação das investigações em curso.
3 - Falaram, sugeriram, que o 1º Ministro Carlos Gomes Jr devia pôr o lugar a desposição, até esclarecimento da afirmação que se diz, ter produzido o ex-CEMGFA, Zamora Induta, de que recebeu ordens do 1º Ministro Carlos Gomes Jr, para assassinar o ex-Presidente Nino Vieira, para dizer, que o 1º Ministro, tem ainda o Pai vivo e com uma boa reputação a nível nacional e internacional, actractivos, que ele mesmo, pelo esforço pessoal adqueriu. Por isso, não tem que se acobardar, pelos alardes gratuitos.
4 - Sugestão infeliz, para dizer, que o pai deixou o cargo de ministro da Justiça bem cotado, ainda tem elementos de consulta, para dizer, que o Artº 246 nº 1 do Código Civil diz: - citação:
(Falta de consciência de declaração e coacção física)
A declaração não produz qualquer efeito, se o declarante não tiver a consciência de fazer uma declaração negocial, ou for coagido pela força física a emiti-la mas, se a falta de consciência da declaração foi devida a culpa, fica o declarante obrigado a indemnizar o declaratário. Como no debate estavam advogados, não compreende o tão marginal descambe.
5 - Por outro lado, tem a dizer, que o povo da Guiné-Bissau em geral, sabe em que circunstancias ocorreram a morte do general Nino Vieira e o CEMGFA Tagme Na Wai, escutou-se várias difusões, das últimas mensagens do ex-CEMGFA, que dizem ter ditado ao actual CEMGFA António Indjai, para o caso da sua morte, este enquanto comandante do batalhão de Mansoa. Também bem se referiu as circunstâncias que ditaram a presença do capitão Tcham Na Man no grupo que esquartejou o ex-Presidente e se prova bem, que os golpes que atingiram o malogrado ex-Presidente com uma catana, foram desferidos por um canhoto. Consta também, que a ex-Primeira Dama, detectou a presença do capitão Tcham Na Man, no quintal do malogrado na altura do golpe, gritou para o marido "Nino ala Tcham na sukundi tras di banana" (afirmação, que só ex-Primeira Dama poderá confirmar). Para dizer, meus senhores, o caso 17 de Outubro, falou e fala bem alto, nos casos em descussão. Daí que, o cidadão Carlos Domingos Gomes, que se deslocou ao local da execução, não por acaso, como membro do Conselho de Estado, foi-lhe permetido ver o cadáver antes da remoção, é da opinião, que se deve dizer objectivamente a comunidade internacional e União Europeia, a verdade da complexidade do processo dos assassinados, porque envolve ajuste de contas, como atrás fica nitidamente demonstrado e uma das vítimas do Caso 17 de Outubro, o capitão Tcham Na Man, talvez é pessoas mais acertada para ser ouvido, em vez dos atropelos políticos, que visam o 1º Ministro, sem provas que a lei recomenda, atrás mencionados e não se continuar a desrespeitar as normas elementares de qualquer País no mundo, visando adversários de cargos que merecem respeito, de não serem envolvidos, na caça ao homem que se vislumbra.
6 - Por outro lado e por todas as razões e mais alguma, os comentadores da rádio presentes em debate sabem, que além da disposição apontada, o estatuto do funcionalismo ultramarino do ex-poder colonial, prevê, que o funcionário, ou subalterno, que recebe uma ordem verbal, da dimensão de riscos a vista, dentro de dez dias, tem o direito de exigir do chefe o documento escrito da ordem recebida, o ex-CEMGFA, é bem esclarecido, para saber de tal obrigação que tinha junto do 1º Ministro, evitando apetutes ao cargo, que deve ser desputado nas urnas e não por intrigas, que a beber um copo de água, serão desmanteladas.
Bissau, 18/04/2011
Assina
Carlos Domingos Gomes
Administrador
Combatente da Liberdade da Pátria
C/C: Presidente da República, Primeiro-Ministro, Presidente da ANP, Ministro da Justiça, Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Procurador Geral da República, Representante do Secretário Geral das Nações Unidas, Representante da CEE.
NOTA: Não corrigi o texto. Tempu ka tem... AAS
terça-feira, 26 de abril de 2011
Última Hora: FMI põe Guiné-Bissau na lista negra
A Guiné-Bissau - e mais 25 países africanos - foi incluida, pelo Fundo Monetário Internacional, numa lista onde este organismo prevê que poderão ocorrer tensões sócio-económicas.
Estes são ingredientes que podem gerar, ainda segundo o FMI, fenómenos de agitação. A pobreza extrema, que se tende a agravar, é geradora de tensão, lembra o documento.
Bom, mas isso é o que diz o FMI. A verdade é que o guineense - falo do Povo - nunca se levantará. Prefere continuar a ser roubado, espezinhado, assassinado. AAS
Estes são ingredientes que podem gerar, ainda segundo o FMI, fenómenos de agitação. A pobreza extrema, que se tende a agravar, é geradora de tensão, lembra o documento.
Bom, mas isso é o que diz o FMI. A verdade é que o guineense - falo do Povo - nunca se levantará. Prefere continuar a ser roubado, espezinhado, assassinado. AAS
domingo, 24 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Os que lutam e os que choram
O Governo da Guiné-Bissau veio agora com a feia tendência, supondo que os comentários ou textos críticos, a denúncia das coisas por ele mal feitas, fazem o jogo do inimigo (estou a comentar o comunicado do Conselho de Ministros a sugerir à ministra da Comunicação Social que faça uso de todos os meios para ‘calar’ o jornal Última Hora). Uma vergonha, para além de um perfeito disparate: o Conselho de Ministros não tem autoridade para fechar um jornal privado – a Justiça, sim!
Entretanto, quando a moeda caiu na ranhura, o Governo lá mandou a ministra da pasta para acalmar os ânimos. Lições de moral não faltaram. A ministra Adiato Nandigna foi ao ponto de dar a alguns jornalistas cópias de notícias – entre elas, uma de 2008!? - para lerem algumas passagens sublinhadas, as que deram motivos ao Governo para esta tomada de posição que tem tudo de desnorteio. Um acto de desespero.
E era ver os jornalistas – leram em voz alta, alguns a gaguejar outros a soletrar. Caíram no engodo, mas ficaram mal na fotografia. “Você que está mesmo aí, à minha frente, tome e leia”. E o ‘repórter’ vira estrela por uns instantes, torna-se porta-voz da ministra que é por sua vez porta-voz do Governo. Edição número tanto de tal de tal. E debita os ‘crimes’, entre bocejos: blá, blá, blá, blá.
O psicólogo francês, Gustave Le Bon, escreveu «A Psicologia das Massas», um livro com pelo menos meio século e que aborda a importância do formalismo na esfera militar, assim como o hábito de perfilar-se e de receber uma ordem. Trocado por nabos: as pessoas caminhavam para a morte porque alguém lhes tinha dado uma ordem. Li o livro há uns vinte anos, e creio recordar essas afirmações básicas – Há, nos livros, qualquer coisa, uma passagem, uma frase ou parte dela; algo que fica cá dentro, durante anos e talvez para a eternidade.
Este Governo – é notório, não fala para os que sabem porque aqueles que sabem limitam-se a fazer um sorriso maroto, pensando «quem é que este está para aí a enganar?». O Governo da Guiné-Bissau fala, isso sim, para o milhão e tal de analfabetos que o seu partido, o PAIGC, se empenhou em transformar em analfabrutos durante estes 37 anos.
Quanto maior for a preparação que uma pessoa tem, maior será a sua compreensão dos problemas do País, de resto cada vez mais complicados. E estes não se resolverão mediante a nossa forma de sociedade, que é alienadora e chega a ser irracional. A ignorância é a cúmplice de muitos dos nossos males. O conhecimendo devia ser o aliado fundamental do nosso povo, que aspira, apesar de tantas tragédias e problemas, a emancipar-se de facto. Não há um País melhor que outro, não há um Povo melhor que outro, cada Povo tem as suas características nacionais, culturais.
Não sei se Le Bon explica nesse livro que, às vezes, apesar de exagerada e absurda, é a mentira que mais possibilidades tem de ser tomada como verdade, mas só pelos ignorantes. António Aly Silva
Entretanto, quando a moeda caiu na ranhura, o Governo lá mandou a ministra da pasta para acalmar os ânimos. Lições de moral não faltaram. A ministra Adiato Nandigna foi ao ponto de dar a alguns jornalistas cópias de notícias – entre elas, uma de 2008!? - para lerem algumas passagens sublinhadas, as que deram motivos ao Governo para esta tomada de posição que tem tudo de desnorteio. Um acto de desespero.
E era ver os jornalistas – leram em voz alta, alguns a gaguejar outros a soletrar. Caíram no engodo, mas ficaram mal na fotografia. “Você que está mesmo aí, à minha frente, tome e leia”. E o ‘repórter’ vira estrela por uns instantes, torna-se porta-voz da ministra que é por sua vez porta-voz do Governo. Edição número tanto de tal de tal. E debita os ‘crimes’, entre bocejos: blá, blá, blá, blá.
O psicólogo francês, Gustave Le Bon, escreveu «A Psicologia das Massas», um livro com pelo menos meio século e que aborda a importância do formalismo na esfera militar, assim como o hábito de perfilar-se e de receber uma ordem. Trocado por nabos: as pessoas caminhavam para a morte porque alguém lhes tinha dado uma ordem. Li o livro há uns vinte anos, e creio recordar essas afirmações básicas – Há, nos livros, qualquer coisa, uma passagem, uma frase ou parte dela; algo que fica cá dentro, durante anos e talvez para a eternidade.
Este Governo – é notório, não fala para os que sabem porque aqueles que sabem limitam-se a fazer um sorriso maroto, pensando «quem é que este está para aí a enganar?». O Governo da Guiné-Bissau fala, isso sim, para o milhão e tal de analfabetos que o seu partido, o PAIGC, se empenhou em transformar em analfabrutos durante estes 37 anos.
Quanto maior for a preparação que uma pessoa tem, maior será a sua compreensão dos problemas do País, de resto cada vez mais complicados. E estes não se resolverão mediante a nossa forma de sociedade, que é alienadora e chega a ser irracional. A ignorância é a cúmplice de muitos dos nossos males. O conhecimendo devia ser o aliado fundamental do nosso povo, que aspira, apesar de tantas tragédias e problemas, a emancipar-se de facto. Não há um País melhor que outro, não há um Povo melhor que outro, cada Povo tem as suas características nacionais, culturais.
Não sei se Le Bon explica nesse livro que, às vezes, apesar de exagerada e absurda, é a mentira que mais possibilidades tem de ser tomada como verdade, mas só pelos ignorantes. António Aly Silva
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Cá se faz...
O magistrado do Ministério Público colocado na Procuradoria-Geral da República, Nené Cá, será o futuro director geral dos Serviços de Informação do Estado da Guiné-Bissau.
As constantes querelas entre Lino Lopes, actual DG e o seu adjunto, Serifo Mané, terão contribuido para um entendimento entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, quanto ao nome do sucesssor de Lino Lopes à frente da secreta guineense.
A recente viagem de Lino Lopes - um quadro antigo da segurança do Estado guineense - a Luanda, para acertar alguns programas com a sua congênere angolana, terá sido a última que fará ao estrangeiro no âmbito das suas competências. AAS
As constantes querelas entre Lino Lopes, actual DG e o seu adjunto, Serifo Mané, terão contribuido para um entendimento entre o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, quanto ao nome do sucesssor de Lino Lopes à frente da secreta guineense.
A recente viagem de Lino Lopes - um quadro antigo da segurança do Estado guineense - a Luanda, para acertar alguns programas com a sua congênere angolana, terá sido a última que fará ao estrangeiro no âmbito das suas competências. AAS
Alto, isto são doze mil milhões de assaltos
O Ministério do Comércio decidiu puxar dos galões e cobrar/roubar 50 francos Cfa por cada quilo de castanha de caju exportado. Estamos a falar - se as melhores expectativas se confirmarem - de cerca de 12 biliões de Fcfa. Sim, leram bem - doze mil milhões de Fcfa a serem embolsados pelo ministério supracitado e pela CCIAS.
É claro que o País vai a votos no próximo ano; é por demais sabido que, por cá, ainda se compram votos e consciências. E isso faz-se com dinheiro vivo. A taxa agora imposta teve já um senão: os maiores exportadores pararam de comprar, o que nos leva para o segundo senão: o preço da castanha pode cair abruptamente. Juntando os dois condimentos, o Executivo pode vir a ter uma crise entre as mãos.
E o Executivo está-se marimbando. É um roubo, esta decisão do ministério do Comércio. Reparem: nem um só empresário esteve ao lado do Governo. O Conselho de Ministros do sim senhor assinou por baixo. Se é necessário dinheiro, muito dinheiro para a campanha eleitoral...roube-se-lhe ao já de si pobre empresariado nacional!
Já vi decisões bem menores acabarem mal...
- O Conselho de Ministros "decidiu" encerrar o jornal Última Hora. Mas...quando é que o Governo pode decidir suspender um jornal privado? Então, e a Justiça? Ah, essa é outra história. A JUSTIÇA, por cá, serve para encobrir criminosos e delapidarores da coisa pública - kil ku nô djunta. Um conselho ao Última Hora: ponham o Aly Silva como director por uma semana apenas - sairá uma edição desse jornal! AAS
É claro que o País vai a votos no próximo ano; é por demais sabido que, por cá, ainda se compram votos e consciências. E isso faz-se com dinheiro vivo. A taxa agora imposta teve já um senão: os maiores exportadores pararam de comprar, o que nos leva para o segundo senão: o preço da castanha pode cair abruptamente. Juntando os dois condimentos, o Executivo pode vir a ter uma crise entre as mãos.
E o Executivo está-se marimbando. É um roubo, esta decisão do ministério do Comércio. Reparem: nem um só empresário esteve ao lado do Governo. O Conselho de Ministros do sim senhor assinou por baixo. Se é necessário dinheiro, muito dinheiro para a campanha eleitoral...roube-se-lhe ao já de si pobre empresariado nacional!
Já vi decisões bem menores acabarem mal...
- O Conselho de Ministros "decidiu" encerrar o jornal Última Hora. Mas...quando é que o Governo pode decidir suspender um jornal privado? Então, e a Justiça? Ah, essa é outra história. A JUSTIÇA, por cá, serve para encobrir criminosos e delapidarores da coisa pública - kil ku nô djunta. Um conselho ao Última Hora: ponham o Aly Silva como director por uma semana apenas - sairá uma edição desse jornal! AAS
segunda-feira, 18 de abril de 2011
ÚLTIMA HORA: Conselho de Ministros anda na bebedeira. Só pode
O Conselho de Ministros, sob comando do primeiro-ministro Carlos Gome Jr., “decidiu” suspender a publicação do jornal «Última Hora» por este “passar uma má imagem do País”, lê-se no comunicado. O Governo instruiu a ministra da Presidência, Adiato Nandigna, para que faça um levantamento das várias notícias publicadas por este jornal.
Na sua edição Nº125, o jornal trouxe à baila um artigo sobre a morte do ex-Presidente da República, João Bernardo ‘Nino’ Vieira, o que terá deixado furioso o Executivo. Ou seja, no olhar do Governo, ‘Nino’ nem existiu ou sequer foi assassinado. Tudo coisas da imprensa, assim como os treze assassinatos que a Guiné-Bissau conheceu em 2009. Má imagem do País...
O Governo acusa ainda – sem citar nomes – outros jornais e rádios de apostarem sistematicamente “talvez de encomenda” na divulgação de notícias que dão uma imagem distorcida da Guiné-Bissau visando desacreditar o Executivo e, assim, desestabilizar o País...
O Governo anda muito manga de alpaca, e, assim, só uma boa bebedeira para curar a amnésia. É claro que a imprensa está a ser amordaçada, é evidente que o Governo está desesperado. Mas seria bom se o Governo se limitasse a governar (coisa que não tem feito, diga-se). O Governo está à imagem do seu chefe: Barriga grande e muito dinheiro. Nosso dinheiro! AAS
Na sua edição Nº125, o jornal trouxe à baila um artigo sobre a morte do ex-Presidente da República, João Bernardo ‘Nino’ Vieira, o que terá deixado furioso o Executivo. Ou seja, no olhar do Governo, ‘Nino’ nem existiu ou sequer foi assassinado. Tudo coisas da imprensa, assim como os treze assassinatos que a Guiné-Bissau conheceu em 2009. Má imagem do País...
O Governo acusa ainda – sem citar nomes – outros jornais e rádios de apostarem sistematicamente “talvez de encomenda” na divulgação de notícias que dão uma imagem distorcida da Guiné-Bissau visando desacreditar o Executivo e, assim, desestabilizar o País...
O Governo anda muito manga de alpaca, e, assim, só uma boa bebedeira para curar a amnésia. É claro que a imprensa está a ser amordaçada, é evidente que o Governo está desesperado. Mas seria bom se o Governo se limitasse a governar (coisa que não tem feito, diga-se). O Governo está à imagem do seu chefe: Barriga grande e muito dinheiro. Nosso dinheiro! AAS
Subscrever:
Mensagens (Atom)