segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
domingo, 19 de janeiro de 2014
sábado, 18 de janeiro de 2014
Recordações do Ramos Horta
Chegamos ao ponto de o próprio representante do secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos Horta, fazer o jogo dos maus da fita. «Ramos Horta está a tentar encobrir o incidente de Buba e não quer fazer ondas», garante uma fonte da UNIOGBIS ao Ditadura do Consenso, que adiantou que houve uma reunião logo depois dos acontecimentos e que o Ramos Horta «tentou desvalorizar o caso, ao contrário da maior parte do staff da UNIOGBIS, que acharam que foi uma situação muito grave que podia ter outras consequências.»
TEATRO NA AMURA
Desde que chegou a Bissau mandatado por Ban Ki-Moon, que José Ramos Horta está no meio do fogo-cruzado entre políticos e militares, e não sabe para onde se virar ou escapar. A fonte recorda para o ditadura do consenso a visita que o Ramos Horta fez à Amura pouco depois de chegar a Bissau: «Antes da visita alertámo-lo que aquilo ia ser assim - que o António Indjai ia fazer um grande filme. Depois da visita dissemos, cuidado que a realidade não é aquela, eles estão assim porque querem, porque derreteram o dinheiro que a comunidade internacional tem enviado para projectos e reconstrução de edifícios. E mesmo assim fez aquelas declarações patéticas, praticamente culpando a Comunidade Internacional pelos erros dos próprios militares guineenses.» E desabafa, impotente: «Uma injustiça para o povo, esse discurso».
No que diz respeito à CPLP, diz a fonte que a organização «anda de candeia às avessas com Ramos Horta», garantindo que «se a CPLP soubesse o que sabe hoje, nunca tinham apoiado a nomeação do Nobel da Paz para a Guiné-Bissau.» Com Bissau a receber, na próxima semana, o presidente da Comissão das Nações Unidas para a Consolidação da Paz, o Embaixador António Patriota, e a Assistente do Secretário-geral (ASG), Judy Cheng-Hopkins – ainda por cima como convidados do Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, é claro que uma notícias destas vir a público...mas acabou por vir pela mão do DC, e é isso que interessa.
A CASA DO MENINO ‘TONY’
Uma semana depois da visita ao Estado-Maior General das Forças Armadas, o CEMGFA António Indjai convida o Ramos Horta a visitá-lo no seu ‘estado’ – Mansoa, 60 kilómetros a Norte da irrequieta capital, Bissau. Uma visita ainda fresca na memória da minha fonte. «Nesse sábado, fomos à casa do Indjai, em Jugudul», recorda, e remata de seguida «foi uma palhaçada autêntica!. Ele (o Indjai) mostrou-lhe (ao Ramos Horta) apenas o que lhe quis mostrar - a zona junto da casa e uns 30 metros de terreno, mostrou-lhe um depósito de água, uma mangueira e nada mais. Quando depois viemos embora, o Ramos Horta estava todo contente, que afinal o Indjai era boa pessoa, um coitadinho...», diz indignado.
O MAU DA FITA
O problema, agora, é saber se o país tem condições para organizar as eleições gerais marcadas para março próximo. O meu interlocutor corta-me a palavra e dispara: «Se não houver eleições em março (é a hipótese mais provável) o Ramos Horta ficará mal na fotografia. Muito desfocado mesmo», vai avisando.
Mas como é o Ramos Horta em Bissau, a trabalhar? Peço à minha fonte, que o conhece bem, que aponte um dos piores defeitos do timorense e Nobel da Paz: «Ramos Horta não dá ouvidos a ninguém! Acho que de uma forma geral, os guineenses ficaram desiludidos com ele. Não me desiludiu muito, eu já não acreditava nele e nem criei muitas expectativas sobre a sua vinda.»
Ramos Horta, no entender da nossa fonte, «veio com uma agenda própria, pensando que vinha para Bissau fazer um brilharete.» Mais grave ainda são as insinuações que se seguem: «Pensou que estava a lidar com os combatentes do tempo da guerra, só que esses, ou já não estão cá, ou os poucos que estão já não são o que eram. Eu próprio dei-lhe alguns briefings sobre a situação, sobre os militares, sobre o Indjai, mas ele achava sempre que nós estávamos a inventar.» AAS
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
EXCLUSIVO DC: A VERSÃO DA UNIOGBIS
Ditadura do Consenso teve acesso exclusivo à versão oficial dos factos ocorridos em Buba, que transcreve agora na íntegra:
«No dia 16 de Janeiro, por volta das 10h30, as instalações da UNIOGBIS em Buba foram rodeadas por elementos da POP e da Guarda Nacional (paramilitares). Segundo o Comissário da Policia local, teriam sido recebidas informações no sentido em que Cadogo Jr. se encontrava no interior destas instalações e como tal iriam proceder à sua detenção.
Apesar de insistentemente o pessoal das Nações Unidas ali de serviço ter negado tal acontecimento, o mesmo comissário tentou por várias vezes entrar dentro das instalações, juntamente com pessoal armado a fim de proceder a buscas.
Após várias explicações dadas pelos funcionários e depois de vários alertas feitos pelos mesmos em que as instalações em causa eram das Nações Unidas e que ao agir daquela forma as autoridades estavam a cometer uma série de infracções, foi então ordenado pelo respectivo comissário que se mantivesse o cerco às instalações. As instalações estiveram cercadas por um efectivo de cerca de 10 elementos armados de AK-47.»
E agora, Guineenses?
GUINEENSES: O Ditadura do Consenso NÃO mente
Depois de anunciado em exclusivo, pelo Ditadura do Consenso, eis a confirmação: CLIQUE AQUI
Os mentirosos são o CEMGFA ANTÓNIO INDJAI e o DABA NA WALNA
S.O.S GUINÉ-BISSAU: Sr. Ramos Horta, escreva rapidamente um relatório ao secretário-geral da ONU. Escreva hoje, não deixe para a próxima segunda-feira. Escreva agora, e diga ao Ban Ki-Moon simplesmente que você NÃO consegue, e não que não queira. Diga-lhe que você NÃO tem mão na tropa, que ninguém tem. Explique-lhe como se estivesse a falar para um catraio de 10 anos de idade - mostre-lhe que tudo é TRANSVERSAL ao próprio país. Diga-lhe que a Guiné-Bissau precisa de ajuda agora. Já! Mexa-se, Sr. Ramos Horta, caso contrário vai sobrar para si. Mais um conselho: dê mais ouvidos ao seu staff e, sobretudo, àqueles que lhe dizem as verdades... AAS
DROGA: Verdade, ou consequência da realidade?
«Caro amigo,
Aproveito para te enviar em anexo um artigo que "choca" qualquer guineense, e porque a PATRIA é a MAE, sentimo-nos humilhados quando a nossa MAE é insultada. Este artigo foi publicado hoje "Vendredi dia 17 Janvier 2014" no diário senegalês ENQUETE.
Lamentavelmente, o país não tem capacidade interna no campo da comunicação/informação para contrariar este tipo de noticias/artigos. Consequências. Assim vai indo a campanha de despromoção, aos olhos de quem devia bater as mãos na mesa e dizer basta!, nós somos um Estado.
Portanto, é evidente que neste ritmo de desrespeito que somos alvos nesta sub-região, nenhuma eleição poderá limpar a nossa cara e a imagem da Guine Bissau, principalmente neste momento em que muitos valores humanos estão espalhados...Enfim, boa leitura. Se for pertinente publica no Blog...para partilhar este triste artigo.
Mantenhas e um abraço»
EXCLUSIVO: Militares invadiram escritórios da UNIOGBIS em Buba...à procura do Carlos Gomes Jr...
O Escritório do Gabinete das Nações Unidas para a Consolidação da Paz (UNIOGBIS) em Buba, região de Quinará, foi invadido ontem por militares fortemente armados com AK-47, a mando do CEMGFA António Indjai.
Tudo aconteceu ontem, por volta das 10 horas, quando um grupo de cerca 15 homens armados, entre as quais militares e elementos da Guarda Naciona, se dirigiram às instalações do UNIOGBIS argumentando que têm informações que dão conta que o Carlos Gomes Jr. estaria escondido naquele escritório.
Segundo fontes fidedignas, o caso gerou uma enorme confusão e pânico no seio da população da cidade de Buba e dos proprios funcionários locais de UNIOGBIS, com o receio de eclodir de novo conflito armado.
Nas ultimas três semanas, os Serviços de (Des)informação do Estado (SIE) de António Indjai, tem alimentado boatos e desinformações sobre possivel regresso de Carlos Gomes Jr., por via terrestre, tendo a zona sul do país apontado como possivel ponto de entrada. Estas falsas noticias estiveram na base de criação de check points em todo o território nacional, sobretudo na zonal sul, revistando viaturas inclusive de Ramos Horta (ver notívia DC).
Esta é mais um, entre vários outros actos deliberados de violações da imunidade diplomática das instalações das Nações Unidas em Bissau. A invasão e retirada forçada de Bubo Na Tchuto no caso 1 de Abril de 2010, o espancamento brutal dos manifestantes contra golpe de estado em 2012, em frente das instalações do UNIOGBIS, são apenas exemplos da determinação de CEMGFA António Indjai para concretizar o seu objectivo principal que é consolidar o seu regime ditatorial e instalar o caos na Guiné-Bissau.
Agora resta saber qual será o sermão de Ramos Horta perante mais um caso grave que atenta contra a sua própria segurança e dos seus funcionários. AAS
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
ELEIÇÕES(?) 2014: Bofetada sem mão
Portugal vai "fornecer material, incluindo boletins de voto, em apoio às eleições presidenciais e legislativas de 16 de março" na Guiné-Bissau, anunciou hoje a embaixada portuguesa na capital guineense.
O apoio surge "em resposta à solicitação apresentada" e dele foi já dado conta à Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau, em reuniões realizadas na quarta-feira em Bissau e Lisboa, refere a representação diplomática, em comunicado. À semelhança do ocorrido noutras eleições, Portugal vai "fornecer material, incluindo boletins de voto".
O trabalho será feito em coordenação com "a estrutura das Nações Unidas na Guiné-Bissau, aguardando-se mais informação por parte da Comissão Nacional de Eleições quanto ao material necessário, tendo em conta os compromissos já assumidos por doadores internacionais".
No comunicado, a embaixada portuguesa salienta que "a realização de eleições livres, justas e transparentes é da responsabilidade das autoridades de transição guineenses".
"Portugal continuará, tanto a título nacional, como em conjunto com os seus parceiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e da União Europeia, a apoiar a realização das eleições gerais de 16 de março", sublinha o documento.
O sufrágio é classificado como "um passo essencial para o retorno à ordem constitucional na Guiné-Bissau, nos termos das relevantes resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e suas subsequentes Declarações". As eleições serão as primeiras depois do golpe de Estado de abril de 2012.
Cavaco Silva apela à «normalização»
O Presidente da República de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, apelou hoje à normalização da situação política na Guiné-Bissau, considerando fundamental o restabelecimento da ordem constitucional e a realização de eleições "livres e justas". Lamentando que "a questão preocupante" da Guiné-Bissau perdure, Cavaco Silva reconheceu que o relacionamento de Portugal com aquele país africano continua condicionado pelas consequências do golpe de Estado de Abril de 2012
"É fundamental que a situação política seja normalizada, com o retorno à paz, o restabelecimento da ordem constitucional, com a realização de eleições livres e justas e a subordinação do poder militar ao poder civil democrático", defendeu o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo do corpo diplomático acreditado em Portugal, que decorreu no Palácio de Queluz.
Lamentando que "a questão preocupante" da Guiné-Bissau perdure, Cavaco Silva reconheceu que o relacionamento de Portugal com aquele país africano continua condicionado pelas consequências do golpe de Estado de abril de 2012. Contudo, acrescentou, "mantivemos, em permanência, a ajuda humanitária ao povo guineense e a estreita colaboração com as Nações Unidas, a União Europeia e a CPLP (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa), bem como com a União Africana e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)".
Na sua intervenção, o Presidente da República fez ainda referência ao "interminável" conflito na Síria, considerando "urgente" que a comunidade internacional prossiga os seus esforços para que seja alcançada uma paz duradoura, baseada numa solução pacífica. "O número de vítimas, pessoas deslocadas e refugiados faz daquele conflito um dos mais graves desastres humanitários do nosso tempo", frisou. LUSA
"É fundamental que a situação política seja normalizada, com o retorno à paz, o restabelecimento da ordem constitucional, com a realização de eleições livres e justas e a subordinação do poder militar ao poder civil democrático", defendeu o chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, numa intervenção na cerimónia de cumprimentos de Ano Novo do corpo diplomático acreditado em Portugal, que decorreu no Palácio de Queluz.
Lamentando que "a questão preocupante" da Guiné-Bissau perdure, Cavaco Silva reconheceu que o relacionamento de Portugal com aquele país africano continua condicionado pelas consequências do golpe de Estado de abril de 2012. Contudo, acrescentou, "mantivemos, em permanência, a ajuda humanitária ao povo guineense e a estreita colaboração com as Nações Unidas, a União Europeia e a CPLP (Comunidades dos Países de Língua Portuguesa), bem como com a União Africana e a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental)".
Na sua intervenção, o Presidente da República fez ainda referência ao "interminável" conflito na Síria, considerando "urgente" que a comunidade internacional prossiga os seus esforços para que seja alcançada uma paz duradoura, baseada numa solução pacífica. "O número de vítimas, pessoas deslocadas e refugiados faz daquele conflito um dos mais graves desastres humanitários do nosso tempo", frisou. LUSA
Luís Vaz Martins: Militares pensam que são "donos da história" na Guiné-Bissau
O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) considerou hoje que os militares assumem-se, "de forma algo paternalista", como "donos da História e do presente" na Guiné-Bissau, contando com uma classe política "muito pobre" para dominar o país.
Falando aos jornalistas à margem da 1.ª Conferência Internacional sobre Políticas de Drogas nos Países Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que termina hoje na Cidade da Praia, Luís Vaz Martins considerou que esta situação leva a que a classe castrense guineense não queira largar o poder.
"A Guiné-Bissau passou por um período complicado para ser independente, tendo como palco o seu próprio território. Não houve preparação para a fase de transição. Acredito que os militares sempre dirigiram o país, numa primeira fase, às vezes com vestes civis, como foi o caso de Nino Vieira, que foi um militar", explicou. LUSA
Subscrever:
Mensagens (Atom)