quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

PREOCUPANTE: TAP suspende qualquer ligação para a Guiné-Bissau


A TAP suspendeu a sua operação normal para a Guiné-Bissau na sequência do embarque forçado no aeroporto de Bissau de 74 passageiros com documentação falsa no passado dia 10 de dezembro. Nem voos diretos nem voos através do Senegal. A TAP vai deixar de fazer, a partir de segunda-feira, qualquer ligação para a Guiné-Bissau. Tendo em conta o período do ano desta ocorrência, a companhia aérea decidiu promover temporariamente voos extraordinários entre Lisboa e Dacar, fretando um avião à Senegal Airlines para transportar os passageiros entre a capital do Senegal e Bissau.

Porém, o contrato com a companhia senegalesa termina com a realização do voo que parte de Lisboa na próxima 2ª feira, 30 de Dezembro, regressando na manhã de terça-feira. Os passageiros com reservas Lisboa/Bissau/Lisboa para além do dia 1 de janeiro serão contactados oportunamente pelos serviços da TAP.

A realização, no futuro, de voos da TAP entre Lisboa e Bissau será reavaliada quando existirem garantias que permitam a realização de voos em condições normais de segurança. Foi no dia 10 que o ministro guineense do interior exigiu o embarque de 74 passageiros sírios com documentação falsa.

Lavandaria a pressão


Depois da longa audição do ministro do Interior Antonio Suca Intchama, no âmbito das investigações do caso dos sírios, na passada segunda feira, os magistrados do Ministério Público emitiram um mandado de detenção contra o referido ministro, um dos homens de grande confiança do CEMGFA Antônio Indjai.

Segundo fontes fidedignas do DC, irritado com a duração da audição, Antônio Indjai convocou uma reunião no Estado-Maior General das Forças Armadas para advertir que, caso se continue com esta audição, que ele considera de humilhante para um oficial superior das FA, mandaria os seus homens para o retirar à força das instalações do ministério Público.

Segundo as mesmas fontes, o director da Policia Judiciária recusou executar a ordem de detenção de Suca Intchama alegando falta de condições de segurança para o efeito. Aliás, o suspeito ministro do Interior foi ao ministério Público acompanhado de dois elementos da PIR fortemente armados.

Esta atitude ilegal de obstrução à justiça de Antônio Indjai terá motivado o ministério Público a ordenar a libertação de outro suspeito, Calido Baldé, que esteve detido durante 14 dias nos calabouços da PJ. Tudo indica que este caso está encerrado definitivamente porque nem o governo muito menos o Serifo Nhamadjo estão interessados em entrar em rota de colisão com o Antônio Indjai - o super-homem da Guiné-Bissau. AAS

Lubu na kumé lubu? Son na Guiné

Governo guineense de transição responsabilizou o Executivo de Timor-Leste pelas dificuldades no processo de recenseamento eleitoral, em curso desde 1 de Dezembro. Em comunicado , assinado pelo Director-Geral do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE), Cristiano Na Bitan, afirma-se que os materiais doados por Timor-Leste à sua equipa chegaram «tardiamente» ao país e são «insuficientes». Uma boa desculpa para já não arrancar com as eleições no primeiro trimestre de 2014... Jorge Heitor, jornalista

OPINIÃO: Um senado para a Guiné-Bissau


Autores: Paulo Mendes Pinto, Rui Lomelino de Freitas e Fernando Catarino(*)
FONTE: PÚBLICO

«Urge criar soluções que possam dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Um país em construção apresenta um grupo de vantagens e, ao mesmo tempo, de desvantagens que reside na fragilidade das instituições do Estado. No caso da Guiné-Bissau, temos uma identidade coletiva construída em torno de grupos e de etnias, alguns deles transnacionais, cimentada essa identidade nos próprios processos de independência e na construção de uma vontade comum de daí construir um Estado.

No momento presente parece não carecer de grande demonstração a verificação da fragilidade das instituições do Estado guineense. Da mesma forma as sucessivas lutas, por vezes violentas, entre lideranças políticas demonstra também a inadaptação da aplicação de um modelo político ocidentalizado a uma realidade cultural muito específica. O desenvolvimento e instalação, nos últimos anos, de rotas de narcotráfico, é "apenas" um dos muitos corolários lógicos correspondentes a um duplo processo que se cruza no tempo:

1) Por um lado, as instituições tradicionais, ancestrais e agregadoras do coletivo não só se vão erodindo como não encontram direta cama nem reflexo no Estado ocidentalizado;

2) Por outro, as instituições e as lideranças de um modelo político constitucional não conseguiram um lugar na estrutura social que as legitime como óbvias, que as apresente como naturais, que as torne verdadeiramente emanadas e ao mesmo tempo dirigidas para a população.

Neste quadro, urge criar soluções que quebrem este ciclo vicioso podendo dar à Guiné-Bissau uma nova fase de paz social. Mais que reforço das polícias de administração interna, mais que o reforço das competências do Exército, mais que colaboração de tropas internacionais, torna-se imperativo recriar a ligação da população à sua ideia de nação e ao Estado, criando mecanismos de regulação do poder político e, acima de tudo, de representatividade das instâncias secularmente agregadoras dos indivíduos.

A criação de uma assembleia consultiva que surgisse de dentro das instituições que ao longo dos séculos construíram as diversas identidades da Guiné poderia afirmar-se como um patamar fundamental de recriação de elos entre a população e as suas elites, contornando toda a desconfiança e instabilidade que tem reinado em torno de qualquer processo político guineense.

Nesta assembleia consultiva, que se poderia designar por Senado, deveriam estar representados todos os grupos que possibilitam dar à Guiné a coesão que está para além dos pequenos ciclos políticos, ou até mesmo a continuidade em momentos de revolução.

As lideranças tribais e religiosas afirmam-se desde há milhares de anos como os polos de unidade social e aqui, na Guiné, deveriam ser a base desta instituição onde a representatividade não se obtém pelo voto, mas sim pela identidade coletiva. Poderiam ter assento neste Senado pelo menos três grupos de indivíduos que se movem num tempo mais longo que o imediato tempo do jogo político:

1) líderes tribais;

2) líderes religiosos;

3) líderes e antigos líderes de câmaras profissionais (comércio, indústria, ordens profissionais, etc.)

Obviamente, a criação de uma instituição como a aqui apontada implicaria o seu sólido estabelecimento no articulado da Constituição, e deveria ter como base do seu processo de estabelecimento um debate nacional que conduzisse a um amplo consenso.

Só num processo que recupere a ligação da população aos seus vectores de identidade se pode dar à Guiné uma porta para que entre o passado e o futuro se construam oportunidades para as novas gerações. A capacidade cada vez mais sólida das novas gerações deve ser consolidada politicamente através de uma “religação” ao que une as gentes e as torna habitantes de um lugar, ao que dá sentido a um colectivo que vê na comunidade um caminho comum.

(*) Professores da área de Ciência das Religiões da Universidade Lusófona
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terça-feira, 24 de dezembro de 2013

«OS GOLPISTAS estão a desfilar e são de novo candidatos. Como é possível? Estes bandidos têm que ser julgados. NÃO À AMNISTIA.» Braima Candé

Koumba


No dia 2 de Julho de 2009, apresentei a minha demissão do cargo de porta-voz da candidatura do Kumba Yalá (uma nomeação que ele próprio assinou, ainda em Marrocos). Foi-me entregue um exemplar, e um outro foi afixado na vitrine da sede do PRS, em Bissau - presumo que o original esteja guardado nos arquivos do partido... Kumba Yalá, em conversa nas horas 'mortas' da campanha referia-se à minha pessoa como «o nosso Mandela». «És, és i nô Mandela». E Kumba sabia bem porque dizia isso. Nós sabemos!!!

Mas queria aqui contar-vos a cena que se seguiu à minha demissão. Os resultados da primeira volta das eleições presidenciais de 2009 foram apresentados no Palace Hotel (hoje, Embaixada da República de Angola na Guiné-Bissau). Boicotei a conferência de imprensa, e fiquei a aguardar o Kumba na casa dele. Eu já sabia ao que ia... Assim que Koumba chegou, gerou-se o aparato do costume. Abriram o portão, descarregaram-se as AK-47 para dentro de casa, e ele disse «Aly, entra» (um pormenor: Koumba vinha sempre receber-me à porta), e fomos entrando. Fui o último a entrar. Deixei que o BALTASAR ALVES CARDOSO, o GASPAR GOMES FERNANDES (já falecido), o PAULO CIRILO CASSAMA, o VITOR PEREIRA e o PEDRO DA COSTA entrassem.

Lá dentro já não havia uma cadeira disponível, de modo que fiquei de pé. E de repente Koumba entra na sala. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, tomei a palavra e disse com convicção: «Presidente, estes cinco bandidos vão estragar a sua campanha», e estendi-lhe a minha demissão. Ele apenas abriu os braços como que perguntando «mas o que se passa aqui?». Era irreversível a minha decisão, e com efeitos imediatos. Disse boa tarde, e saí aliviado da casa do Koumba Yalá.

Fui diretamente para o jornal 'Diário de Bissau'. Bati à porta e entrei. Estava lá o diretor do jornal, o meu bom amigo João de Barros, também militante do PRS e um seu antigo secretário de Estado para a Comunicação Social. Dei-lhe conta do sucedido. Não me admoestou, muito pelo contrário. O João sabia das arbitrariedades todas, e nunca se mostrou de acordo. Foi dos poucos, no PRS, a apontar-lhes as minhas capacidades. E o que acontece a seguir?

Bom, a seguir alguém tocou à porta do jornal. Para o nosso espanto, entram a Sra. ALIMA FERRAGE e uma outra pessoa, que vim a saber depois tratar-se de uma sobrinha do próprio Koumba Yalá. Então, a cena que se seguiu foi surreal. A Alima Ferrage, sem nada dizer, deixou-se cair de joelhos prostrada à minha frente, tirou o lenço da cabeça e, implorando, disse: «Por favor, Ticha, vem, vamos conversar com o Presidente, ele está à tua espera.»

O que lhe respondi - e o João de Barros continua como testemunha - foi: «Diz ao Koumba Yalá que vá para a puta que o pariu!» Não sei se a Alima deu o meu recado... António Aly Silva


P.S.: Sei que é dia 24 de dezembro, véspera de Natal, época em que os palavrões são mais censurados. Façam de conta que estão a ler o último parágrafo deste texto no dia 26. AAS

TAP/SÍRIOS: IDENTIDADE DESCONHECIDA


Como se identifica alguém que não tem documentos? Melhor: como se identifica alguém que não tem documentos e cujas impressões digitais não aparecem em nenhuma base de dados europeia? Melhor ainda: como se identifica alguém que não tem documentos, cujas impressões digitais não aparecem em nenhuma base de dados europeia e que vem de um país em guerra civil? Pois é. Para ler na Sábado, um trabalho do NUNO TIAGO PINTO





Kumba Yalá disse que eu fui «expulso do PRS»...Para os mentirosos, cá vai:


VEJAM QUEM FOI EXPLUSO: A DEMISSÃO DE ANTÓNIO ALY SILVA, DO PRS...E mais não digo. Ele terá falado como... padrasto de alguém?. Ai, se eu abro a boca sobre coisas que vi numa certa campanha política... Bom dia. AAS

TAP/SÍRIOS: Depois da bonança...a tempestade

O Governo português insiste que «embarque forçado» de sírios é «inaceitável> e o o «embarque forçado» de passageiros sírios por coerção de autoridades guineenses é «inaceitável», revelando que aguarda as «consequências» e que seja garantido que situações semelhantes não tornem a acontecer.

«O Governo português reitera que o sucedido - o embarque forçado, através de pressão e coerção por parte de autoridades guineenses sobre funcionários da TAP, de 74 passageiros com documentação reconhecidamente falsa numa aeronave portuguesa com destino a Lisboa - é absolutamente inaceitável», pode ler-se num comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A nota surge depois de o ministério de Rui Machete ter sido informado das conclusões da comissão de inquérito acerca do «grave incidente de segurança» ocorrido no aeroporto de Bissau, que apontam para o envolvimento direto ministro do Interior do Governo de transição guineense, António Suca Ntchama.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

PAIGC: Comunicado do projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”


Comunicado

O Projecto para uma Liderança Democrática e Inclusiva, tendo tomado conhecimento do conteúdo quer, do acordo denominado “Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC”, como das declarações aí proferidas, vem tornar público o seguinte:

O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, sem prejuízo da sua avaliação quanto ao mérito da iniciativa, respeita os esforços das diferentes sensibilidades e correntes de opinião na busca de soluções para os inúmeros problemas funcionais que Partido enfrenta, uma vez que a busca de alternativas que minimizam o nível de conflitualidade e contribuam para um diálogo construtivo constitui um dever de todos os militantes, sem excepção.

Contudo convém relembrar que as competência para proceder à correcção e ajuste dos documentos a submeter à intenção do VIII Congresso Ordinário do Partido, cabe à Comissão Nacional Preparatória criada pelo Comité Central, sendo por conseguinte inaceitável que um grupo de Dirigentes, tenham a veleidade de se propor usurpar e substituir o referido Órgão Estatuário criando uma pretensa “Comissão Técnica Conjunta para correcção e ajustes à proposta de Ante-Projecto de Revisão dos Estatutos, do Regulamento Eleitoral e do Regimento do Congresso”, à luz da referida Aliança.

O Ante-Projecto Revisão dos Estatutos e a proposta Alternativa de Revisão Pontual, com os comentários e subsídio que lhes foram aportados durante a sua apreciação e discussão pelos militantes nas conferências sectoriais e regionais, são os documentos base, não se podendo pretender, agora, forjar e introduzir documento com elementos que não foram objecto da tramitação de consulta previstas nos Estatutos do PAIGC.

Outrossim, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, reafirma a posição anteriormente manifestada sobre o modelo organizacional, preconizando uma revisão pontual dos aspectos dos actuais estatutos que tenham sido causa próxima de conflitualidade interna, reservando uma eventual revisão profunda para um congresso extraordinário a convocar para o efeito.  

Condenamos as arbitrariedades, discriminações e violações sistemáticas das mais elementares regras de funcionamento do Partido e respectivos órgãos, atitudes essas, que estão a minar os valores de confiança e credibilidade do processo preparatório do VIII Congresso Ordinário, bem com a coesão interna do Partido.

O Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” exorta as estruturas competentes a absterem-se de comportamentos que tenham como resultado prático os sucessivo e inadmissíveis adiamentos do Congresso, com o risco sério do Partido não participar nas próximas eleições legislativas mascadas para 16 de Março próximo, pelo que, tais comportamentos persistam serão tomadas medidas preventivas tendentes a salvaguardar os superiores interesses dos militantes e simpatizantes do partido e do povo da Guiné-Bissau. 

Congratulamo-nos com a circunstância das demais candidaturas reconhecerem a necessidade de federar numa aliança todos os projectos minoritários como forma de tentar contrariar a vontade da maioria absolutamente inequívoca expressa nas assembleias de base, conferências sectoriais e regionais.

O acto de assinatura da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC também permitiu constaram de forma evidente que muitos estão no PAIGC porque têm um interesse pessoal a defender, portanto, demonstraram inequivocamente que são gente sem escrúpulo e querendo o poder a todo o custo, mesmo pisando as mais elementares regras ditadas pela ética e pela moral.

Desde a primeira hora, o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva” e o seu Candidato à Presidência do PAIGC, camarada Braima Camará defenderam uma linha de rumo, ou seja, os Estatutos aprovados em Gabú e repudiaram de forma firme e clara o ante-projecto que defende uma bicefalia no Partido e os subscritores da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC demonstraram que se vestem conforme as suas necessidades e ambições pessoais, numa prática que os nossos cidadãos apelidam de “manha de camaleão”.

Um velho ditado que citamos, diz que “quem tem telhado de vidro não atira pedras ao vizinho” e por isso mesmo só queremos relembrar aos integrantes da dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC, que nas recentes Conferências Regionais ocorridas em Bissau, Tombali, Cantchungo, Farim, Bafatá e mesmo em Bubaque, camiões transportaram arroz, óleo de mancarra, para além de dinheiro vivo que foram distribuídos aos delegados a olho nu e se tiverem a ousadia de negar, apresentaremos provas destes factos.

É esta a diferença que subsiste entre a Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC e o Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”, razão pela qual expressamos a nossa grande preocupação pelo facto de algumas importantes ajudas financeiras concedidas ao PAIGC por países e partidos amigos e que não foram depositadas nas contas bancárias do Partido, mas sim, por ordens expressas tomadas pelo actual 1º Vice-Presidente e Presidente em Exercício do PAIGC, Comandante Manuel Saturnino da Costa foram entregues à gestão directa de um dos candidatos, ou seja, do camarada Carlos Correia, servindo-se delas para apoiar as acções da Plataforma, hoje, transformada na dita Aliança para a Unidade e Coesão do PAIGC, acto em si ilegal, anti-estatutário e de foro criminal, que demonstra de per si, a continuidade desta prática irresponsável ditada por uma condenável promiscuidade e impunidade reinante na actual Direcção Interina do PAIGC.

Entendemos que no seu devido tempo, accionará os mecanismos em instituições competentes no sentido de repor a legalidade na defesa da transparência política e administrativa.

A terminar, comunicamos a todos os dirigentes, responsáveis e militantes que o integram a manterem-se firmes, coesos e determinados até a conquista da nossa vitória no VIII Congresso Ordinário, para assim podermos salvaguardar os valores e os princípios pelos quais os melhores filhos da nossa Pátria Amada deram à vida, entre os quais se destacam Amílcar Cabral e os seus companheiros Combatentes da Liberdade da Pátria.

Bissau, 23 de Dezembro de 2013

Pela Coordenação Política do Projecto “Por uma Liderança Democrática e Inclusiva”

TAP/SÍRIOS: Vá apanhar bonés, ó ministro!


"O ministro Saido Baldé disse aos microfones da RDP-Africa, que os passageiros Sirios embarcados à força para Lisboa por um dos seus comparsas nesse governo de malfeitores, "eram turistas que estavam em trânsito na Guiné-Bissau". Disse igualmente de que, o Ministro do Interior, Suka Ntchama "alegando segurança interna, fez pressão para que seguissem viagem, pois enquanto turistas não podiam ficar no territorio nacional", pois "entre ficar e perigar a segurança do pais, ou embarcar..., este forçou o embarque destes para o destino".
Pergunta-se qual destino!!!

O que se sabe e bem, é que os Sirios não tinham e nem podiam ter como destino Lisboa, pois não possuiam documentos legais para ai seguirem viagem. Eles não possuiam vistos nem quaisquer outros documentos validos que os habilitassem legalmente para prosseguir viagem com destino para Lisboa.

Dai, Sr Ministro, o que seria elementar num Estado de Direito (não como foi no Estado Traficante de Emigrantes Clandestinos como o nosso), os ditos "turistas" encomendados por meliantes do governo de que Va Exa faz parte, deviam ser recambiados à origem da sua proveniência, isto é, Marrocos e não força-los a embarcar criminosamente para um pais que não tinha nada a ver com eles, num manifesto acto de terrorismo de Estado.
 
O que o Ministro devia dizer, caso os tivesse no sitio, é que, os Sirios tinham que viajar, tal como viajaram para Lisboa à força de ameaças e aos empurrões, porque um grupo de contrabandistas que apoderaram de um Estado abandonado, ja tinham recebido à cabeça e adiantadamente, centenas de milhares de euros e aguardavam simplesmente o embarque com destino a Europa (neste caso concrecto Lisboa), para se apressarem a estender as mãos e exigirem o remanescente desse trafico humano hediondo.
 
Era tão simples como isso, Sr Ministro Inquiridor, não vale a pena ir por tantos caminhos da mentira para tentar enganar os guineenses que ja conhecem e bem, o que é capaz o vasto cadastro do (des)governo de Va Exas.
 
E ja agora, deixe-lhe dizer de que, a chicana maquiavélica de tentar co-responsabilizar o chefe de escala da TAP para Africa nessa torpe palhaçada para branquear o seu colega traficante de carne humana não "cola", pois por aquilo que nos tem dado a constactar, se, nem da sua matéria bem sabe, tão pouco sabera das regras de gestão e de segurança do trafego aereo.
 
Tenho dito"

Morreu Mikhail Kalashnikov, o inventor da AK-47, a arma que matou mais pessoas do que todas as guerras juntas. Tinha 94 anos. AAS