quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

FINALMENTE: PAIGC acusa deputados dissidentes de "tentativa de golpe de Estado"


O presidente do PAIGC, partido no poder na Guiné-Bissau, classificou hoje como uma "tentativa de golpe de Estado" a recusa de 15 deputados expulsos do partido em não sair do parlamento depois de terem perdido o mandato.

"Esta tentativa de usurpação do poder pela força é na verdade uma tentativa de golpe de Estado, já há muito em preparação", referiu Domingos Simões Pereira. O dirigente falava na sede do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) durante uma cerimónia para assinalar os 43 anos da morte do fundador, Amílcar Cabral.

ÚLTIMA HORA: A sessão da ANP marcada para amanhã, foi adiada para quando houver condições de segurança. AAS

Canto para a Guiné-Bissau:


"Queria de ti um País de bondade e de bruma...
Queria de ti o mar de uma rosa de espuma..."


Poemas de Mário Cesariny

José Paulo Semedo, Constitucionalista:


"Se podemos assacar alguma responsabilidade jurídica, quanto a isso (assalto à ANP), é sim, uma responsabilidade jurídico-criminal dos actores deste acto, pois consubstancia a usurpação de funções, o que é crime. É um acto criminal e que pode dar lugar a um processo crime e à perda de mandato de todos estes deputados envolvidos."

Liga Guineense dos Direitos Humanos tenta mediar crise política


A Liga Guineense dos Direitos Humanos está a desenvolver encontros com as partes envolvidas na crise política na Guiné-Bissau no sentido de mediar negociações e superar as divergências.

Uma delegação liderada pelo seu Presidente, Augusto Mário da Silva, reuniu-se com o grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC e com o Partido da Renovação Social (PRS), na oposição. A iniciativa aconteceu quando já não havia nenhuma outra entidade para tentar uma ponte do diálogo entre as partes desavindas.

Augusto Mário Silva, Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, justificou que o envolvimento da sua organização por ter “visto que havia uma disponibilidade para o diálogo”. “Saímos animados com isso e cremos que o bom senso acabará por se impor”, revela Silva.

"O que os deputados do PRS, mais os 15 expulsos do PAIGC fizeram, não tem enquadramento legal", diz constitucionalista

Enquanto decorrem as negociações, coloca-se a questão d as saídas constitucionais depois de a bancada parlamentar do PRS e os 15 deputados do PAIGC, expulsos do partido, terem assumido a liderança do Parlamento. O constitucionalista, José Paulo Semedo, disse à VOA que a acção daqueles parlamentares, do ponto de vista jurídico, não existe.

“O que os deputados do PRS, mais os 15 expulsos do PAIGC fizeram, não tem enquadramento legal. Então, não podemos falar da nulidade dos seus actos, mas sim da sua inexistência. Do ponto de jurídico o acto em si deve, simplesmente, ser ignorado, portanto não vincula ninguém. A mesa da ANP pode voltar e assumir as suas funções de forma normal”, explica aquele jurista.

Para Semedo, “se podemos assacar alguma responsabilidade jurídica, quanto a isso, é sim, uma responsabilidade jurídico-criminal dos actores deste acto, pois consubstancia a usurpação de funções, o que é crime”.

O jurista considera ter sido “um acto criminal e que pode dar lugar a um processo crime e à perda de mandato de todos estes deputados envolvidos”, concluiu José Carlos Semedo. VOA

TRÁFICO DE DROGA? NO PRS, ALGUÉM PODIA RESPONDER...


AQUI

Na altura dos acontecimentos, era ministro; hoje, é deputado...onde mais poderia estar, se não no parlamento?! É só para isso que o PRS está desejoso de abocanhar o poder!!! Pouca vergonha tem limites. AAS

20 DE JANEIRO: Guiné-Bissau tornou-se como aquele mistério que pensamos saber e a perfeição que sabemos não conseguir. É este o mistério perfeito da realidade, o sonho sem amanhã, o desejo sem desperdício, a ideia de uma Nação, o coração de um povo. É a dura verdade. AAS

OPINIÃO AAS: Com a alma em sangue


Esperava, claro que estava a ser ingénuo, que depois das últimas eleições legislativas, nós, os guineenses, poderíamos finalmente e de cabeça levantada trocar a idade da pedra em que nos vimos enfiado, e ultrapassar a barreira da puberdade. Os dirigentes saídos dessas eleições garantiam-nos isso mesmo. Mero sonho de criança...

Ao guineense, é com a alma em sangue que peço: Pense. Confesse. Já nenhum de nós tem idade para deixarmos que brinquem connosco.

Devemos exigir um Estado sério, credível, respeitado. Grande. Crescido. Como nós.

Pense. Como é que um país com mais de 40 anos de independência, com tanta história de mestria e valentia; como é que este País que lutou pela sua independência e de mais quatro (!) países atirou a toalha ao chão?

Guiné-Bissau é coisa pouca para alguém? Seja. Mas é nossa. Pode até ser uma coisa pouca, uma luz qualquer. Chega-nos. Deslumbra-nos.

O nosso País podia, hoje, ser um gigante entre gigantes mas nunca deixaram-na ter essa medida, esse sentido de proporção, a mínima mercê. E, no entanto, a Guiné-Bissau continua brilhante como se a noite não existisse.

Mas, do que nos vale uma Nação sem nacionalismos? Que tal é a sensação desta alma colectiva que se desalma diariamente; esta idade sem qualidade, este tempo dessincronizado com a nossa natureza, onde já não há herói, figura, exemplo, esperança que nos empolgue ou nos sirva?

Pense. Guiné-Bissau é o país do universo africano que fala o português que, proporcionalmente, tem melhores e mais quadros nos organismos internacionais. E se não regressam é porque aqui tudo é muito previsível e, normalmente, o que acontece é quase sempre mau.

Verdade seja dita, raras vezes se registam acontecimentos que indiciam novos tempos. Por mais que os ventos soprem. Guiné-Bissau tornou-se como aquele mistério que pensamos saber e a perfeição que sabemos não conseguir. É este o mistério perfeito da realidade, o sonho sem amanhã, o desejo sem desperdício, a ideia de uma Nação, o coração de um povo. É verdade.

Confesse. A nossa geração – aquela que não está gasta – tem valores que importa preservar, e uma responsabilidade de proporções bíblicas, que é a de criar uma sociedade em que não se registe a exploração do homem pelo homem ou humilhantes discriminações em relação à mulher.

A realidade actual do mundo impõe-nos outra reflexão, e outra intervenção. Um País é um País e é assim, País, que deveria ser. O País parece uma praça de touros em que o forcado é o povo: o resultado da pega é normalmente imprevisível…AAS

O TRÁFICO DE DROGA, é a combustão para a crise instalada em Bissau...AAS


20 DE JANEIRO:


"Que tenhamos em Amílcar Cabral inspiração suficiente para escolher a verdade e a justiça. Se assim o fizermos somos capazes de encontrar saída para todos os problemas" - Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC

PM são-tomense diz-se preocupado com a crise política na Guiné-Bissau


O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, manifestou-se hoje "preocupado" com a situação na Guiné-Bissau e apelou aos responsáveis políticos daquele país à "calma e a respeitarem a estabilidade".

"Estamos preocupados com a situação na Guiné-Bissau, esse país faz parte das nossas comunidades, quer dos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), quer da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e apelamos a todos os autores políticos para a busca de consensos dentro do quadro constitucional", disse Patrice Trovoada.

O chefe do Governo são-tomense falava no final da sessão parlamentar que aprovou na generalidade o Orçamento do Estado e as Grandes Opções de Plano para 2016.

Comunicado Conjunto da ONU, UA, CPLP, CEDEAO e UE pede RESPEITO PELA VONTADE DEMONSTRADA PELO POVO NAS ELEIÇÕES


Comunicado Conjunto do Grupo P5 (ONU, UA, CPLP, CEDEAO e UE):



ESTE É UM PONTO BASTANTE IMPORTANTE. UMA ESPÉCIE DE RECADO...AAS

Comunicado Conjunto do Grupo P5 ( ONU, UA, CPLP, CEDEAO e UE)


DSP comanda as comemorações do 20 de janeiro, na sede do PAIGC




Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC: “Temos que vencer esses nossos irmãos, que se fazem de nossos adversários agora, em todas as batalhas: No espaço político, jurídico e parlamentar, porque não desarmarão.

20 JANEIRO, DIA DOS HERÓIS NACIONAIS: DESCULPA, COMANDANTE AMÍLCAR CABRAL