sábado, 9 de agosto de 2014
ÉBOLA: Guiné-Bissau “não pode estar descansada” com vírus nos países vizinhos, diz Primeiro-Ministro
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, afirmou esta sexta-feira que o país “não pode estar descansado” com o vírus do ébola nos países vizinhos, pelo que é preciso reforçar a vigilância e sensibilizar a população.
Em declarações aos jornalistas no final de uma série de visitas a instituições públicas e ao mercado principal de Bissau, Domingos Simões Pereira defendeu que o facto de o vírus do ébola ainda não ter chegado ao país não pode significar que se deve descurar. “É óbvio que quando os países ao nosso redor, como a Guiné-Conacri, a Serra Leoa e outros, já têm níveis de presença desses flagelos, a Guiné-Bissau não pode estar descansada [pensando] que não corre riscos”, notou o primeiro-ministro guineense.
Embora a doença ainda não tenha chegado à Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira quer toda sociedade mobilizada e a comunicação social a ajudar na sensibilização da população. “A preocupação vai no sentido de elevar o alerta, a mobilização de todos”, frisou.
Questionado pela agência Lusa sobre onde vai arranjar os 600 mil euros necessários para executar um plano de contingência contra o vírus do ébola, o primeiro-ministro guineense manifestou-se optimista. “Isso não será problema. A Guiné-Bissau vai estar em condições de aprovisionar esse valor”, defendeu Domingos Simões Pereira, que já está em contacto com os parceiros do país para a mobilização da quantia em causa.
Segundo o director-geral da Prevenção e Promoção da Saúde Pública guineense, Nicolau Almeida, o país necessita de 600 mil euros para financiar a execução de um plano de contingência, elaborado pelo Ministério da Saúde Pública em colaboração com instituições das Nações Unidas, nomeadamente a Organização Mundial da Saúde e a UNICEF, bem como os serviços de protecção civil guineense.
Portugal ofereceu 15 toneladas de medicamentos de prevenção do ébola e de outras epidemias, mas esse carregamento ainda não chegou à Guiné-Bissau. Domingos Simões Pereira, que fez o anúncio da oferta há dias, justificou o atraso com questões ligadas ao transporte. “Temos estado em contactado com os nossos parceiros portugueses, que nos têm dito que é um problema de transporte e quero acreditar que nos próximos dias teremos indicações sobre a chegada desses medicamentos.”
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
URGENTE/ÉBOLA: OMS recomenda à Guiné-Bissau reforço de vigilância nas fronteiras
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou hoje à Guiné-Bissau o reforço da vigilância das fronteiras com a Guiné-Conacri, um país onde já se verificaram 367 mortes provocadas pelo Ébola.
"Neste momento a OMS, em Genebra, ainda não recebeu nenhuma informação relativa a casos registados em Guiné-Bissau", afirmou à Lusa Tarik Jasarevic, da organização sedeada em Genebra.
Segundo o responsável, a Guiné-Bissau deve reforçar a vigilância das suas fronteiras, seguindo as indicações anunciadas hoje pela OMS. Lusa
USA/ÁFRICA: Mais compromissos da administração Obama
Cooperação EUA-África para a Promoção da Igualdade de Gênero
“(...) apoiamos sociedades que capacitam as mulheres – porque nenhum país alcançará seu potencial a menos que aproveite os talentos das nossas esposas, das nossas mães, das nossas irmãs e das nossas filhas. (...) E vou dizer uma coisa, é possível medir o sucesso de um país pela forma como trata suas mulheres.” – Presidente Obama, Cidade do Cabo, África do Sul, 30 de junho de 2013
Neste quarto ano que a União Africana (UA) chama de “Década da Mulher Africana”, os Estados Unidos apoiam fortemente os grandes progressos e os compromissos que muitos países africanos e a União Africana têm feito para aumentar o empoderamento das mulheres e das meninas através de medidas para promover a boa governança e o Estado de Direito, acelerar o crescimento econômico e melhorar a segurança alimentar, promover o respeito pelos direitos humanos e melhorar o acesso a serviços – desde assistência médica à educação. O desenvolvimento de longo prazo será apenas possível quando mulheres e homens se beneficiarem de oportunidades iguais para atingir sua capacidade plena.
Conforme anunciado, os Estados Unidos estão a providenciar nova assistência para promover a igualdade de gênero na África por meio de:
• Apoio a três países para desenvolver ou implementar estratégias nacionais que visam promover a participação da mulher na construção da paz e sua proteção contra a violência.
• Novos programas na República Democrática do Congo, na Líbia, no Mali, em Ruanda, na Somália e em Uganda, bem como em toda a África Ocidental, focados no aumento da participação da mulher nos processos de construção da paz e na elaboração da Constituição, fazendo avançar os direitos fundamentais da mulher e mitigando a violência relacionada às eleições.
• Três novos centros que fornecerão assistência relacionada ao desenvolvimento empresarial para mulheres empresárias na África Oriental, Meridional e Ocidental por meio do Programa de Empreendedorismo das Mulheres Africanas (Awep) e o projeto Centros Empresariais de Recursos, Educação, Acesso e Capacitação para Empoderamento Econômico da Mulher (Wecreate).
• Apoio técnico para fortalecer a Comissão da UA e esforços de âmbito nacional para tratar das barreiras à participação igualitária da mulher no setor agrícola.
• Apoio através da parceria wPower, trabalhando com Aliança Global para Fogões com Energia Limpa, para obter subvenções de organizações que promovem o papel das mulheres empresárias na venda de tecnologias limpas, bem como o apoio para expandir programas que educam meninas adolescentes sobre tecnologias de energia limpa.
• Maior assistência à União Interparlamentar para fornecer capacitação dos Parlamentos africanos que trabalham para promover a igualdade de gênero e apoiar campanhas parlamentares sobre questões específicas de igualdade de gênero.
Mais amplamente, o pedido de orçamento do ano fiscal de 2015 requer mais de US$ 190 milhões para promover diretamente a igualdade de gênero nos países da África Subsaariana e do Norte, que inclui atividades para promover oportunidades políticas e econômicas para as mulheres, acesso a serviços nas áreas de saúde e educação, e esforços para prevenir e responder à violência de gênero. Mobilizamos ainda mais investimentos mais amplos em desenvolvimento para promover a igualdade de gênero e o empoderamento da mulher em toda a África.
Promovendo Oportunidades de Liderança Para Mulheres e Meninas. A liderança e a participação significativa da mulher no governo, na economia e na sociedade civil aceleram o desenvolvimento econômico, melhoram os indicadores da saúde e da educação, promovem o desenvolvimento democrático, e fomentam a paz e a segurança. Cinco países da África Subsaariana e do Norte participam da Parceria Futuros Iguais liderada pelos Estados Unidos, através da qual países empreendem reformas domésticas para remover barreiras ao empoderamento econômico e político da mulher. O Estados Unidos:
• Participaram capacitando a próxima geração de líderes africanas por meio da Iniciativa Presidencial Jovens Líderes Africanos (YALI), do Projeto Mulheres no Serviço Público e dos acampamentos Meninas Liderando Nosso Mundo (Glow), que são organizados e dirigidos por Voluntários do Corpo da Paz.
• Apoiaram a capacitação para que mulheres possam se candidatar a um cargo público e defender legislação que promova os direitos da mulher em toda a África do Norte através da Iniciativa Parceria do Oriente Médio (MEPI). Na Argélia, na Líbia, no Marrocos e na Tunísia, os Estados Unidos capacitam mulheres candidatas e líderes de partidos políticos sobre o desenvolvimento de campanhas que promovam as oportunidades e direitos da mulher.
Expandindo Oportunidades Econômicas. Para promover o empoderamento econômico da mulher, a União Africana, o Banco de Desenvolvimento Africano, o Grupo do Banco Mundial, países africanos e os Estados Unidos apoiaram esforços para aumentar o acesso da mulher aos mercados, ao capital e a bens, e para promover a liderança, voz e atuação da mulher. Os Estados Unidos:
• Ajudaram, somente em 2013, 1,8 milhão de agricultores na África (mais de 700 mil dos quais mulheres) a aplicar novas práticas e tecnologias que têm o potencial de tirá-los da pobreza, com o apoio da Alimentar o Futuro, iniciativa do presidente para acabar com a fome mundial e promover a segurança alimentar. As tecnologias que os produtores desenvolveram estão transformando tarefas agrícolas exclusivas das mulheres em tarefas nas quais maridos e esposas trabalham juntos e produzem um maior benefício geral para si mesmos e suas famílias. O Índice de Empoderamento da Mulher na Agricultura mede o impacto de investimentos agrícolas nas mulheres para servir de informação para programações futuras. Programações direcionadas ajudam a promover o empoderamento da mulher, incluindo as bolsas Mulheres Africanas na Pesquisa e no Desenvolvimento Agrícola, que fortalecem as habilidades das mulheres cientistas africanas em pesquisa e liderança, e
incentiva a pesquisa para melhorar a vida dos pequenos produtores, em especial as mulheres.
• Promoveram uma série de medidas para fazer avançar a participação econômica da mulher por meio do pacto Corporação Desafio do Milênio em 14 países africanos, incluindo a realização de assistência para mais de 11 mil pessoas para criar apoio para reformas judiciais que ampliem os direitos da mulher em Lesoto, incentivando que as terras sejam registradas tanto em nome do marido como da mulher e apoiar a criação de 54 associações femininas para aumentar o acesso da mulher à terra no Mali, e fornecer US$ 10 milhões para aumentar o acesso à eletricidade para empresas de pequeno e médio porte em mercados onde a mulher prevalece em Gana.
• Investiram US$ 2,6 milhões desde 2010 em uma rede de mais 1.700 mulheres empresárias da África Subsaariana para ajudar a expandir suas empresas, facilitar intercâmbios profissionais, aumentar o comércio para os Estados Unidos e se beneficiar da Lei de Crescimento e Oportunidades para a África, por meio do Programa de Empreendimento da Mulher Africana.
• Prestaram apoio às mulheres empresárias por toda a África do Norte para que pudessem adquirir novas habilidades e redes, abrir e ampliar empresas, e se desenvolver como líderes inovadoras, tais como na Tunísia, onde os Centros de Empreendimentos para a Sustentabilidade da Mulher contribuíram para que mais de 150 mulheres pudessem abrir e ampliar empresas desde 2012, e na Líbia, onde 200 mulheres têm sido capacitadas desde 2013 em empreendedorismo, contabilidade, finanças e economia.
• Forneceram capacitação em desenvolvimento empresarial e investimento para mulheres empresárias que trabalham visando levar o acesso à energia limpa para mais de 3,5 milhões de pessoas nos próximos três anos por meio da Parceria Empreendedorismo de Mulheres em Energias Renováveis (wPower).
Aumentar os Papéis da Mulher na Prevenção de Conflito e Decisões no Âmbito da Segurança. Os Estados Unidos se unem à União Africana, às comunidades econômicas regionais e a muitos países africanos para se comprometer para fortalecer as probabilidades para a paz e a segurança por meio de empoderamento e proteção contra a violência às mulheres e às meninas em países afetados pela crise, pela insegurança e pela transição política. Os Estados Unidos:
• Investiram cerca de US$ 25 milhões no ano fiscal de 2014 na África para apoiar o papel das mulheres na construção da paz e sua participação na tomada de decisões, inclusive através de programas na Etiópia, Libéria, Mali, Nigéria, Quênia, Serra Leoa e Sudão do Sul. Os programas incluem desenvolvimento de competências para mulheres líderes e organizações de mulheres para defender e fornecer assistência às suas comunidades, através da capacitação em criação de coalizões, negociações, resolução de conflito e oratória em público.
• Envolveram mulheres líderes para promover eleições pacíficas, inclusive em Serra Leoa em 2012, onde os Estados Unidos apoiaram parceiros da sociedade civil no desenvolvimento de mensagens de prevenção de conflito e capacitação de mulheres líderes comunitárias a fim de ajudar a prevenir que conflitos locais aumentassem, agindo como mediadoras e defendendo a não violência através de rádio e outros engajamentos públicos.
• Proporcionaram capacitação para cerca de 4 mil mulheres africanas para melhorar suas funções de agentes de manutenção da paz desde 2005, através da Iniciativa Operações de Paz Global.
• Proporcionaram capacitação para militares africanos através do Comando dos EUA para a África (Africom) e do Centro Africano para Estudos Estratégicos (ACSS), com ênfase na promoção da participação de mulheres e garantindo a sua proteção contra a violência, inclusive por intermédio de um curso de duração de uma semana em janeiro de 2014 no Quênia, voltado para operações de apoio à paz, para representantes dos 11 países africanos, e como um componente do Seminário de Líderes Sêniores da ACSS, evento anual que envolve mais de 45 países africanos.
• Apoiaram esforços para prevenir e responder à violência de gênero (VDG) em situações de emergência em toda a África, inclusive como parte da iniciativa Safe from the Start (Segurança desde o Início, em tradução livre) que os Estados Unidos lançaram em 2013 para melhor atender as necessidades das mulheres e das meninas e de outros grupos em situação de risco de VDG em emergências. Os Estados Unidos estão apoiando o aumento de programas com a Agência da ONU para Refugiados e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, além de trabalhar diretamente com parceiros nacionais, como na Somália, onde a USAID está ajudando a estabelecer vias de encaminhamento para que sobreviventes da VDG acessem serviços; estão capacitando trabalhadores comunitários e agentes de saúde para a prestação de cuidados e o apoio psicossocial para sobreviventes; e estão conectando sobreviventes com oportunidades de subsistência.
Expandindo Oportunidades Educacionais. Ao reconhecer que a educação é uma das maneiras mais eficazes para expandir oportunidades e opções de vida para meninas e jovens mulheres, os Estados Unidos estão trabalhando com países em todo o continente para diminuir a disparidade educacional entre meninos e meninas através da identificação dos obstáculos relacionados ao gênero e do trabalho com nossos parceiros nos países para implementar políticas e programas para superar esses obstáculos. Os Estados Unidos:
• Investiram uma média de US$ 350 milhões anualmente desde 2010 em aproximadamente 20 países da África Subsaariana para ajudar meninas e meninos a receber uma educação de qualidade e a obter as habilidades de que necessitavam para viver de maneira saudável e produtiva. Isso inclui garantir que as meninas estejam aprendendo nas salas de aula e criar apoio comunitário para a educação de meninas, como acontece na Libéria, onde o projeto Girls Opportunity to Access Learning (Oportunidade para Meninas Acessarem o Aprendizado, em tradução livre) concede bolsas de estudos para meninas, apoia clube de meninas e fornece subvenções para melhoria de escolas a comunidades a fim de criar ambientes escolares mais seguros.
• Promoveram a participação de mulheres nos seguintes campos: ciência, tecnologia, engenharia e matemática, inclusive através da TechWomen (Tecnologia para Mulheres) e da TechGirls (Tecnologia para Meninas), que oferecem às mulheres e meninas adolescentes da África do Norte e Subsaariana a oportunidade de participar em um programa de intercâmbio intensivo nos Estados Unidos que as prepara com habilidades, redes de contato e recursos para prosseguir no ensino superior e em carreiras na área da tecnologia.
Promovendo a Saúde das Mulheres e das Famílias. Quando as mulheres são saudáveis e possuem educação formal, elas são capazes de participar da força de trabalho e são mais propensas a ter filhos mais saudáveis e com instrução – acrescentando um ciclo de oportunidades ao invés de perpetuar um ciclo de pobreza. Os Estados Unidos:
• Desempenharam um papel fundamental – através do reforço dos sistemas de saúde dos países, da capacitação de profissionais de saúde e do investimento em ferramentas para salvar vidas por intermédio da Iniciativa de Saúde Global – na assistência a 16 países africanos prioritários para a redução pela metade das taxas de mortalidade materna e infantil desde 1990, redução da mortalidade materna em média de 1.065 a cada 100 mil nascimentos em 1990 para 467 em 2013, e taxas de mortalidade infantil de 190 mortes por mil nativivos para 96 em 2012. Esforços renovados para expandir o acesso ao planejamento familiar voluntário também contribuíram para aumentos na percentagem de mulheres casadas usando métodos anticoncepcionais modernos em muitos países africanos, incluindo até 50% na Libéria e na Etiópia desde 2005.
• Na África Ocidental, a USAID investiu cerca de US$ 44 milhões no ano fiscal de 2013 e está trabalhando através da Parceria Ouagadougou para alcançar um adicional de 1 milhão de mulheres com informações e serviços de planejamento familiar em 2015. A USAID planejou mais de US$ 98 milhões na África no ano fiscal de 2013 a fim de prevenir a transmissão do HIV de mãe para filho e de ajudar a fornecer acesso a tratamento ao longo da vida tanto para mães como para seus filhos.
Abordando a Violência de Gênero. A violência de gênero prejudica não somente a segurança, a dignidade, o estado geral da saúde e os direitos humanos de milhões de indivíduos que são vítimas dela, mas também a saúde pública, a estabilidade econômica e a segurança de países ao redor do mundo. Na África, os Estados Unidos:
• Investiram quase US$ 60 milhões desde 2011 para prevenir e responder à VDG na República Democrática do Congo (RDC), na Tanzânia e em Moçambique através do Plano de Emergência do Presidente para Combate à Aids, incluindo a promoção da educação de meninas para ajudar a prevenir o HIV e a VDG na RDC, o investimento em pesquisa e avaliação na Tanzânia e a melhoria da disponibilidade e qualidade dos serviços contra a VDG em Moçambique.
• Apoiaram os setores judiciais e de aplicação da lei que trabalham para melhorar o acesso à justiça para os sobreviventes da VDG. Na RDC, desde 2011 os Estados Unidos têm fornecido US$ 2,6 milhões para capacitar profissionais das áreas de saúde local, judicial e de aplicação da lei no que se refere a coletar evidências médicas para a acusação e condenação bem-sucedidas de infratores de VDG. Na Etiópia, os Estados Unidos forneceram US$ 1,2 milhão no exercício de 2012 para aumentar a capacidade das agências de aplicação da lei de investigar, processar e julgar casos relativos a casamento forçado e precoce de crianças, e a mutilação e excisão genital feminina.
• Fizeram parceria com seis países africanos desde 2009 através da parceria público-privada Together for Girls (Juntos pelas Meninas, em tradução livre) a fim de realizar levantamentos em âmbito nacional dos CCPDs sobre a violência contra crianças, construindo a base para soluções baseadas em evidências para pôr fim à violência sexual contra crianças, especialmente meninas.
• Incentivaram os homens a se tornarem parceiros na prevenção da VDG através de programas de mudança de comportamento, como na Zâmbia, onde o projeto “Boys to Men” (De Meninos a Homens, em tradução livre) – estabelecido em 2014 com US$ 2,3 milhões – tem como objetivo reduzir a aceitação social e a ocorrência de VDG através da promoção da não violência nas escolas.
• Apoiaram um estudo de 2010-2016 em Burkina Fasso, na Etiópia e na Tanzânia para avaliar a eficácia de várias abordagens para prevenir o casamento precoce e forçado de crianças, e cujas descobertas serão compartilhadas com outras regiões afetadas pela prática.
• Lançaram em 2014 a Iniciativa de Resposta e Proteção Emergencial contra a Violência de Gênero, parceria público-privada com a Vozes Vitais e a Fundação Avon, que fornece assistência emergencial a sobreviventes da VDG globalmente e coordena uma rede global de socorristas de VDG. Centros para coordenar os esforços de resposta e capacitação na África Subsaariana incluem a África do Sul, o Mali e o Quênia.
BRINCADEIRINHA: Acusar alguém/uma publicação de cometer "crime de honra" contra o PGR en pasant Abdu Mané, só pode ser uma brincadeira de mau gosto. Muito mau gosto mesmo. E as pessoas a quem Abdu feiru na sua honra - nomeadamente o actual PR José Mário Vaz, que Abdu mandou meter na cadeia?!? E falam-me em 'crime de honra' quando o atingido é um autêntico snipper? Poupem-me, foda-se! AAS
VIDROS ESCUROS: A estratégia mudou, graças à denúncia no DC
"Boas,
A polícia agora mudou de estratégia, estão mais gentis, se o vidro for de origem já não levam o carro preso, pedem-te gentilmente para passares na esquadra e ir buscar o livre trânsito. Deu resultado, obrigado pela publicação. Abraços,
T.A."
quinta-feira, 7 de agosto de 2014
ÉBOLA: Guiné-Bissau sob "perigo de alastramento", avisa UNICEF
O Representante do Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF) na Guiné-Bissau, Abubacar Sultan, advertiu esta quinta-feira, 7 de Agosto, que a Guiné-Bissau «está sob o perigo de alastramento de vírus de Ébola». O diplomata moçambicano ao serviço da UNICEF em Bissau fez esta chamada de atenção á PNN durante a cerimónia de abertura de uma formação sobre a prevenção contra o tráfico de seres humanos, destinado aos elementos da Polícia de Ordem Pública, Serviço de Protecção Civil e Guarda Nacional.
O mesmo responsável lembrou que os casos de Ébola foram diagnosticados na vizinha Guiné-Conakry e que já se alastrou para Serra Leoa e Libéria, Nigéria, para além de alguns casos mortais terem sido registados na Arábia Saudita assim como de um cidadão americano contaminado pelo mesmo vírus. «Apelo para que cada um adopte as medidas necessárias no sentido de evitar e prevenir assim como passar a informação para que a doença não se propague», disse Sultan.
A cerimónia de abertura da formação foi presidida pelo Inspector-geral do Ministério da Administração Interna, Francisco Malam Ndur Djata, que destacou a necessidade imperiosa de salvaguardar os direitos das crianças através de disposições normativas de forma a assegurar o seu crescimento físico e desenvolvimento das suas potencialidades na sociedade.
Por outro lado, este responsável adiantou ser fundamental a monitoria e troca de informação regional e internacional sobre o tráfico transfronteiriço de crianças. Durante dois dias cerca de uma centena de agentes da segurança vão abordar, entre outros temas, o quadro legal nacional e internacional com base nos princípios fundamentais de protecção das crianças, lei Número 12/2011 relativa ao tráfico de Seres Humanos, mulheres e crianças. PNN
USA/ÁFRICA: Comunicado da Casa Branca
COMUNICADO DE IMPRENSA
CASA BRANCA
Escritório do Secretário de Imprensa
Washington, DC
4 de agosto de 2014
Investimento Compartilhado em Jovens
A África possui a população mais jovem do mundo, com aproximadamente 200 milhões de pessoas entre 15 e 24 anos de idade – um total que deverá aumentar para 330 milhões até 2034. A África também possui a população que mais cresce no mundo. Em menos de três gerações, 41% dos jovens do mundo serão africanos. Até 2050, mais de um quarto da força de trabalho do mundo será africana. Entre 2010 e 2020, a África acrescentará 163 milhões de pessoas à sua força de trabalho potencial. No século 21, a África será o único continente cuja população jovem continuará a se expandir de forma significativa. Existe uma compreensão compartilhada entre os Estados Unidos e os parceiros africanos de que o sucesso futuro das nações africanas dependerá da liderança, habilidades e inventividade dos jovens do continente.
Compromissos dos EUA para aumentar o investimento na próxima geração
Em uma reunião pública com 500 jovens líderes africanos em 28 de julho, o presidente Obama anunciou a expansão de sua Iniciativa Jovens Líderes Africanos (Yali), que foi lançada em 2010. Através da Yali, os Estados Unidos estão investindo na próxima geração de líderes africanos e comprometeram recursos significativos para melhorar as capacidades de liderança, reforçar o empreendedorismo e conectar os jovens líderes africanos entre si, com os Estados Unidos e com o povo americano. Esses novos investimentos incluirão o desenvolvimento de quatro Centros Regionais de Liderança na África, uma vasta gama de aulas e recursos on-line, e de financiamento inicial, capacitação e oportunidades de fazer networking para jovens empreendedores.
O presidente também redenominou o seu principal programa de Bolsa de Estudos Mandela Washington, em homenagem ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, e anunciou que a Bolsa de Estudos contemplará mil jovens líderes todos os anos até 2016.
Compromissos de governos africanos para aumentar o investimento na próxima geração
Muitos governos africanos têm se envolvido em apoiar oportunidades para jovens. Alguns assumiram compromissos de novas atividades no decorrer da Cimeira de Líderes EUA-África, ao passo que outros possuem iniciativas em vigor. Abaixo apresentamos uma lista de compromissos africanos feitos em conexão com a Cimeira de Líderes EUA-África.
• A Comissão da União Africana se empenhou em redobrar seus esforços para promover oportunidades educacionais através da Universidade Pan-Africana; para levar adiante a Carta da Juventude Africana, instando os Estados-membros a considerar o Plano Década de Ação para Jovens Africanos como um roteiro para implementação; e propor que os Estados-membros adotem a Declaração e Plano de Ação sobre Emprego, Erradicação da Pobreza e Desenvolvimento Inclusivo com um foco principal em jovens e mulheres na próxima Cúpula Extraordinária de Chefes de Estado e Governos da União Africana em Ouagadougou em setembro de 2014.
• Benim, com base na experiência bem-sucedida dos Centros de Promoção de Negócios, criou duas incubadoras de natureza empresarial que já apoiaram mais de 2.500 jovens agricultores profissionais em empreendedorismo agrícola. Além disso, Benim se comprometeu a recrutar 15 mil jovens em 2015 para preencher cargos de funcionários públicos e dedicou 20% do orçamento nacional à agricultura para ajudar a combater o desemprego entre jovens.
• Burkina Fasso acaba de anunciar um projeto de investimento em jovens envolvendo 46.800 jovens de ambos os sexos, oferecendo uma oportunidade de encontrar empregos sustentáveis no mercado de trabalho. O “Projeto de Empregos para Jovens e Desenvolvimento de Competências” (PEJDC, na sigla em inglês), de cinco anos de duração, é inteiramente financiado pelo Banco Mundial.
• Burundi estabeleceu recentemente a Agência de Empregos para Jovens, que ajudou cerca de 250 formandos do ensino médio a obter cargos permanentes ou estágios nos setores público-privado durante os últimos três anos. O Ministério da Juventude do Burundi também ajudou cerca de 3.700 jovens do Burundi a obter crédito para as start-ups (microempresas iniciantes) durante esse período. No decorrer do ano passado, Burundi organizou diversas reuniões e workshops setoriais e intersetoriais sobre questões relativas aos jovens.
• Cabo Verde expandirá seus atuais 20 centros para jovens a fim de abrir um em cada cidade e em cada ilha do país, e para expandir a estrutura de suas cartas para incluir informações sobre boas práticas e iniciativas de saúde.
• República do Congo instituiu o “Corpo de Jovens Voluntários e de Estagiários do Serviço Público” (Chantiers Jeunesse et Service Civique) que oferece aos seus voluntários uma oportunidade de fazer serviço comunitário e de participar em atividades de educação cívica enquanto constroem suas experiências profissionais como professores, enfermeiros e agricultores voluntários. O Corpo de Jovens será gerido a partir dos Centros de Jovens (“Maison de la Jeunesse”) que estão sendo construídos em todas as regiões do Congo.
• Costa do Marfim declarou 2014 o Ano do Emprego através de iniciativas especiais direcionadas aos jovens, incluindo a Competição Jovens Empreendedores e um “Prêmio Alassane Ouattara para o Empreendedor Jovem Emergente”.
• Gabão apoiou a criação do Fundo “Capacite minha Geração” da Comunidade Econômica e Monetária Centro-Africana (CAEMC, da sigla em inglês), que visa apoiar a capacitação e o emprego de jovens em setores-chave da economia.
• Guiné, em parceria com a Peace Child International (Paz às Crianças Internacional, em tradução livre) sediará o “Congresso Mundial de Jovens da Guiné” a partir de 2 de dezembro de 2014. O fórum enfatizará o desemprego entre jovens, a criação de empregos e as inovações do setor do econegócio.
• Senegal, como parte do compromisso contínuo de seu governo para com o envolvimento com jovens, o país trouxe dois de seus jovens líderes excepcionais à Cimeira de Líderes EUA-África integrando sua delegação e também incluirá os jovens líderes na delegação do Senegal na próxima reunião do G-20. O Senegal também anunciou um aumento em programas de formação profissional e de competências que visam oferecer oportunidades aos jovens.
• Seychelles possui o compromisso de liberar o potencial de seus jovens através de seu Conselho Nacional de Jovens Seychelles, e de um fundo recém-criado para apoiar jovens empreendedores a fim de estimular o emprego dos jovens. O Conselho também aderiu ao SIDS Youth AIMS Hub – SYAH (Centros Aims de Jovens SIDS), organização não governamental interinsular sediada nas Maurícias e liderada por um grupo de jovens da região que representa a sigla em inglês Aims: Atlântico, Oceano Índico, Mediterrâneo e Mar do Sul da China – para motivar os jovens a aprender e a se preocupar com o desenvolvimento sustentável. Seychelles criou um Programa de Liderança Jovem ligado à Universidade de Seychelles que visa proporcionar a jovens profissionais aspirantes dos setores público-privado um mestrado em liderança estratégica e ao mesmo tempo envolvê-los em projetos comunitários.
• Somália lançará um quadro de capacitação de jovens com iniciativas-chave em criação de empregos e representação de jovens no governo.
• Tanzânia pretende anunciar o estabelecimento de um programa "State House Fellows" (Bolsistas da Assembleia Legislativa Estadual, em tradução livre), inspirado no programa de longa data Bolsistas da Casa Branca nos Estados Unidos, para identificar, capacitar e proporcionar uma experiência de alto nível para a próxima geração de líderes da Tanzânia. Essa nova iniciativa complementa o programa que já dura há décadas Serviço Nacional da Tanzânia, através do qual milhares de jovens têm servido duas atribuições de dois anos em uma ampla gama de áreas de desenvolvimento social e econômico.
Consultar: http://iipdigital.usembassy.gov/st/portuguese/texttrans/2014/08/20140805304863.html#ixzz39j5s3LFn
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
USA/ÁFRICA: Um John Kerry embaraçado foi tradutor por uns minutos
INCIDENTES NA CIMEIRA USA ÁFRICA Depois do não de Eduardo dos Santos a Obama, Manuel Vicente embaraça vice John Kerry
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, viu-se obrigado a servir de tradutor do vice-presidente angolano, Manuel Domingos Vicente, depois de este ter resolvido falar em português antes da reunião entre os dois ontem em Washington, à margem da cimeira EUA/África que hoje termina.
“Eu sei que ele fala – estávamos a contar com o seu excelente inglês, que eu sei que fala, mas, basicamente, quer resumir ou quer que eu diga?”, diz o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, na transcrição do resumo aberto aos jornalistas que se pode ler no site do Departamento de Estado norte-americano.
“Pode”, responde o vice-presidente angolano, e Kerry, número dois da grande potência do planeta, lá continua: “O resumo mais rápido do mundo é que ele disse que estava muito contente por estar aqui em Washington com o secretário de Estado, muito contente por participar nesta conferência, que tem muita vontade de trabalhar connosco e para a permanente estabilização do continente africano. Falou sobre o crescimento e o aprofundamento e as relações económicas. E acho que este é o resumo rápido”, traduz Kerry.
A seguir pergunta, voltando-se para Manuel Vicente: “Parece-lhe bem?’” Ao que o vice-presidente angolano responde: “Está bem.”
As declarações de Manuel Vicente não eram estratégicas, nem importantes em termos de diplomacia que fosse preciso dizê-las em português para ser mais claro, eram palavras de circunstância antes de uma reunião à porta fechada, talvez por isso o protocolo norte-americano se tenha esquecido de convocar um tradutor.
Não fosse o caso de John Kerry, candidato derrotado à presidência pelo Partido Democrata e 2004, falar português – está até casado há quase 20 anos com uma portuguesa nascida em Moçambique, Maria Teresa Simões Ferreira, mais conhecida por Teresa Heinz Kerry – e o caso teria sido ainda mais embaraçoso.
Antes do embaraço, Kerry soltara elogios para Angola, recordando a sua recente visita ao país e a forma calorosa como foi recebido, aproveitou para agradecer ao presidente José Eduardo dos Santos: “Quero agradecer-lhe e ao governo de Angola pela sua cooperação extraordinária e liderança em relação ao Processo Kimberley [diamantes] e ao processo dos Grandes Lagos, com respeito à República Democrática do Congo, o M23, a FDLR e a forma de tentar resolver a crise de uma vez por todas. A sua liderança tem sido muito, muito importante”.
“O estatuto do presidente Dos Santos, a sua antiguidade na região e a sua liderança têm sido muito, muito importantes para ajudar a estabelecer os princípios que ajudaram a encontrar um caminho para essa crise, um rumo, que toda a gente entende e poderá trazer a paz” para a Região dos Grandes Lagos, acrescentou Kerry.
USA/ÁFRICA: Tudo o que precisa saber sobre a cimeira
Sigam em baixo o link para as informacoes sobre a cimeira
http://iipdigital.usembassy.gov/portuguese/#axzz39cCjweJq
A partir desse podeis consultar:
Cooperacao EUA-Africa sobre a Seguranca Alimentar;
Investimento Compartilhado na Juventude;
Engajamento dos EUA sobre as Mudancas Climaticas em Africa;
Cooperacao EUA-Africa sobre a Igualdade do Genero;
Tambem podeis ver as fotos de presidents africanos (incluindo S.Exa. Jose Mario Vaz):
https://www.flickr.com/photos/statephotos/sets/72157646159301566/
E, o video sobre a chegada de Jomav para o Jantar na Casa Branca, Washington, DC:
http://www.dvidshub.net/video/353642/arrival-his-excellency-jose-mario-vaz-white-house-dinner-us-africa-leaders-summit#.U-Fw7_ldWSo
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