quarta-feira, 18 de março de 2015

NOTÍCIA DC/MARINHEIROS ABANDONADOS: Presidente Obiang já se mexe no sentido da resolução do problema




Estes são os marinheiros guineenses abandonados no Porto de Luba, na Guiné-Equatorial. Foram visitados pelo jornalista guineense António da Goia, presidente da Fundação Obiang Nguema Mbasogo - Amilcar Cabral (a quem o presidente Obiang incumbiu de dar seguimento ao caso).



Também um compatriota, Abdel Haidara, depois de ter tomado conhecimento das condições em que estavam a viver dentro das embarcações, fez um gesto de solidariedade (uma gota no oceano, como o mesmo fez questão de frisar) e procedeu à entrega de víveres alimentares e de higiene pessoal ao grupo de marinheiros guineenses. AAS

Deplorável


Cinco marinheiros da Guiné-Bissau estão a viver em condições sub-humanas na Guiné Equatorial depois de terem sido abandonados pelo armador, denunciou hoje uma organização não-governamental (ONG) em Bissau.

"Os marinheiros querem ajuda para ter bilhetes de avião e regressarem a casa", referiu Januário Biague, secretário-geral da associação dos Amigos dos Homens do Mar (Airhomar), em conferência de imprensa.

Os marinheiros foram contratados para os barcos de pesca Galaxia Dos e Vicmar Un da empresa Globalpesca, de capitais mistos espanhóis e da Guiné-Equatorial, mas há 20 meses que as embarcações estão paradas no porto de Luba devido a "problemas internos" da empresa, refere uma nota da embaixada espanhola em Malabo. Lusa

LIVRO: As memórias do embaixador Francisco Henriques da Silva


"Da Lili da Parede à guerra na Guiné-Bissau

Recordo-me da menina mais espampanante, na altura areia de mais para qualquer camioneta, a Lili da Parede, uma louraça bem bronzeada, que andava um ou dois anos mais adiantada (creio que frequentava 0 6º, quando nós andávamos no 4º ou 5º) e que hoje dá pelo nome de Lili Caneças".

Quem assim escreve é o embaixador Francisco Manuel Guimarães Henriques da Silva, no livro "Guerra na Bolanha", hoje lançado pela editora Âncora, no seu programa sobre o fim do império colonial português. O diplomata nasceu em 17 de Dezembro de 1944, em Lisboa. E Maria Alice Custódio de Carvalho Monteiro, a Lili da Parede, em 4 de Abril desse mesmo ano, na Guarda. "Recordo-me das lições do falecido professor Marcello Caetano. O mestre subia à tribuna, ladeado por dois assistentes, Diogo Freitas do Amaral e Miguel Galvão Teles. Os 300 e tal alunos levantavam-se".

Estas são mais algumas linhas das memórias do embaixador Francisco Henriques da Silva, que nos fala dos anos da sua formação, da ida para a Guiné como alferes miliciano e do ingresso na carreira diplomática, que o levaria aos Estados Unidos, à França, ao Canadá, a Bissau, à Costa do Marfim, à Índia, ao México e à Hungria. Manuel Barão da Cunha, coordenador do Programa Fim do Império, escreveu uma nota prévia ao livro de 302 páginas hoje lançado e Mário Beja Santos redigiu o prefácio, no qual chama a atenção para as dificuldades que se poderiam sentir no regresso a casa, depois de dois anos de comissão de serviço no Ultramar.

Numa linguagem excepcionalmente fluente, ao alcance de qualquer um, Francisco Henriques da Silva conta-nos o seu nascimento na Avenida Rovisco Paes, junto ao Instituto Superior Técnico, a breve passagem pelo Bairro Azul, a ida para o Restelo, as sessões de cinema no São Jorge e outras salas, o nível da Companhia Rey Colaço-Robles Monteiro, do Teatro Experimental de Cascais e do Teatro Estúdio de Lisboa, de Luzia Maria Martins e Helena Félix; e fala-nos de tantas, tantas outras coisas, particularmente queridas a quem hoje anda na casa dos 67/70 anos.

Vitorino Nemésio, António Lopes Ribeiro, João Villaret e Pedro Homem de Mello não poderiam deixar de ser evocados, quando se está a contar o como era Portugal na década de 1960, quando ele passou por Mafra, Castelo Branco, Tancos e Amadora, antes de ter viajado para Bissau no navio "Uíge". No Depósito de Adidos, em Brá, Francisco Henriques da Silva teve a oportunidade de ouvir logo a seguir à chegada o então governador e comandante-chefe das tropas destacadas na Guiné, António de Spínola, "de monóculo, pingalim e luvas, acompanhado pelo seu habitual séquito".

Naquela altura, conta o autor do livro, que tem 302 páginas, António Sebastião Ribeiro de Spínola "encarnava, ou julgava encarnar, tudo: os Lusíadas, a bandeira verde-rubra, Afonso e Mouzinho de Albuquerque combinados, Aljubarrota e os conjurados de 1640...". Era, realmente, um grande sonhador, esse oficial general que durante meia dúzia de anos tudo fez para chegar à chefia do Estado, lugar no qual só se aguentaria por alguns meses. Pobre Napoleão tresloucado, que em 11 de Março de 1975 ainda tentou reconquistar Belém.

De todas estas coisas e de muitas, muitas mais, nos fala o embaixador Francisco Henriques da Silva, que inclusive relata conversas com o sogro, António Rosa Casaco, inspector da PIDE/DGS, que foi correio diplomático entre Salazar e Franco, durante a Guerra Civil de Espanha e a Segunda Guerra Mundial. "Não me posso, nem me devo queixar da vida, à parte os pequenos percalços do quotidiano, que, obviamente, também os houve", conclui o autor de "Guerra na Bolanha", pessoa que em Setembro de 2012 já nos dera as "Crónicas dos (Desfeitos) da Guiné", nas Edições Almedina.

Jorge Heitor, jornalista
Lisboa, 17 de Março de 2015"

terça-feira, 17 de março de 2015

NOTÍCIA DC: Ministério da Economia e Finanças solicitou auditoria às contas do FUNPI


O FUNPI explicado às criancinhas.

1ª Questão: De quem é o dinheiro que está no FUNPI?

RESPOSTA: O FUNPI é um imposto. E como nunca um imposto foi cobrado pelos privados, não pertence aos privados. O dinheiro é do Estado. Ponto.

2ª Questão: Então se é do Estado...

RESPOSTA:...o Estado tem toda a legitimidade de o utilizar como bem entender.

3ª Questão: Mas esse imposto é pago por empresas privadas...

RESPOSTA: Pois é, mas a parte que é dada aos privados vem precisamente na sequência de um acordo destes com o Governo. Se, por razões circunstanciais, o Estado necessitar desse dinheiro... pode muito bem utilizá-lo.

4ª Questão: Mas então onde está o tão propalado problema com o fundo FUNPI?

RESPOSTA: O grande problema com o FUNPI é que, desde que os fundos do FUNPI são transferidos para a CCIAS, nunca esta entidade prestou contas da sua utilização ou sequer de como era utilizado.

5ª Questão: E esse é um grande problema?

Se é...para começar, o principio fundamental da gestão da coisa pública é esta: dinheiro do Estado, quando é transferido para entidades não estatais, têm sempre que ser justificados, e a despeito de ser justificado, o Estado pode deixar de transferir. Ponto final parágrafo!

6ª Questão: Então e agora?

RESPOSTA: Bom, agora e antes de mais, convém que seja tudo devidamente esclarecido. Ainda não se sabe bem o que se passou, precisamente porque nunca a CCIAS prestou contas.

EPÍLOGO:

Agora, o ministério da Economia e Finanças solicitou uma auditoria que talvez ajude a esclarecer este caso.
AAS

MÚSICA: Karyna Gomes actua na cidade da Praia


DEMISSÃO: Estudantes da Universidade Lusófona da Guiné-Bissau exigiram a demissão da Ministra da Educação Nacional, Maria Odete da Costa Semedo, na sequência da decisão do Governo em mandar suspender três cursos naquela instituição de ensino superior. AAS

E essa formação? E o que dirão os formadores dos seus formandos?




1 - CAMÂRA??!!

2 - FERRIEES??!!

Mais 1 milhão. Muito obrigados. AAS


segunda-feira, 16 de março de 2015

MESA REDONDA: MNE português sensibiliza UE


O ministro dos Negócios Estrangeiros português disse que sensibilizou hoje os seus homólogos da União Europeia para a importância de participarem na conferência internacional sobre a Guiné-Bissau, que se realiza a 25 de março na capital belga.

"Tive oportunidade de sublinhar (...) que a Guiné-Bissau está a adquirir cada vez maior estabilidade, a tentar encontrar soluções para os seus problemas financeiros e que se vai realizar uma conferência de doadores em Bruxelas, e convidei os meus colegas a não esquecerem essa data da conferência e o dever de participarem, na medida em que querem apoiar África", afirmou Rui Machete à saída de uma reunião de chefes de diplomacia da UE.

Segundo Rui Machete, "agora tem havido um período de estabilidade (na Guiné-Bissau), portanto é altura de ajudar, e há países que já prometeram estar presentes, a UE também vai ajudar, e Portugal com certeza também", disse, acrescentando que o apoio português não se limita ao momento da conferência, havendo "todo um plano" de ajuda e cooperação já em curso.

A 25 de março, Bruxelas acolhe uma conferência internacional de apoio à Guiné-Bissau, coorganizado pelo governo guineense, UE e Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, com vista a reunir apoios para garantir o desenvolvimento sustentável do país.

DEFESA: Aguiar-Branco em visitas à Guiné-Bissau e São Tomé


O ministro da Defesa realiza na terça e na quarta-feira visitas oficiais à Guiné-Bissau e a São Tomé e Príncipe, no âmbito da cooperação técnico militar, estando prevista a assinatura de acordos e a entrega de embarcações de salvamento.

Na terça-feira de manhã, em Bissau, José Pedro Aguiar-Branco tem na agenda um encontro com a ministra da Defesa da Guiné, a assinatura de um programa de cooperação técnico-militar, além de audiências com o primeiro-ministro e o Presidente da República daquele país. À noite, já em São Tomé e Príncipe, o governante português participa num jantar oferecido pelo ministro da Defesa e do Mar daquele país.

Na quarta-feira de manhã, Aguiar-Branco deverá assinar, num encontro com o seu homólogo, um programa quadro de cooperação técnico militar, assim como uma adenda ao acordo de fiscalização marítima relativa à utilização de meios aéreos. Este encontro termina com uma cerimónia de entrega de embarcações "Tsunami" pelo Estado português à República de São Tomé e Príncipe.

Fonte do Ministério da Defesa adiantou à Lusa que em causa está a entrega de "duas embarcações para busca e salvamento", que irão complementar o programa de formação do Instituto de Socorros a Náufragos à guarda costeira são-tomense. Depois de audiências com o primeiro-ministro e o Presidente da República de São Tomé, Aguiar-Branco tem ainda um almoço previsto a bordo da fragata Bartolomeu Dias, que realiza atualmente uma missão de vigilância naquela região.

Fidju di nha tia


Mau tempo pode adiar visita de PM da Guiné-Bissau a Angola


A viagem do primeiro-ministro da Guiné-Bissau a Angola, que devia ter lugar esta semana, poderá ser adiada para uma nova data, disse hoje à agência Lusa fonte próxima do Governo de Bissau. O adiamento da visita estará relacionado com a situação de crise que se vive em Angola, devido às chuvas torrenciais e cheias que já causaram a morte a mais de 60 pessoas na província de Benguela, acrescentou a mesma fonte.

Domingos Simões Pereira anunciou na quinta-feira que deveria deslocar-se a Luanda para se encontrar com o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. O chefe do governo guineense iria entregar pessoalmente um convite para o líder angolano estar presente na mesa redonda de doadores que Bissau vai organizar no dia 25, em Bruxelas.

O primeiro-ministro pretendia ainda discutir com as autoridades de Luanda as modalidades para retoma de "todos os projetos" de cooperação iniciados por Angola na Guiné-Bissau, mas que foram interrompidos com o golpe militar de abril de 2012. Lusa

sábado, 14 de março de 2015

DEMOCRACIA? Damos cartas nos PALOP


A Guiné-Bissau foi o país lusófono que mais cresceu no índice de democracia da Economy Intelligence Unit, empresa de investigação ligada à revista britânica "The Economist", em 2014, mas continua na cauda da tabela, ao ocupar a posição 159 contra 166 no ano passado.

Cabo Verde é o melhor país de língua portuguesa ao ficar no 31º. lugar mas perdeu quatro lugares. Moçambique, que perdeu três lugares, ocupa agora o 107o. lugar, enquanto Angola, embora tenha subido um lugar, continua no grupo dos países de regimes autoritários, na posição 132. Portugal ficou na 33a. posição, enquanto o Brasili manteve o 44o lugar alcançado em 2013.

O Índice de Democracia é elaborado pela Economist Intelligence Unit e já vai na sua sétima edição. O estudo mede a democracia em 167 países e centra a sua atenção em cinco categorias gerais: processo eleitoral e pluralismo, as liberdades civis, funcionamento do participação governamental, política e cultura política.

No topo da lista desta classificação encontra-se a Noruega, seguida de países da Europa do Norte, Suécia, Islândia), Nova Zelândia e Dinamarca. VOA

Macky Sall recebeu hoje em audiência o Primero-Ministro guineense, Domingos Simões Pereira, que foi portador de uma mensagem do PR José Mário Vaz ao seu homólogo senegalês. AAS




Macky Sall foi convidado a participar na mesa redonda sobre a Guiné-Bissau. Próxima paragem do chefe do Governo guineense: Luanda, Angola.