segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
RIP: Estudante guineense morre afogado no Brasil
Um estudante guineense morreu afogado no Brasil. Braima Mané era estudante do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
O acidente aconteceu na cachoeira Serrinha, em Passagem de Mariana, distrito da cidade histórica. De acordo com a instituição, ele estava no Brasil por meio do Programa Estudante Convênio de Graduação (PEC-G). O estudante de 24 anos estava na Ufop desde 2010.
Um irmão de Braima Mané que mora em Vitória, no Espírito Santo, já está em Mariana, conforme a Universidade. Ele está cuidando dos trâmites legais para o traslado do corpo. Globo
Avaliação sobre direitos humanos
Foto: Lusa
Em vésperas de uma avaliação, CARMELITA PIRES admite que país deve ter mais respeito pelos direitos humanos
A ministra da Justiça da Guiné-Bissau, Carmelita Pires, considerou hoje que o país terá que subir nos níveis de respeito pelos direitos humanos, numa altura em que está prestes a ser sujeito a uma avaliação internacional. A Guiné-Bissau vai ser avaliada entre 23 e 27 de janeiro no exame periódico ao nível do Alto Comissariado dos Direitos Humanos das Nações Unidas, anunciou a governante.
Segundo explicou, a organização vai analisar o cumprimento de uma série de recomendações deixadas ao país na última avaliação sobre melhoria do quadro legal, funcionamento das instituições e operacionalidade da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.
No encontro, a decorrer em Bruxelas, a Guiné-Bissau será representada pelo Ministério da Justiça, pela Comissão dos Direitos Humanos e por uma organização não-governamental (ONG) da áre. Carmelita Pires falava hoje durante a cerimónia de assinatura de um acordo entre o ministério que tutela e a União Africana (UA).
A UA entregou às autoridades guineenses 21.500 euros para a realização de atividades no âmbito da promoção dos Direitos Humanos nas regiões de Gabú (Leste), Oio (centro), Tombali (Sul) e ilhas Bijagós. O acordo para disponibilização da verba foi rubricado pelo representante da UA na Guiné-Bissau, o santomense Ovídio Pequeno, e por Carmelita Pires, que na ocasião agradeceu o apoio.
A governante enalteceu a contribuição da União Africana pelas ajudas que tem prestado às novas autoridades guineenses com vista à execução de diferentes ações, particularmente no setor da justiça.
A coordenadora da Comissão Nacional dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, Aida Indjai, indicou que a instituição vai utilizar o dinheiro disponibilizado hoje pela UA para promover inquéritos sobre os direitos humanos nas regiões abrangidas.
"São zonas consideradas críticas em termos de violação sistemática dos direitos humanos", notou Aida Indjai, enumerando o espancamento, o casamento forçado ou precoce e ainda a mutilação genital feminina como as principais violações. Os inquéritos serão iniciados em fevereiro e os resultados serão anunciados pelo Governo.
Além dos inquéritos, a verba destina-se a financiar programas radiofónicos para sensibilização da população guineense em matéria de administração da justiça, registos de nascimento e reforço da capacidade da Comissão Nacional dos Direitos Humanos.
O representante da UA na Guiné-Bissau destacou hoje que o apoio visa ajudar o Governo a dar mais atenção aos preceitos e objetivos enunciados na Carta Africana dos Direitos Humanos. Lusa
NOTÍCIA DC/'Caso Areias Pesadas': É muita carga para o Daniel
O feitiço parece ter-se virado contra o feiticeiro. E não se trata da bauxite, mas sim das areias pesadas de Varela. Ditadura do Consenso apurou que, desde o período da 'transição', os próprios militares já teriam conhecimento de que o actual e ex-ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes, terá recebido dinheiro no 'caso' das areias pesadas de Varela.
O caso, apurou o DC, chegou mesmo ao conhecimento do Presidente da República. Daí as insinuações de José Mário Vaz, feitas há pouco tempo sobre a 'escuridão' que paira sobre o negócio das areias. Existirão mesmo documentos que provam, de acordo com uma fonte, o envolvimento do Daniel Gomes no negócio obscuro das areias pesadas de Varela.
Os chineses terão exportado cerca de 500 toneladas de areia e, no seguimento, pagaram cerca de 8 milhões de FCFA, que deram entrada no cofre do ministério...e ganharam asas depois. E é por isso que o ministro, sabendo que JOMAV sabe, tem atacado - sem dados, ou com os mesmos errados, e com explicações sem nexo.
Ditadura do Consenso apurou ainda que o ministério Público terá mesmo congelado as contas do ministro, enquanto decorrem as investigações. Da parte do Governo, talvez saia fumo branco na próxima reunião do Conselho de Ministros. Ditadura do Consenso continuará atento, e a varrer toda a informação sobre este caso. Pela verdade, com a verdade. AAS
OPINIÃO: E sair deste labirinto?
Há uma saída para o ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes? Há, sim, e é a porta da rua. O ministro falou muito e baralhou-se. Indirectamente, acusou o Presidente da República, e isso tem custos. Na política, meu caro Daniel, tudo tem consequência.
Agora, Ditadura do Consenso apurou que, assim que regressar a Bissau, o Presidente da República, José Mário Vaz vai pedir a cabeça do infeliz do Daniel. O Preidente "está furioso", diz uma fonte. "Ficou mais irritado ainda porque o ministro baralhou-se, parecia muito emocionado, atitude prória de quem esconde algo, e quer proteger terceiros. O Daniel [Gomes] não estava nada à vontade", adianta.
DANIEL GOMES no labirinto, e por um fio
Daniel Gomes misturou tudo. Números e factos; cousas e coisas. Nunca, em momento algum, o Estado da Guiné-Bissau - ou alguém por ele - recebeu 13 milhões de dólares por um 'bónus de assinatura". "São números exorbitantes e ninguém no seu perfeito juízo faria isso", justificou.
É o que dá quando não se estuda os dossiers... Daniel Gomes foi levado pela emoção junto dos deputados, mas saiu chamuscado. Do labirinto em que se meteu só o seu deus lhe pode livrar, e da travessia do deserto...nem falaremos.
Quantos sabem desta negociata? São, pelo menos, (e para já) três: Soares Sambu, Martinho Dafa Cabi e...o próprio Daniel Gomes. O pedido de urgência feito pelo PR para a investigação deste dossier começou a ser tratado com pinças pelo ministério Público e ainda bem. Só assim os guineenses saberão toda a verdade. AAS
ARTISSAL: A Justiça será feita
"Sou Mariana Tandler Ferreira, a Mariana de Artissal que vocês todos conhecem. Sou de origem romena e vim para Guine Bissau em 1986, munida de sonhos e ideais. Fiz tudo que podia por este pais que desde então é meu, pela nacionalidade que adequri e sobretudo pelos laços de amizade que construi com este povo.
Trabalhei incansavelmente no Ministério da Cultura mais de 10 anos e depois sempre ligada as actividades deste ramo que tanto amo. Fundei a ONG Raizes em 2000 e depois em 2004 ao aperceber-me que o pano de pente está em vias de extinção a ONG Artissal.
Lutei anos a fio para obter financiamentos para poder sustentar a fabrica de tecelagem que deu trabalho a 28 pessoas e indiretamente as suas famílias mais de 280 pessoas. A credibilidade da minha organização chegou a ser enaltecida pelos resultados excelentes dos projetos tanto na execução das atividades como na execução financeira dos mesmos, trabalhando em parceria com a União Europeia, Cooperação Portuguesa , Instituto Marques de Vale Flor , Cidac, etc.
A Artissal levou a bandeira da Guine Bissau para os quatro cantos do mundo , através de exposições, palestras , conferencias e redes de colaboração. Trabalhei 10 anos incansavelmente para as populações da Região de Biombo, construindo mercados, padarias, escolas de formação profissional, etc.
Eu Mariana , fui a cara da Artissal nas reuniões com os financiadores, nas avaliações , nas auditorias financeiras , nas conferencias e nas palestras. Hoje estou orgulhosa de tudo que fiz, estou realizada por ter feito neste pais aquilo que não fiz no meu pais. Dar tudo de mim, dar a minha sabedoria , dar noites a fio a conceber estratégias e projetos de sobrevivência.
Artissal é neste momento a primeira e única organização de Comercio Justo inscrita na COFTA a Federação de Comercio Justo Africana, com marca legalizada e registada. O pano de pente que eu tanto amo foi devolvido ao meu povo , através do trabalho dos tecelões inscritos na Artissal.
Vendi a casa da minha mae na minha terra natal quando ela faleceu e construi a minha casa em Quinhamel para estar perto do meu povo, do meu trabalho. Vivi em Bissau 18 anos e há 8 anos vivo em Quinhamel. Fui casada durante 33 anos com o cidadão guineense Maximiano Cesar Ferreira, responsável pela minha vinda para cá.
Frustrado por muitos postos de trabalho que nunca conseguiu preservar o meu marido pai dos meus 4 filhos , pediu-me para aderir a Artissal e eu fiquei contente por se interessar pelo meu trabalho. A Artissal foi fundada por mim, 4 tecelões , Ze Augusto meu fiel camarada tecelão e técnico de museu e ao pedido do meu então marido inscrevi mais 4 pessoas a sua escolha.
Durante anos os projetos cresciam e o meu companheiro ficou reduzido a internet e sofá para ver televisão. Ate aqui tudo bem, pensei, sempre ajuda com alguma coisa quando for preciso. Eu viajava muito com quilos de pano para vender em Cabo Verde, Portugal, São Tomé etc. Sempre pensei que a coordenação pode ficar ao cargo do meu então marido pois somos um só e…… parecia tao interessado no trabalho que desenvolvíamos.
Mal sabia eu o que me esperava…
No mês de Novembro de 2013 eu ouvi uns boatos na vila de Quinhamel e resolvi investigar. O meu então marido gabava-se a todo mundo que a Artissal é dele (os bens que a Artissal adquiriu são hoje 3200 m2 construidos ) e que tem que deixar isto como herança aos seus filhos (entretanto descobri que tinha uma família paralela com 4 filhos e a mulher que mantinha na casa do pais dele em Bissau).
Depois de uma denuncia , foi provado mais um adultério pois quando eu viajava o meu marido mantinha relações sexuais com meninas de varias idades nas instalações da Artissal , nos bongalows do polo turístico. Apanhado em flagrante foi levado pela policia pois me apontou a arma que tínhamos em casa para defesa, querendo me matar. Este processo esta na Procuradoria do Ministerio Publico quase em fase de acusação pois as provas foram reunidas.
Fora de casa, com certeza tentou me arrastar varias vezes as Finanças, ao Ministerio de Turismo, a Policia com calunias e mentiras que eu consegui desmascarar e segui as minhas atividades para frente. A Assembleia Extraordinaria da Artissal convocada a 20 de Fevereiro com membros em maioria votou POR UNANIMIDADE a expulsão do Sr. Maximiano Cesar Ferreira da organização pelo atentado a vida da Secretaria Executiva que sou eu, e distúrbios no recinto da organização.
Surpreendentemente um dos sócios que vim a saber que é familiar dele (um dos tais sócios que ele me propus no inicio) ficou reticente quando lhe falei da Assembleia , misturando o forro familiar com o forro profissional pelo que não apareceu na Assembleia (que foi divulgada pelos meios legais ). Depois desta Assembleia o então meu marido sabendo das deliberações fez um lobby na casa dos associados que tinham votado a favor da sua expulsão conseguindo sensibiliza-los para se posicionarem contra mim, pois era a única forma de ele voltar a trabalhar.
Os associados que se posicionaram contra a sua atitude foram um dia convocados pela “ala” encabeçada pelo Sr. RICARDO PASCOAL Caetano entretanto genro do Sr.Maximiano e declararam que já que ele esta expulso , agora deviam expulsar a Secretaria Executiva , unindo-se todos e depois vender os bens da Artissal. Esta “ala “ que nunca pagou un centavo de quota a Artissal, esta ala que nunca veio a Quinhamel perguntar se precisava de alguma ajuda, enfim , impulsionados pelo Sr. Maximiano que se viu agora não mais sustentado pela Mariana, na rua da amargura.
Fui vitima de varias ameaças de morte eu e os meu filhos por parte deste senhor meu “marido” ainda, pela lentidão da nossa justiça que ate agora não deliberou sobre o pedido de divorcio com entrada em Fevereiro de 2014. Todas as provas foram entregues ao Ministerio publico e engrossam as acusações contra um ser em fúria.
Em fúria ao ponto de acreditar que uma ONG alguma vez na vida pode ser vendida….que acredita que alguma vez na vida eu própria arquiteta da Artissal, vou atentar alguma coisa de mal contra a minha própria organização. Enfim , estas questões estão a seguir os tramites da lei e eu ACREDITO na justiça da minha Guine Bissau. Eu acredito que não sou a “branca” termo pelo qual sr. Maximiano e a sua corja me tratam.
O sr. Lourenço Pinto Lopes , associado que integra igualmente a ala que “vamos vender pá e dividir o dinheiro pá “ foi se desvinculando da Artissal em 2008 quando apanhado com um roubo de 1.800.000 fcfa na loja da Artissal em Bissau onde trabalhava, foi-lhe instaurado um processo disciplinar e assinou com as sua mãos um documento que diz”Não pretendo mais nada da Artissal".
Na minha boa fé ano depois atendi os seus pedidos de perdão e o deixei trabalhar em Quinhamel e depois na loja de Bissau novamente. Como funcionário, filho e amigo pois era ele que me acompanhava em digressões no estrangeiro para exposições e feiras. Do restante pessoal nem vale a pena me pronunciar , pois estão a ser levados por arrastão tudo contra mim e a favor do Sr. Maximiano .
Eu Mariana Tandler ainda Ferreira, (por favor atendam o meu dossier de divorcio), nunca, mas nunca permitirei que o nome da Artissal seja manchado em nome de interesses pessoais, em nome da mentira. Há testemunhos sobre a utilização das instalações da ONG Artissal por parte do sr. Maximiano Cesar Ferreira para engatar miúdas, seduzir estagiarias (imaginem) , trazer a amante e os filhos e utilizar o recinto do polo turístico como se fosse a sua casa, quando eu viajava, roubos de perdiens dos tecelões quando os acompanhava no estrangeiro (solicitava isso quando tinha muito trabalho e precisavam de monitoramento) no seu beneficio pessoal para se instalar com a amante nos hotéis (atenção existem testemunhas). Nunca vou permitir isso, mesmo se se trata de uma pessoa que foi o meu companheiro 33 anos.
E muito menos a pessoas ditos associados pois se fossem verdadeiros associados não metiam uma previdência cautelar contra a minha pessoa a invocar mentiras que não conseguem provar , daquilo que na sua loucura uma pessoa já desconsiderada na praça de Bissau os instiga a fazer.
EU GANHEI essa previdência cautelar e na sequencia do despacho do Juiz Leão , cito “ acusações não verdadeiras , caluniosas e não fundamentadas” instaurei imediatamente um processo no Tribunal de Bissau de expulsão arbitraria destes senhores da Artissal.
Não merecem o titulo de associados a esta organização que só tem prestigio e bom nome na Guine Bissau e alem fronteiras; não merecem estar na mesa de Assembleia sabendo que atentaram a vida de 24 pessoas que trabalham como membros da Artissal desde 2006 e cujas famílias estão em perigo se perdem o trabalho; não merecem o estatuto de membro de Artissal por preferirem a mentira em vez da verdade; enfim não merecem nada, por se reunirem numa “conferencia de imprensa” onde o único papel que conseguem exibir é a minha negação de me sentar com eles na mesa.
Alegações???? Barbaras, tudo de mais podre que pode existir numa sociedade, se concentrou ali, na triste formação de pessoas das quais a maioria nem sabe bem o que esta a fazer…mais quem come farelo...
Enfim, quero alertar a opinião publica que se trata de um verdadeiro golpe e que repito estou em perfeitas condições, munida de testemunhos e papeis para dar troco aqueles que tentaram denegrir a minha imagem e a imagem da Artissal.
Não descansarei enquanto a verdade não será reposta e prefiro dar a vida por este objetivo. O Sr. Maximiano Cesar Ferreira já não me consegue fazer mal pois esta debaixo de uma previdência cautelar mais uma vez na sequencia das ameaças de morte a minha pessoa que proferiu e pela qual podem encontra-lo todos os dias a porta do Ministerio Publico onde deve se apresentar para assinatura.
Repito: todos os dias até ao julgamento do processo crime.
Quero igualmente desafiar todos os integrantes desta ala, que lutarei na justiça incansavelmente para os desmascarar até ao fim dos meus dias se for preciso… e se realmente teem provas de tudo que me acusaram , força que as tirem , caso contrario a justiça será feita através de mais um processo contra eles desta vez pela calunia.
A Artissal não é de Mariana nem dos associados que durante 10 anos fizeram o seu papel de meramente assinantes da Certidão mais é dos Tecelões de Biombo , do Antonio Dju, Ze Augusto, Mister Té, Michel Dju, Ombini Cá, Edimilson Cá, Bodeni Cá, Domingos Ié, Iano Dju, Jurlindo Cá, Carlos Cardodo e seus adjudantes.
Artissal é de Ayrson de Barros que incansavelmente lutou anos em que esteve na Artissal e anos depois que conseguiu fazer o mestrado em Comercio Justo, enviado pela Artissal, é de Neta Mendes que com saudades se lembra dos anos que conosco passou estando agora em Lisboa, e de inúmeros mais quadros que a Artissal formou e orientou. Se acreditam que a Artissal não deve ser entregue aos bandidos assinem esta petição.
Se acreditam como eu que a verdade será reposta e a JUSTIÇA SERÁ FEITA (pois meus amigos agora acreditamos na justiça da Guine Bissau), assinem esta petição… eu lutarei por isso no Forum próprio que é a Casa das Leis , o Tribunal da Guine Bissau, até exaustão . E sei que posso contar com centenas de pessoas que me conhecem e que sabem quem sou…..Bem haja.
ASSINE A PETICÃO AQUI
Mariana Tandler"
RECONHECIMENTO: Utilização de conteúdos do DC
"Caro António,
Identificamos o seu blogue Ditadura do Consenso como possuindo conteúdos interessantes para inclusão na rubrica Blogues-Mercado de Ideias do PINN.
Esta rubrica conta com a colaboração de opinion-makers e bloggers que consideramos dignos de referência e que aceitaram colaborar com o PINN, vendo assim a sua exposição aumentada quer através dos visitantes ao site do PINN, quer através da projecção obtida através do Facebook em que o PINN conta com cerca de 350 mil seguidores.
Agradecemos que, caso não pretenda ver os seus conteúdos publicados por nós SFF nos informe.
Obrigado pela sua colaboração.
José A. Bensaúde
PINN
--
*PINN*, *Portuguese Independent News Network*
*América-Latina, Angola, Brasil, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
S.Tomé e Príncipe, Timor*"
FORBES: É o Presidente de Angola que faz da sua filha uma milionária
Em Janeiro, a revista Forbes considerou Isabel dos Santos, a filha mais velha do Presidente angolano José Eduardo dos Santos, como a mulher mais rica de África. Agora, publicou uma investigação em que clarifica a origem da sua fortuna: vem de ficar com uma parte de empresas que querem estabelecer-se em Angola ou da providencial assinatura do pai numa lei ou decreto.
O artigo é assinado por Kerry A. Dolan, uma das coordenadoras da lista anual dos milionários, e pelo jornalista e activista angolano Rafael Marques, que dizem ter falado com muita gente no terreno e consultado muitos documentos. No entanto, Isabel dos Santos e o empresário português Américo Amorim – que se tornou um importante parceiro da filha do Presidente angolano –, entre outros visados directamente, não falaram com os jornalistas.
A empresária veio desmentir as afirmações da Forbes. Em comunicado, o seu gabinete diz que o artigo é obra “um conhecido ativista político que, patrocinado por interesses escondidos, passeia pelo mundo a atacar Angola e os angolanos”, referindo-se a Rafael Marques. “Isabel dos Santos é uma empresária independente e uma investidora privada, representando unicamente os seus próprios interesses”, sublinha o comunicado.
A revista norte-americana diz claramente que a história de Isabel dos Santos, a milionária de 3000 milhões de dólares no país onde 70% dos habitantes vivem com menos de 2 dólares por dia,“é uma rara janela para a mesma trágica narrativa cleptocrática em que ficam presos muitos outros países ricos em recursos naturais”.
José Eduardo dos Santos, de 71 anos, é Presidente de Angola desde 1979, e é o chefe de Estado que governa há mais anos sem ser monarca, sublinha a Forbes. Incluir a sua filha em todos os grandes negócios feitos em Angola é uma “forma de extrair dinheiro do seu país, enquanto se mantém à distância, de maneira formal”, escrevem os jornalistas. “Se for derrubado, pode reclamar os seus bens, através da sua filha. Se morrer enquanto está no poder, ela mantém o saque na família.”
Isabel dos Santos tem 24,5% da Endiama, a empresa concessionária da exploração mineira no Norte do país – criada por decreto presidencial, que exigia a formação de um consórcio com parceiros privados. Os parceiros privados da filha do Presidente, que incluíam negociantes israelitas de diamantes, criaram a Ascorp, registada em Gibraltar. Na sombra, diz a Forbes, citando documentos judiciais britânicos, tinha o negociante de armas russo Arkadi Gaidamak, um antigo conselheiro do Presidente angolano durante a guerra civil de 1992 a 2002.
O escrutínio internacional dedicado aos ‘diamantes de sangue’, explica a revista, aconteceu no mesmo período em que Isabel dos Santos transferiu a sua parte do negócio, que a Forbes classifica como “um poço de dinheiro”, para a mãe, uma cidadã britânica. Tudo continua em casa, sublinha a revista.
Além dos diamantes, também a posse de 25% da Unitel, a primeira operadora de telecomunicações privada em Angola, partiu de um decreto presidencial directamente para a filha mais velha. “Um porta-voz de Isabel dos Santos disse que ela contribuiu com capital pela sua parte da Unitel, mas não especificou a quantia; um ano depois, a Portugal Telecom pagou 12,6 milhões de dólares por outra fatia de 25%”, escreve a revista.
A quota-parte de 25% da Unitel detida por Isabel dos Santos é avaliada por analistas que seguem a actividade da PT, e que foram ouvidos pela Forbes, em mil milhões de euros.
A parceria com Américo Amorim, que abarca as áreas financeira, através do banco BIC, e petrolífera, através da Amorim Energia e dos seus negócios na Galp e com a Sonangol, tem sido um sucesso. A revista lembra o investimento de 500 milhões na portuguesa ZON e explica também como Isabel dos Santos acabou por ficar à frente da cimenteira angolana Nova Cimangola, também através de negócios com Américo Amorim.
Contas feitas, o objectivo do regime é apresentar Isabel dos Santos como uma heroína angolana. Depois de a Forbes a ter declarado uma bilionária, em Janeiro, o Jornal de Angola, “porta-voz do regime, declarava ‘estamos maravilhados por a empresária Isabel dos Santos se ter tornado uma referência do mundo das finanças. Isto é bom para Angola e encher os angolanos de orgulho.’”. Mas não é caso para isso, diz a revista: “Os angolanos deviam ficar envergonhados. Não orgulhosos.”
domingo, 18 de janeiro de 2015
OPINIÃO: Muitos europeus têm de África uma Visão deturpada
"A revista portuguesa VISÃO, de 15 a 21 de Janeiro de 2015, dedica umas boas 20 páginas, e a capa, àquilo a que chama A vida depois de Charlie. Fala de dias de medo e de coragem em Paris, de ameaça jihadista, de liberdade em risco e de outras coisas assim. Mas apenas tem dois terços de página para recordar que, entretanto, na Nigéria, 2.000 pessoas foram mortas num ataque do Boko Haram e dezenas de milhares tiveram de abandonar os seus lares.
A revista insiste no velho chavão de que Somos todos Charlie, mas não tem três ou quatro páginas para explicar como é que os fundamentalistas do Boko Haram estão a arrasar povoações e a assumir o controlo de um pedaço de território com o tamanho da Bélgica.
Gonçalo M. Tavares, Luís Amado, Luís Marques Mendes, José Gil e Júlio Pomar participam neste grande dossier da VISÃO sobre os ataques à liberdade de expressão e a insegurança na Europa, não tendo sobrado colaboradores para fazer o ponto da situação na Nigéria, para explicar como é que o Boko Haram já chegou ao Norte dos Camarões e como é que está a menos de uma centena de quilómetros de N'Djamena, a capital do Chade.
Esta revista é bem um exemplo de muitos outros órgãos de comunicação social que se preocupam com a guerra da República Francesa contro o terrorismo, mas que não lamentam tanto assassínio que ocorre na Nigéria, na República Centro-Africana, no Sudão do Sul, na República Democrática do Congo e em outros rincões da África, berço da Humanidade.
Hoje como há 65 ou há 70 anos, a África continua a ser tratada por muitos europeus como um continente de segunda ordem, um reservatório de recursos naturais, onde a vida humana pouco importa.
Hoje, como em 1945, em 1950 ou em 1955, muita gente na Europa ainda tem uma VISÃO deturpada (em relação ao que se passa para lá do Mediterrâneo); e trata os africanos de uma forma extremamente injusta.
Jorge Heitor, jornalista
sábado, 17 de janeiro de 2015
Balanço da vista oficial de Baciro Dja a Cabo Verde
Foram quatro dias de uma agenda intensa, que a comitiva, formada pelo pessoal do gabinete de Baciro Dja, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, pelo secretário de Estado e por juristas e especialistas em tecnologias de informação começou o primeiro dia.
Para começar, uma reunião técnica de troca de experiencias, para no período da tarde visitarem o novo Data Center da NOSI – Núcleo Operacional de Sistemas de Informação – e finalmente mais uma reunião nas instalações desta empresa publica que lidera o mercado das TIs em Cabo Verde e começa a projectar-se a nível regional e continental.
Ainda no mesmo dia houve lugar para um jantar oferecido pelo homólogo Cabo-verdiano, Démis Almeida, num ambiente mais descontraído confinou-se a troca de experiências e análises de questões pendentes entre as várias instituições dos dois países.
O Segundo dia foi feriado em Cabo-Verde, mas isso não impediu que a comitiva se desdobrasse em actividades de carácter cívico, como a participação em tertúlias e contactos com figuram públicas cabo-verdianas. No último dia, o ministro Baciro Dja foi recebido pelo Presidente da República de Cabo-Verde, Jorge Carlos Fonseca, para depois se proceder à assinatura do memorando no palácio do governo e partir de regresso a Bissau via Dakar.
A missão foi muito produtiva em troca de experiência, com apresentações, debates, discussões técnicas, onde as entidades cabo-verdianas responderam a questões praticas as suas homologas guineenses, muita informação técnica e organizacional foi debatida nos três dias, e ficou combinada a deslocação de uma missão idêntica à Guiné-Bissau como objectivos similares.
A prospecção de áreas com potencial para o estabelecimento de acordos de cooperação, nomadamente na agro-indústria, onde os dois governos parecem alinhados através de politicas sectoriais e realçou-se o acento tónico colocado pelo presidem da Guiné-Bissau nas questões relacionadas com esse sector primário de produção.
A corda não vai aguentar...eu avisei
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
GABINETE DO CONSELHEIRO PORTA-VOZ
COMUNICADO À IMPRENSA
A Presidência da República tomou conhecimento, através dos órgãos de Comunicação Social, das declarações proferidas pelo Ministro dos Recursos Naturais, Senhor Daniel Gomes, no quadro de uma audição a que ontem foi sujeito na Comissão Permanente Especializada da ANP para Agricultura, Pesca, Recursos Naturais e Turismo.
Tendo em conta a gravidade do teor das declarações supra referidas, fazendo alusão ao pagamento de 13 milhões de dólares de “bónus de assinatura”;
Considerando que essas declarações são susceptíveis de lançar nuvens de suspeição nos dossiers da exploração mineira, pondo em causa a boa imagem do Estado, os valores da boa governação, bem como a transparência na gestão da coisa pública;
A Presidência da República insta às autoridades judiciárias competentes a iniciar, o mais rapidamente possível, as diligências conducentes ao cabal esclarecimento dos factos referidos pelo senhor Ministro dos Recursos Naturais por forma a serem apuradas as devidas responsabilidades.
Bissau, 16 de Janeiro de 2015.
Fernando Mendonça
- Conselheiro Porta-Voz -
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
OPINIÃO: Daniel Gomes - quem?
"Carissimo Aly,
Mais uma vez, passo para te elogiar (fá-lo-ei sempre que necessário e acho justo) pela tua clarividência e isenção na abordagem das questões da Guiné-Bissau. O artigo que acabaste de postar sobre o Daniel Gomes, é mais um exemplo do teu don jornalistico, para tornar as coisas aparentemente dificeis de entender, faceis de entender... enfim foi demais.
O teu post, foi bem trabalhado, é desmistificador, esclarecedor, com poucas palavras, uns post's bem elucidativos... et voilá!!!..., o suficiente para deixar o homem com as calças nas mãos.
À parte as areias de Varela que ja pesam demais nas contas desse obscuro e trapaçeiro ministro de golpadas, da minha parte, se me deres essa oportunidade, voltarei com prazer ao teu site para, abordar e expôr assuntos bem interessantes, que decerto perturbarão o sono desse Senhor ninguém que se arma em alguém.
Falo das suas passagens, no Ministério da Defesa, relativamente às questões ligados ao fornecimento de fardamentos, intendência e economato militar; falo do Ministério das Pescas, no que tange à emissão fraudulenta de licenças de pescas e peculato nos processos de soltura de navios arrastados pela Fiscalização Maritima por pesca ilegal e, por fim, da sua famigerada passagem pelo Ministério dos Recursos Naturais no governo golpista de transição, sobre os seus obscuros negócios de corte e devastação das nossas florestas (daí o incrédulo geral o facto de o primeiro-ministro DSP ter esse precavirador público no governo).
Se assim me permitires, é so arranjar um tempinho para compilar os dados e tratar da tosse desse desavergonhado Senhor.
Abraços do tamanho do mundo.
A Guilhotina"
Vous papia portuguese?
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, defende que o português seja considerado língua de trabalho na União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMOA), organização maioritariamente francófona.
"Será que não chegou o tempo de adotar o Português como língua de trabalho da nossa União"? - perguntou o líder do governo na quinta-feira, num discurso feito na abertura do encontro de primeiros-ministros da UEMOA, em Cotonou, Benim.
A intervenção, em francês, foi hoje distribuída pelo gabinete de Domingos Simões Pereira junto dos órgãos de comunicação social.m"A adoção da língua oficial de cada um dos estados-membros [como língua de trabalho] parece-me um dos fatores fundamentais para a inclusão efetiva das populações e um sinal forte da nossa solidariedade", acrescentou.
A Guiné-Bissau é o único país lusófono de uma organização em que os outros sete membros falam francês (Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Mali, Níger, Senegal e Togo). O primeiro-ministro Simões Pereira referiu, no discurso de quinta-feira, que a língua é um dos obstáculos à transposição de legislação da UEMOA para o direito nacional.
"A Guiné-Bissau é de longe o país com a menor taxa de transposição de textos comunitários, bem como da sua aplicação. Para podermos encetar o processo ao mesmo tempo dos outros países, é indispensável que versões em português estejam disponíveis ao mesmo tempo que aquelas em francês", referiu.
A medida permitiria também que a Guiné-Bissau participasse mais nos debates sobre cada lei, acrescentou. O governante diz que não se trata de pedir qualquer "tratamento especial", mas referiu que o assunto deverá, pelo menos, merecer reflexão.
Para além da língua, também o sistema de organização administrativa diferente faz com que Domingos Simões Pereira peça à UEMOA para que aposte numa assistência técnica baseada, por exemplo, num programa de intercâmbio de quadros - assim como na concessão de acesso a instituições de formação técnica e superior.
Apesar das dificuldades, a Guiné-Bissau transpôs para a lei nacional, em dezembro, diretivas relativas à lei das Finanças Públicas e ao código de Transparência na Gestão. "Estamos a desenvolver esforços para acelerar o processo de transposição dos textos legislativos restantes", concluiu. Lusa
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