segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016
LIVRO: Cartas de amor de Amílcar para Lena
Fonte: Correio da Manhã
Autor: Leonardo Ralha
O que Amílcar cabral, futuro líder do paigc, escreveu à primeira mulher, filha de transmontanos, foi agora reunido em livro.
Amílcar Cabral só reparou que fazia 24 anos ao perguntar a um amigo a data que deveria escrever no cabeçalho da carta. Sentia, no entanto, que tinha de escrever a Maria Helena para lhe contar tudo sobre a cidade que estava a conhecer, numa excursão de estudantes, a 12 de setembro de 1948.
"‘Coimbra é uma lição, de sonho e tradição.’ Sim, Lena, o poeta tem razão. Mas o meu sonho, meu belo sonho, és tu", concluía o futuro líder do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
As cartas de amor enviadas pelo cabo-verdiano natural de Bissau a Maria Helena de Ataíde Vilhena Rodrigues, a colega de curso de Agronomia que em 1951 se tornou a sua mulher, acompanhando--o no trabalho na Guiné-Bissau e, mais tarde, na luta pela independência das colónias portuguesas que os levariam a outros países, foram agora recolhidas e publicadas em ‘Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: A Outra Face do Homem’, da editora cabo- -verdiana Rosa de Porcelana.
"Nós quisemos mostrar um Cabral antes do Cabral que toda a gente conhece", explica à ‘Domingo’ Filinto Elísio, que dividiu com Márcia Souto a missão de editar 53 cartas escritas pelo dirigente político, entre 1946 e 1960. As missivas estavam na posse de Iva Cabral, a primogénita do casal, que pretendeu "dar a conhecer as múltiplas facetas do pai e fazer uma homenagem à mãe".
De volta a África Mesmo quando Amílcar Cabral ainda escrevia, sentado no Café Montanha, minutos antes de "jogar um desafio de futebol contra a Académica", que Coimbra era uma cidade onde se sentia "bem toda a alma portuguesa", a relação entre um africano e uma europeia era um desafio ao país e ao tempo que se vivia.
Isso é algo implícito em algumas das cartas que Amílcar Cabral foi escrevendo à filha de transmontanos que foi, sucessivamente, colega de curso, amiga, mulher e companheira de luta do líder político, assassinado em janeiro de 1973, pouco antes da declaração de independência unilateral da Guiné-Bissau ser reconhecida pela Organização das Nações Unidas.
O
s responsáveis da editora Rosa de Porcelana sublinham que na troca de correspondência, "em linhas ou nas entrelinhas, se inferem os tempos históricos e os lugares". Quanto à relação de Amílcar Cabral com a potência colonial contra a qual lutou, não restam dúvidas ao editor Filinto Elísio: "Era um profundo amigo de Portugal e da sociedade portuguesa. Mesmo depois afirmou que a luta não era contra Portugal ou contra o povo português."
Sem acesso às cartas que Maria Helena enviou ao marido, o livro que será lançado na sexta-feira, na Cidade da Praia, em Cabo Verde, mostra a primeira mulher do futuro líder independentista através de excertos transcritos por ele. Como um "resolvi deixar tudo para te seguir [com o tudo sublinhado]" a carta de 26 de agosto de 1948, três anos antes do casamento.
Seguiu-se a mudança para a Guiné-Bissau, em 1952, pois Cabral tornara-se adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, o que lhe permitiu aprofundar o conhecimento do território – embora nascido em Bafatá, fora levado pelos pais para Cabo Verde muito cedo, saindo depois para a metrópole – e das etnias da então província ultramarina que lhe seria útil na Guerra do Ultramar.
Maria Helena está ao seu lado, grávida da filha primogénita. Visões do casal Além das cartas e de fotografias do casal, ‘Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: A Outra Face do Homem’ tem outros textos, incluindo um prefácio que Iva Cabral pediu a Pedro Pires, o qual se identifica como, "dos ainda vivos, um dos mais próximos companheiros do pai no tempo da luta de libertação nacional".
O ex-presidente de Cabo Verde, que está agora à frente da Fundação Amílcar Cabral, analisa o seu ex-líder como "compreensivo, persuasivo, generoso, altruísta e prudente, mas persistente, com elegância na intenção de convencer a Lena de que seria o melhor companheiro para juntos construírem um futuro lar de amor realizado, de solidariedade pessoal e de utilidade para a sociedade em que viviam". Particularmente emocionado ficou Pedro Pires com a última missiva incluída no livro.
Na "carta definitiva", datada de 1960, está o endereço em Dakar, a capital do Senegal, para onde Maria Helena deveria enviar as bagagens, iniciando nova e profunda transformação da existência, ao lado do marido, que voltaria a casar, com Ana Maria Voss de Sá, em 1965. "Estavam de partida para o desconhecido e o incerto, levando na bagagem sonhos, utopias, a vontade de trabalhar e de lutar, a confiança nas suas capacidades e na justeza na causa emancipada que tinham abraçado", escreveu o antigo chefe de Estado.
O
livro, que a professora universitária Inocência Mata considera que "não deixa de ser documento histórico, pelas relações estabelecidas no espaço privado com reflexos na trajetória nacionalista da Guiné-Bissau e de Cabo Verde", mostra como afetos e ideias se conseguiram juntar. "As cartas de Amílcar a Helena fazem História em dueto, na medida do edifício emocional que representam.
É um percurso de dupla e mútua aprendizagem, onde a Mulher que Amílcar escolhe viaja com ele nos sentidos literal e figurado", escreve o sociólogo Carlos Lopes, secretário executivo da Comissão Económica das Nações Unidas em África. Edição lusófona Depois do lançamento na Cidade da Praia, seguem-se Luanda, no dia 26, numa parceria com a Fundação Agostinho Neto, e Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, a 18 de março, estando Bissau prevista para o início de abril.
A primeira edição de ‘Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: A Outra Face do Homem’ tem cinco mil exemplares, e os responsáveis pela Rosa de Porcelana esperam que não seja a última. "Estamos a contar seriamente, pela figura que é e pelo impacto que deverá ter, mais edições e uma edição inglesa", reconhece Filinto Elísio, deixando para mais tarde a ideia de uma edição em francês – ainda que, curiosamente, uma das cartas enviadas a Maria Helena tenha sido escrita nessa língua e haja correspondência trocada entre Amílcar Cabral e o angolano Mário Pinto de Andrade, primeiro presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola, que vivia em Paris.
Para já ficam as 53 cartas recebidas por Maria Helena, que morreu a 23 de novembro de 2005, mais de três décadas após o marido ser assassinado. Numa delas, Amílcar Cabral escreveu quase um manifesto de casal: "Nós, Lena querida, nunca nos atrapalhamos, porque somos fortes, porque temos o nosso Amor consciente, Amor de nós e do Mundo. Lutaremos sempre, sempre de cabeça erguida, seja onde for."
domingo, 7 de fevereiro de 2016
NOTÍCIA DC/HUMILHAÇÃO FURADA: O ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, tinha viagem marcada para Lisboa na passada sexta-feira. E disse bem: tinha. Geraldo Martins teve que adiar a viagem porque se descobriu à última hora mais um plano maquiavélico da dupla JOMAV/Sedja Man: humilhar o ministro em pleno aeroporto, proibindo-o de sair do país. Consta que até recrutaram alguém para registar tudo em imagens e depois espalhar por aí. Fica registado. Nô pintcha! AAS
RECOLHA DC: Factos, possibilidades e probabilidades
Koumba Iala, foi afastado da presidência com apoio do comando militar da altura, porque todos eles foram unânimes de que o Koumba era uma vergonha nacional, a imagem patética e ridícula que colava à Guiné Bissau deixava a todos envergonhados. As chefias militares (excepto o general Veríssimo Seabra, o único que não era da etnia balanta) uniram-se e afastaram-no civilizadamente da presidência.
Infelizmente, mais tarde, a cabeça do Veríssimo Seabra foi entregue a Koumba como 'pedido de perdão', pois o Koumba Iala nunca perdoou a 'traição' da sua gente de o tirarem da presidência. Veríssimo haveria de ser assassinado no seu gabinete de trabalho, juntamente com o coronel Domingos Barros.
Ditadura do Consenso, falou com alguns militares e, hoje, muitos deles, principalmente os intelectuais, começam a questionar o porquê dessa passividade para com o José Mário Vaz.
Para eles o Jomav "é o olho do furacão, a origem de todos estes problemas"; todas as suas "tácticas e manobras políticas estão escrutinadas" e conhecem o seu "pensamento maquiavélico". Por isso, alguns questionam: "se tiramos o Koumba que era teatral, porque não tiramos o Jomav que é um perigo maior que o Koumba?"
Dizem agora alguns desses militares, que desde muito cedo ficaram a conhecer que o Domingos Simões Pereira era outro tipo de líder. "Um dos nossos, no pensamento e naquilo que queremos para o país" - corrigiu um oficial superior. Garantem ainda que nada vai acontecer ao DSP e que não vão admitir sequer qualquer plano maquiavélico que ponha a vida do presidente do PAIGC em perigo.
"Estamos atentos", vão avisando. E acrescentam que "a ala intelectual está farta porque todos já perceberam que o JOMAV tem violado até hoje a Constituição e parado o país meses a fio nessa sua luta doentia contra o DSP." AAS
sábado, 6 de fevereiro de 2016
OPINIÃO: Todos de olhos no JOMAV
"Caro Aly,
Nós aqui na Diáspora estamos atentos e de olhos nas artimanhas do JOMAV. Sempre acompanhamos o desenrolar da situação que se vive na Guiné-Bissau. Ele pode continuar sustentando a crise com os seus aliados.
Gostaríamos de lhe convidar que escute os últimos discursos do Idrissa Djalo. Tem muitas coisas que o Idrissa falou que servem para ele aprender qual é o papel do Presidente da República. Se não entende nada da constituição guineense tem que aprender com os que sabem.
Ainda há pessoas capacitadas na Guiné que intendem das leis do país. Não somos burros ao ponto de não entender o que é nosso. A Guiné Bissau é um país soberano. Não precisamos de pareceres alheios para complicar a situação do país!!!
David Silva"
Opinião: À revolução!!!
Caro Sr. Aly Silva,
Antes de mais, aceite os meus respeitosos cumprimentos. Gostaria de partilhar o meu artigo de opinião consigo e se eventualmente o senhor achar pertinente ou que mereça ser publicado no seu blogue, agradecia imenso. Continuação de bom trabalho em prol do bem-estar da nossa pátria.
Esta crise que o país vive hoje, foi pura e simplesmente uma crise criada, promovida e que está a ser sustentada pelo presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz.
A polêmica na ANP, é nada mais nada menos que a execução do plano de derrube do governo resultado da aliança feita entre o PR, a sua ala dentro do PAIGC, o partido PRS e que agora conta com a adesão das ONGs disfarçadas de partidos políticos que obviamente não vão querer perder mais esta oportunidade de chegar ao poder e resolver a sua vida como habitual, aliás, o governo de transição foi muito benéfico para eles nesse aspecto, não foi? Derrubar o governo para que se possa ter o governo travado pelo Supremo Tribunal de Justiça de volta. É isso!
O que não consigo entender até agora são os posicionamentos de certas pessoas que certamente são fazedores da opinião pública (nas redes sociais), que se auto-proclamam grandes patriotas empenhados em dar o seu contributo para a resolução dos problemas do país, mas que andam ultimamente a pintar as coisas a favor do presidente como se este fosse o santinho na história mesmo sabendo que este é o responsável por tudo isso, o criador e promotor de todo o problema.
Chegou-se ao extremo hoje por causa dos posicionamentos perigosos que o senhor presidente da república tem assumido, sejamos sérios e deixemos ser advogados de causas feias, deixemos de tentar enganar os inocentes com contos de fadas por favor pois enquanto tentam cobrir o sol com a peneira perdem o respeito e admiração de muitas pessoas.
Ah, se quiserem promover ou defender a moralização da política, o respeito dos valores morais e as leis da república, batam antes a porta do palácio da república, pois ali sim reside quem precisa mais disso, até porque tem mais responsabilidade que qualquer cidadão, pois não?
O presidente injustamente já derrubou o governo do PAIGC uma vez, depois disso tentou impor um governo desrespeitando as regras, o STJ manda respeitar a lei, voltou-se a normalidade devolvendo o poder ao partido vencedor das eleições, agora que o país tenta se levantar para caminhar o presidente faz conspiração para sabotar o seu governo na ANP. Mas! Esperavam mesmo o quê?
Que o PAIGC fizesse o papel de santinho e jogasse tudo tudo limpinho enquanto o presidente faz joguinhos sujos e alianças malignas para lhe tirar o poder que conquistou nas urnas? Fazem complots para sabotar e derrubar o governo e inviabilizar o país, depois o DSP é que faz a política de terra queimada não é?
A mim, estas 'auscultações' e encontros de 'mediação' não iludem. Eu pessoalmente sou crítico ao PAIGC, sou crítico ao PRS, sou crítico à forma em que se faz política na Guiné. Não obstante esse facto, por encarar este problema como uma questão nacional e não um mero battle de DSP vs JOMAV como muitos ainda pensam, defendo o posicionamento do PAIGC, pois é o único que coincide com a vontade do povo.
Isto aqui não se trata de defender ou querer que o PAIGC governe, trata-se de defender a decisão e a vontade do povo, trata-se de defender a democracia, o PAIGC está no poder hoje porque feliz ou infelizmente o povo assim quis e mais nada! Não há mais nada a inventar aqui.
Acorda meu povo, acorda!!! Jovens façam revolução!!! Saiam para as ruas e digam basta!!! Exijam o cumprimento das promessas de campanha!!! Nós almejamos ter um país desenvolvido tendo os países da Europa como protótipo, querendo atingir o patamar da Europa, saibam que a Europa foi construída durante milênios, irmãos, falo de milhares de anos, nem de séculos e muito menos décadas!
Durante esses anos e até a data de hoje, sempre que os dirigentes brincam mal o povo europeu saiu para as ruas, exigiu, mandou, ordenou, pôs ordem! A revolução faz parte, a revolução faz a diferença, temos o exemplo de Cabral! O desenvolvimento é um processo e nunca permitam que ninguém vos engane que a Guiné-Bissau pode desenvolver em 4, 5, 6 anos, o desenvolvimento não é um acto, é um processo!
Neste momento o nosso país precisa de revolução popular urgentemente, este é um momento crucial em que os jovens devem decidir sobre que tipo de vida querem ter, em que tipo de país querem viver, formar família e ver seus filhos crescer. Ou saem para as ruas e acabam com tudo isso de uma vez por todas e as suas vidas também mudam definitivamente ou então continuamos a ter um país onde os jovens vivem em casa dos seus pais até aos 30 anos de idade ou mais.
Repito, ou continuamos a reclamar só nos cantos e a nossa vida continua miserável como sempre foi, ou decidimos levantar todos, de mãos dadas, sempre dentro dos parâmetros legais, para pôr ordem no nosso país, mudar o nosso país! A decisão é nossa, nós jovens!!!
Rassul Mané
Bissau acolhe Fórum Económico PALOP-China-Brasil em abril
A capital da Guiné-Bissau será palco do Fórum Económico entre República Popular da China, Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Brasil, que terá lugar entre os dias 9 e 11 de abril.
A confirmação da realização do fórum em Bissau foi tornada pública no final de um encontro entre o embaixador da China na Guiné-Bissau, Wang Hua, e o ministro guineense da Economia e Finanças, Geraldo Martins.
Será, aliás, a primeira vez que a Guiné-Bissau organizará um evento do género e que proporcionará conversações entre empresários da China, de Macau, dos PALOP e do Brasil, para conhecerem `in loco´ as potencialidades de investimento no país.
ANP sobre o comunicado da Presidência da República
Assembleia Nacional Popular
Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente
Nota de Imprensa
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da Assembleia Nacional Popular registou com bastante estranheza a forma tendenciosa e politicamente incorrecta de justificar a não realização das reuniões que Sua Excelência Senhor Presidente da Republica tem vindo a levar a cabo desde o dia 1 de Fevereiro naquilo que apelidaram de um processo de mediação, como corolário de um conjunto de auscultações que fez separadamente às Forças Vivas da Nação, a partir de 25 de Janeiro último.
Recorde-se que terminada essa fase e estando o Senhor Presidente da República na posse de todos os contributos, decidiu encetar, segundo uma comunicação da própria Presidencia, um processo de aproximação entre as partes envolvidas em litígio, o que implicou juntar todos os atores que, segundo o seu entendimento, fazem parte do problema existente, convidando, para assistir como testemunhas, a Sociedade Civil nacional e representantes da Comunidade Internacional.
Durante os dois dias de trabalho, a Assembleia Nacional Popular observou que as negociações, que deviam contemplar apenas aspectos políticos da questão em litígio, foram transformadas num palco de interpretação jurídica de princípios e preceitos legais e constitucionais.
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP julga ser necessário e urgente informar os guineenses da existência no país de instituições e mecanismos apropriados no nosso ordenamento jurídico para o pronunciamento sobre assuntos dessa natureza e que, portanto, não são da competência constitucional do Presidente da República, mas sim dos tribunais.
Ao fazer-se alusão de que as correspondencias que foram enviadas ao Senhor Presidente da República estavam dirigidas ao público e apenas remetidas para o seu conhecimento, é mais uma tentativa de fuga em frente, porquanto, tanto o formato, bem como a metodologia seguida nas duas reuniões anteriores, foram tempestivamente, objecto de reserva verbal e por escrito na presença de todos os presentes nas reuniões, tendo sido solicitada a sua alteração, sobretudo pela ANP.
Esta solicitação feita pela ANP foi ignorada pelo Senhor Presidente da República, tanto assim que as sessões acabaram por redundar numa vã tentativa de substituição dos órgãos judiciais, denotando de forma inexplicável a atitude assumida pelo Chefe de Estado em menosprezar e subalternizar de forma incompreensivel e inconstitucional as decisões dos órgãos nacionais legalmente competentes, optando por privilegiar os pareceres jurídicos por si solicitados, que não passam de meras opiniões sem carácter vinculativo, que só vinculam quem os produziu e quem os acolhe, eventualmente.
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP vem relembrar à Presidência da República que perante o ordenamento jurídico nacional, somente são válidas e vinculantes as decisões proferidas pelos órgãos legalmente competentes. Nesta perspectiva, as decisões dos órgãos nacionais só são sindicáveis e, eventualmente, alteráveis em sede própria, contemplando as instâncias de recurso. Deste modo, válidas e vinculastes para todos os efeitos, são apenas as decisões tomadas pelos órgãos competentes.
Por outro lado, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP, nunca e em nenhum momento pôs em causa as eminências jurídicas portuguesas que emitiram os pareceres solicitados pelo Senhor Presidente da República, partindo do princípio que sem analisar a substância e a qualidade dos pareceres e, bem assim, a autoridade científica dos seus emitentes, importa destacar que os mesmos foram baseados em informações de todo não fidedignas que lhes foram conduzidas, o que afectou logicamente o seu conteúdo.
Assim sendo, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP, vem tornar claro que a sua ausência na reunião realizada ontem dia 5 de Fevereiro, não foi motivada pela existência desses pareceres, mas sim sobre o modelo e formato do processo negocial em curso, já que o acordo das partes sobre essa matéria constitui o pressuposto básico para a realização e o sucesso de qualquer processo negocial.
Não desconsiderando todos os atropelos à ordem constitucional até aqui vividos, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP está convicto de que a solução política é uma das vias capazes de resolver os diferendos em causa. Contudo, a perspectiva e a metodologia eleitas pelo Senhor Presidente da República nas duas primeiras reuniões, mereceram, da parte da ANP, total discordância.
Por este motivo, a Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP, reafirma que a posição manifestada pela ANP durante os dois dias de trabalho, em como a negociação deve decorrer entre os representantes dos órgãos de soberania e instituições relevantes, podendo, uma vez encontrada uma solução entre estes, acomodar a preocupação das outras partes, isto sempre e em plena consonância com a lei.
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP chama ainda atenção para o facto de se persistir em colocar em pé de igualdade as Instituições do Estado e aquelas partes, facto que pode esvaziar a relevância das instituições no nosso sistema e por inerência conduzir à promoção da anarquia e da insubordinação nos órgãos do Estado.
Persistir em considerar como legal a presença dos 15 ex-deputados que perderam os seus mandatos por uma deliberação da Comissão Permanente da ANP e reconfortada por um Despacho do Tribunal Regional de Bissau, é um acto de per si ilegal e inconstitucional das competências que o Senhor Presidente da República teima em continuar a praticar, numa pretensa e incompreensível tentativa de se fazer passar por um Tribunal dito Constitucional, já que só o recurso a instâncias judiciais competentes, podem alterar, caso assim o entendam, a deliberacão da Comissão Permanente da ANP e o Despacho do Tribunal Regional de Bissau.
Desta forma, estamos em crer que a satisfação positiva destas e de outras preocupações manifestadas pela ANP nos dois primeiros encontros, a contento das partes, constitui a criação de condições objectivas para a negociação com vista à obtenção de uma solução duradoura para a estabilidade governava e a tranquilidade da sociedade Guineense.
Assim sendo, a posição assumida pela ANP, é a melhor via para que as Instituições da República saiam mais fortalecidas e consequentemente de encontrar as soluções mais justas e plausíveis para que a lei e os preceitos constitucionais sejam respeitados e cumpridos, não só para o bem do país, mas também em nome dos superiores interesses do nosso povo à paz, estabilidade e unidade nacionais.
Bissau, 06 de fevereiro de 2016,
A Assessoria de Imprensa do Gabinete do Presidente da ANP
- ...$ de Angola
O presidente da República, JOMAV, mandou requisitar junto da Procuradoria-Geral da República o processo em que está (definitivamente) acusado na orgia que foi o desvio dos 12 milhões de dólares afectados por Angola à Guiné-Bissau.
(NOTA: Segundo a acusação: "O SUSPEITO - José Mário Vaz, na altura ministro das Finanças - AGIU LIVRE, VOLUNTÁRIA E CONSCIENTEMENTE BEM SABENDO QUE TAL CONDUTA É PROIBIDA E PUNIDA POR LEI PENAL.")
Contudo, e para sua surpresa, e do seu Procurador Geral da República, António Sedja Man, o processo já tinha 'voado' e entrado na Vara Cível aguardando agora apenas a data do julgamento. Mas como JOMAV goza de imunidade, fica tudo em banho-maria até ao fim do seu mandato. AAS
DENÚNCIA DC/ESCÂNDALO?: YAYA DJAMMEH+JOMAV+TROVOADA+PEQUENO+DINHEIRO DO ESTADO ISLÂMICO DA GÂMBIA = Grandes problemas no horizonte
+ $ da Gâmbia...
Uma informação preocupante, gravíssima, chegou hoje ao DC já a madrugada ia avançada: o presidente do Estado Islâmico da Gâmbia, Yaya Djammeh estará a injectar muito dinheiro aos Representante das Nações Unidas e da União Africana, Miguel Trovoada e Ovídeo Pequeno.
O dinheiro chega ao seu Embaixador na Guiné-Bissau, Abdou Djedjou (ex-homem da secreta na embaixada gambiana) e seria depois canalizado para o Sissé, da CEDEAO, que não pode dar a cara directamente porque a CEDEAO não se mete nesse jogo. Dinheiro de um Estado Islâmico na Guiné-Bissau, corrompendo altas figuras internacionais - ao que chegamos!
MIGUEL TROVOADA está em Dacar, mas uma fonte do DC garantiu que o chefe de Estado senegalês Macky Sall "não se quer envolver desta vez. Só se for no quadro da CEDEAO, o que duvido". Uma coisa é certa: Miguel Trovoada e Ovídeo Pequeno estão mesmo ao serviço do PR JOMAV, e nunca o esconderam...
Ontem, foi notório o desconforto de Ovídeo Pequeno à saída da reunião na presidência. Logo ele, que tem sempre alguma coisa a dizer aos jornalistas... Percebe-se: o 'chefe' está no país vizinho. A verdade é que andam TODOS a mamar o dinheiro sujo, do tráfico de drogas, do Yaya Djammeh, mas não vão ter o apoio do Macky Sall, o que é bastante mau. AAS
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016
OPINIÃO: Monta-se o cerco golpista
A configuração do projecto golpista encabeçado pelo presidente da República cada dia que passa está a ganhar forma e consistência na Guiné-Bissau.
Depois do assalto falhado da ANP pelos esbirros a soldo do PR, juntamente com os seus aliados do PRS, o comendador desse maquiavélico plano não desiste dos seus intentos absolutistas e paranóicas.
Para ir ganhando tempo e consolidar o seu intento reaccionário e antidemocrático, o PR vai-se camuflando na fachada do cinismo fingindo promover a estabilidade política com as falaciosas reuniões de "concertação à procura de consensos para a saída da crise política".
Nada mais do que falsidades e encenações maquiavélicas que visam atirar areia para os olhos dos guineenses e da incauta Comunidade Internacional, cujo expoente da nulidade se expressa nos inócuos representantes das NU e da UA no pais, os quais não fazem patavina, senão adornar com paninhos quentes e palmadinhas nas costas o ramalhete de barbaridades que vem praticando o tresloucado presidente JOMAV.
Falando de adornos, o do campo golpista vai-se compondo a cada dia que passa, juntando-se aos esbirros da 5a Coluna presidencial e, dando finalmente a cara, as figuras mais nefastas e pestilentas da nossa paupérrima classe política.
E, voila, que surgem os golpistas sanguessugas da transição, em primeira linha, Nando Vaz, Alipio Silva, vulgo Tchinho Conhe, também, conhecidos juristas prostitutos crónicos e outras, noviças na matéria que se oferecem tristemente de calcinhas nas mãos ao grupo do complot. A essa escumalha, juntam-se "lideres" de partidos políticos microscópicos, cujos militantes não cobrem os dedos de uma mão. Estes só sobrevivem na podridão da instabilidade e da intriga.
É neste triste contexto, de completa depravacao politica que o PR, rodeado de autenticas nulidades sociais e marginais de todo o gabarito encapotados de politicos, tenta orgulhosa e maldosamente obstaculizar todo um anseio de paz e estabilidade clamado incessantemente por toda a populacao da Guine-Bissau.
Estou certo de que, um dia, não tardara, saber-se-a decerto, quais as verdadeiras razoes que levaram JOMAV a hipotecar-se a um grupo tão vil e desaconselhável como este que o rodeia nesta saga de perturbação democrática constitucional sem precedentes na historia democrática da Guine-Bissau!!!
Fala-se à boca cheia de compromissos em desvios colossais do erário público que se pretende escamotear, tal como o famoso FUNPI, os fundo de Angola, as dotações sem fundo à CCIA, a exportação ilegal de madeira com po branco a mistura. Fala-se de paga de favores obscuros...enfim, tudo conjecturas, mas todos com fundo de alguma verdade que, ate se justifica consistemente nesta alianca contranatura contra a estabilidade na Guine-Bissau.
Quem te viu e quem te vê JOMAV...mas o teu dia de prestar contas chegará quanto menos esperas e, aí sim, provarás o fel do tchom malgos de Ussau.
Bem hajam
Subscrever:
Mensagens (Atom)