quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

A mentira do século XXI, do XXII e por aí adiante




Alguém no seu perfeito juízo acedita nisto? Que alguéma viaja "centenas de quilómetros" apenas para vir usar a internet em Bissau? Ah não, democratas, poupem-me a merdas... AAS

ANGOLA, uma irmã empenhada


Angola está empenhada para que a Conferência Internacional de Doadores para a Guiné-Bissau, agendada para 25 de Março próximo, em Bruxelas (Bélgica), alcance resultados positivos em benefício do povo guineense, garantiu hoje, quinta-feira, em Luanda, o secretário de Estado das Relações Exteriores, Manuel Domingos Augusto.

No Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, proveniente de Accra (Gana) onde participou numa reunião preparatória sobre a conferência, o diplomata disse à Angop que o país está na "linha da frente" e convicto do sucesso da conferência. Sobre o encontro de Accra, explicou que serviu para reforçar o processo de construção de uma parceria com a comunidade internacional, explorar formas eficazes de coordenação e harmonização na implementação das reformas estabelecidas pelo governo da República da Guiné-Bissau no ramo da defesa e segurança, recuperação económica e normalização da vida política e social.

Participaram da reunião preparatória ministros da CEDEAO, CPLP, representantes da União Africana, ONU, União Europeia, do Banco Mundial e do Banco Africano de Desenvolvimento, bem como uma delegação da Guiné-Bissau, chefiada pelo seu primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, que apresentou o seu plano estratégico e operacional para 2015-2025.

A Guiné-Bissau, país africano de língua oficial portuguesa, depois de um golpe de militar em 2012 realizou, no ano passado, eleições gerais cujo resultados deram uma maioria ao PAIGC, na Assembleia Nacional, e José Mário Vaz foi eleito como Presidente da República. Portalangop

OPINIÃO: MESA REDONDA COM VISTA PANORÂMICA


"Recentemente o Primeiro ministro (PM) Domingos Simões Pereira (DSP), voltou a brindar mais uma vez os guineenses com uma entrevista «bonita» e cheia de eloquência nas ondas da Rdp-Africa quando abordava a preparação da Mesa Redonda (MR) sobre a Guiné-Bissau prevista para março proximo.

Um discurso imbuido de boa vontade, cheio de perspectivas e de um querer expectavel. Uma entrevista que da gosto ouvir, porque faz sonhar e cria esperanças fortes sobre o exito dessa missão. Porém, é justamente, a aparência de extremo optimismo e facilitismo com que encara essa missão, que faz reflectir quem conhece bem a realidade desses desafios e, quanto andam longe o exercicio da teoria e da boa labia dos resultados concrectos que se conseguem no terreno. Esta minha ressalva, do meu ponto de vista, não tem nada de pessimismo, senão o fito atenuar a onda de entusiasmo que normalmente se criam à volta dos discursos particularmente sedutores e populistas do PM.

Digo isto porque, se analisarmos ao fundo essa entrevista, é perfeitamente legitima a percepção do alerta para uma maior ponderação sobre as prespectivas eloquentemente defendidas pelo PM. Repito, não se trata de um mero capricho de contrariar, caracteristica que nos é, tendenciosamente intrinseca. Trata-se, tão simplesmente de um equacionamento de ponderaveis realistas que normalmente envolvem uma operação dessa envergadura. Senão vejamos, segundo as suas proprias palavras : ...«Sabemos que os doadores preferem planear para um horizonte de quatro cinco anos, até porque os planos indicadores têm esse horizonte temporal. Nos temos que ter uma visão mais panoramica e apresentar um programa muito mais ambicioso do que aquilo que sabemos à partida poder ser o envelope financeiro ja pronto pelos nossos doadores».

Ressalta da ambição exposta pelo PM guineense, algumas passagens que infelizmente confortam esta minha reserva de espirito. Uma, é «a visão panorâmica» que atribui o programa que propõe apresentar na MR que, segundo ele, a «ambição ultrapassa» os parâmetros temporais internacionais. A outra, é parecer o PM fiar-se antecipadamente, de que os doadores «têm ja pronto um envelope financeiro» para pôr à disposição do seu governo, significando esse exercicio de pensamento, de que, qualquer que seja o resultado da MR, o chefe do governo ja conta com um «ovo no cu da galinha», quando a realidade que se extrai desses foruns eminentemente técnicos e de exigências intrinsecas ao quadro de emergência do pais avaliado, não se esgota a um optimismo de retorica.

Do meu modesto ponto de vista, essa «visão panorâmica do programa» estusiasticamente vendida pelo PM, que paradoxalmente, vai muito para além dos parametros convencionais de um programa de uma MR para um pais especifico como o nosso, reforça a minha convicção de que, o PM anda equivocado quanto as referências e os criterios a submeter aos doadores na MR, os quais, representem o resultado consubstanciado no programa apresentado aos doadores, preferindo agir como uma avestruz e, promover a sua «visão panorâmica», qual um vulgo regateador de Marché Sandaga que, quando pede 20.000 fcfa para uma imitação de Rolex, na realidade contenta-se em receber 1.000 fcfa que é o valor real do seu produto.

Significa essa abordagem que, apesar de todo o aparato das visitas e consultas às populações no interior do pais (uma absurdidade desnecessaria !!), assim como as repetidas e fastidiosas visitas e contactos com os parceiros sub-regionais e internacionais, indo até ao sumum do retiro panorâmico na Ilha de Rubane no Arquipelago dos Bijagos, de nada serviram ao PM para valorizar substancialmente a sua visão, sobre o produto a vender na MR em prol das necessidades emergentes da Guiné-Bissau.

Por outro lado, não basta ao PM arrogar de que, «o programa é nosso, a visão é nossa, os parceiros estão convidados e esperemos que estejam disponiveis para nos acompanhar». Então Sr PM ! E, se na hora da verdade, os parceiros acharem o seu programa desajustado, vago e inconsequente ? Que fazer, Sr PM ?... Por isso, Sr PM. Não basta ilusoriamente reconfortar-se no engôdo facil de que «não tivemos necessidade de ajustar a nossa visão estratégica, os doadores aceitaram-na». Não se iluda enganando os seus concidadãos, pois a visão estratégica ainda que seja seu/«nosso», não é contudo dos doadores que, nesta fase preliminar, estão mais à escuta e a avaliar as suas e competências e habilidades para vender as necessidades de um Estado fragil, cuja prioridade é a carência absoluta.

A aparência do convencimento é um mau conselheiro, Sr PM. Não basta Sr PM, fiar-se numa pretensa simpatia de que presume gozar o seu governo que emerge de uma retoma constitucional e antecipar cenarios de sucesso e dinheiro à mão de semear como deixa antever no seu discurso. E preciso mostrar mais solidez nas argumentações para a MR, começando da sua parte, por dar uma imagem mais consistente e responsavel de liderança governativa a nivel interno e por fim, de poder, argumentar-se com programas mais sustentados e coerentes primado pela qualidade na priorização das necessidades e desafios, cujas sinergias de resultados permitirão a médio prazo a criação de bases de sustentabilidade de projectos de desenvolvimento alicerçados em componentes socio-productivas emergentes das nossas inesgotaveis potencialidades internas.

Por fim, mais do que, o entusiasmo que pretender incutir no espirito dos seus concidadãos, devia primeiramente o PM, mais do «tentar dissipar inquietudes que ainda possam existir junto dos doadores», exercer a sua missão de primeiro governante do pais com mais transparência e competência, manifestar-se por actos concrectos de governação imbuidos de elevado alcance publico e moral, o qual passa forçosamente, por fazer-se rodear de uma equipa constituida de pessoas idoneas, impolutas e de competência comprovada e, não de gente de competência duvidosa, refractarios e indiciados da justiça e até de delinquentes do periodo da transição.

O Sr PM deve, antes de convencer os outros externamente, esforçar-se para ser um elemento portador de valências tendentes à criação de um ambiente de paz social e de dialogo institucional. E, finalmente, evitar no seu circulo pessoal da sua corte, companhias de pessoas pouco recomendaveis às exigências da transparência governativa. Bem haja.

Grupo de Reflexão e da Guinendade - Fonkol
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Carta de um General para o António Aly Silva: A falta que o Aly faz


"Quero antes de tudo desejar-te um bom ano de 2015. Amigo e irmão Aly, fiquei deveras preocupado com o teu estado de saude depois da nossa última conversa em 2014. Assim sendo queria saber como tu te sentes actualmente, pois queixavas do coração. Lamento muito mas deves cuidar-te, pois a idade já lá vai e há certas práticas (alimentares e outras) que devemos evitar.

Agora eu queria pedir-te o favor de voltares para o País, pois não vejo a razão pela qual deves continuar fora. Se voltares não terás nenhum problema, pois ninguém tem a Guiné-Bissau mais do que o Aly. Eu sei e senti na pele o que quer dizer estar fora do país, tipo exilado, mesmo que se ganhe fortunas(bu terra i bu terra son).

Volta, Aly, estás deixando muita falta ao país que te viu nascer e onde jaz o teu cordão umbilical. Aconselho-te a voltar, não terás nenhum problema se voltares para a nossa terra. Mataste alguém? Sei que não é e nem foi o caso, porquê então ficar longe da tua terra,rapaz? Volta, pois garanto-te que ninguém te perseguirá.

O teu mal é maior do de ........................., que já voltou ao país? O que é que lhe aconteceu? Está ou não a trabalhar? E agora? Fazes como quem tivesse cometido crimes. Já é tempo de tu voltares para a tua/nossa terra. Entre em contacto com as autoridades do país manifestando a tua intenção de retornar ao país.

Abraça-te este teu amigo e irmão sempre ao teu dispôr,

General............
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NR: Muito obrigado pelas palavras, Sr. General. Feliz e próspero ano novo para si e toda a família. Um forte abraço. AAS

CRIME: O trabalho infantil e juvenil afecta 39 por cento das crianças da Guiné-Bissau com idade entre os cinco e 17 anos, anunciou hoje o diretor-geral do Instituto Nacional de Estatística (INE) da Guiné-Bissau, Suandé Camará. AAS

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Orgulhosamente nós


Guiné-Bissau volta à ribalta no caso Karim Wade (filho do ex-presidente senegalês Abdoulaye Wade) que é alvo de um processo judicial sobre enriquecimento ilícito instaurado pelo Estado do Senegal. O expert contabilistico Alboury NDAO acusou ontem, na sua audição perante a CREI (Cours de Repression de l' Enrichissement illicite), o antigo super-ministro de possuir uma conta bancária choruda, no Principado do Mónaco: cerca de 70 milhões de euros.

O nome da Aeroport Handling Service – AHS, Guiné-Bissau surge de novo nesse imbróglio judicial, como um dos canais por onde passaram parte desse mana financeiro que o Estado Senegalês, alega terem sido obtidos ilicitamente e posteriormente colocados em paraisos fiscais.

Ao que parece, a AHS-Guiné-Bissau serviu de barriga de aluguer para efectuar essas transferências ilicitas. Alega-se que, a AHS-GB serve de fachada para lavagem de dinheiro proveniente dessas operações em investigação, dado que, os serviços prestados por esse desmembramento da AHS-International não justifica os altos fluxos financeiros que passaram por seu intermêdio.

NOTA: É tempo do MP guineense se apropriar desse dossier e mandar investigar. Pessoas e investimentos ligados a esse desmembramento que tem dado muito que falar nos meios judiciais e na imprensa senegalesa, e onde o nome da Guiné-Bissau não é citada pelos melhores motivos. AAS

UE: 1,5 milhões de euros para o sector do caju


A União Europeia (UE) planeia contribuir com 1,5 milhões de euros para projectos de"melhorar a renda dos produtores de caju pequeno," na Guiné-Bissau, de acordo comos documentos do processo.

Desse montante, 700.000 euros são destinados a projectos de apoio aos pequenos produtores que querem melhorar o rendimento e a qualidade da produção, de acordo com a agência noticiosa portuguesa Lusa.

Outra, de 700.000 euros é para a integração das atividades dos pequenos produtores na cadeia de valor, promovendo o melhoramento do processamento e melhorar as competências de gestão das organizações do sector. Os restantes 100.000 euros serão investidos em aplicativos focados em melhorar o quadro jurídico que rege o sector do caju.

Este apoio financeiro ao sector do caju é parte de um programa de acção integrada para a nutrição e o desenvolvimento agrícola (EU-AINDA) e é justificado pelo facto de que a Guiné-Bissau tem "altos níveis de pobreza, aliada à insegurança alimentar e nutricional".

"Os indicadores nacionais mais recentes apontam para 20 por cento os agregados familiares rurais que enfrentam a insegurança alimentar, e 27 por cento das crianças (um em cinco menores de cinco anos) em situação de desnutrição crônica", disse. Lusa

Presidente da Guiné-Bissau promete ser "soldado" na luta pelos direitos das mulheres


O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, prometeu hoje ser "um soldado" ao lado das mulheres na reivindicação por mais direitos e por uma maior intervenção na vida pública. "Podem contar com o Presidente da República como mais um soldado da vossa trincheira nessa justa luta contra a discriminação social com base no género", referiu o chefe de Estado numa cerimónia, num hotel da capital, ao receber a Declaração de Canchungo.

O documento foi redigido por organizações femininas da sociedade civil guineense e contém 16 propostas para permitir uma maior participação das mulheres na política e garantir-lhes mais direitos. Entre as sugestões está "uma lei de quotas mínimas de 40% para assegurar uma representação significativa das mulheres nas instâncias de tomada de decisão, sobretudo no parlamento e no governo" - um pedido que José Mário Vaz considerou modesto, tendo em conta que o sexo feminino representa "mais de metade da população".

O Presidente da República destacou também outros aspetos. "Não se pode considerar de exigente [o pedido feito] quando as nossas companheiras solicitam que a lei contra a violência doméstica seja rigorosamente cumprida" ou quando pedem "a nossa comparticipação nalgum trabalho", exemplificou.

José Mário Vaz disse contar "e muito" com as mulheres na dinamização da economia guineense, que passa por um momento "difícil", referiu. A Declaração de Canchungo recebeu o nome da cidade do Norte do país em que foi escrita, após um encontro de reflexão sobre a igualdade de género, realizado em outubro de 2014 e financiado pelo Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

Marco Carminagni, representante especial adjunto do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, recordou o fundador da pátria, Amílcar Cabral, que "mobilizou indistintamente homens e mulheres" na luta pela independência do país. Apontou-o como fonte de inspiração para que as autoridades promovam "estratégias efetivas" que levem a Declaração de Canchungo à prática.

"Neste novo período que vive o país, não poderá haver espaço para retrocessos", acrescentou. Na cerimónia de hoje participou também o primeiro-ministro Domingos Simões Pereira e vários membros do governo, para além de representantes de outros órgãos de soberania e parceiros internacionais. Lusa

OPINIÃO: A culpa é sempre do mensageiro


"Ilustre concidadão, nunca é demais realçar o seu enorme contributo ao serviço da informação dos guineenses espalhados pelo mundo. É preciso que de uma vez por todas se ponha fim a uma tendência entranhada na elite guineense. Sempre que a mensagem não é agradável, culpa-se o mensageiro. Será um bom princípio este de bloquear, cair em negação perante informações que não agradam?

É evidente que a nossa elite nunca teve uma convivência pacífica com a verdade, é por isso e não só, que o senhor Aly Silva e outros colegas de profissão têm problemas sistemáticos. Uma elite que não é séria no que diz nem coerente no que faz, senão o senhor Aly Silva estaria hoje em Bissau.

Ver agora o Senhor ministro dos Negócios Estrangeiros Mário Lopes da Rosa referir-se ao caso do cônsul na florida nos seguintes termos, faz saltar a tampa a qualquer um: «Desconhecemos completamente algo. Para nós, não passa de mais uma ação de desinformação e intriga»

Ilustre compatriota, desconheço a razão que levou o primeiro ministros a propor este senhor para candidato a presidente da república, por tudo o que já li no teu credível blog, MARUCA já devia ter sido erradicado da vida política nacional. Porque se as autoridades judicias guineenses forem séria, ele será apanhado nas malhas do tráfico de passaportes sem qualquer dúvida.

É preocupante que o primeiro-ministro apoie este senhor ao ponto de ir aumentando a já de si volumosa lista de divergências com o presidente da república.

Folgo em saber que o Aly continua o mesmo de sempre, quando é atiçado, responde frontalmente, sem subterfúgios, e sem meias palavra. Alias meias palavras estas que já enjoam, se há coisa que detesto neste governo, todo ele, de alto a baixo, é precisamente esta falsidade, este medo que têm de tudo, até da própria sombra, é tudo dito pela metade, nada é assumido, ninguém é frontal, tudo muito dissimulado, já mete nojo.

Peço lhe a permissão e desculpas pelo abuso de usar o seu blog para o dizer, mas estou farto de ver o que se passa neste momento na Guiné, parece que estamos condenado por alguma entidade divina, no ta sai di pilon, no kai na balei, do que tem medo esta gente que ganhou com a maioria absoluta? É neste momento que chego a dizer que havia uma boa razão para que parte significativa dos guineenses votassem sempre Kuma Yala, ele era homem para assumir tudo o que dizia, por mais absurdo que fosse, bastava acreditar para o dizer e assumir, as vezes chocava ouvi-lo dizer: "Não haverá nem 2ª, nem 3ª, nem 4ª… volta". Acusem-no de tudo, mas o homem não vestia saias.

O MARUCA tem um caderno de encargos complicado neste momento, mas parece que é inconsciente, para estar a dar relevo a fofoquices. O que nós queremos ver é se “os tem no sítio” para levar avante os cortes, conforme indicações do seu chefe no governo.

Ao senhor primeiro-ministro, quero pedir apenas um pequeno favor, porque temos até vergonha de equacionar a possibilidade de nos termos enganado em relação a ele, por isso, que nos livre do ministro dos negócios estrangeiros, e se ainda lhe sobrar um pouco de tempo, que nos esclareça sobre a real situação do país, pensamos que pelo menos isso merecemos da parte dele, e mais não digo, porque não quero estar a ser hostil e inconveniente, mas já chega, que nos diga alguma coisa.

Santos C."

UNIOGBIS: Declaração de Canchungo


Comunicado de Imprensa

As organizações femininas da sociedade civil guineense entregam ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, quarta-feira, dia 11, às 10:00 no Hotel Azalai, a Declaração de Canchungo, numa cerimónia com a participação de uma delegação da ONU chefiada pelo Representante Especial do Secretário-geral na Guiné-Bissau, Miguel Trovoada.

O ato – em que tomam parte os representantes de todos os órgãos de soberania - vem no seguimento dos resultados do ateliê de reflexão e debate de ideias sobre a igualdade de género, reformas do quadro legal que regula o sistema político nacional e direitos humanos das mulheres que teve lugar a Outubro 2014 em Canchungo, norte, com apoio financeiro do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS).

A Declaração de Canchungo é um instrumento de advocacia que tem como objectivo sensibilizar as autoridades nacionais, sobretudo os titulares dos órgãos de soberania, sobre a premente necessidade de adoção de estratégias conducentes à mudança de mentalidades com vista a uma maior participação das mulheres na política e nas esferas de tomada de decisão, enquanto pressuposto indispensável para a consolidação da democracia e do Estado de direito.

O documento formula 16 propostas concretas de medidas legislativas e operacionais, entre as quais a urgente necessidade de adoção de acções afirmativas visando nomeadamente a aprovação de uma lei de quotas mínimas de 40% para assegurar uma representação significativa das mulheres nas instâncias de tomada de decisão, sobretudo no parlamento e no governo.

O texto, para além de apelar às autoridades nacionais para a revisão do quadro legal do sistema político e eleitoral do país, por forma a torná-lo mais sensível ao género, exorta ainda no sentido criar centros de acolhimentos e apoio psicossocial e jurídico para as mulheres vítimas de violência, e criar através do Orçamento Geral do Estado um fundo especial para o fortalecimento económico das mulheres, e de incentivo à formalização de pequenas e médias empresas por elas dirigidas.

Para além das autoridades nacionais, este evento conta com a participação especial de uma delegação de alto nível da ONU, constituída por 21 elementos do 5˚ Comité, um organismo da Assembleia-geral que realiza uma visita oficial ao país entre os dias 11 a 12 de Fevereiro 2015. Este Comité é composto pelos principais doadores da ONU e tem como objectivo avaliar o impacto das acções no terreno.

UNIOGBIS/PIU

APGB

Tribunal Regional de Bissau indeferiu a providência cautelar movida pelos trabalhadores da APGB. Portanto a Direcção e o Governo estiveram bem no despedimento colectivo.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

"Força ineficaz" da ECOMIB vai formar e treinar os nossos...


A Ecomib, força militar e policial colocada na Guiné-Bissau para estabilização do país, e que os EUA apelidaram de 'COMPLETAMENTE INEFICAZ", poderá ganhar novas competências, admitiu hoje o primeiro-ministro guineense, Domingos Simões Pereira.

Num encontro internacional em Acra, capital do Gana, "falou-se da possibilidade de, para além da questão da segurança de instituições e titulares de orgãos de soberania, [a Ecomib] também se poder ocupar da formação e treino a vários níveis", referiu hoje o líder do Governo.

"Da [formação da] polícia já estamos a tratar com o Brasil, faltava cobrir a componente militar, portanto, penso que esse domínio está a receber também alguma atenção", acrescentou. Lusa

1.500 milhões de chineses a cagar, daria electricidade para mundo e meio...


O cheiro no ar revela o verdadeiro propósito de uma das estações de processamento de resíduos dos esgotos de Pequim: todos os dias, chegam ali cerca de 200 camiões que descarregam 800 toneladas de excrementos humanos. Além de biogás, são utilizados para produzir adubos...para ler no Público

TERRORISMO: Combate junta EUA e África


Questões de segurança em África estão na ordem do dia da 3ª Cimeira dos Chefes de Estado Maior dos exércitos africanos, que se encontram reunidos em Dakar, no Senegal. O encontro, que reúne mais de trinta paises, é uma iniciativa do Alto Comando das Forças Terrestres Americanas - USARAF.

Nesse fórum, as Forças Armadas Terrestes dos diferentes países participantes partilharam as suas estratégias de combate ao terrorismo e comprometeram-se a unir esforços para melhor fazerem face à onda crescente do terrorismo que afecta todos os continentes sem excepção.

Dessa Cimeira, espera-se a adopção de soluções duráveis para fazer face às inúmeras ameaças que se impõem aos Estados soberanos. A mutualização dos centros de treino militar sob minotaramento norte-americano para aperfeiçoamento dos métodos de combate ao terrorismo e inssureições armadas é um dos pontos mais em voga no encontro de Dakar. AAS

OPINIÃO: Cheira mal, muito mal mesmo


"Quando se esta bem, não é preciso justificar-se. Quando um casal se da bem, não precisa dizer que se da bem, pois os actos, os gestos, o élan, a postura,o bom entendimento estão presentes e manifestam-se de forma inequivoca nessa relação.

Em contraponto, quando, de um lado, se admite " que é necessario dialogar", "é preciso haver mais concertação do que tem havido", subentende-se a falta desses ingredientes numa relação que se recomenda dialogante e concertada. Quando do outro lado, se advoga a "não interferência nas acções governativas", ou "deixar o governo fazer o seu trabalho", demostra de forma implicitamente comprometedora, de que, houve ou existe a intenção de se extrapolar da reserva de não interferência que impõe a separação dos poderes entre os principais orgãos de soberania da Guiné-Bissau.

À custa de varios exemplos tristes e frustantes de um passado recente, é preciso que os guineenses, começando pelos seus mais altos responsaveis, abandonem os discursos codificados da cobardia e falsidade politica que, abandonem a cultura da intriga e que, tenham a coragem de assumir a responsabilidade das suas insuficiências perante comunidade votante, que de forma firme e responsavel lhes confiaram a missão da realização dos seus principais anseios e projectos de sociedade.

É preciso, igualmente fazer entender aos nossos dirigentes politicos de que, ninguém é mandatado em cargos publicos para se entreter no exercicio de atitudes egocentristas e de narcisismo barato pavoneando-se a gerir os fastasmas das suas susceptibilidades orientado para comportamentos e interesses proprios ou de grupos, enquanto na praça publica nos vendem discursos açucarados sem resplado na pratica efectiva.

Na realidade, exemplos de co-habitação promissoras que falharam por razões dos males que hoje teimam em se reinstalar no seio dos nossos orgãos de decisão, não nos faltam para nos chamar à razão e evitar esse caminho tortuoso do jogo de bastidores e da guerra entre clãs da presidência e da primatura e, porque não também, da propria assembleia nacional que, paulatinamente vai emergindo como outro polo do desconcerto de poderes mercê de saidas cada vez mais preocupantes e a destempo dos acontecimentos e da realidade.

É preciso parar e pensar no bem comum e que todos se impliquem na promoção e criação de uma verdadeira "ponte de comunicação governativa" assente em bases seguras da perenidade, para que, a Guiné-Bissau finalmente possa encetar o caminho da estabilidade, condição sine qua non para alcançar o progresso e o desenvolvimento.

Do meu humilde ponto de vista, fica-se à inteira responsabilidade dos "dois" lados da ponte, criar sem complexos e preconceitos essa passarelle do dialogo com o fito de se alcançar, esse bem tal almejado por todos os guineenses, pois falhar esse objectivo com todos esses ingredientes reunidos, mais do que 40 anos de falhanço pos independência, representaria o falhar da possibildade da nossa geração que se encontra no limiar da sexta decada de ver enfim, a Guiné-Bissau aceder ao primeiro patamar para o progresso e o desenvolvimento, que é a paz e a estabilidade.

Por fim, é bom que se compreenda de uma vez por todas de que, o mal menor, nunca foi o remédio de grandes males, mas sim medidas de extremo desespero. Prova-mo-lo aquando da guerra fratecida de 98/99 ao fiermos a escolha que se conhece e, creio hoje, estarmos a um pequeno passo de revertermos novamente a historia e voltarmos a escolher o mal menor e, consequentemente, voltarmos a provar o amargo sabor do fel das mas escolhas.

De resto, o rio continua o seu percurso mas, cabe ao homem, querendo atravessa-lo sem causar vagas, construir a sua ponte. Tal se faz, com paciência, dialogo e compreensão... pensando sempre no bem comum.

Alma Beafada"