segunda-feira, 21 de setembro de 2015

GUINÉ-BISSAU: 42 anos de independência


De acordo com a Voz da América (VOA). AQUI

Peregrinação a Meca: Responsabilizar é preciso


Um grupo de peregrinos muçulmanos da Guiné-Bissau que queria deslocar-se a Meca, na Arábia Saudita, queixa-se de ter sido enganado pelos promotores da viagem e reclamam o pagamento da verba já paga.

Concentrados na sede da Agência Nacional da peregrinação em Bissau, o grupo de 192 muçulmanos que deveriam ir à Meca este ano, reclamaram devolução do dinheiro pago para a viagem, que entretanto já não se realizará.

A viagem deveria ter acontecido no sábado, com a saída de Bissau em direção à Jedah de avião e desta cidade até Meca por autocarro, contou à Lusa Ibraima Djalo, guineense residente em Portugal mas que se deslocou até ao país para se juntar aos peregrinos.

"Todos nós pagamos 2.500 mil francos CFA (3800 euros) para a peregrinação, mas enrolaram-nos até sábado para finalmente dizerem-nos que já não poderíamos viajar. É uma vergonha, ainda mais ninguém sabe dizer porque é que não vamos viajar", disse, por seu lado, Queluntan Banora.

A sede da Agencia Nacional de peregrinação, uma instância de coordenação da preparação e logística da ida dos muçulmanos à Meca integrada por elementos da presidência do conselho de ministros e dos Negócios Estrangeiros, estava esta manhã com vários peregrinos, mas sem a presença de nenhum responsável que pudesse falar à imprensa.

"É uma fraude isso que estão por ai a dizer", dizia aos gritos Ussumane Djau, um candidato à peregrinação que não concorda com a "falta de aviões", que, nas suas palavras, tem sido apresentado pela comissão organizadora da viagem como estando na origem da situação.

"Como é que não há aviões se nos pagamos mais de dois milhões? Hoje em dia o que não falta são aviões para alugar, fretar, eu sei lá", acrescentou Djau que reclama o reembolso do dinheiro pago.

Amadu Uri Baldé disse ter juntado "toda a economia" de que dispunha para pagar a sua viagem na esperança de que este ano, finalmente, iria a Meca cumprir com um dos preceitos do Islão que manda que, pelo menos, uma vez na vida um muçulmano deve ir àquela cidade "purificar-se dos pecados".

Uma fonte do ministério dos Negócios Estrangeiros contactada pela Lusa confirmou que a viagem dos peregrinos "já não se vai realizar", tendo admitido que a situação "ficou complicada" com a crise politica que o país vive, pela demissão a queda do Governo a 12 de Agosto último.

A Guiné-Bissau está formalmente sem Governo desde que o Presidente do país, José Mário Vaz, demitiu o Governo que era liderado por Domingos Simões Pereira, com quem se incompatibilizou, estando neste momento a decorrer negociações políticas para a formação de um novo executivo a ser liderado por Carlos Correia. Lusa

ÚLTIMA HORA: António Aly Silva, está na cidade da Praia, Cabo Verde. :)

sábado, 19 de setembro de 2015

PEREGRINAÇÃO: Este ano, por culpa de alguém, ninguém vai a Meca




REVOLTA: Este cidadão pagou quase 5.000€, mas não vai fazer a viagem até à Cidade Santa de Meca, na Arábia Saudita. Esta foi uma das muitas consequências da irresponsabilidade que foi o derrube do Governo democraticamente eleito, chefiado pelo Engº Domingos Simões Pereira

Discurso de Domingos Simões Pereira, Presidente do PAIGC no 52º aniversário da fundação do partido de Amílcar Cabral


OUVIR

Contornos de golpe


"Ocorre-me agora um episódio que teve lugar num bar na rua de Moçambique, em Bissau, dias antes da nomeação de Baciro Dja pelo PR. Fulano X era na altura um membro do Governo chefiado por Domingos Simões Pereira.

Parou e entrou. Esteve na gargalhada connosco o tempo todo, e entre um whisky e outro lá foi debitando tudo aquilo que sabia não ser a verdade: que "a decisão do PR de demitir o Governo não tinha pernas para andar" e que o PAIGC "continuaria a lutar pela reposição da legalidade." O PAIGC, por acaso, continua a lutar, o mesmo não se podendo dizer do agora ex-futuro-membro do 'governo'. Nunca lutou, e nem sequer esteve nas trincheiras.

Porém, assim que o 'governo' do presidente JOMAV foi conhecido...uma surpresa daquelas estava estampado no decreto presidencial: Fulano X entra para o 'Governo'. Não é estranha a atitude, não. É o hábito!!!

Ou seja, por tudo aquilo que aconteceu no bar, posso simplesmente deduzir que o Fulano X esteve em cima do muro o tempo todo até ser nomeado para o 'Governo 48' do Baciro Dja.

Ah, o ministro X até tem nome: Octávio Alves, ex-ministro do Interior no Governo DSP, que afinal foi 'indicado' pelo presidente JOMAV. Com um ministro do Interior da confiança do PR, estava tudo a postos para estancar a rebelião...Ou seja, tudo contornos de um golpe de Estado. Viva a República! AAS"

Os V8 apetecíveis


Baciro Dja mandou buscar HOJE as duas viaturas Toyota V8 que estão estacionadas na casa de hóspedes, ao lado da sede do PAIGC. Mas assim que o assunto chegou aos ouvidos dos dirigentes do partido, um deles saiu disparado e foi ao encontro do interlocutor.

E perguntou: "Quem mandou vir buscar os carros?", perguntou L. M. A resposta foi pronta, entre um gaguejar...: "Foi o primeiro-ministro", disse o pobre coitado. "Que primeiro-ministro? O Carlos Correia está cá dentro...", retorquiu o dirigente do PAIGC.

Não houve resposta, mas sim uma ameaça velada: "Então, vamos buscar os militares para virem levar os caros." Até agora, não apareceu ninguém de camuflado e não consta sequer que virão...AAS

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Obasanjo defende pacto de estabilidade para Guiné-Bissau


O antigo presidente da Nigéria, Olesegun Obasanjo propos aos actores políticos e sociais a assinatura de um pacto de estabilidade.

Obasanjo, que é o mediador da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (Cedeao) para a crise política na Guiné-Bissau, considerou que todos devem assinar esse pacto para se "evitar crises como a que teve lugar agora".

O pacto de estabilidade seria assinado por partidos políticos, Presidente da República, líder do Parlamento, primeiro-ministro e a sociedade civil.

Recorde-se que o presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira apresentou uma proposta semelhante logo depois de ter sido deposto pelo Presidente da República. VOA

Cabo Verde aprova acordo para evitar dupla tributação


O Governo cabo-verdiano aprovou, em Conselho de Ministros, um acordo para evitar a dupla tributação com a Guiné-Bissau com o objetivo de prevenir a evasão fiscal e relançar as relações económicas entre os dois países, foi hoje anunciado.

"A fixação de residência de um estrangeiro num outro país implica que a totalidade dos seus rendimentos possa ficar sujeita a tributação neste último, gerando uma dupla tributação quando o mesmo sujeito é tributado igualmente no seu país de origem", adianta o comunicado do Conselho de Ministros, hoje divulgado.

Face a ausência de uma legislação internacional harmonizada nesta matéria, "esta situação indesejável", explica o comunicado, só pode ser ultrapassada com a celebração entre Estados de convenções para evitar a dupla tributação, acordos que permitem taxas de retenção mais baixas e geram maior competitividade para os contribuintes e empresários.

A convenção, que tinha sido assinada em julho em Bissau e terá agora que ser ratificada pelo parlamento cabo-verdiano, enquadra-se "no esforço bilateral de relançar as relações económicas entre estes dois países irmãos", adianta o texto. Lusa

Dia Mundial do Imigrante


Alguns membros do 'Governo 48' estão desde a manhã reunidos no palácio com o PR José Mário Vaz. AAS

RECONHECIMENTO




O Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassama, numa atitude nobre, mandou chamar-me hoje para agradecer a postura, a cidadania e a militância demonstrados pelo blogue Ditadura do Consenso durante a crise política provocada pelo Presidente da República, José Mário Vaz, com a demissão do Governo de Domingos Simões Pereira.

Estiveram presentes nesse acto simbólico a deputada do PAIGC, Suzy Barbosa, e Ansumane Sanha, director do gabinete do Presidente da ANP.

Agradeço ao Presidente da ANP o gesto que muito me sensibilizou. AAS

OPINIÃO AAS: DSP, um animal político


"Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC e primeiro-ministro demitido pelo Presidente da República, José Mário Vaz, devolveu finalmente aos Guineenses a esperança de que um futuro bastante melhor é possível na Guiné-Bissau.

Com a nobre atitude que demonstrou no partido, manifestando indisponibilidade para voltar a ser indicado para primeiro-ministro, DSP tem a Guiné-Bissau - e a comunidade internacional - a seus pés. E pode desde já começar a pensar noutros voos.



E pode contar comigo.

O discurso de DSP, ontem, no Bureau Político deixou a plateia lavada em lágrimas - literalmente. Um discurso apaziguador, falando em união, da necessidade urgente de pôr os interesses do País, das Guineenses e dos Guineenses acima dos interesses pessoais ou de grupos; não atacou ninguém. Os gestos não deixam dúvidas: estamos na presença de um Senhor. Pediu coragem a todos, e prometeu um futuro melhor.

Guineenses, irmãs e irmãos

Todos nós, juntos, somos poucos para reerguer este País. Vamos deixar as quezílias políticas para os políticos e os tribunais resolverem. Cada um na sua área que se empenhe em dar apenas o seu melhor que a Pátria agradece. Esta crise perfeitamente desnecessária veio apenas mostrar-nos que este País é viável, e que precisamos apenas de homens do nível do Domingos Simões Pereira para avançarmos.

Domingos Simões Pereira saiu desta crise como um gato - sem deixar marcas. Marcou pontos dia sim, dia sim, disso não tenho dúvidas. Três moções no Parlamento, arrasadores. Vitória retumbante no Supremo Tribunal de Justiça em toda a linha. Todo o Povo à sua volta, gente descomprometida com a governação, de todos os quadrantes políticos estiveram de cabeça erguida, ao seu lado, neste combate. Uns traíram-no, mas isso não conta agora para nada. Cada um que fique refém da sua consciência.

Domingos Simões Pereira, podia, hoje, exigir tudo do Presidente da República. JOMAV, pelo contrário, não está em condições de exigir coisa nenhuma, a não ser assinar de cruz. Está isolado, foi politicamente derrotado, humilhado mesmo; é olhado com desconfiança pelos seus homólogos sub-regionais, e os parceiros internacionais não o querem por perto. Por enquanto.

O capital político conquistado por DSP nesta crise que simplesmente não devia ter acontecido, devia tornar-se num Case Study. Pela primeira vez na nossa história, uma crise política gravíssima não nos levou a um golpe de Estado e ao derramamento de sangue. Aplauda-se a atitude republicana das nossas forças armadas desarmadas.

O Povo da Guiné-Bissau pode nem sequer ter pensado nisto, mas o Domingos Simões Pereira evitou que males bem maiores assolassem o País de novo. Recusou sempre a confrontação, nunca deu ouvidos a insultos e proibiu mesmo que se respondesse aos mesmos. Estamos-lhe bastante agradecidos.

Enfim, DSP deu-nos uma verdadeira lição de política, de humildade, de razoabilidade, de compromisso com a Guiné-Bissau e com o seu Povo. Elogio a elevação e o sentido de Estado demonstrados.

DSP é jovem, inteligentíssimo e simpático; tem carisma, é um líder perfeito, como poucos hoje em dia nesta nossa tresloucada África. É trabalhador, é pragmático qb e adepto do franc parler. Auguro-lhe um futuro político brilhante e prometo fazer a minha parte para ajudá-lo nessa missão. Domingos Simões Pereira, tolerou várias atitudes menos dignas da parte do Chefe de Estado, por ser uma pessoa educada, um diplomata.

Obrigado, Engº Domingos Simões Pereira. A Guiné-Bissau conta contigo! AAS"

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Direitos humanos em África


Em movimento