quarta-feira, 16 de julho de 2014
Fome e Subnutrição: Guiné-Bissau e Angola entre os piores do mundo
Um relatório do Instituto de Estudos de Desenvolvimento (IDS, na sigla em inglês)sobre fome e subnutrição coloca a Guiné-Bissau e Angola entre os países com os piores indicadores, referenciando ainda Moçambique e o Brasil. Num índice sobre fome e nutrição, um total de 45 países foram analisados no contexto de 22 indicadores que procuram medir a atuação dos governos nas áreas de combate à fome e à subnutrição, tendo a Guiné-Bissau apresentado os piores resultados, ficando na 45.ª posição, e Angola na 42.ª. O estudo do IDS, divulgado no último mês, teve como parceiros o Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (UKAID) e da Irish Aid, do Governo Irlandês. Correio da Manhã
Para memória futura
"E tenho uma resposta para a minha obstinada rejeição. A mesma que tive sempre. Porque não me apetece, foda-se."
Fidel Castro Ruz
LIVRO: «O Poder da Voz e a Voz do Poder» lançado em Bissau
A Rádio Sol Mansi, uma voz para a Paz e o Desenvolvimento na Guiné Bissau, e seus autores, tem o prazer de convidar-lhe para o lançamento do livro:
“O Poder da Voz e a Voz do Poder”, que terá lugar na próxima quinta-feira, dia 17 de julho de 2014, às 17:30, no Centro Cultural Brasil Guiné-Bissau. "Este Livro é o resultado dum conjunto de ações de formação para Jornalistas, promovidas na Guiné-Bissau pela Fundação Prodignitate, em colaboração com a Conferência Episcopal Italiana e a Universidade de Rhode Island (Estados Unidos). Num paĺs onde o poder controla a Comunicação Social, teve-se como objetivo autonomizar a voz dos Jornalistas Populares, na sua maioria voluntários e não profissionalizados, de modo que possam servir efetivamente a Paz e o Desenvolvimento das suas comunidades, tanto a nível local como nacional."
URGENTE: França confirma papel de policia em África, e a "Operação Barkhane” vai estender-se à Guiné-Bissau
O Presidente francês François Hollande confirmou a vocação da França para ser o “gendarme” em África, ao anunciar oficialmente o lançamento de uma nova operação militar denominada “Barkhane”. François Hollande decretou o fim oficial da operação Serval no Mali e a sua substituição nos próximos dias pela Operação “Barkhane”: trata-se de uma operação militar “mais alargada” e “permanente”, que mobilizará 3.000 militares franceses, para operar no, e ao longo do Sahel.
François Hollande deseja a reorganização das suas forças na zona do Sahel com essa nova operação, sendo isso que deverá explicar o seu ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, na sua visita amanhã a Bamako, tendo em vista a assinatura de um novo acordo de defesa com as autoridades malianas no quadro do novo dispositivo militar francês na África Subsahariana.
Evidentemente, o pretexto é a luta contra o terrorismo jihadista, mas outras razões estão subjacentes, tais como o narcotrafico e o contrabando de armas. A finalidade é de impedir que o Sahel - que ele designa de “auto-estrada de todos os traficos” - não venha a tornar-se num local de passagem permanente e de reconstituição dos grupos jihadistas entre a Líbia e o Oceano Atlântico, o que provocaria consequências graves para a “segurança da França”.
A França, com esta operação, estará presente militarmente do Corno de África até à Guiné-Bissau, cobrindo assim toda a região Sahelo-sahariano, um verdadeiro sub-continente. O dispositivo está praticamente pronto e conta com mais de uma vintena de helicópteros, 200 veículos blindados, 10 aviões de transporte táctico e estratégico, 6 aviões de caça e 3 drones. O seu Estado-Maior ficará na cidade de N’Djamena, no Chade. Desta vez, quatro outros países - a Mauritânia, o Mali, o Burkina Faso e o Níger, serão chamados à participação e contribuição para as missões de risco.
Trata-se de uma presença militar francesa de longa duração que estará no menu das discussões que o Presidente francês terá com os seus homólogos africanos aquando da sua deslocação, de quinta feira a sábado, à Costa do Marfim, ao Níger e ao Chad, pontos de apoio estratégicos desse seu dispositivo militar.
UE/GUINÉ-BISSAU: 60 milhões de euros para "uma nova Guiné-Bissau"
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, afirmou hoje em Bruxelas esperar que as eleições das quais saiu o novo governo legítimo encabeçado por Domingos Simões Pereira constituam "um momento fundacional para uma nova Guiné-Bissau". Numa conferência de imprensa conjunta com o recém-eleito chefe de governo da Guiné-Bissau, após uma reunião na sede do executivo comunitário, Durão Barroso advertiu que agora não podem ser poupados esforços para fazer face aos "enormes desafios" que o país enfrenta. Garantiu ainda que as novas autoridades podem contar com a comunidade internacional, apontando os diversos apoios que a União Europeia prestará, mas sublinhou que nada pode substituir "a vontade e a capacidade dos próprios guineenses".
José Manuel Durão Barroso referiu que, "após dois anos sem autoridades legítimas, as eleições legislativas e presidenciais foram um passo muito importante para o futuro do país", até porque "o processo eleitoral correu de forma livre, justa e pacífica", e é por isso "com grande satisfação" que confirma "a decisão de levantar a suspensão da cooperação com a Guiné-Bissau, que estava em vigor desde 2011 precisamente pelo não respeito dos princípios do Estado e do direito democrático".
"Estas eleições foram um momento muito importante e espero que venham a tornar-se um momento fundacional para uma nova Guiné Bissau. Falta contudo muito caminho para percorrer", disse, apontando que os "desafios políticos e socioeconómicos da Guiné-Bissau são imensos, e por isso é necessário mobilizar todos os esforços".
O presidente do executivo comunitário disse que procurou sempre "que a comunidade internacional não se esquecesse da Guiné-Bissau", tendo mesmo falado diversas vezes com o seu amigo Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, pois "não é justo que (a Guiné-Bissau) tenha passado por vezes despercebida, dado que a atenção mediática foi consagrada a assuntos talvez mais espetaculares".
Contudo, asseverou que o novo governo guineense, que precisa de "apoio urgente", pois "a situação económica e financeira do país é débil", pode contar com o apoio da comunidade internacional e, designadamente da União Europeia, que logo após a tomada de posse das novas autoridades enviou para o país uma missão especial, com serviços da Comissão e do Serviço Europeu de Ação Externa, "de modo a definir apoio a um programa urgente de recuperação".
Durão deu conta dos apoios que a UE disponibilizará - incluindo, a médio e longo prazo, um pacote que atingirá os 60 milhões de euros, e, no longo prazo, o envelope nacional do 11.º FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento), no valor de 105,5 milhões de euros, que "começará agora a ser programado tendo em conta as prioridades definidas pelo novo governo".
O presidente da Comissão sublinhou todavia que "a comunidade internacional ajuda, mas nada pode substituir a vontade e a capacidade dos próprios guineenses para criarem condições para que o pais garanta a estabilidade, a paz e a segurança". "Sabe que a UE vai estar ao seu lado e ao lado da Guiné-Bissau. E agora mãos à obra. Há muito trabalho para fazer", disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro.
Domingos Simões Pereira, por seu turno, indicou que o principal propósito foi expressar o "sentimento de gratidão" a Durão Barroso, um "amigo da Guiné-Bissau", que, mesmo durante o período de suspensão do programa de cooperação da UE, não se poupou "no sentido de manter a Guiné-Bissau na agenda" europeia.
O primeiro-ministro agradeceu designadamente "o anúncio de todos os instrumentos" de apoio que a UE vai disponibilizar, e o facto de a União ter enviado para a Guiné-Bissau uma missão pluridisciplinar, apenas alguns dias após a sua tomada de posse (a 04 de julho), o que entendeu como "uma manifestação de confiança", que o novo governo não quer defraudar. Lusa
José Manuel Durão Barroso referiu que, "após dois anos sem autoridades legítimas, as eleições legislativas e presidenciais foram um passo muito importante para o futuro do país", até porque "o processo eleitoral correu de forma livre, justa e pacífica", e é por isso "com grande satisfação" que confirma "a decisão de levantar a suspensão da cooperação com a Guiné-Bissau, que estava em vigor desde 2011 precisamente pelo não respeito dos princípios do Estado e do direito democrático".
"Estas eleições foram um momento muito importante e espero que venham a tornar-se um momento fundacional para uma nova Guiné Bissau. Falta contudo muito caminho para percorrer", disse, apontando que os "desafios políticos e socioeconómicos da Guiné-Bissau são imensos, e por isso é necessário mobilizar todos os esforços".
O presidente do executivo comunitário disse que procurou sempre "que a comunidade internacional não se esquecesse da Guiné-Bissau", tendo mesmo falado diversas vezes com o seu amigo Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, pois "não é justo que (a Guiné-Bissau) tenha passado por vezes despercebida, dado que a atenção mediática foi consagrada a assuntos talvez mais espetaculares".
Contudo, asseverou que o novo governo guineense, que precisa de "apoio urgente", pois "a situação económica e financeira do país é débil", pode contar com o apoio da comunidade internacional e, designadamente da União Europeia, que logo após a tomada de posse das novas autoridades enviou para o país uma missão especial, com serviços da Comissão e do Serviço Europeu de Ação Externa, "de modo a definir apoio a um programa urgente de recuperação".
Durão deu conta dos apoios que a UE disponibilizará - incluindo, a médio e longo prazo, um pacote que atingirá os 60 milhões de euros, e, no longo prazo, o envelope nacional do 11.º FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento), no valor de 105,5 milhões de euros, que "começará agora a ser programado tendo em conta as prioridades definidas pelo novo governo".
O presidente da Comissão sublinhou todavia que "a comunidade internacional ajuda, mas nada pode substituir a vontade e a capacidade dos próprios guineenses para criarem condições para que o pais garanta a estabilidade, a paz e a segurança". "Sabe que a UE vai estar ao seu lado e ao lado da Guiné-Bissau. E agora mãos à obra. Há muito trabalho para fazer", disse, dirigindo-se ao primeiro-ministro.
Domingos Simões Pereira, por seu turno, indicou que o principal propósito foi expressar o "sentimento de gratidão" a Durão Barroso, um "amigo da Guiné-Bissau", que, mesmo durante o período de suspensão do programa de cooperação da UE, não se poupou "no sentido de manter a Guiné-Bissau na agenda" europeia.
O primeiro-ministro agradeceu designadamente "o anúncio de todos os instrumentos" de apoio que a UE vai disponibilizar, e o facto de a União ter enviado para a Guiné-Bissau uma missão pluridisciplinar, apenas alguns dias após a sua tomada de posse (a 04 de julho), o que entendeu como "uma manifestação de confiança", que o novo governo não quer defraudar. Lusa
Aos novos Poderes em Bissau
Outubro de 2012: Fui obrigado a abandonar o País que me ensinaram a amar e proteger. Julho de 2014: N'misti riba. Não entendem as razões da minha luta. Mas o tempo da verdade chega sempre, pelo que a honra tem que ser paciente. Nunca serei uma vítima. E é isso que, afinal de contas, o País não me perdoa. Está na hora. António Aly Silva
23ª edição do Prémio José Carlos Schwarz
Na próxima sexta-feira, dia 18 de julho de 2014, às 18:30, no Centro Cultural Brasil Guiné-Bissau - CCBGB, terá lugar a cerimônia de lançamento da 23ª edição do Prêmio Literário José Carlos Schwarz - Conto e Poesia.
Singular e importante ação para promoção da Língua Portuguesa e de interação entre Brasil e Guiné-Bissau, o Concurso Literário José Carlos Schwarz - Conto e Poesia - constitui-se em uma iniciativa de longa data da Embaixada do Brasil em Bissau, tendo a sua primeira edição ocorrido em 1991. Desde então tem incentivado jovens escritores a aventurarem-se pelo universo literário.
Após o lançamento do concurso, Fatumata Tchuma Bari, Rui Daves e outros convidados, prestarão um concerto especial em memória do 1º ano de falecimento de Aliu Bari (19 de agosto de 2013) que foi músico e membro fundador da Cobiana Djazz, onde também atuava José Carlos Schwarz.
A entrada é livre, e os lugares limitados.
Singular e importante ação para promoção da Língua Portuguesa e de interação entre Brasil e Guiné-Bissau, o Concurso Literário José Carlos Schwarz - Conto e Poesia - constitui-se em uma iniciativa de longa data da Embaixada do Brasil em Bissau, tendo a sua primeira edição ocorrido em 1991. Desde então tem incentivado jovens escritores a aventurarem-se pelo universo literário.
Após o lançamento do concurso, Fatumata Tchuma Bari, Rui Daves e outros convidados, prestarão um concerto especial em memória do 1º ano de falecimento de Aliu Bari (19 de agosto de 2013) que foi músico e membro fundador da Cobiana Djazz, onde também atuava José Carlos Schwarz.
A entrada é livre, e os lugares limitados.
DSP recebido por Durão Barroso em Bruxelas
O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, recebe hoje, em Bruxelas, o novo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, num encontro que marca o regresso à normalidade das relações entre as duas partes.
De acordo com o executivo comunitário, "esta visita é particularmente importante, pois marca o regresso à normalidade das relações entre a UE e Guiné-Bissau", e tem lugar apenas dois dias depois de o Conselho da União Europeia ter decidido retomar a cooperação plena com Bissau, levantando as medidas restritivas impostas em 2011.
Segundo a Comissão, José Manuel Durão Barroso e Domingos Simões Pereira discutirão apoio ao desenvolvimento e assistência, a necessidade de uma reforma do setor da segurança, e pescas.
No final do encontro, haverá lugar a uma conferência de imprensa conjunta na sede do executivo comunitário. Depois da sua deslocação a Bruxelas, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que tomou posse a 04 de julho passado, ruma a Lisboa, para uma visita a Portugal entre quinta-feira e domingo.
De acordo com o executivo comunitário, "esta visita é particularmente importante, pois marca o regresso à normalidade das relações entre a UE e Guiné-Bissau", e tem lugar apenas dois dias depois de o Conselho da União Europeia ter decidido retomar a cooperação plena com Bissau, levantando as medidas restritivas impostas em 2011.
Segundo a Comissão, José Manuel Durão Barroso e Domingos Simões Pereira discutirão apoio ao desenvolvimento e assistência, a necessidade de uma reforma do setor da segurança, e pescas.
No final do encontro, haverá lugar a uma conferência de imprensa conjunta na sede do executivo comunitário. Depois da sua deslocação a Bruxelas, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, que tomou posse a 04 de julho passado, ruma a Lisboa, para uma visita a Portugal entre quinta-feira e domingo.
terça-feira, 15 de julho de 2014
GUINÉ-BISSAU/Comissão de Ética: Consultas iniciam-se em Londres
O processo de consultas para a criação da Comissão de Ética, que irá avaliar a responsabilidade dos funcionários públicos na Guiné-Bissau, iniciou-se em Londres. Esta comissão é uma iniciativa da nova liderança política na Guiné-Bissau e será criada através da Assembleia Nacional Popular. O processo em Londres é o resultado de uma parceria técnica entre o Parlamento Britânico e a legislatura em Bissau.
Políticos e funcionários no Parlamento Britânico, em particular o grupo parlamentar especializado para Guiné-Bissau, estão em consulta com vários especialistas legais em legislaturas de diversos países para melhor aconselhar quais os mecanismos legais e legislativos que permitam estabelecer esta comissão.
O Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, falou recentemente aos jornalistas em relação à criação desta Comissão, que irá regular a conduta de todos os que excerçam cargos políticos. É visto como um poderoso mecanismo contra a corrupção e comportamento antiético no serviço público.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
ALERTA GERAL NOTÍCIA DC: Presidência da República terá escutas?
Em novembro de 2012, o Irão(?!) ofereceu e instalou um sofisticado sistema de escutas em Bissau. Serifo Nhamadjo, 'nomeado' pela CEDEAO para 'dirigir' a transição, esteve nesse país e anunciou publicamente apoios no valor de 18 milhões de dólares, não se sabendo até aos dias de hoje mais nada sobre o assunto.
Agora, Ditadura do Consenso apurou que a própria Presidência da República, local de trabalho e residência oficial do actual PR José Mário Vaz, pode estar sob escuta, instalada pela secreta guineense. Há pouco tempo, a Orange, empresa francesa de telecomunicações móveis foi acisada de espionagem em países da África Ocidental onde opera. A Orange nunca confirmou, mas também não desmentiu a notícia.
Isto leva-nos de volta aos 11 negros meses de guerra civil que se travou em Bissau e arredores entre 1998 e 1999. Na altura, a Junta Militar, que acabou por obrigar o PR Nino Vieira a um longo exílio em Portugal, revelou que podia ter tomado Bissau muito antes, pois "escutava todas as conversas tidas no palácio" - que era de facto o quartel-general da guerra do lado governamental. Agora, é chamar o homem da secreta e apurar o envolvimento de cada um neste esquema - e o porquê. AAS
BRASÍLIA/Primeiro-Ministro DSP condena incidentes entre diplomatas na embaixada do país no Brasil, divulgados pelo blog Ditadura do Consenso
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, condenou hoje os incidentes entre diplomatas na embaixada guineense no Brasil que têm sido relatados pela comunicação social nos últimos dias. Em conferência de imprensa, Domingos Simões Pereira pediu desculpa ao povo guineense, referindo que já deu instruções precisas ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Lopes da Rosa, para que apure os factos para que o Governo possa tomar medidas. "É profundamente lamentável quando uma instância de representação do país no estrangeiro chega ao ponto de pôr em causa a própria dignidade do país", defendeu Simões Pereira.
Relatos da imprensa (divulgados em exclusivo pelo blogue Ditadura do Consenso)) indicam que elementos da missão diplomática da Guiné-Bissau no Brasil se têm envolvido em disputas pessoais chegando mesmo a cenas de agressões físicas. O primeiro-ministro guineense afirmou que após receber o relatório do ministro dos Negócios Estrangeiros vai tomar medidas para que situações do género não voltem a acontecer.
"Não podemos aceitar que entidades públicas representativas do poder político na Guiné-Bissau discutam as suas diferenças na praça pública utilizando os meios de comunicação social", observou Simões Pereira. Ressalvando não conhecer ainda os contornos do incidente, o primeiro-ministro pediu desculpa ao povo guineense por "não merecer" o que se passa na embaixada do país no Brasil, enfatizou. Lusa
DSP visita Portugal
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira visita Portugal entre os dias 17 e 20 deste mês para conversações com as autoridades portuguesas, anunciou hoje o próprio em conferência de imprensa.
Domingos Simões Pereira deve viajar hoje para Bruxelas, a convite do presidente da Comissão da União Europeia, JOsé Manuel Durão Barroso, com quem se deve encontrar na quarta-feira e de seguida estará em Lisboa entre quinta-feira e domingo. O primeiro-ministro guineense fez questão de frisar que a sua visita a Portugal não se destina a negociar nada com as autoridades portuguesas mas conversar sobre diversos assuntos de interesse comum aos "dois países amigos".
"Vamos passar em revista vários assuntos de interesse mútuo. Obviamente que a questão da TAP será no centro das conversas. Não se trata de negociações mas sim de encontro entre parceiros de países irmãos", sublinhou Simões Pereira. A transportadora área portuguesa (TAP) suspendeu os seus voos para Guiné-Bissau desde dezembro passado, na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 sírios no aeroporto de Bissau rumo a Lisboa.
Na altura a TAP considerou só retomaria os voos - que eram três semanais -, depois de as autoridades guineenses garantirem medidas de segurança no aeroporto que a companhia considera ter sido quebrada com o incidente. Domingos Simões Pereira também pretende sensibilizar as autoridades lusas sobre a retoma de apoios institucionais a Guiné-Bissau.
Ainda falando da sua estada em Bruxelas, além do encontro com Durão Barroso, o novo primeiro-ministro guineense vai participar numa vídeo-conferência com o departamento de assuntos políticos das Nações Unidas. De Lisboa, Simões Pereira segue para Díli, onde vai participar na cimeira da Comunidade de Países de Língua Portuguesa e ainda numa reunião preparatória da comissão mista entre Timor-Leste e a Guiné-Bissau.
Subscrever:
Mensagens (Atom)