quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Carlos Correia indicado para Primeiro-Ministro

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

COMUNICADO DI NÔ MINDJERIS


Proibição


O Chefe de Estado, José Mário Vaz, recebeu esta tarde o presidente do PAIGC, Domingos Simões Pereira, dando assim início à auscultação dos partidos com assento parlamentar com vista à nomeação de um novo governo. Entretanto a justiça guineense proibiu os membros do governo de Baciro Djá de entrar nos gabinetes.

Uma providência cautelar do Supremo Tribunal de Justiça proibiu hoje a entrada nos gabinetes aos membros do governo de Baciro Djá. Em comunicado enviado ao Supremo Tribunal de Justiça, o PAIGC entende que se o governo de Baciro Djá é considerado inconstitucional, o poder deve ser devolvido a Domingos Simões Pereira para a gestão dos assuntos correntes

Esta tarde o Presidente guineense recebeu o presidente do PAIGC Domingos Simões Pereira, o que pode ser visto como inicio das auscultações dos partidos com assento parlamentar para a formação de um novo governo.

Em reuniões continua também ex-presidente nigeriano e mandatário da CEDEAO para resolver a crise política na Guiné-Bissau. Depois de se ter encontrado ontem com José Mário Vaz, Obasanjo recebeu Cipriano Cassama, presidente da Assembleia Nacional Popular, representantes do Supremo Tribunal de Justiça, o PRS e Baciro Djá. RFI

JOMAV começa a ouvir os partidos para nomear novo primeiro-ministro


O presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, começa hoje (16) a ouvir os partidos políticos para a nomeação de um novo primeiro-ministro, disse à Lusa fonte da Presidência. De acordo com a fonte, José Mário Vaz vai ouvir o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o Partido da Renovação Social (PRS), o Partido da Convergência Democrática (PCD), a União para Mudança (UM) e o Partido da Nova Democracia (PND). Fontes do PCD e da UM confirmaram a convocação.

Em agosto, alegando incompatibilidades pessoais, José Mário Vaz demitiu o primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira, nome que voltou a ser apresentado pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, vencedor das eleições. O nome, no entanto, foi rejeitado por Vaz, que nomeou para o cargo Baciro Djá.

Em seguida, foi obrigado a demiti-lo, por ordem do Supremo Tribunal de Justiça. O órgão considerou a nomeação de Djá inconstitucional e determinou ao presidente que devolva o poder ao PAIGC, que venceu as eleições legislativas com maioria absoluta. A Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental enviou à Guiné-Bissau o ex-presidente da Nigéria Olesegun Obasanjo para mediar o impasse político. Lusa

VIVA: NÃO VAI HAVER NEM MERDA DE DEBATE DE CANGALHEIROS NA TELEVISÃO PÚBLICA!!! AAS

EXCLUSIVO DC: Supremo Tribunal de Justiça devolve Governação a Domingos Simões Pereira


Providência cautelar do STJ manda sair dos gabinetes os sinistros do 'governo 48'. A Governação é do DSP!


Obasanjo diz que só deixará Bissau "quando alcançar resultados positivos"


O Chefe da mediação da CEDEAO a Bissau, Olesegun Obasanjo, garantiu, depois do encontro que manteve com o Presidente da República, José Mário Vaz, que "só deixará Bissau depois de alcançar resultados positivos."

O ex-presidente da Nigéria, disse que teve uma "boa conversa" com o PR Jomav. "O presidente disse-me que tem amor à sua Pátria", revelou Obasanjo. O PR “assegurou-me que vai garantir o espírito de estado de Direito Democrático na Guiné-Bissau." Para o estadista nigeriano a mediação começou agora, com este encontro.

“Tenho que encontrar-me com diferentes personalidades do país, com os titulares dos órgãos de soberania, com a sociedade civil para juntarmos as ideias e vermos se conseguimos chegar a uma solução”, disse referindo-se à crise política vigente na Guiné-Bissau. Não querendo polémicas ou más interpretações, Obasanjo garantiu que só depois de terminados os contactos é que poderá pronunciar-se." AAS

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A família Mendes que nunca mais acaba


Para ler AQUI

ATENÇÃO: A rádio e televisão públicas CONTINUAM SEQUESTRADAS pelo 'Governo 48'. O Ministério Público da Guiné-Bissau deve pedir responsabilidades - e estar atenta a qualquer violação dos direitos das pessoas. Quem puder, que GRAVE todas as ilegalidades que estão a ser cometidas em nome de interesses obscuros e as faça chegar à Procuradoria-Geral da República...Ao PAIGC, partido no poder, que se agarre à Justiça para que se ponha fim a essa prática. AAS

PORTUGAL ajuda, mas...


O Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Rui Machete, disse à agência Lusa que o apoio da comunidade internacional à Guiné-Bissau está dependente do respeito cabal pela Constituição guineense.

"Nós faremos os maiores esforços que possamos para que a comunidade internacional - se houver por parte do Presidente da Guiné-Bissau e das outras forças políticas uma boa vontade e o respeito pela Constituição - continue a apoiar a Guiné-Bissau", declarou Rui Machete, em declarações à agência Lusa, em Paris.

O ministro português lembrou que o respeito pela Constituição "é uma condição 'sine qua non' para que a comunidade internacional não negue ou não suspenda o seu apoio", e apelou a uma "solução de compromisso" entre as partes, considerando que "neste momento se abriu uma nova fase que dá possibilidades ao Presidente da República da Guiné-Bissau de encontrar, em conjugação com o presidente do PAIGC e em conjugação com os outros partidos políticos da Guiné" essa solução. LUSA

CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU: O JOGO EXPLOSIVO DE JAMMEH EM BISSAU


FONTE: L'Observateur N° 3593 de segunda feira, 14 de setembro de 2015

A erupção explosiva do presidente gambiano Yaya Jammeh no dossier guineense contribuiu e muito na fragilização do presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz. Até la, talvez mais próximo do Senegal, que não se coibiu de o apoiar em todos os sentidos depois da sua ascenção ao poder, o presidente Vaz achou por bem dispensar-se das recomendações do presidente Macky Sall e do seu homólogo Alpha Condé.

Aquando da visita oficial deste último a Dakar, os dois chefes de Estado tinham-lhe solicitado um terreno de entendimento com o primeiro ministro Domingos Simões Pereira. Entretanto, extremamente aborrecido com os ataques públicos dos deputados do PAIGC próximos de DSP na Assembleia Nacional, JOMAV demitiu DSP sem pensar nas consequências daí decorrentes.

Visto que essa formação é maioritária na Assembleia, com 57 deputados, JOMAV, sob os conselhos de Yaya Jemmeh, virou-se nesse momento para o PRS, segunda força política no seio da Assembleia - com 41 deputados - a fim de formar um novo governo com a adesão de uma vintena de deputados do PAIGC anti-DSP.

Para convencer o PRS, o presidente Jammeh não se poupou a esforços financeiros, aliciando os membros do partido fundado pelo falecido presidente Kumba Yala, os quais foram até convocados para Banjul. Resultado das diligências empreendidas por Jammeh, logo após o regresso desses membros do PRS convocados a Banjul, o Bureau Político desse partido aceitou tomar parte no governo formado pelo novo primeiro ministro nomeado por Vaz, Baciro Dja.

Essa forte implicação de Jammeh obedece a uma única lógica: permitir ao homem forte de Banjul, cada vez mais isolado na cena internacional, de dispor na Guiné-Bissau de um aliado estratégico que lhe permitira fazer face ao "potente" vizinho senegalês. Porém, pelo andar das coisas, não é certo que os cálculos tenham sido favoráveis a JOMAV.


Por: Barka BA, enviado a Bissau.

fiu-fiu


CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU: COMO JOMAV JOGOU, E PERDEU


FONTE: L'Observateur N° 3593 de segunda feira, 14 de setembro de 2015

Foi um presidente guineense enfraquecido politicamente que fez a deslocação a Dakar para participar na Cimeira da CEDEAO. José Mario Vaz hipotecou uma parte o seu futuro politico ao perder o braço de ferro que o opôs ao ex-primero-ministro, Domingos Simões Pereira.

Ao observá-lo parece sereno, passo de marcha altivo. Assim estava, o chefe de Estado José Mario Vaz, sexta feira, ao passar revista à guarda de honra no aeroporto Osvaldo Vieira de Bissau, aparentando mais uma vez, um ar de imponência, ao subir a bordo do Focker da Força Aérea senegalesa posta à sua disposição pelo presidente Macky Sall para participar na Cimeira extraordinária da CEDEAO que se realizou em Dacar.

Porém, apesar do aparato e das aparências, o presidente José Mario Vaz é um homem profundamente abalado. 48 horas antes, acabara de receber um terrível e imprevisível golpe. Surpreendentemente, fazendo prova de uma independência insuspeita, os juízes do Supremo Tribunal acabaram de invalidar a nomeação do seu primeiro ministro Baciro Dja. O qual, entretanto havia formado o seu governo dois dias antes.

Os apoiantes do primeiro ministro demitido, Domingos Simões Pereira, alias DSP, tinham introduzido um recurso na justiça invocando o motivo de que, a nomeação de Dja não é conforme, nem com a Constituição, nem com os estatutos do PAIGC, a formação política histórica no poder, fundada por Amilcar Cabral.

Um revês politico de envergadura para o presidente Mario Vaz que se engajou num braço de ferro com o primeiro ministro, o qual destituiu brutalmente, apesar dos apelos da comunidade internacional no sentido de acalmar a tensão para evitar um novo período de instabilidade para a Guiné-Bissau.

Sobre essa situação, num tweet elucidativo do presidente nigeriano Muhammad Buhari, peso pesado da CEDEAO, este não esconde o seu desagrado pela situação criada : "É desagradável, quando consultas de bons ofícios estejam em curso, que o presidente Vaz, para aumentar a pressão, tome a decisão de avançar, nomeando um novo primeiro ministro." Nessa base, mesmo se a Cimeira extraordinária da CEDEAO organizada em Dacar, seja oficialmente sobre a paz e a segurança na sub-região, o presidente Macky Sall e os seus homólogos, estão sobretudo preocupados pelo destino da antiga colónia portuguesa.

Entre assassinatos repetitivos e o narcotráfico, o país de Cabral encontra dificuldades em encontrar o rumo da estabilidade. Alguns factos ocorridos nos últimos anos da vertigens: o responsável da queda de Nino Vieira, em 1999, o General Ansumane Mané, foi massacrado à paulada, o General Veríssimo Correia Seabra efémero chefe de uma enésima junta militar, assassinado no decurso de um levantamento militar, Samba Djalo, antigo chefe dos serviços de informação militar, executado em plena rua, Baciro Dabo, antigo ministro do interior, metralhado em casa e para finalizar, o presidente Nino Vieira ele mesmo, esquartejado à catanada sob os olhos impotentes da sua esposa, algumas horas após do seu Chefe de Estado Maior, o general Tagme Na Waie, ter sido pulverizado por uma bomba. E a lista dos dirigentes do país que perderam a vida esta longe de ser exaustiva.

Felizmente, graças às ultimas eleições gerais de 2014 ganhas pelo PAIGC que conduziu JOMAV à presidência e DSP à primatura, os humores políticos serenaram um pouco. Bissau não oferece mais a impressão de ser um Far-west tropical e as populações ocupam-se dos seus afazeres. "É o único país no mundo onde se pode assassinar friamente um presidente da República e, no dia seguinte, as pessoas vão tranquilamente ao trabalho como se nada se tivesse passado" indigna-se um homem de negócios.

A ECOMIB, o contigente militar deslocado nesse país pela CEDEAO, está em alerta máximo tendo sido estrategicamente colocados nas várias artérias da capital.

Duelo Fratricida

Por este momento é DSP que leva a melhor no seu duelo com JOMAV. Depois de algum tempo, essas duas cabeças do executivo guineense, cujo funcionamento se torna ainda mais complicado devido a um regime semi-presidencial onde o primeiro ministro detém na realidade dos factos o poder, não se falam de uns tempos a esta parte.

Na verdade, tudo, senão quase tudo opõe JOMAV a DSP. O chefe de Estado é um homem de carácter fechado, no limite do taciturno, que tem reputação de ser intransigente. De sorriso fácil, DSP, apesar da sua juventude, é um político rodado, experimentado no aparelho da possante máquina de guerra eleitoral que é o PAIGC, no qual ele é o presidente desde o famoso Congresso de Cacheu. Além disso, a sua grande ascensão preocupa o campo presidencial.

Acusações mútuas não faltam entre os dois homens. Um velho contencioso os opõe, desde que Vaz, na época ministro das Finanças, pediu a cabeça da esposa de DSP, na época Directora do Tesouro, por desvios de fundos públicos. Uma nova frente foi aberta quando o presidente Vaz pediu ao seu primeiro ministro para se desembaraçar de uma dúzia de ministros os quais ele acusava de corrupção, pedido sobre os quais DSP não deu seguimento.

"O Presidente Vaz, não compreendeu infelizmente o papel que lhe atribui a Constituição e o seu único programa é de derrubar o meu Governo. Tudo isso é desagradável no momento em que o país começa a sair da rotina", lamenta o antigo primeiro ministro no seu gabinete na sede do PAIGC. Outro pomo de discórdia, o regresso a Bissau do antigo Chefe de Estado Maior, Zamora Induta que fugira do país nos dias seguintes ao golpe de 2012 que pôs fim ao regime de Carlos Gomes Junior alias "Cadogo", o qual ele é muito próximo e que Vaz suspeita ser um dos patrocinadores oficiais de DSP.

Em Bissau, apesar do seu exílio em Cabo-Verde, Cadogo continua muito temido por causa da sua capacidade de manobra e das potentes redes de contactos. Contudo segundo um diplomata ocidental conhecedor profundo da realidade em Bissau, a verdadeira razão dos desentendimentos entre Vaz e Pereira é a gestão de um verdadeiro maná: as centenas de bilhões que a comunidade internacional pretende desbloquear para ajudar a Guiné-Bissau um dos países mais pobres do planeta.

Uma espécie de "tesouro de guerra" que o presidente JOMAV não esta disposto a deixar nas mãos de um DSP julgado muito ambicioso e que pode ser uma ameaça para ele nas próximas eleições presidenciais. Em DaCar, os mediadores tentaram convencer o duo de encontrarem um consenso, pedindo a DSP para se afastar voluntariamente em proveito um novo primeiro ministro com o qual JOMAV, politicamente na situação em curso será obrigado a coabitar.


Por: Barka BA, enviado a Bissau.

OPINIÃO: Marcolino Moco desfaz JOMAV




Fonte: África Monitor

Era só. Até já. AAS




E, finalmente: