sábado, 5 de dezembro de 2015
Guiné-Bissau/Burundi
No quadro da 67ª Sessão do Comité Executivo e da 38ª Conferência da União Parlamentar Africana (UPA) a decorrer em Bissau, o Primeiro-Ministro Carlos Correia recebeu em visita de cortesia, o Presidente da Assembleia do Burundi, Pascal Nyabenda.
À saída o ilustre visitante declarou: “Nós falamos de diferentes situações entre os nossos dois países, Brundi e Guiné-Bissau. Efetivamente, entendemos que precisamos de reforçar as nossas relações de amizade, agora entre o nossos parlamentos, mas também à nível político e social, aonde pode existir muitas relações entre os africanos”.
Argélia/Guiné-Bissau
O Presidente da Assembleia Nacional Popular da Argélia, Lardi Ould Khelifa, que se encontra no país para tomar parte na 67ª Sessão do Comité Executivo e da 38ª Conferência da União Parlamentar Africana (UPA), a decorrer em Bissau, manteve hoje um encontro, com o Primeiro-Ministro, Carlos Correia.
Interrogado sobre o propósito da visita começou por questionar: “estar na Guiné-Bissau é um ideal histórico, ou é estar com um irmão mais novo?” Respondendo disse: “porque a nossa relação é muito profunda com os responsáveis da Guiné-Bissau. Falo de Amílcar Cabral um grande líder do centro da África.”
Mais, adiante sobre o encontro enfatizou “nós discutimos como redinamizar as nossas relações políticas e parlamentares, que aliás são muito boas. Também, falamos da questão da África como meio do terrorismo, através da África subsaariana... O que é se passa na Nigéria? Porque o terrorismo vem de um fenómeno mundial que não ocupa nenhum território e nenhuma religião. Penso que uma das prioridades para os países africanos e mesmo para a comunidade internacional e organizar meios para reunir mais solidariedade e vigilância” contra o terrorismo.
PM recebe presidente da Assembleia senegalesa
o Primeiro-Ministro, Carlos Correia, recebeu ao princípio da tarde o Presidente da Assembleia de Senegal, Moustapha Niasse, que encontra no país no âmbito da 67ª Sessão do Comité Executivo e da 38ª Conferência da União Parlamentar Africana (UPA) a decorrer em Bissau.
“Estou aqui em Bissau para participar na Conferência dos Presidentes e dos parlamentares africanos. É natural que chegando a Bissau, durante a minha visita encontre fraternalmente o Primeiro-ministro do governo da Guiné-Bissau e retratemos assuntos sobre o desenvolvimento,” afirmou Sr. Moustapha Niasse. Salientando, que quando dois territórios se encontram há um dossier de amizade, de fraternidade e cooperação e de contacto mutuo, porque a Guiné-Bissau faz fronteira com o Senegal.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
SIM: Puta que pariu!!!
DETALHE 1: Os "2 milhões" de Fcfa, com grande destaque na capa...são, imaginem só, 3 mil euros!!!, e o nome da empresa é AREZKI e não areski;
DETALHE 2: JOMAV "Alertá"...
Assim vai o nosso País, a Guiné-Bissau. Mas estará toda a gente doida? Quem dá certificado a essa gente? Onde estudaram mesmo??? AAS
Funcionários em greve sofrerão descontos nos salários
Sob as instruções administrativas do Chefe do Governo, em Conselho de Ministros do dia 3 de dezembro, e reagindo à onda de greves ficou determinado que “...doravante, se passe a proceder aos descontos das faltas cometidas pelos funcionários que aderem às greves.”
Também, “o Conselho de Ministros instruiu os membros do Governo que integram o Conselho Permanente de Concertação Social no sentido de se empenharem ainda mais no sentido da promoção do diálogo e da concentração como única via pra a obtenção de consensos e evitar conflitos sociais que bloqueiam o normal funcionamento das instituições”.
Trata-se, de acordo com o Executivo do Eng. Carlos Correia, de uma medida legal, justa e no uso do Direito do Estado enquanto entidade patronal.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
Cidades africanas em crescimento - uma oportunidade
Africa enfrenta uma enorme crise de habitação fruto da rápida urbanização e de uma crescente população dos bairros de lata. São necessárias abordagens novas e selectivas orientadas para habitações económicas, se os países quiserem tirar partido das alterações demográfica com vista a tornar as cidades inclusivas, promover o crescimento económico e expandir as oportunidades de emprego, segundo um novo relatório do Grupo Banco Mundial.
O relatório, intitulado “Inventário do Sector da Habitação na África Subsariana”, lembra que África pode chegar aos 1 200 milhões de habitantes urbanos até 2050 e a 4,5 milhões novos residentes em zonas de habitação informal cada ano, a maior parte dos quais não consegue pagar habitação básica formal ou ter acesso a empréstimos hipotecários.
“Habitação de qualidade adequada é de importância crítica para o crescimento económico e a inclusão social,” diz Mamta Murthi, o Vice-presidente Interino para África do Grupo Banco Mundial. “Os governos vão precisar de dar as mãos ao sector privado para facilitar os investimentos em habitação mediante a expansão do acesso e a melhoria da qualidade do parque habitacional existente e, a par disto, facilitar o acesso ao financiamento do terreno e da habitação”.
O relatório analisa as tendências na região e identifica oportunidades em cidades em rápido crescimento. O reconhecimento de habitação informal como a única opção existente para uma grande maioria de africanos sublinha a necessidade de novas abordagens das políticas de habitação.
“Em muitos países africanos, apenas 5% a 10% da população de rendimento mais alto têm dinheiro para comprar o tipo de habitação formal mais económica”, disse Ede Jorge Ijjasz Vasquez, Director Sénior do Grupo Banco Mundial em Matéria Social, Urbana, Rural e Práticas Globais de Resiliência . “Assim, há 90% dos africanos que vivem em habitações informais, em condições geralmente precárias, inseguras e sem serviços básicos, como por exemplo água, electricidade e saneamento. Este relatório demonstra que intervenções específicas no mercado informal podem produzir rápidos melhoramentos na qualidade do parque habitacional existente numa série de países africanos”.
Enquanto muitos governos de África têm estado a disponibilizar directamente habitações para responder às necessidades das crescentes populações urbanas, estes programas são extremamente dispendiosos para o governo, fora do alcance dos pobres urbanos e não aumentaram significativamente o montante de habitações económicas.
O relatório recomenda que os escassos recursos públicos deveriam antes ser direccionados para a habitação informal em áreas e famílias de baixo rendimento,modernizando infra-estruturas, melhorando a legislação sobre administração e ordenamento do território e expandindo o acesso ao financiamento através de micro-crédito, grupos de crédito e cooperativas de crédito. Apenas 5% da população adulta subsariana obteve um empréstimo de uma instituição financeira formal no último ano, metade da taxa de outras regiões em desenvolvimento, tais como Ásia Austral ou Ásia Oriental e Pacífico.
“Aparte os benefícios imediatos e óbvios da habitação adequada, um sector habitacional em bom funcionamento conduz ao crescimento económico, criação de empregos e expansão do mercado de bens e serviços,” disse Jonas Parby, um Especialista em Assuntos Urbanos do Banco Mundial e um dos autores do relatório.
A construção e propriedade da habitação não só beneficia as famílias mas também cria empregos para pedreiros, carpinteiros, electricistas e outros ofícios. Para cada casa construída, são criados cinco empregos. Enquanto o investimento em habitação formal em África é baixo comparativamente a qualquer outra região, uma abordagem mais estratégica ao sector da habitação irá incentivar o investimento privado.
O relatório também refere que, enquanto a população dos bairros de lata nas outras regiões está em declínio, em África está a aumentar. Se as tendências actuais se mantiverem, a maioria das pessoas que vive em bairros de lata localiza-se nas cidades africanas, o que torna a necessidade de habitação adequada e económica mais urgente do que nunca.
DENÚNCIA: Aly, gostaria que passasse esta informação porque é muito urgente. A embaixada da Guiné Bissau na China está cobrar aos estudantes 75 mil fcfa para fazer este novo passaporte isto equivale a mais ou menos 115 euros. Familiar de um estudante na China. Ora...confira os NOVOS preços dos passaportes...AAS
JBV - Um político na alta roda
Para ouvir a entrevista, clique AQUI
Quando vejo o João Bernardo Vieira (JBV), este jovem político, a brilhar na arena internacional com tanta classe e performance dá-me vontade de acreditar num amanhã melhor para a Guiné-Bissau. O nosso país é um país que tem muitos talentos, mas, ao mesmo tempo está repleto de muita raiva escondida e muito ódio acumulado.
Pelo pouco que conheço do JBV, sei que não tem sido fácil até a nível familiar. As sucessivas campanhas de calúnia, de difamação (hoje coisa vulgar, chocante até, na Guiné-Bissau) que tem sido alvo desde que assumiu a pasta dos Transportes, possivelmente a pasta governamental mais difícil na medida em que é ele que controla o céu, a terra e o vasto mar da Guiné-Bissau, não lhe retiraram a dinâmica e menos ainda o espírito de vencedor que lhe é típico.
JBV está sentado num barril de pólvora com o sector que tem maiores problemas no país. Tem a APGB ao lado onde em 100% de trabalhadores só 20% é que trabalham - os outros só recebem. Tem os correios que está há mais de 5 anos com salários em atraso. Tem a Guinétel e a Guiné Telecom, que resulta da má gestão do passado e da irresponsabilidade dos anteriores gestores levando a empresa à bancarrota e sem que ninguém tenha sido responsabilizado. É de doidos. Mas ele lá tem aguentado o barco dentro da tempestade.
Tem o problema do isolamento das ilhas por falta de barcos seguros e que garantam confiança suficiente para atrair turistas para os bijagós. Tem o problema das dificuldades de ligação aérea do país com o resto do mundo. Tem muitos outros problemas que poderia estar aqui toda a noite a enumerar, mas apenas para dizer isto: eu acredito neste "rapazinho di tchon di pepel" porque ele é competente e determinado como o seu tio, o grande General João Bernardo Vieira aka Kaby Na Fantchamna aka Nino Vieira.
A sua ideia de avançar com a concessão do porto de Bissau, num momento hostil, foi um acto de extrema coragem e de grande maturidade política, mas que não encontro eco, pois abruptamente interrompida com o derrube do Governo do PAIGC chefiado por Domingos Simões Pereira. Oxalá que JBV consiga manter-se firme nos seus propósitos, com o mesmo sentido de responsabilidade e com a mesma convicção de estar a fazer o melhor para servir o Estado. Pois para governar é preciso sobretudo coragem. De tomar decisões - por exemplo. Bem haja. AAS
Parlamentares africanos visitam PM Carlos Correia
Na sequência da 67ª Sessão do Comité Executivo e da 38ª Conferência da União Parlamentar Africana (UPA) em que estarão reunidos em Bissau, de 2 a 6 dezembro, os Líderes de cerca de 40 Assembleias dos Estados membros da organização e mais de 250 delegados africanos, efetuaram hoje uma visita de cortesia ao Primeiro-Ministro, Carlos Correia.
Trata-se uma iniciativa muita encorajadora, porque irá contribuir para uma certa visibilidade do país. Pois, os conferencistas vão debater temas ligados à “Promoção da Democracia e do Estado de Direito, como via para Assegurar a Paz e o Desenvolvimento nos Países Africanos” e ainda as alterações climáticas, entre outros.
Durante a cerimónia de cortesia, o Chefe do Executivo expressando em francês disse: “muito nos honra que o nosso país, a nossa capital tenha sido escolhido para a 67ª Sessão. Sobretudo, nesta fase em que estamos a sair de uma crise vivida depois de 2012, retificada pelas eleições de 2014. Este ato constitui uma solidariedade muito importante dos parlamentares, que aceitaram vir à reunião ao nosso país. Espero que tudo corra bem e que terão a possibilidade com esta sessão especial na Guiné-Bissau de reforçar à instituição. Pois, o Parlamento é uma peça muito importante na democracia, que queremos construir em África.”
Referindo-se a Resolução da 67ª Sessão, a ser aprovada comentou: “será um contributo muito importante da Guiné-Bissau para o reforço da aliança, da amizade e de solidariedade de combate em África”. Principalmente, porque neste momento, também está a decorrer em Paris uma reunião sobre as questões climáticas, de que a esmagadora maioria dos países africanos são vitimas, “esperamos que nesta reunião dos parlamentares africanos saia uma Resolução, que vai apoiar igualmente o bom andamento da Decisão de Paris.”
quarta-feira, 2 de dezembro de 2015
Grupo LAICO promete mais investimentos
O Primeiro-ministro, Carlos Correia, hoje recebeu, em audiência o Presidente do Grupo LAICO – Libyan African Investment Company, Abdulhakin T. Eshwedi que está em Bissau, para assistir à abertura do “Líbia Hotel, Bissau”, um novo hotel de cinco estrelas, que será brevemente inaugurado.
Para além do Hotel, o Grupo também é proprietário de três fabricas do processamento da castanha de caju, já instaladas no país. Foi ocasião, para o Presidente felicitar o Chefe do Governo e igualmente manifestar o interesse do seu Grupo em continuar a investir em outras áreas. Tomou parte neste encontro o Conselheiro para a área da Defesa e Segurança, Luís Melo.
PM presidiu as comemorações do dia de luta contra o SIDA
Para se comemorar o 1º de Dezembro, Dia Mundial de Luta contra SIDA, cujo ato oficial, sob o lema: Zero nova infeção por VIH; Zero Discriminação e Zero Mortes ligadas ao SIDA, teve lugar hoje no Salão Nobre Victor Saúde Maria no Palácio do Governo, um evento, que com contou a animação cultural; a exibição de um filme “Salvando Vidas” alusivos aos 30 anos de luta contra SIDA na Guiné-Bissau; a apresentação do Plano Estratégico de Luta contra SIDA e de várias intervenções: Naina Tampa que proferiu a leitura das resoluções da 1ª Conferência Nacional dos adolescentes e jovens sobre VIH/SIDA, organizado pelo Fórum Nacional da Juventude e População; da Vice-Presidente da Rede Nacional das Associações das pessoas Seropositivas, Fátima Machado; da Ministra da Saúde, Cadi Seidi; do Representante do Secretário-geral das Nações Unidas, Miguel Trovoada e Sua Excelência, o Primeiro-ministro, Carlos Correia.
Durante o evento o Secretário Executivo do Secretariado Nacional de Luta contra o Sida (SNLS), Anaximandro Zyléne Casimiro Menut referiu aos esforços que têm sido feitos durante os 30 anos de luta contra Sida na Guiné-Bissau e os desafios para erradicar a epidemia no país até 2030. Salientou que numa população de cerca de 1.500.000, (um milhão e meio) de habitantes a taxa de prevalência do VIH é estimada em 3,25%, a mais alta da nossa sub-região, sendo 5% entre as mulheres grávidas e focalizada mormente em 4,2% entre as meninas na faixa etária dos 19 a 24 anos. E, para se continuar a lutar contra este flagelo da humanidade a SNLS apresentou um Plano Estratégico da Luta Contra o SIDAa 2015 -2020, estruturado em quatro eixos s saber: 1º Prevenção da transmissão do VIH e os IST; 2º Melhoria de acesso aos cuidados e tratamento; 3º Promoção de um ambiente favorável aos PVVIH e PA; e 4º Governança do Programa Nacional Sida.
A Ministra da Saúde ao espelhar o atual cenário do SIDA no país, ressaltou que é “necessário conduzir uma agressiva campanha na comunicação social para a mudança do comportamento”, regozijando-se com os trabalhos do SNLS que “não tem poupado esforços para combater este flagelo do milénio” afirmou “reconhecer o brilhante trabalho que vem sendo levado à cabo pelo SNLS.” Anunciando no fim, que Ministério que tutela inclui em seu orçamento uma verba para apoiar à luta contra SIDA.
O Chefe do Executivo e por inerência Presidente do Conselho Nacional de Luta contra SIDA, ao transmitir a sua particular alegria e satisfação, bem como a sua solidariedade e homenagem para com os familiares que vivem o dilema do SIDA e perderam seus entequeridos vitimas dessa doença, disse: “Estou convencido de que estamos no bom caminho e também tenho a clara consciência de que não será uma tarefa fácil. Entretanto por ser a luta contra o SIDA uma tarefa de toda a sociedade, convido todos os atores ao diálogo permanente para afinarmos as estratégias e todos juntos contribuirmos para a melhoria dos resultados e participarmos na mobilização de recursos para viabilizar o nosso plano estratégico de luta contra SIDA.”
Altas personalidades tomaram parte neste encontro: a Primeira Dama, Sua Excelência, Sra. Rosa Goudiaby Vaz, os representantes do Corpo Diplomático e Organismos Internacionais acreditados no país e de várias associações ligadas à problemática do SIDA.
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
Crónica: Quem é ninguém(*)?
Esta crónica é para ti, mas vai ser lida por todos. Perdoa-me a inconfidência. Não lhe chamo ‘carta aberta’ porque não é uma carta, é um texto personalizado tornado público. Não nos conhecemos, quer dizer, nunca participei em nada que tivesse, directa ou indirectamente, a ver contigo.
Nunca me pediste nada nem eu a ti. Posto isto, limito-me, como poucos guineenses a observar o que (não) fazes e, de vez em quando, a escrever sobre as tuas façanhas enquanto isto ou aquilo.
Mas tu estarás bem da cabeça? Quero dizer, raciocinas com a caixa toda? Acaso serás um infiltrado entre nós, apenas para nos dar má fama ou nos fazer mal? Será que percebeste ou é preciso que explique direitinho, ilustrando tudo com bonecos para perceberes melhor? És tosco ou fazes-te? És um tontinho ou não pescas mesmo nada disto?
Eu era capaz de te insultar durante horas a fio, e mal recuperasse um pouco de ar voltaria à carga para outro período idêntico de insultos. E tudo com redobrado prazer. Havia de me faltar o vocabulário antes do fôlego, mesmo que chegasse ao extremo de te mandar à merda e pedir que não voltes.
Se és um chefe, tens agora (e uma vez mais) a oportunidade de o demonstrares. Eles, os que agora se calam, não prestam para nada e vão tentar demonstrá-lo. Mas isso tu já sabias. Eu continuo a acreditar que tu és um homem decente, mas talvez seja essa a tua vulnerabilidade, o teu ponto fraco. Como sabes, os canalhas safam-se sempre. Faz um favor ao País: não deixes que os canalhas se safem.
(*) O típico político guineense. AAS
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