segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
MNE português: «Incidente com voo da TAP em Bissau esteve 'próximo de acto de terrorismo'»
O ministro dos Negócios Estrangeiros português considerou hoje que o incidente com o voo da TAP entre Bissau e Lisboa em 10 de dezembro esteve "muito próximo dos atos de terrorismo". "Foi um ato muito próximo dos atos de terrorismo, portanto, que tem exatamente os mesmos objetivos e naturalmente põe em causa a segurança das pessoas", afirmou Rui Machete em declarações aos jornalistas em Bruxelas, à margem do Conselho de Negócios Estrangeiros,
O chefe da diplomacia portuguesa adiantou ter feito uma intervenção sobre o caso na reunião e que todos os parceiros europeus partilham da "preocupação" do executivo português, referindo ainda que espera que a Guiné-Bissau "dê garantias suficientes" para que a ligação aérea, que foi suspensa, possa ser retomada. Rui Machete revelou ainda que quase todos os 74 presumíveis cidadãos sírios com passaporte falso que chegaram a Lisboa a bordo do voo da TAP, na semana passada, já pediram o estatuto de refugiado e que estes estão a ser analisados "caso a caso".
O ministro acrescentou haver "indicação clara de que os sírios que vieram, que fugiram de uma situação difícil, e que estavam a viver, presume-se, na Turquia, pagaram uma determinada quantia por cabeça a uma organização" com pessoas "ligadas a membros do governo da Guiné-Bissau". Rui Machete referiu que esta situação "demonstra a fragilidade da situação política" na Guiné-Bissau, atualmente com um governo transitório não reconhecido por Portugal, e disse esperar que as eleições previstas para 16 de março possam ser fiscalizadas pela União Europeia.
Eu, a UE
Texto escrito em 2010
Um Franco abraço, e até breve
FRANCO NULLI deixou Bissau hoje, dando assim por finda a sua missão como Delegado da União Europeia na Guiné-Bissau. Não a ligação ao País, de que diz "gostar muito". E eu sei que é a verdade.
Franco Nulli, acompanhado da sua mulher, viajou para Dakar. A viagem continua rumo a Johanesburgo (África do Sul) onde terá de aguardar uma horinha pelo voo que o levará para a Zâmbia, terra da sua mulher, para viver a sua merecida reforma. O embaixador, para além da sua casa, está a construir uns bungalows, uma espécie de turismo rural para receber turistas e amigos.
Conheci Franco Nulli ainda no tempo do Kora Club, nos anos oitenta. Trabalhava como fiscal para uma empresa italiana. Não tivemos nenhuma relação especial mas posso dizer que já bebemos da mesma garrafa de um bom scotch.
Já como delegado da UE em Bissau, Franco Nulli convidou-me uma vez para uma festa muito bonita (com passagem de moda e tudo) nos jardins da representação que dirigia. Partilhámos um caldo de chabéu, num almoço apressado de trabalho em casa de interposta pessoa.
Estive também com ele em dois ou três encontros de trabalho no seu gabinete - eu estava a realizar um serviço para a União Europeia. Tirando isso, um ou outro encontro casual, de circunstância, com cumprimentos breves mas afáveis - reconheço. De resto, outra coisa não seria de esperar do Embaixador Franco Nulli.
Ultimamente - e muito por causa do 'incidente' do 1 de abril - as nossas relações, que eram praticamente nenhumas, simplesmente esfumaram-se. Foi até num café (que é de onde escrevo este post, entre dois cafés e muitos, mas muitos cigarros) que se deu o que se segue.
Quando entrei, vi Franco Nulli sentado com amigos e assim que nos encaramos, começou a abanar a cabeça de um lado para o outro e a gesticular. Depois, disse: "Assim não, Ticha. Assim não". Apertei-lhe a mão e segui o meu caminho, por entre um sorriso maroto. Mas não era nada de pessoal contra Franco Nulli, e sim contra a instituição que representava. Bom, havia alguma provocação da minha parte, admito...
Eu percebi a mensagem, mas, menos de 36h depois, o blog lançava outra notícia-bomba: a reacção de Nulli às declarações do Presidente da República, Malam Bacai Sanha. Obviamente, Franco Nulli não gostou. E, não gostando, reagiu diplomaticamente: deixou simplesmente de me cumprimentar.
Estranhei e perguntei a amigos comuns. Que sim. Dizem-me que Franco Nulli não aprovava de maneira nenhuma os constantes 'ataques' do blog ditadura do consenso à União Europeia, de que era Delegado, o rosto da Europa dos 27 na Guiné-Bissau. E era justo. Eu também não gostaria.
Para a história da passagem de Franco Nulli pela Guiné-Bissau, ficam as duas pontes - a de João Landim e a de São Vicente, duas das maiores obras de engenharia que o País conheceu. Estamos reconhecidos. A Guiné-Bissau ficou ainda a ganhar com muitas leis e algumas reformas pontuais, algumas prontas, outras em preparação, outras já em execução, e ainda projectos vários financiados pela União Europeia.
O Presidente da República, Malam Bacai Sanha, condecorou o Embaixador, agradeceu-o e reconheceu os esforços e o empenho de Franco Nulli durante os seus anos de missão na Pátria de Amílcar Cabral. Uma missão nada fácil, aquela do embaixador: cheia de espinhos e de barreiras; enfim, Franco Nulli teve de ajudar a apagar muitos fogos. Nuns, ficou chamuscado; noutros saiu quase assado...
Pela parte que me toca, foi um prazer ter conhecido Franco Nulli. Como pessoa e como embaixador e representante maior da União Europeia no meu País - a Guiné Bissau. Imagino que Franco Nulli, neste momento a voar para a África do Sul, esteja a sentir saudades da Guiné-Bissau; imagino Franco Nulli a olhar para a mulher e a assentar-lhe um beijo suave no rosto; imagino Franco Nulli a olhar pela janelinha do avião e a não reconhecer nada do que vê lá em baixo. Os tons de verde não são mais os mesmos. É a saudade, palavra não traduzível em italiano, nem, diz-se, em mais língua nenhuma.
Eu, tenho já saudades do Franco Nulli. E o meu desejo é o de que, um dia, Franco Nulli e a sua mulher possam regressar à Guiné-Bissau para nos visitar, e encontrar um País estável, reconciliado e desenvolvido. Um País orgulhoso do seu conturbado passado. Que venha um encontrar um Povo que soube perdoar.
Que venha encontrar uma Guiné-Bissau que a Europa, bem ou mal, ajudou e ajudará a reerguer-se para, como dizia Amílcar Cabral, "caminhar pelos seus próprios pés e ser guiado pela sua própria cabeça".
Abraço fraterno,
António Aly Silva
«Os sanguessugas estão a chupar a Guiné-Bissau»
Se estão...
N'O Informador, Nuno Tiago Pinto chama a atenção: O Celso Filipe, hoje, no editorial do Jornal de Negócios põe o dedo na ferida: o Estado da Guiné Bissau está podre. Os guineenses estão condenados a uma não existência graças ao poder imposto pelas armas por uns quantos déspotas que desonram as insígnias militares que ostentam. Os mesmos que patrocinaram o golpe de Estado de Abril de 2012 graças ao dinheiro do narcotráfico envolveram-se, naturalmente, no tráfico de seres humanos e, provavelmente em muitos outros tráficos – porque estes negócios cruzam-se, entrelaçam-se e convivem entre si numa complicada teia de interesses. Partilham rotas, trocam favores, fazem negócios, vendem segurança e estão dependentes uns dos outros. Até quando vão andar impunes pelas ruas de Bissau?
Autor: Celso Filipe
Jornal: JN
INVESTIGAÇÃO DC/Voo dos 74: Mais nomes para a PJ agir
Fonte fidedigna no aeroporto de Bissau, confirmou ao ditadura do consenso que a pessoa que acompanhou de perto, inclusivamente preencheu a documentação de entrada e saída dos "refugiados", foi o Carlitos da Silva, ex-segurança da ENAG-Bissau e muito próximo do ministro do Interior António Suca Ntchama, que, após a sua nomeação promoveu o seu retorno aos Serviços Aeroportuários, onde age livremente e sob cobertura do todo-o-poderoso Ministro do Interior.
Outro elemento também ligado ao preenchimento dos documentos dos «refugiados» sírios é um outro individuo chamado Gino. Quando o escândalo rebentou, o Carlitos da Silva desapareceu de circulação. Não se sabe se, por recomendação, ou para não prestar contas que venham a comprometer o seu "chefe" na alhada em que se meteu. AAS
domingo, 15 de dezembro de 2013
Os sírios já vinham de longe...: "Porém, já em Abril passado um grupo de três dezenas de refugiados da guerra civil síria com quatro crianças tinha sido detido em Lisboa por suspeita de imigração, tendo também viajado via Bissau. Tinham passaportes sírios e turcos com carimbos contrafeitos de origem grega e alemã. Dirigiram-se a outros países da Europa" In 'Público'
sábado, 14 de dezembro de 2013
CASO SÍRIOS/TAP: 5 doentes ficaram em terra...
Pelo menos cinco doentes que deviam ser transferidos da Guiné-Bissau para Portugal aguardam por uma decisão sobre a retoma das ligações aéreas diretas entre os dois países, disse hoje à agência Lusa um operador de viagens. Conduto de Pina, proprietário da Guinetours, uma das mais antigas agências de viagens de Bissau, disse que os doentes deviam ter viajado nas últimas 48 horas, mas as outras companhias não aceitam transportá-los, uma vez que necessitam de viajar deitados, ocupando, desta forma, mais lugares no avião.
Sem especificar qual a condição dos doentes, esclareceu que não correm perigo de vida. "Nenhuma companhia vai aceitar levar pessoas daqui para Dacar (capital do Senegal, a cerca de uma hora de avião) e de lá para Lisboa, deitadas, pois precisaria de cinco lugares", disse Conduto de Pina, dono da agência Guinetours. Aquele responsável adiantou que compreende a decisão, uma vez que, neste período do ano, "é muito difícil viajar".
O proprietário da Guinetours afirma que "muita gente não tem noção" dos prejuízos que o país irá ter com a falta de voos diretos entre Bissau e Lisboa. Apontou o exemplo de medicamentos que deviam chegar ao país nos últimos dias, mas que não foram entregues, por falta de voos diretos. "As pessoas não fazem ideia do custo que é fazer escala em Abidjan, Casablanca, Praia ou Dacar para chegar ou sair de Bissau", enfatizou Conduto de Pina.
O empresário pediu "bom senso" aos guineenses que, disse, deviam fazer "um exame de consciência" perante o que diz ser "um risco enorme" se a comunidade internacional passar a catalogar a Guiné-Bissau como ponto de passagem de emigrantes ilegais. A Guinetours tem sido "invadida" por passageiros que querem saber como podem viajar.
A TAP decidiu cancelar os voos entre a Guiné-Bissau e Portugal na sequência do embarque forçado pelas autoridades guineenses de 74 passageiros com passaportes falsos, no voo de terça-feira, para Lisboa. Como alternativa, está a fretar aviões da Air Senegal entre Bissau e Dacar, onde existem ligações diretas da TAP para Lisboa. Lusa
INVESTIGAÇÃO DC: «Refugiados» sírios 'passaram' por Dakar
O embaixador da Guiné-Bissau em Dakar, Idrissa Embalo, está metido neste negócio das arábias que levou 74 cidadãos sírios numa aventura descontrolada e de puro terrorismo rumo a Lisboa. Ditadura do consenso sabe que foi Idrissa Embaló quem organizou o encaminhamento dos «refugiados» até Bissau, assim como tratou da sua instalação até à sua partida forçada para Lisboa. Aliás, o embaixador recepcionou tanto o 1° como o 2° grupo. Depois de instalar, preparar e certificar de que partiriam, recebeu a sua parte e terá viajado para Paris. Contudo, ditadura do consenso sabe que Idrissa já foi chamado a Bissau para dar "explicações".
Porém, com a implicação do embaixador guineense em Dakar, neste caso, dificilmente o mesmo deixará de ser do conhecimento e assentimento de Serifo Nhamadjo, de quem Idrissa é protegido e só age segundo as directrizes do 'presidente de transição'. É caso para dizer que esta procissão ainda vai no adro...
Depois do golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau, que depôs um governo democraticamente eleito pelo Povo da Guiné-Bissau, e logo após a tomada de posse do 'governo de transição', foi montada uma rede (CLIQUE AQUI) perfeita no Ministério guineense dos Negócios Estrangeiros, comandada pelo secretário de Estado das Comunidades, Idelfrides Fernandes e que se dedica ao tráfico e venda de passaportes guineenses, do ordinário ao diplomático, enquanto centenas de passaportes de serviço andam em mãos alheias.
Com o secretário de Estado (a recuperar em Lisboa de um enfarte que o acometeu no aeroporto da Portela) estão ligados pelo menos duas pessoas próximas, funcionários da instituição. Vou trata-los por 'B' e 'M'. No caso dos «refugiados» sírios, apurou o ditadura do consenso, o próprio secretário de Estado está intrinsecamente ligado.
O montante gasto pelo sírios, não cessa de tomar proporções milionárias. Agora, fala-se em 50.000 $USD por cabeça - 25 mil USD correspondia ir até Bissau e o desejado embarque para Lisboa. O remanescente seria pago após a conclusão da operação, o que passaria pela entrada em território português, razão pela qual a TAP foi forçada a proceder ao seu embarque, pois queriam a todo o custo receber a outra metade do pagamento.
Agora, perante as circunstâncias e o escândalo em que ocorreram a expatriação, e as proporções que o caso tomou, "é pouco provável" - diz uma fonte ligada ao processo em Bissau - "que alguém venha a deitar a mão aos outros 50%", sustentando com a tese de "demasiada exposição" a que os sírios estiveram expostos. Basta alegarem que a sua entrada em território Schenghen "deveu-se a razões de ordem humanitária das autoridades portuguesas e não de quaisquer outras acções das autoridades de Bissau." AAS
Ramos Horta, ao 'Expresso de Bissau': "As forças armadas devem saber que não são insubstituíveis"
O Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, afirmou que a nova data marcada pelo Presidente da República de Transição para a realização das eleições é inadiável. Em entrevista exclusiva ao Expresso Bissau, o Nobel da Paz disse que se isso vier a acontecer, será um desaire para o povo guineense. Sublinhou que os guineenses devem trabalhar 24/24 horas para que a data seja cumprida, mesmo esquecendo as festividades do Natal.
Qual é a sua opinião relativamente ao processo de transição na Guiné-Bissau?
Acho que, a partir de Setembro do ano em curso, a situação na Guiné-Bissau começou a agravar-se no plano político e de segurança, houve nomeadamente episódios de violência, seja de natureza criminal e ataques a pessoas e casas pilhadas por homens armados, com o fito do roubo, mas houve também casos de nítida natureza política. O caso mais grave é o do Ministro de Estado dos Transportes e Telecomunicações, que foi brutalmente espancado e hoje consta entre as dissidências internas de um dos partidos. Houve casos muito graves de espancamento de cidadãos inocentes e outros atos, que se pode dizer de violência, contra a embaixada da Nigéria. Todos estes atos, obviamente, tinham motivações políticas orquestradas por pessoas que querem desestabilizar a Guiné-Bissau, desacreditar o processo de transição, a CEDEAO e a ECOMIB. Isso só pode ser uma agenda política para desestabilizar o país. Pergunto: quem está interessado em desacreditar o regime de transição, a ECOMIB, a CEDEAO ou, em particular, a Nigéria.
É óbvio que há pessoas na Guiné-Bissau que não estão interessados e é igualmente óbvio que há pessoas na Guiné-Bissau, ou fora da Guiné-Bissau, que não estão interessadas em que o processo de transição continue pacificamente com êxito, e provocaram este incidente. A situação no plano social e humanitário agrava-se dia-a-dia devido às sanções, à má comercialização do caju e à ausência de novos financiamentos, ou investimentos no país, e isso tem implicações negativas para o clima de estabilidade e tensão que existe. Sei que há graves carências sociais, quase automaticamente tensões e instabilidade. Mas, apesar de tudo isto, a Guiné-Bissau continua a ser um país relativamente pacífico e continuo a acreditar que é possível, nesta última etapa de transição, realizar o processo eleitoral, o retorno à ordem constitucional democrática, pacificamente, em Março do próximo ano, e começarmos a segunda fase, que vai ser muito dura, porque aí, caberá ao novo Presidente da República eleito, à nova Assembleia Nacional Popular, ao novo Governo, fazer esforços para ganhar a confiança da Comunidade Internacional e dos parceiros tradicionais, para recapitalizar o país, que se encontra desfalcado. Quer o Estado, quer o setor privado, ambos precisam de ser recapitalizados. Acredito que é possível a realização das eleições na data anunciada pelo Presidente da República de Transição Serifo Nhamadjo, o financiamento foi prometido, os kit‘s para as eleições foram encomendados, alguns equipamentos e servidores estão em Bissau, a maioria dos técnicos está cá e todos vamos trabalhar se não 24 horas, 12 horas por dia, para podermos realizar o recenseamento na data prevista, mesmo trabalhando aos sábados e domingos, esquecendo o Natal, para que o recenseamento seja completado no prazo estipulado.
Qual é a sua opinião relativamente à situação do país pós eleições?
As elites políticas da Guiné-Bissau foram eleitas para governar o país, terão um desafio complexo pela frente, que é o de lançar um vasto programa de reformas na Administração Pública e o relançamento sério da reforma e modernização das Forças Armadas da Guiné-Bissau. Qualquer uma das partes que não for bem revista, ou seja, a reforma radical na Administração Pública, nas Finanças Públicas e nas Forças Armadas, vai pôr em perigo toda a boa vontade da Comunidade Internacional em refinanciar o país e a Guiné-Bissau não sairá da crise, pelo contrário, a crise social, humanitária e económica irá aprofundar-se. Daí que lance um apelo para que as elites políticas e todos os quadrantes entendam que, após as eleições em 2014, o partido mais votado terá que ter sentido de Estado e convidar os outros parceiros políticos para se sentarem à volta de uma mesa e conversarem serenamente sobre uma parceria estratégica entre todos, para resgatar o país. É possível que os guineenses se entendam uns aos outros e, ao mesmo tempo, as chefias das Forças Armadas entendam que não são insubstituíveis. As Forças Armadas devem saber que não são insubstituíveis, se o Chefe de Estado não é insubstituível, se o Papa é substituível, como é que se poderia pensar que outros chefes não são substituíveis. Convém pensar tudo isso, a única questão é o tempo, ou seja, o calendário para a reforma das Forças Armadas e de toda a administração pública, que vai levar tempo. Não vejo que esse processo leve menos que cinco anos até à reforma completa das Forças Armadas. Mas isso depende de uma forte liderança política nacional, que possa mobilizar o povo atrás de si para apoiar o programa de reformas. O povo deve sentir que realmente esse programa de reformas e de modernização é vital, tal como ter o apoio da Comunidade Internacional.
O PAIGC vai ao seu VIIIº Congresso com várias facções e, se houver uma rotura que o impossibilite de ir às eleições, o quê que poderia acontecer?
Estamos a falar de dezenas de milhares de apoiantes, acredito nesse partido e já o conheço há muito tempo. Portanto, terá que ser possível encontrar uma solução para o diferendo interno e para a realização do congresso. O cenário da realização das eleições sem a participação do PAIGC, quanto a mim, é inimaginável. É simplesmente um cenário tão negativo que não gostaria de o comentar. Os irmãos do PAIGC são políticos com décadas de experiência e, para tal, vão poder encontrar uma solução. A democracia é feita pelos partidos políticos e não vejo como é que poderia haver eleições sem participação plena – livre na integridade – por parte dos partidos políticos. Portanto, a data de eleições para o dia 16 Março de 2014 é imutável e inadiável.
O que poderá acontecer se for adiada novamente?
Só podem acontecer desaires. Devo dizer com toda a franqueza que, devido a tantos problemas que assolam o mundo, desde a Síria, Líbia, Egito, Somália, Malí, República Centro Africana, muito dificilmente o Conselho de Segurança das Nações Unidas será persuadido a fazer mais do que o que está a fazer neste momento pela Guiné-Bissau. FONTE: AQUI
Alguém me explica, como seu eu tivesse 10 anos, como é que uma empresa investe mais de 90 milhões de dólares numa fábrica de cimento e logo numa Guiné-Bissau com um futuro incerto, na total anarquia, completamente isolada, esfrangalhada, corrupta e desavergonhada? À Assembleia Nacional Popular, que chame o ministro da àrea para explicar muito bem os contornos deste negócio que, à partida, tem tudo para ser olhado de soslaio... Isto é um caso de polícia, que começará sem mais demoras a ser investigado pelo ditadura do consenso. De fio a pavio! AAS
ÚLTIMA HORA: Avião da TAP está quase a fazer-se à pista, em Lisboa, com destino a Dakar onde deverá chegar às 24:50h. Os passageiros em trânsito para Bissau, serão transferidos para um voo da companhia Senegal Airlines e seguem à 1:30 para Bissau, onde, de resto, a TAP fará o check-in do voo Dakar/Lisboa para que o processo seja mais rápido. AAS
Subscrever:
Mensagens (Atom)