terça-feira, 17 de dezembro de 2013

LOUVOR: Uma medalha para cada sírio, se faz favor. AAS

NOTÍCIA DC-CASO DE POLÍCIA: O abate indiscriminado de árvores e o transporte de toros de madeira. Com veículos perfeitamente identiciados. Ditadura do Consenso, mais cedo ou mais tarde, o seu blog. AAS


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OPINIÃO: Duas demissões não chegarão


No espaço de mais ou menos uma semana, dois ministros demitiram-se das suas funções. Delfim da Silva, que tutelava os Negócios Estrangeiros, e, agora, António Suka Ntchama, do ministério do Interior. Não resistiram ao 'caso dos 74 sírios', que de Bissau partiram para atormentar Portugal e a Europa. Foram usados todos os adjectivos para classificar este acto tresloucado das autoridades Bissau-guineense.

Caros amigos,

Quando ministros desta envergadura se demitem por causa de um escândalo que de tão grande, tão grande, pôs em causa a segurança de vinte e sete Estados membros da União Europeia, então seria preciso ir mais longe. Implicaria, a meu modesto ver, a demissão do próprio primeiro-ministro, e, por arrasto, de todo o governo de transição golpista.

Duas demissões não chegarão, portanto. Aliás, ditadura do consenso sabe que mais detenções ocorrerão em Bissau, e, em Lisboa, as autoridades policiais portuguesas estão a trabalhar para a identificação do ponto focal desta rede mafiosa, incumbido de receber o resto do dinheiro. A Polícia Judiciária guineense e o seu diretor geral estão de parabéns, pois só trabalhando com seriedade podemos limpar o nosso país daqueles que lhe mal fazem.
AAS

Enquanto os sírios estão a comer bacalhau em Lisboa, na Guiné-Bissau os ministros estão a cair que nem tordos... AAS

EXCLUSIVO DC: Caso TAP/Sírios: Ministro do Interior demitiu-se. AAS

Caso TAP/Sírios: Greve geral trava audição


A greve da função pública que está a decorrer na Guiné-Bissau impediu, esta segunda-feira, a realização da audição em tribunal de K. Baldé, suspeito de recrutar os passageiros com passaportes falsos que viajaram num voo da TAP até Lisboa.

Apesar deste impedimento, a polícia já recebeu garantias de que hoje, terça-feira, haverá um juiz disponível para ouvir o suspeito. K. Baldé, recorde-se, foi detido na sexta-feira pela Polícia Judiciária guineense, pela suspeita de ter acompanhado os cidadãos estrangeiros, presumivelmente sírios, de Marrocos até à capital guineense, referiu a mesma fonte.

Faleceu esta noite, em Bissau, Besna na Fonta, Ex-Secretário de Estado do Ensino. Que descanse em paz. AAS

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MNE português: «Incidente com voo da TAP em Bissau esteve 'próximo de acto de terrorismo'»


O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou hoje que o incidente com o voo da TAP entre Bissau e Lisboa em 10 de dezembro esteve "muito próximo dos atos de terrorismo". "Foi um ato muito próximo dos atos de terrorismo, portanto, que tem exatamente os mesmos objetivos e naturalmente põe em causa a segurança das pessoas", afirmou Rui Machete em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros,

O chefe da diplomacia portuguesa adiantou ter feito uma intervenção sobre o caso na reunião e que todos os parceiros europeus partilham da "preocupação" do executivo português, referindo ainda que espera que a Guiné-Bissau "dê garantias suficientes" para que a ligação aérea, que foi suspensa, possa ser retomada. Rui Machete revelou ainda que quase todos os 74 presumíveis cidadãos sírios com passaporte falso que chegaram a Lisboa a bordo do voo da TAP, na semana passada, já pediram o estatuto de refugiado e que estes estão a ser analisados "caso a caso".

O ministro acrescentou haver "indicação clara de que os sírios que vieram, que fugiram de uma situação difícil, e que estavam a viver, presume-se, na Turquia, pagaram uma determinada quantia por cabeça a uma organização" com pessoas "ligadas a membros do governo da Guiné-Bissau". Rui Machete referiu que esta situação "demonstra a fragilidade da situação política" na Guiné-Bissau, atualmente com um governo transitório não reconhecido por Portugal, e disse esperar que as eleições previstas para 16 de março possam ser fiscalizadas pela União Europeia.

Eu, a UE


Texto escrito em 2010

Um Franco abraço, e até breve

FRANCO NULLI deixou Bissau hoje, dando assim por finda a sua missão como Delegado da União Europeia na Guiné-Bissau. Não a ligação ao País, de que diz "gostar muito". E eu sei que é a verdade.

Franco Nulli, acompanhado da sua mulher, viajou para Dakar. A viagem continua rumo a Johanesburgo (África do Sul) onde terá de aguardar uma horinha pelo voo que o levará para a Zâmbia, terra da sua mulher, para viver a sua merecida reforma. O embaixador, para além da sua casa, está a construir uns bungalows, uma espécie de turismo rural para receber turistas e amigos.

Conheci Franco Nulli ainda no tempo do Kora Club, nos anos oitenta. Trabalhava como fiscal para uma empresa italiana. Não tivemos nenhuma relação especial mas posso dizer que já bebemos da mesma garrafa de um bom scotch.

Já como delegado da UE em Bissau, Franco Nulli convidou-me uma vez para uma festa muito bonita (com passagem de moda e tudo) nos jardins da representação que dirigia. Partilhámos um caldo de chabéu, num almoço apressado de trabalho em casa de interposta pessoa.

Estive também com ele em dois ou três encontros de trabalho no seu gabinete - eu estava a realizar um serviço para a União Europeia. Tirando isso, um ou outro encontro casual, de circunstância, com cumprimentos breves mas afáveis - reconheço. De resto, outra coisa não seria de esperar do Embaixador Franco Nulli.

Ultimamente - e muito por causa do 'incidente' do 1 de abril - as nossas relações, que eram praticamente nenhumas, simplesmente esfumaram-se. Foi até num café (que é de onde escrevo este post, entre dois cafés e muitos, mas muitos cigarros) que se deu o que se segue.

Quando entrei, vi Franco Nulli sentado com amigos e assim que nos encaramos, começou a abanar a cabeça de um lado para o outro e a gesticular. Depois, disse: "Assim não, Ticha. Assim não". Apertei-lhe a mão e segui o meu caminho, por entre um sorriso maroto. Mas não era nada de pessoal contra Franco Nulli, e sim contra a instituição que representava. Bom, havia alguma provocação da minha parte, admito...

Eu percebi a mensagem, mas, menos de 36h depois, o blog lançava outra notícia-bomba: a reacção de Nulli às declarações do Presidente da República, Malam Bacai Sanha. Obviamente, Franco Nulli não gostou. E, não gostando, reagiu diplomaticamente: deixou simplesmente de me cumprimentar.

Estranhei e perguntei a amigos comuns. Que sim. Dizem-me que Franco Nulli não aprovava de maneira nenhuma os constantes 'ataques' do blog ditadura do consenso à União Europeia, de que era Delegado, o rosto da Europa dos 27 na Guiné-Bissau. E era justo. Eu também não gostaria.

Para a história da passagem de Franco Nulli pela Guiné-Bissau, ficam as duas pontes - a de João Landim e a de São Vicente, duas das maiores obras de engenharia que o País conheceu. Estamos reconhecidos. A Guiné-Bissau ficou ainda a ganhar com muitas leis e algumas reformas pontuais, algumas prontas, outras em preparação, outras já em execução, e ainda projectos vários financiados pela União Europeia.

O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, condecorou o Embaixador, agradeceu-o e reconheceu os esforços e o empenho de Franco Nulli durante os seus anos de missão na Pátria de Amílcar Cabral. Uma missão nada fácil, aquela do embaixador: cheia de espinhos e de barreiras; enfim, Franco Nulli teve de ajudar a apagar muitos fogos. Nuns, ficou chamuscado; noutros saiu quase assado...

Pela parte que me toca, foi um prazer ter conhecido Franco Nulli. Como pessoa e como embaixador e representante maior da União Europeia no meu País - a Guiné Bissau. Imagino que Franco Nulli, neste momento a voar para a África do Sul, esteja a sentir saudades da Guiné-Bissau; imagino Franco Nulli a olhar para a mulher e a assentar-lhe um beijo suave no rosto; imagino Franco Nulli a olhar pela janelinha do avião e a não reconhecer nada do que vê lá em baixo. Os tons de verde não são mais os mesmos. É a saudade, palavra não traduzível em italiano, nem, diz-se, em mais língua nenhuma.

Eu, tenho já saudades do Franco Nulli. E o meu desejo é o de que, um dia, Franco Nulli e a sua mulher possam regressar à Guiné-Bissau para nos visitar, e encontrar um País estável, reconciliado e desenvolvido. Um País orgulhoso do seu conturbado passado. Que venha um encontrar um Povo que soube perdoar.

Que venha encontrar uma Guiné-Bissau que a Europa, bem ou mal, ajudou e ajudará a reerguer-se para, como dizia Amílcar Cabral, "caminhar pelos seus próprios pés e ser guiado pela sua própria cabeça".

Abraço fraterno,
António Aly Silva

«Os sanguessugas estão a chupar a Guiné-Bissau»


Se estão...

N'O Informador, Nuno Tiago Pinto chama a atenção: O Celso Filipe, hoje, no editorial do Jornal de Negócios põe o dedo na ferida: o Estado da Guiné Bissau está podre. Os guineenses estão condenados a uma não existência graças ao poder imposto pelas armas por uns quantos déspotas que desonram as insígnias militares que ostentam. Os mesmos que patrocinaram o golpe de Estado de Abril de 2012 graças ao dinheiro do narcotráfico envolveram-se, naturalmente, no tráfico de seres humanos e, provavelmente em muitos outros tráficos – porque estes negócios cruzam-se, entrelaçam-se e convivem entre si numa complicada teia de interesses. Partilham rotas, trocam favores, fazem negócios, vendem segurança e estão dependentes uns dos outros. Até quando vão andar impunes pelas ruas de Bissau?

Autor: Celso Filipe
Jornal: JN

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INVESTIGAÇÃO DC/Voo dos 74: Mais nomes para a PJ agir


Fonte fidedigna no aeroporto de Bissau, confirmou ao ditadura do consenso que a pessoa que acompanhou de perto, inclusivamente preencheu a documentação de entrada e saída dos "refugiados", foi o Carlitos da Silva, ex-segurança da ENAG-Bissau e muito próximo do ministro do Interior António Suca Ntchama, que, após a sua nomeação promoveu o seu retorno aos Serviços Aeroportuários, onde age livremente e sob cobertura do todo-o-poderoso Ministro do Interior.

Outro elemento também ligado ao preenchimento dos documentos dos «refugiados» sírios é um outro individuo chamado Gino. Quando o escândalo rebentou, o Carlitos da Silva desapareceu de circulação. Não se sabe se, por recomendação, ou para não prestar contas que venham a comprometer o seu "chefe" na alhada em que se meteu. AAS