quinta-feira, 19 de março de 2015
www.gov.gw - conheça o Governo da Guiné-Bissau
O Governo da Guiné-Bissau apresentou hoje publicamente o seu portal na Internet com o qual pretende estar "mais próximo dos cidadãos e dos investidores", disse o porta-voz do executivo, Baciro Djá.
ENTRE
o Governo, estiveram presentes o primeiro-ministro e vários membros do Executivo guineense, representantes do corpo diplomático e de organismos internacionais e representantes da sociedade civil
"Tornou-se evidente que a aliança entre as novas tecnologias e a globalização impõem que os governos e instituições públicas estejam em contacto permanente com o país e com o mundo", disse Baciro Djá, que é também ministro da Presidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos Parlamentares.
Para Baciro Djá, a população, as empresas, os investidores, os organismos não-governamentais devem cada vez mais ter informação atualizada, fidedigna e dinâmica, daí a importância do portal do Governo.
Por sua vez, o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, que assistiu ao lançamento do portal do Governo na qualidade de convidado, elogiou o trabalho do ministro da Presidência do Conselho de Ministros, considerando-o um primeiro passo rumo ao "desafio da governação eletrónica" na Guiné-Bissau.
"Hoje, quem não está na Internet não existe, por isso, temos que ser capazes de colmatar essa deficiência", destacou Domingos Simões Pereira.
A página do executivo na internet (www.gov.gw) tem uma entrada com um sumário geral, a composição do Governo com o currículo de cada membro, o programa de governação e uma apresentação da Guiné-Bissau em várias vertentes.
As informações do portal do Governo guineense estão escritas em português, francês e inglês.
Na cerimónia de hoje, foi também apresentado um outro portal (www.teraranka.gov.gw) contendo informações sobre a visão de desenvolvimento do país para os próximos 10 anos e o respetivo plano operacional, dois documentos a serem revelados aos parceiros e doadores na mesa redonda de dia 25 em Bruxelas, Bélgica.
Juventude: Dificuldade em encontrar emprego é problema base
A dificuldade dos jovens em encontrar emprego na Guiné-Bissau é um dos problemas de base que o país tem que enfrentar para alcançar a prosperidade, referiu hoje o primeiro-ministro guineense Domingos Simões Pereira.
"Como pensamos nós, guineenses, no direito à prosperidade, quando os nossos jovens se mostram perdidos no sonho de conseguir um emprego condigno", referiu o chefe de governo na abertura de uma conferência sobre os direitos humanos, em Bissau.
O evento junta os presidentes dos supremos tribunais de Justiça de países da Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO).
A guineense Maria do Ceu Monteiro é a atual presidente do Tribunal da CEDEAO, organização que junta 15 países, entre os quais Guiné-Bissau e Cabo Verde. Domingos Simões Pereira, enalteceu a realização da conferência na Guiné-Bissau "num momento de outro otimismo" e de "uma nova esperança" no país.
O chefe do Governo guineense salientou o facto de a Guiné-Bissau se estar a preparar para juntar os parceiros e doadores numa mesa redonda no dia 25, em Bruxelas, na Bélgica. Domingos Simões Pereira disse que a Guiné-Bissau conta com a presença de todos os países e autoridades da CEDEAO para a partir do encontro passar a "promover melhor os direitos humanos".
Disse constituir-se "num grande desafio" abordar a questão da Justiça como fator determinante na afirmação da democracia, sabendo-se das carências em termos de resposta que os Estados dão aos seus cidadãos na comunidade, nomeadamente falta de assistência médica para as crianças e as suas mães.
"Como podemos falar de direitos políticos quando nunca nenhum Governo da Guiné-Bissau conseguiu cumprir a vontade democrática do povo e foi no passado e vai sendo no presente, enfraquecido pela vontade das minorias politicas e sociais", questionou Simões Pereira. Lusa
Narco-Estado: Condição mantém-se
As condições que fizeram com que a Guiné-Bissau fosse rotulada como um narco-estado "continuam a existir", refere-se num relatório deste mês do Departamento de Estado norte-americano.
"Apesar dos esforços iniciais do novo Governo da Guiné-Bissau, as condições que fizeram com que o país fosse rotulado como narco-estado persistem", escreve-se no documento disponível na Internet.
"Lavagem de dinheiro e crimes financeiros" é o título do segundo volume do Relatório Estratégico sobre Controlo Internacional de Narcóticos, publicado pelo gabinete para os assuntos relacionais com Narcóticos Internacionais e Reforço da Lei do Departamento de Estado dos EUA.
As 88 ilhas do arquipélago dos Bijagós, conjugadas com "militares que ainda conseguem escapar à autoridade do Estado com impunidade, continuam a fazer do país um centro de transbordo favorito para drogas", refere o Departamento de Estado.
"Os rendimentos de drogas, muitas vezes em dólares norte-americanos, circulam na Guiné-Bissau, ainda que fora do sistema financeiro formal", acrescenta-se no relatório, que considera o sistema formal minúsculo face ao dinheiro que circula de mão em mão, sem registos.
Tal como noutros retratos da situação feitos no passado, conclui-se que os barões de droga aproveitam-se da pobreza do país para através de subornos e outros pagamentos movimentarem as drogas, sobretudo com destino à Europa.
"A corrupção é uma grande preocupação [na Guiné-Bissau], com a magistratura a demonstrar falta de integridade em várias ocasiões, ao mesmo tempo que faltam recursos básicos, como eletricidade, em diversos gabinetes governamentais, como o Ministério da Justiça", acrescenta.
Tal como em relação à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo, a administração norte-americana defende que o combate ao tráfico de droga requer mais "treino da polícia, dos investigadores e dos magistrados para combater crimes". Lusa
NOTÍCIA DC: A festa da energia pode acabar em breve
Pela primeira vez, o governo guineense, através do ministério das Finanças não transferiu os cerca de 100 milhões de Fcfa que mensalmente atribuía à empresa de electricidade e águas - EAGB, soube o DC de fonte segura. A razão? A empresa, por ser comercial, tem de ser auto-suficiente. Mas há mais sombras no horizonte.
A mesma EGAB, apurou igualmente o DC, deve largas dezenas de milhões de Fcfa à Petromar (empresa na qual a GALP tem particpação) fornecedora do fuel que é usado na central eléctrica, que ameaça agora fechar a torneira de abastecimento. Ou seja, não há palhaços...não há circo. Luz perto bai. AAS
quarta-feira, 18 de março de 2015
DP's ka panha pé
"MAIS" (?!) o dinheiro pedido... Foda-se: É "MAS"!!! Deixem-se de disparates e de desculpas como aquela de "somos seis pessoas a escrever no blog." Ou sabem, ou não! Arranjem outras coisas para fazer e desamparem a loja. Os pontapés na gramática são cíclicos. Uma afronta para quem lê e não entende patavina. AAS
LIVRO: Fosfato de Farim
Natural de Bafatá, Gilberto Charifo é Engenheiro de Minas, formado pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
China considera "entendimentos internos" na Guiné-Bissau mais importantes do que mesa redonda
A China quer ver reforçados os "entendimentos internos" na Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa o embaixador chinês em Bissau, Wang Hua. O diplomata falava a propósito da participação da China na mesa redonda de doadores da Guiné-Bissau a 25 de março, em Bruxelas, que considerou "muito importante", mas destacou ser "ainda mais importante" os "entendimentos internos".
As declarações foram feitas à margem de um encontro promovido pelo primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira, com os diplomatas e representantes de organismos internacionais sedeados no país para lhes explicar dos propósitos da mesa redonda. Wang Hua não estará presente, mas referiu que "uma equipa forte" partirá de Pequim para participar no encontro promovido pelo governo guineense para apresentar aos parceiros o plano de desenvolvimento do país para o período 2015-2025.
"A China, como amiga da Guiné-Bissau, vai estar presente com uma equipa forte. Eu vou ficar aqui em Bissau fazendo o meu trabalho", salientou o embaixador Wang Hua. O diplomata considera "ainda mais importante" os "entendimentos internos, a unidade e a estabilidade interna no país". Wang Hua disse ser "absolutamente determinante" manter a estabilidade para que o país possa ter "apoios de muitos amigos", entre os quais, frisou, a própria China.
NOTA: A China é amiga da Guiné-Bissau e dos inimigos da Guiné-Bissau. E porquê? Ora, porque falar de "entendimentos internos" quando se acabou de lidar com os energúmenos da transição é uma filha da puticeeeee...Que se foda a China, pá! AAS
Assim vai ficar o Palácio da República da Guiné-Bissau
Foto: DR/DC
O que acho piroso? As duas torres (de metralhadoras?!) e os inúmeros símbolos da República embutidos na grelha...foleiro, pá! Ah, e se repararem, a bandera está - as usual - invertida!!! AAS
NOTÍCIA DC/MARINHEIROS ABANDONADOS: Presidente Obiang já se mexe no sentido da resolução do problema
Estes são os marinheiros guineenses abandonados no Porto de Luba, na Guiné-Equatorial. Foram visitados pelo jornalista guineense António da Goia, presidente da Fundação Obiang Nguema Mbasogo - Amilcar Cabral (a quem o presidente Obiang incumbiu de dar seguimento ao caso).
Também um compatriota, Abdel Haidara, depois de ter tomado conhecimento das condições em que estavam a viver dentro das embarcações, fez um gesto de solidariedade (uma gota no oceano, como o mesmo fez questão de frisar) e procedeu à entrega de víveres alimentares e de higiene pessoal ao grupo de marinheiros guineenses. AAS
Deplorável
Cinco marinheiros da Guiné-Bissau estão a viver em condições sub-humanas na Guiné Equatorial depois de terem sido abandonados pelo armador, denunciou hoje uma organização não-governamental (ONG) em Bissau.
"Os marinheiros querem ajuda para ter bilhetes de avião e regressarem a casa", referiu Januário Biague, secretário-geral da associação dos Amigos dos Homens do Mar (Airhomar), em conferência de imprensa.
Os marinheiros foram contratados para os barcos de pesca Galaxia Dos e Vicmar Un da empresa Globalpesca, de capitais mistos espanhóis e da Guiné-Equatorial, mas há 20 meses que as embarcações estão paradas no porto de Luba devido a "problemas internos" da empresa, refere uma nota da embaixada espanhola em Malabo. Lusa
LIVRO: As memórias do embaixador Francisco Henriques da Silva
"Da Lili da Parede à guerra na Guiné-Bissau
Recordo-me da menina mais espampanante, na altura areia de mais para qualquer camioneta, a Lili da Parede, uma louraça bem bronzeada, que andava um ou dois anos mais adiantada (creio que frequentava 0 6º, quando nós andávamos no 4º ou 5º) e que hoje dá pelo nome de Lili Caneças".
Quem assim escreve é o embaixador Francisco Manuel Guimarães Henriques da Silva, no livro "Guerra na Bolanha", hoje lançado pela editora Âncora, no seu programa sobre o fim do império colonial português. O diplomata nasceu em 17 de Dezembro de 1944, em Lisboa. E Maria Alice Custódio de Carvalho Monteiro, a Lili da Parede, em 4 de Abril desse mesmo ano, na Guarda. "Recordo-me das lições do falecido professor Marcello Caetano. O mestre subia à tribuna, ladeado por dois assistentes, Diogo Freitas do Amaral e Miguel Galvão Teles. Os 300 e tal alunos levantavam-se".
Estas são mais algumas linhas das memórias do embaixador Francisco Henriques da Silva, que nos fala dos anos da sua formação, da ida para a Guiné como alferes miliciano e do ingresso na carreira diplomática, que o levaria aos Estados Unidos, à França, ao Canadá, a Bissau, à Costa do Marfim, à Índia, ao México e à Hungria. Manuel Barão da Cunha, coordenador do Programa Fim do Império, escreveu uma nota prévia ao livro de 302 páginas hoje lançado e Mário Beja Santos redigiu o prefácio, no qual chama a atenção para as dificuldades que se poderiam sentir no regresso a casa, depois de dois anos de comissão de serviço no Ultramar.
Numa linguagem excepcionalmente fluente, ao alcance de qualquer um, Francisco Henriques da Silva conta-nos o seu nascimento na Avenida Rovisco Paes, junto ao Instituto Superior Técnico, a breve passagem pelo Bairro Azul, a ida para o Restelo, as sessões de cinema no São Jorge e outras salas, o nível da Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, do Teatro Experimental de Cascais e do Teatro Estúdio de Lisboa, de Luzia Maria Martins e Helena Félix; e fala-nos de tantas, tantas outras coisas, particularmente queridas a quem hoje anda na casa dos 67/70 anos.
Vitorino Nemésio, António Lopes Ribeiro, João Villaret e Pedro Homem de Mello não poderiam deixar de ser evocados, quando se está a contar o como era Portugal na década de 1960, quando ele passou por Mafra, Castelo Branco, Tancos e Amadora, antes de ter viajado para Bissau no navio "Uíge". No Depósito de Adidos, em Brá, Francisco Henriques da Silva teve a oportunidade de ouvir logo a seguir à chegada o então governador e comandante-chefe das tropas destacadas na Guiné, António de Spínola, "de monóculo, pingalim e luvas, acompanhado pelo seu habitual séquito".
Naquela altura, conta o autor do livro, que tem 302 páginas, António Sebastião Ribeiro de Spínola "encarnava, ou julgava encarnar, tudo: os Lusíadas, a bandeira verde-rubra, Afonso e Mouzinho de Albuquerque combinados, Aljubarrota e os conjurados de 1640...". Era, realmente, um grande sonhador, esse oficial general que durante meia dúzia de anos tudo fez para chegar à chefia do Estado, lugar no qual só se aguentaria por alguns meses. Pobre Napoleão tresloucado, que em 11 de Março de 1975 ainda tentou reconquistar Belém.
De todas estas coisas e de muitas, muitas mais, nos fala o embaixador Francisco Henriques da Silva, que inclusive relata conversas com o sogro, António Rosa Casaco, inspector da PIDE/DGS, que foi correio diplomático entre Salazar e Franco, durante a Guerra Civil de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. "Não me posso, nem me devo queixar da vida, à parte os pequenos percalços do quotidiano, que, obviamente, também os houve", conclui o autor de "Guerra na Bolanha", pessoa que em Setembro de 2012 já nos dera as "Crónicas dos (Desfeitos) da Guiné", nas Edições Almedina.
Jorge Heitor, jornalista
Lisboa, 17 de Março de 2015"
terça-feira, 17 de março de 2015
NOTÍCIA DC: Ministério da Economia e Finanças solicitou auditoria às contas do FUNPI
O FUNPI explicado às criancinhas.
1ª Questão: De quem é o dinheiro que está no FUNPI?
RESPOSTA: O FUNPI é um imposto. E como nunca um imposto foi cobrado pelos privados, não pertence aos privados. O dinheiro é do Estado. Ponto.
2ª Questão: Então se é do Estado...
RESPOSTA:...o Estado tem toda a legitimidade de o utilizar como bem entender.
3ª Questão: Mas esse imposto é pago por empresas privadas...
RESPOSTA: Pois é, mas a parte que é dada aos privados vem precisamente na sequência de um acordo destes com o Governo. Se, por razões circunstanciais, o Estado necessitar desse dinheiro... pode muito bem utilizá-lo.
4ª Questão: Mas então onde está o tão propalado problema com o fundo FUNPI?
RESPOSTA: O grande problema com o FUNPI é que, desde que os fundos do FUNPI são transferidos para a CCIAS, nunca esta entidade prestou contas da sua utilização ou sequer de como era utilizado.
5ª Questão: E esse é um grande problema?
Se é...para começar, o principio fundamental da gestão da coisa pública é esta: dinheiro do Estado, quando é transferido para entidades não estatais, têm sempre que ser justificados, e a despeito de ser justificado, o Estado pode deixar de transferir. Ponto final parágrafo!
6ª Questão: Então e agora?
RESPOSTA: Bom, agora e antes de mais, convém que seja tudo devidamente esclarecido. Ainda não se sabe bem o que se passou, precisamente porque nunca a CCIAS prestou contas.
EPÍLOGO:
Agora, o ministério da Economia e Finanças solicitou uma auditoria que talvez ajude a esclarecer este caso. AAS
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