terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Desenhos (profundamente) animados :)


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, afirmou-se hoje "profundamente animado" que 2016 será o ano da paz, estabilidade e arranque do desenvolvimento do país.

Dirigindo-se ao primeiro-ministro, Carlos Correia, e aos membros do Governo que lhe foram apresentar cumprimentos de Ano Novo, José Mário Vaz disse que espera "grandes melhorais" no país no ano que agora começa.

"Iniciamos o ano de 2016 profundamente animados pela esperança de ser este um ano de paz, estabilidade, reconciliação nacional e, acima de tudo, de renovadas perspetivas para o país. Um ano de melhoria das condições de vida dos guineenses", disse José Mário Vaz.

Para o Presidente guineense "cabe ao Governo liderado por Carlos Correia" a tarefa de "dar uma oportunidade sincera a esta esperança coletiva", criando as condições, através da mobilização geral da população, observou ainda.

Entre as várias tarefas que devem ser levadas a cabo pelo executivo, José Mário Vaz exortou o primeiro-ministro a trabalhar para que, finalmente, o país possa realizar as primeiras eleições autárquicas.

O chefe de Estado guineense reconheceu que 2015 "foi um ano de desafios" para o país, mas enalteceu "as importantes conquistas alcançadas", nomeadamente a mesa-redonda com os doadores, a visita do Rei de Marrocos a Bissau e os encontros internacionais nos quais pode participar, que salientou terem resultado em benefícios para a Guiné-Bissau.

O líder guineense destacou, no campo das conquistas de 2015, "a postura exemplar" das Forcas Armadas, aos quais apelou que se mantenham equidistantes do jogo político.

Por seu lado, o primeiro-ministro Carlos Correia prometeu "não poupar os esforços" no cumprimento do Programa do Governo fixado para o período de quatro anos mas disse contar com a cooperação institucional do chefe de Estado. Lusa

Ebola: Vigilância deve continuar na Guiné-Bissau apesar do fim da doença na vizinha Guiné-Conacri


As medidas de vigilância ao vírus do Ébola vão continuar na Guiné-Bissau apesar de ter sido declarado o fim da doença na vizinha Guiné-Conacri, disse hoje Plácido Cardoso, diretor do Instituto da Saúde Pública guineense.

Bissau, 05 jan (Lusa) - As medidas de vigilância ao vírus do Ébola vão continuar na Guiné-Bissau apesar de ter sido declarado o fim da doença na vizinha Guiné-Conacri, disse hoje Plácido Cardoso, diretor do Instituto da Saúde Pública guineense. No passado dia 29 de dezembro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a Guiné-Conacri estava livre do vírus Ébola ainda que o país tenha que esperar pelos próximos 90 dias até determinar o fim efetivo da doença.

O diretor do INASA (Instituto da Saúde Pública da Guiné-Bissau) mostrou-se satisfeito com o anúncio, mas reforçou que devido à proximidade entre a Guiné-Bissau e a Guiné-Conacri "a vigilância tem que continuar" no lado guineense, disse. "Há medidas que devem continuar para sempre, porque são medidas para o controlo e prevenção das infeções", observou Plácido Cardoso, adiantando que a Guiné-Bissau deve até reforçar outras medidas de prevenção.

Nesse âmbito, disse que já na quarta-feira o INASA irá iniciar uma reciclagem à Equipa da Resposta Rápida ao vírus Ébola da região de Tombali, no sul do país, sobre o protocolo de vigilância a doença. Plácido Cardoso frisou a importância de manter a vigilância apontando o caso da Libéria onde o vírus foi anunciado o fim da epidemia mas dias depois teve duas recidivas.

No caso da Guiné-Bissau, o responsável entende ser necessário reforçar e manter as medidas de vigilância nos postos fronteiriços do país com os vizinhos Senegal e Guiné-Conacri. Dados da OMS apontam que a Guiné-Conacri registou 3.804 casos de casos Ébola, de que resultaram 2.536 mortos. Lusa

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Terra Ranka: Diplomacia Económica




O Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa, recebe na próxima quinta-feira, 7 de janeiro, uma conferência sobre oportunidades de negócio na Guiné-Bissau.

Responsabilizar o...irresponsável!


domingo, 3 de janeiro de 2016

OPINIÃO AAS: Annus horribilis


FACTO 1: Guiné-Bissau entra em 2016 num cenário sombrio, com nuvens negras a pairar por cima das cabeças das Guineenses e dos Guineenses, no parlamento. É preocupante, mas, acreditem nisto:

Toda a comunidade internacional está atenta - mais do que nunca até! As jogadas sujas que se preparam nos bastidores da ANP, são do menos honroso que se pode imaginar. Metem nojo!

O OBJECTIVO: A 5ª coluna do Presidente JOMAV quer apenas e só deitar a mão aos mais de mil milhões de dólares prometidos ao País na mesa redonda de Bruxelas. Não têm um programa de Governo (não conseguem, são incapazes sequer de preparar um; o País não tem condições para um 'Governo de iniciativa Presidencial - de resto INCONSTITUCIONAL, e menos ainda dinheiro para ir a uma eleição).

FACTO 2: Os documentos e planos estratégicos para a reconstrução do nosso País e o alavancar da sua Economia - que foram submetidos e explicados aos nossos parceiros em Bruxelas - mereceram tanta credibilidade e foram tão convincentes que tiveram logo um amplo apoio dos países e organizações nossos amigos, de todos os continentes!

CENÁRIO 1: Qualquer crise, agora, deitaria por terra toda essa ajuda e mergulharia o País novamente num novo clima de desconfiança;

CENÁRIO 2: E a desconfiança, já se sabe, trouxe num passado recente tragédias demasiado dolorosas e ainda por sarar, ao nosso povo;

Comunidade Internacional,

Esta crise começou, como sabem, com a nomeação pelo PR, à revelia do partido vencedor das eleições - o PAIGC, do Baciro Djá para primeiro-ministro. Uma medida intemporal (o presidente Olesegun Obasanjo, mediador da CEDEAO, vinha a caminho...) e completamente irresponsável.

Intemporal, porque não havia crise nenhuma que justificasse essa medida dramática; irresponsável, porque ninguém no seu perfeito juízo, conhecedor da Constituição da República tomaria uma atitude dessas - desprezando, rasgando e mandando para o lixo todas as previsões feitas pelo FMI e pelo BM sobre o crescimento do Paìs.

Se o Governo do PAIGC cair, o Povo Guineense espera apenas que, num acto de SOLIDARIEDADE e de JUSTIÇA, SUSPENDAM toda a ajuda prometida em Bruxelas. O Presidente JOMAV que crie o seu Governo, que o sustente, e ao Povo Guineense também.

Agora, vem o PR dizer que "não vai dissolver o parlamento." O problema está aqui mesmo. É que, quando JOMAV diz uma coisa, faz precisamente o seu contrário!!! Ou seja, o que o Presidente diz não se escreve...

BASTA de irresponsabilidades! Basta de golpes de estado palacianos! Viva a Democracia!, viva a República! AAS


Prisão preventiva para suspeito de homicídio de guineense em Espanha


Um dos três detidos no caso do homicídio de um cidadão da Guiné-Bissau, ocorrido na madrugada de 25 de dezembro na localidade espanhola de Raquetas de Mar, Almería, foi colocado em prisão preventiva.

Fontes do Tribunal Superior de Justiça da Andaluzia (TSJA) disseram à agência de notícias espanhola Efe que outros dois homens aguardarão julgamento em liberdade, mas comparecendo periodicamente no tribunal de instrução local.

Os três homens, moradores em Roquetas de Mar, foram presentes a tribunal depois de terem sido detidos na quarta-feira muito próximo do local do crime.

O delegado do Governo na Andaluzia, Antonio Sanz, indicou, na passada quinta-feira, em conferência de imprensa em Sevilha, que a operação continua em curso, pelo que não se descarta a detenção de outros envolvidos no homicídio.

O guineense Amisau Méndez, de 41 anos, foi esfaqueado na madrugada de 25 de dezembro durante uma discussão no trânsito na rua Valle de Orotava, no bairro Cortijos de Marín, de Roquetas de Mar.

A Guardia Civil montou no local um dispositivo que chegou a contar com 150 agentes, já que após o crime, ocorreram distúrbios que resultaram na detenção de quatro pessoas por partirem montras ou atacarem agentes da Guardia Civil e da polícia do município de Almería.

sábado, 2 de janeiro de 2016

Entendimento entre políticos facilitará libertação de fundos


O embaixador da Guiné-Bissau na ONU, João Soares da Gama, defende que a superação das divergências entre as instituições guineenses vai fazer com que o país receba rapidamente os fundos prometidos pelos doadores em 2015.

O diplomata explicou que o adiamento da aprovação, pelos deputados, do programa do Governo do primeiro-ministro Carlos Correia, em Dezembro, pode ter um impacto negativo para o país.

“É importante que as diferenças sejam de facto ultrapassadas no sentido de ser aprovado o programa do Governo, que está na forja neste momento, para podermos obter os fundos prometidos aquando da Mesa Redonda de Bruxelas.

Temos de fazer esforços complementares nacionais para que a comunidade internacional entenda que há diálogo, estabilidade e que o Governo é capaz de absorver os fundos prometidos pela comunidade internacional”, enfatizou o diplomata.

João Soares da Gama sublinhou que os 1,5 mil milhões de dólares em doações prometidos pela comunidade internacional e aplicados no desenvolvimento do país, podem “transformar de uma vez por todas a Guiné-Bissau”.

O diplomata disse esperar que todos os guineenses contribuam para que haja um entendimento pelo reforço da paz e da estabilidade política, através de um diálogo permanente e profundo.

O Mundo, afirmou, continua a acompanhar a situação da Guiné-Bissau e, além dos políticos, os guineenses devem contribuir para a estabilidade do país.

Para João Soares da Gama, o atraso na formação do governo e na aprovação do seu programa pode ser recuperado se forem removidos obstáculos levantados pelos políticos, que devem ter consciência de que “a comunidade internacional não vai continuar a esperar que troquem mimos, ao invés de se entenderem."

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

JOMAV garante que não tenciona dissolver Parlamento


O Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, garante que não tenciona dissolver o Parlamento. "Por acreditar ser possível criar condições de estabilidade governativa no quadro da actual configuração e dinâmica política parlamentar, não equaciono a hipótese de dissolver a Assembleia Nacional Popular [Parlamento] guineense", disse José Mário Vaz.

Num discurso à nação, por ocasião do fim do ano, o chefe de Estado da Guiné-Bissau afirmou que "os custos da dissolução do parlamento" seriam maiores do que quaisquer benefícios para o país. Vários círculos políticos, assim como analistas, têm defendido que o Presidente guineense poderia vir a ser obrigado a dissolver o parlamento, na sequência da crise política que assola o país.

O Governo em funções tem tido dificuldades em fazer passar o seu programa no parlamento, devido às lutas internas no PAIGC, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). "É imperioso que os partidos políticos representados no parlamento, em particular as suas lideranças, reforcem a cultura do diálogo e a coesão interna para a busca do consenso alargado", defendeu José Mário Vaz.

A título pessoal e institucional, o Presidente guineense prometeu empenhar-se para a busca de soluções que possam dar estabilidade governava ao país. José Mário Vaz exortou os guineenses e a classe política, em particular, para não persistirem no erro cometido no passado, forjado pelo ego individual.

"Olhando para o passado recente, temos de ter a humildade para reconhecer que (...) havia muita coisa que certamente poderíamos ter feito diferente", destacou o líder guineense. José Mário Vaz reconheceu que 2015 "foi um ano difícil", marcado sobretudo pela crise política que levou à demissão do Governo, mas admitiu que a mesa-redonda com os doadores "foi um êxito" alcançado pelo país, que é preciso capitalizar, disse.

O líder guineense vaticinou um bom ano de 2016, mas exortou os cidadãos a empenharem-se na produção do arroz, para que o país possa finalmente produzir as 80 mil toneladas daquele cereal, base da dieta alimentar guineense, que o país importa todos os anos.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2016: Outro ano de incertezas


AQUI

Fodé Mané: "Foco da instabilidade está na Presidência da República"


Depois do regresso à normalidade constitucional em 2014, a Guiné-Bissau começou a navegar em águas tranquilas. Em Março de 2015, conseguiu a promessa de apoio de 1,5 mil milhões de dólares por parte da comunidade internacional para financiar projectos em quase todos os sectores.

Entretanto, em Agosto, e depois de uma anunciada crise entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, José Mário Vaz demitiu o Governo de Domingos Simões Pereira, apesar de vários pedidos de personalidades internacionais para recuar na sua intenção.

A partir daí, o país voltou a estagnar e, até agora, o novo Executivo, imposto por uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça, que considerou inconstitucional um Governo de iniciativa presidencial ensaiada por Vaz, está sem programa.

O jurista e analista Fode Mané considera, na rubrica Agenda Africana da VOA, que o ano pode ser dividido em duas partes e aponta o dedo à Presidência da República como sendo o foco da instabilidade.

Ouvir AQUI

Quanto ao futuro imediato, caso o programa do Governo não for aprovado, o jurista , que analisa a forma como se faz na política na Guiné-Bissau, aponta a marcação de eleições legislativas antecipadas como a única saída legal, caso nenhum outro partido consiga apresentar um Governo e um programa com apoio parlamentar. Entretanto, lembra que o país não tem dinheiro para realizar eleições. VOA

O meu desejo para o Povo da Guiné-Bissau, é que tenha um ano de 2016 pleno de paz, com estabilidade, prosperidade e entendimento entre os guineenses. Na certeza porém de continuarmos juntos nesta árdua tarefa que é a luta contra todo o tipo de tirania, abominando qualquer tentativa ditatorial. Viva a Guiné-Bissau, viva o Povo guineense, viva a República, viva a Democracia. Votos de feliz ano para os nossos irmãos de Cabo Verde. António Aly Silva

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

VOA: Retrospectiva 2015 na Guiné-Bissau


Contra todas as conjecturas iniciais, animado por uma campanha eleitoral, que se dizia unida no interior do PAIGC, o pais foi sacudido por uma crise política, evolvendo o Presidente da República, José Mário Vaz, e o então Chefe do Governo, Domingos Simões Pereira, igualmente líder do PAIGC.

Uma crise que deixou o pais economicamente carente, fundos prometidos na mesa redonda de Bruxelas em banho-maria, desconfiança entre guineenses mais acentuada e querela política a ganhar outro impulso, deixando os parceiros de desenvolvendo da Guiné-Bissau à deriva. Parceiros que estiveram muito bem presentes durante o ano que agora termina.

Do ponto de vista político, Rui Jorge Semedo, um dos especialistas em política interna guineense, ressalvou que 2015 era considerado um ano de recuperação do pais a todos os níveis. Mas, os factos e os indicadores, de momento, ilustram que a esperança que se guardava foi se embora, em virtude da crise política que ainda se vive no país.

Luís Petti, jurista guineense, é da opinião que o conflito político que marcou o ano transito permitiu testar a maturidade das instituições da república e dos guineenses. Contudo, feito o balanço, Luís Petti, não hesitou em assumir que 2015 foi um ano de frustração. Para Rui Jorge Semedo, investigador associado ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, a crise política que dominou e que sobrepôs todas as esferas da vida pública nacional, reproduziu reflexos que tiveram e ainda têm uma incidência nos sectores sociais e institucionais do país.

2015 foi um ano em que a diplomacia esteve em alta com visitas consideradas importantes, nomeadamente as do Secretário de Estado da Marinha americana, Ray Mabus, do Rei de Marrocos, Mohamed VI, do primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, e do entõ Chefe do Governo de Portugal, Pedro Passos Coelho, e a presidente da Assembleia da República Portuguesa, Maria de Assunção Andrade Esteves.

Tudo isso aconteceu no meio de muitas confusões políticas, envolvendo o Presidente da República e o então Governo de Domingos Simões Pereira, que estava sob pressão do Ministério Público, cujo Procurador-Geral da República não sobreviveu às contendas políticas. No campo social, 2015 não ficou isento de algumas greves em determinados sectores, não obstante a interessante ausência dos militares na agenda política. A primeira desde 1998.

Muitos guineenses não acreditam que o país possa sacudir da actual crise política. Aliás, os espíritos estão a ser sustentados por um 2016 muito mais efervescente e com transtornos imprevisíveis. VOA

Panorama Macroeconómico 2015


Despachos no campo, na labur!!!


O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) da Guiné-Bissau, Idrissa Djalo, acusou hoje o Presidente guineense, José Mário Vaz, de ser o principal "fator dos problemas" do país, através da sua atuação. "O Presidente tem graves deficiências", assinalou Djalo, líder do PUN, um partido extra-parlamentar, que se tem notabilizado devido à sua intervenção na vida política guineense.

Em conferência de imprensa, o presidente do PUN acusou José Mário Vaz de, "no lugar de ser chefe de Estado, se ter vindo a comportar-se como líder de uma facção" de alas políticas desavindas. Idrissa Djalo afirmou estar triste com a atuação do Presidente guineense, mas não surpreendido, já que, disse, o próprio José Mário Vaz esclareceu durante a campanha eleitoral ser desconhecedor da Constituição da República e das prerrogativas de um chefe de Estado.

Olhando para aquilo que diz ser o comportamento de José Mário Vaz durante a sua presidência, o líder do PUN afirmou que o Presidente tem sido "o acusador público número um e lavrador", quando, na realidade, devia se preocupar apenas com as suas responsabilidades de chefe de Estado. Numa declaração pública por ocasião das festas do Natal, o Presidente guineense anunciou que vai consagrar o ano 2016 para a produção do arroz (base da dieta alimentar no país), dedicando os fins-de-semana à lavoura na sua aldeia natal.

"Vou trabalhar no meu gabinete (em Bissau) de segunda a quinta-feira, e a partir de sexta-feira, estarei no campo, na lavoura, quem quiser fazer um despacho comigo terá que me encontrar no campo", disse o Presidente guineense. Para o líder do PUN, José Mário Vaz "faz uma autêntica confusão" entre a sua pessoa e a instituição Presidência da República, o que indica uma "clara falta de noção das suas responsabilidades", enquanto chefe de Estado.

Perante os factos, adianta ainda Idrissa Djalo, em condições normais, José Mário Vaz "nem podia ser candidato à Presidente dos guineenses", por ter sido constituído arguido e detido no processo de alegados desvios de 12 milhões de dólares, doados por Angola à Guiné-Bissau em 2012, quando era ministro das Finanças.

Djalo teceu ainda várias acusações de situações de alegadas práticas de corrupção que envolvem José Mário Vaz, no passado, das quais agora "está refém por parte dos seus cúmplices". O líder do PUN afirmou que as suas acusações já foram entregues ao Ministério Público desde o mês de abril mas até agora não obteve nenhuma reação da justiça, o que também estranha.

O dirigente político quer uma auditoria internacional a ser conduzida por uma empresa contratada pelo Governo para, sobretudo, esclarecer o paradeiro de um fundo de 20 milhões de dólares gerado no país mas "mal utilizado".

APOIADO: Partido PUN propõe criação de Tribunal Especial para julgar crimes contra democracia na Guiné-Bissau


Idrissa Djalo, líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) da Guiné-Bissau defendeu hoje a criação de um Tribunal Especial Internacional (TEI) com competência para julgar os autores de "crimes contra a democracia" no país.

Falando numa conferência de imprensa, Idrissa Djalo, passou em revista a situação política no país desde 1998 (ocasião em que se deu um conflito político-militar) até a data, para concluir que a instabilidade na Guiné-Bissau "é da exclusiva responsabilidade dos políticos", disse.

Para Idrissa Djalo, antes de se pensar na reforma do sector da Defesa e Segurança, a Guiné-Bissau "devia instituir rapidamente" um Tribunal Especial Internacional que tivesse a competência de julgar "todos os autores políticos que tenham participado em atos de subversão e de violência contra a democracia, crimes de sangue, crime de corrupção ou ambiental". CM/Lusa