domingo, 5 de janeiro de 2014
Mas...o que há mesmo para ser saudado?: Ramos Horta «saudou» hoje a 'etapa' (como se estivesse combinado...) 35% dos eleitores que as autoridades golpistas e ilegais da Guiné-Bissau conseguiram recensear. Daqui a dois meses - presumo eu! - promoverá uma cerimónia no estádio nacional para celebrar os 39 por cento de eleitores recenseados! Por isso é que fico chateado, pá! AAS
Jorge Carlos Fonseca: «Eusébio foi génio, soberbo, inigualável, príncipe perfeito»
Tendo em conta a paixão do Presidente Jorge Carlos Fonseca pelo futebol e a admiração que nutre pelo futebolista Eusébio, segue uma manifestação pessoal postado na sua página pessoal do Facebook, para conhecimento:
«A morte de Eusébio deixou-me deveras triste, muito triste. Sabia de sua doença, conhecia as fragilidades de sua vida mais recente, mas o desaparecimento de uma lenda, de um ídolo, de um gigante como Eusébio apanha-nos sempre desprevenidos para a dor que, então, nos dilacera a alma.
Cresci, menino e adolescente, com Eusébio, nos relatos da rádio, nas leituras de «A Bola», ainda com 8-9 anos de idade, por empréstimo de Mário Rui Pais, nos cromos, nas discussões na rua Sá da Bandeira, na Ponta Belém ou na Praça Alexandre Albuquerque, com o Mário Rui, o Manel «Bucha», o José Tomás ou o Tcheca. Formei-me com Eusébio, dormi, sonhei e briguei por Eusébio.
Mas ainda pude ver Eusébio ao vivo, deliciar-me com o perfume do seu futebol, a magia de sua arte, a elegância de seus gestos felinos e a genialidade de sua técnica em velocidade insuperável. Ele foi ímpar. Igual ou melhor do que ele? Nestas coisas, a subjectividade, o tempo, os registos de memória, a maior ou menor dimensão mediática de cada tempo, podem decidir.
Mas para quem pôde ver Eusébio, como eu felizmente pude, mesmo tendo visto jogadores extraordinários, fabulosos, como Maradona, Best, Beckenbauer, Cruyff, G. Müller, Cristiano Ronaldo, Messi, Romário, Rivelino, Tostão, Gerson, Ibrahimovic, Figo, Neymar, Ribery, Zidane, Platini, Zagalo, e tantos outros, dificilmente não dirá que Eusébio foi único, foi o melhor. O que ele fez os outros não faziam nem fizeram. Igual ou melhor? Sim, talvez o enorme Pelé, o brasileiro, o rei dos reis.
Imagine-se Eusébio hoje, com as televisões todas, a publicidade, os dinheiros à volta, os empresários, os comentadores, facebooks, redes sociais, internet, twitter etc., como seria, uma loucura de jogador.
Não posso seriamente avaliar o homem ou o cidadão, pois não privei com ele. Conheci-o pessoalmente há poucos anos, estando eu em campanha eleitoral, no Estádio da Luz, através do «Príncipe». Mas retive a ideia de um homem bom e simples, mas talvez um pouco ferido pela injustiça relativa como a sua genialidade foi, ainda assim, reconhecida.
Mas aqui e fundamental é o futebolista, o desportista. Nisto Eusébio foi génio, soberbo, inigualável, príncipe perfeito, diria.
Jorge Carlos Almeida Fonseca»
OPINIÃO: Blufo N'dam (conclusão)
«Disse no artigo anterior de que, Kumba Yala (KY) voltou a agitar a vida politica guineense com mais um anuncio aparentemente imprevisível, ao comunicar a sua renuncia à vida politica ativa, assim como a sua candidatura as próximas eleições presidenciais previstas para o 1° trimestre do ano 2014.
Neste segundo artigo (Ato II), irei dar sequência à minha analise sobre as razões subjacentes a essa, ainda questionável renuncia, primando sempre pela opinião de que, essa retirada, forçada ou não, só poderá vir a ser uma boa noticia para o Povo guineense, caso essa decisão seja sincera e seguida na pratica.
Digo isso, porque, KY graças as influências nocivas e tentaculares que tem, quer no exercito, quer no seio da sua comunidade tribal, já deu mostras de que, não precisa de estar na vida politica ativa para continuar a manipular, condicionar ou incendiar a vida social e politica da Guiné-Bissau. Sinal inequívoco dessa asserção, é que a Guiné-Bissau só conheceu períodos de paz social e politica quando KY esteve longe do pais, consequentemente "desconectado" ou dessincronizado com os meios políticos e militares, os quais manipula e instrumentaliza com incrível mestria.
Em retrospectiva, podemos dizer com total segurança de que, KY esteve presente, direta ou indiretamente em todos os atos ou acontecimentos mais nefastos que marcaram a Guiné-Bissau. Assim foi, no caso 17 de Outubro que culminou em fuzilamentos, entre outros, de Paulo Correia e Viriato Pã, figuras de proa da etnia balanta que pelo carisma e personalidade que ambos encarnavam eram fortes obstáculos a sua cobiçada ascensão à liderança da comunidade balanta. Verdade é que, KY só conseguiu granjear a esse patamar após a eliminação física dessas duas personalidades, ao que se sabe hoje, vitimas de intrigas e denuncias caluniosas, em cuja montagem, segundo fontes fidedignas, KY esteve alta e interessadamente envolvido instrumentalizado pelo então presidente Nino Vieira (NV).
Seguiram-se depois as suas conhecidas palhaçadas de comediante e figurante politico (papel que foi igualmente desempenhado pelo Partido da Convergência Democrática - PCD, de Nado Mandinga), os quais eram pagos e controlados por Nino Vieira, a fim de encarnarem a fachada da viragem do pais ao multipartidarismo.
Mercê desse papel de agente duplo, KY foi-se apercebendo de que, poderia chegar ao poder através do caos e da divisão dos guineenses. Assim, na posse desses dados, qual Maquiavel, KY passa imediatamente à ação. Vimo-lo participar ativamente no atiçar do rastilho que despoletou o terrível conflito de 7 de junho de 1998, cujas consequências estão hoje respaldadas na forte hegemonia tribal das nossas FA. Vimo-lo, ao longo dos negros anos da sua participação no cenário politico guineense, repetidamente em vários cenários de complots e de violência que deixaram rastos de morte e de sofrimento.
Penso que, ao "despedir-se" da politica ativa, KY devia antes de mais, submeter-se a um ato de contrição e pedir profundas desculpas ao Povo guineense pelo tanto mal que lhe provocou.
Kumba Yala, deve pedir ao Povo guineense as mais sinceras desculpas, pelas intrigas e complots que urdiu ao tempo dos anos e que vitimaram muitos dos seus próximos e adversários; pelas guerras e contradições fomentadas no seio dos guineenses; pelos assassínios que encomendou e mandou executar (exemplos apenas Ansumane Mané, Verissimo Correia Seabra); pelos ódios criados na sociedade; pela degradação da imagem, por vilipendiar o Estado guineense; pela vergonha que fez os guineenses sentirem pela banalização do cargo de Presidente da Republica mercê da sua figura de autêntico que exibiu aquando do exercício dessa magistratura; pela desagregação, instrumentalização e tribalização das nossas FA; pelo fomento da tribalização da politica guineense; pela negação dos princípios democráticos; pela banalização da politica e dos valores democráticos; pela promoção da violência e do medo ao dotar-se de uma milícia tribal privada promotora do medo e da violência gratuita na sociedade guineense.
Enfim, KY devia pedir desculpas aos guineenses por, ao longo dos seus anos de participação na politica ativa guineense, lhes ter tolhido a Paz, o Progresso e o Desenvolvimento e, mais ainda, que vá para longe...bem longe se possível da Guiné-Bissau e que leve consigo os seus tenebrosos tentáculos do mal. Vá para longe Dr. que o Povo não sentira saudades suas.
O Povo guineense de boa fé agradece aliviado a "retirada" do KY da cena politica ativa, porém, como atrás disse, ela só valerá, caso essa declaração, seja séria, sincera e seguido de efeitos práticos. Caso contrario, estaremos perante mais uma mise en scène, um déjà vue em que KY é useiro e vezeiro.
C. de M. C.»
Morte de Eusébio: PR de Cabo Verde envia condolências aos seus homólogos de Moçambique e de Portugal
Mensagem de SE o Presidente da República de Cabo Verde ao seu homólogo Moçambicano, Armando Emílio Guebuza, por ocasião do falecimento de Eusébio
"A notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira recebemo-la com enorme pesar e funda tristeza, pois consubstancia a perda de uma das grandes figuras do futebol e do desporto mundiais.
Em Cabo Verde, onde a admiração por Eusébio sempre foi e é notável, a notícia causou muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e uma referência do desporto mundial, o que ele igualmente fez aliar a excepcionais qualidades humanas.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os moçambicanos, aproveitando para renovar a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames.
Portugal
"Por ocasião do desaparecimento físico de Eusébio da Silva Ferreira, acontecimento que mergulhou na tristeza o Povo Português bem como os amantes do desporto a nível mundial, em nome do Povo Cabo-verdiano e em meu nome pessoal, apresento a Vossa Excelência e, por seu intermédio, a todos os portugueses, sentidas condolências pela perda do maior símbolo do desporto português e um dos mais emblemáticos do mundo.
Na realidade, Eusébio, para além de ser um desportista de eleição, uma referência para a juventude portuguesa e mundial e que teve o condão de representar com muita dignidade as cores de Portugal, foi também um exemplo de rara humildade.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento, transformando-se num grande símbolo de Portugal e do mundo.
As repercussões da sua morte em Cabo Verde foram de enorme pesar e muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e do desporto internacionais que aliou às condições de desportista de excepção excelsas qualidades humanas.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os portugueses, e renovo a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames".
"A notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira recebemo-la com enorme pesar e funda tristeza, pois consubstancia a perda de uma das grandes figuras do futebol e do desporto mundiais.
Em Cabo Verde, onde a admiração por Eusébio sempre foi e é notável, a notícia causou muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e uma referência do desporto mundial, o que ele igualmente fez aliar a excepcionais qualidades humanas.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os moçambicanos, aproveitando para renovar a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames.
Portugal
"Por ocasião do desaparecimento físico de Eusébio da Silva Ferreira, acontecimento que mergulhou na tristeza o Povo Português bem como os amantes do desporto a nível mundial, em nome do Povo Cabo-verdiano e em meu nome pessoal, apresento a Vossa Excelência e, por seu intermédio, a todos os portugueses, sentidas condolências pela perda do maior símbolo do desporto português e um dos mais emblemáticos do mundo.
Na realidade, Eusébio, para além de ser um desportista de eleição, uma referência para a juventude portuguesa e mundial e que teve o condão de representar com muita dignidade as cores de Portugal, foi também um exemplo de rara humildade.
Num mundo caracterizado por exacerbadas divisões de toda a ordem, Eusébio conseguiu ser um factor de união de dimensão quase universal, relativizando contingências como a cor da pele ou o local de nascimento, transformando-se num grande símbolo de Portugal e do mundo.
As repercussões da sua morte em Cabo Verde foram de enorme pesar e muita emoção, uma vez que para diversas gerações ele foi um dos grandes ídolos do futebol e do desporto internacionais que aliou às condições de desportista de excepção excelsas qualidades humanas.
Nesta hora de dor solidarizo-me com os familiares de Eusébio e com todos os portugueses, e renovo a Vossa Excelência os meus mais sinceros pêsames".
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Caro Aly Silva
Não o conheço pessoalmente mas conheço-o há pelo menos quatro anos através do seu blogue Ditadura do Consenso que sigo pontualmente e de forma diária.
O seu sofrimento pela sua terra, contra as injustiças e a tirania são merecedoras do meu maior respeito e consideração.
Desejo-lhe as maiores felicidades.
Receba um abraço do
Serafim Azevedo - Porto»
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Há heróis em Bissau
A elite política e militar da Guiné-Bissau tem provado que o palco mais intenso da guerra colonial deu origem a um estado falhado. Um dos países mais pobres do Mundo onde o acesso ao poder significa a fuga à miséria e a obtenção de rendas provenientes dos cheques da ajuda internacional e do dinheiro dos narcotraficantes.
É por isso que Bissau tem sido palco de vários golpes que decidem quais os militares com acesso ao pote. Mas neste cenário desolador há muitos guineenses que resistem. Como o jornalista António Aly Silva, detido e agredido pelos golpistas, que escreveu no seu blogue: "O primeiro grau do heroísmo é vencer o medo." Ainda há sinais de esperança no país sonhado por Amílcar Cabral.
Armando Esteves Pereira»
Director-Adjunto do Correio da Manhã
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Parabéns, António Aly Silva
Soma e Segue. Continue a defender este País (Guiné-Bissau) com amor, garra, determinação e profissionalismo. O Povo está contigo porque lutas pela liberdade para todos.»
Telmo Correia
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Caro irmão,
Para manifestar-te o meu agrado pela tua proeza de atingires esta marca memorável de 10 milhões de visitas, não me ocorreu outra palavra para incentivar e enviar que não seja "Nô Pintcha", no bom crioulo guineense, vamos para a frente, entenda-se em progressão.
Lembro-me desta tua expressão muito querida, que dizes com a maior naturalidade, mas com a determinação de um guerreiro inquebrantável, sempre que te aprontas a desafiar as injustiças e actos de ditadura que se cruzam pelo teu caminho.
É assim a tua vida Aly, Ticha para os mais íntimos, uma vida sempre levada para a frente de combate, a dar corpo ao manifesto na defesa da causa guineense contra a opressão e a ditadura.
Uns questionarão a tua valência, outros invejar-te-ão eternamente, outros quererão ver-te riscado do mapa, mas a todos eles, desejamos apenas que contribuam com uma gota que seja, para alargar esse teu imenso oceano de energia e de luta em prol do teu/nosso martirizado Povo.
Que Deus Pai te abençoe com milhões de estrelas do Seu Firmamento.»
L.P.
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«Parabéns Aly,
Segue em frente e vá fazendo o teu trabalho como sempre. O teu carácter, honestidade, sinceridade, o amor à tua pátria, a tua inteligência não te permitem desistir e muito menos perder tempo com os que se aproveitam da situação em que a Guiné-Bissau está mergulhada. Segue o teu caminho...»
Zeca Silva
DC - 10 Milhões: TESTEMUNHO
«O António, o Aly: ou a defesa de uma causa justa
Já conheço o AAS (António Aly Silva, o Aly), há muitos anos. No início tivemos problemas e um dia o Aly quis-me bater. O Aly, como sempre, tinha razão: fui injusto e merecia ter apanhado.
O Aly é um jornalista e intelectual guineense que ama o seu país como ninguém. Por vezes parece algo diletante: é amigo dos amigos e das amigas, tem uma vida aventurosa, é diferente na sua simplicidade e autenticidade raras, parece um sonhador de outros tempos.
Mas não é só isso: o Aly escreve contra a injustiça, a corrupção e a mentira. Um dia disse-lhe que ele é que devia ser o Presidente da Guiné porque não conheço nenhum guineense tão patriota como o Aly. O Aly, modesto, disse que não.
Aly: força. A tua luta merece o teu sacrifício. Continua, vai em frente. o blogue prova que tens gente.
Abraço amigo do,
Vítor Cunha»
Ex-director-adjunto do semanário "O Independente"
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