sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

"Com a segurança não se brinca"


"Caro Aly,

Eu sou Inspetor de carreira de investigação e fiscalização, formado pelo próprio SEF no seu 4° curso Cif/Sef em 2000, ainda cheguei a exercer no Aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, até 2001 altura que pura e simplesmente decidi abandonar e rumar a Portugal porque já naquela altura a corrupção naquele Aeroporto era enorme, imagino agora!

A falta de organização e de segurança naquele aeroporto é gritante, ninguém sabe onde começa as suas competências e onde acabam, as pessoas circulam por todo onde é sitio sem autorização para tal inclusive nas zonas de embarque, só mesmo na Guiné. Ainda não aconteceu coisas piores lá porque "Deus nos protege" coisa desses com os sírios como podiam ser com qualquer outra nacionalidade era de esperar infelizmente.

Nos últimos dez anos a Guiné teve quase 10 diretores gerais para a Migração, agora pergunto, quem consegui organizar um serviço tão complexo coma aquele em 6 ou 12 meses? O país não tem mais que 10 inspetores de carreira formados, talvez promovidos? ou talvez exagerei nos números...

O serviços de Migração precisa de uma grande reforma, não só reformar pessoas, coma também reformar a propina orgânica e a estrutura, como o próprio país precisa...

Por favor não brinquem com a segurança das pessoas...

Abraço Aly.
S.C
"

NOTÍCIA DC: Carlos Gomes Jr., Primeiro-Ministro do Governo deposto pelo golpe militar de abril de 2012 tem estado em permanente contacto, a partir de Cabo Verde, com a TAP e com o Governo português no sentido de «minimizar o sofrimento do Povo da Guiné-Bissau» e acredita, segundo a fonte do DC, que tudo se resolverá em breve. AAS

ÚLTIMA HORA: Ministro dos Negócios 'Esquisitos' Fernando Delfim da Silva, terá posto o lugar à disposição de Serifo Nhamado. Agora, ou ele eceita ou recusa. Informações recolhidas pelo DC dão conta do não envolvimento do ministro no caso dos sírios. AAS

NOTÍCIA DC: O secretário de Estado das Comunidades da Guiné-Bissau, Idelfrides Fernandes, teve um enfarte no aeroporto de Lisboa, há pouco mais de uma semana. Vinha de Espanha para Bissau, via Lisboa. Está internado num hospital de Lisboa. AAS


TUDO FALSO


Dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, avançados pelo jornal Diário de Notícias, revelam que o número de passageiros detentores de passaportes falsos provenientes da Guiné-Bissau aumentou em 90%. Entre Janeiro e Outubro de 2013 foram registadas pelo SEF 173 entradas em Portugal de pessoas provenientes da Guiné-Bissau com documentos falsificados, o que corresponde a um aumento de 90% face ao período homólogo do ano passado.

O mais recente caso, o dos 74+1 cidadãos sírios interceptados na passada terça-feira, dia 10 de Dezembro, com documentos falsificados com nacionalidade turca não está incluído nestes dados, cujo período de registo vai até Outubro. Ainda segundo o Relatório de Imigração e Fronteiras de 2012, do SEF, a Guiné-Bissau liderou alista de países de onde provêm passaportes falsificados. «Em 2012 foram registados 522 portadores de documentos fraudulentos, evidenciando-se, por proveniência, a Guiné-Bissau(113)».

«É tempo, julga-se, de a comunidade internacional, sob a bandeira da União Europeia, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e das próprias Nações Unidas, concertar posições e tomar medidas imediatas de isolamento e sancionamento do regime em vigor no território como condição prévia à refundação de um Estado na Guiné-Bissau. A mobilização dos fora multilaterais terá inevitavelmente de passar por Portugal, que ainda representa a lusofonia em África, pela França, em nome da francofonia, e por um conjunto de Estados da região cujas redes de influência política e até religiosa na região poderão constituir um factor de mudança: Marrocos e Senegal são dois casos de aconselhável envolvimento numa solução em Bissau.» Pedro Esteves, Analista, in ´Público'

Tráfico: Apreensão de 429 Kg de barbatanas de tubarão na fronteira entre a Guiné-Conakry e a Guiné-Bissau


A brigada aduaneira de Kandika (Koundara), apreendeu, domingo, 24 novembro, na fronteira entre a Guiné-Conakry e a Guiné-Bissau, 429 Kg de barbatanas de tubarão. O massacre dos tubarões - para além das florestas - é a consequência de um comercio ilegal levada a cabo por importantes redes de traficantes que agem a nível internacional.

A Guiné-Conakry é identificada pela Convenção sobre o Comercio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagem ameaçadas de Extinção (CITES) como sendo a placa giratória do tráfico à escala internacional, arrisca-se a pesadas sanções, se caso, não melhore de forma significativa a situação do comércio ilegal da fauna protegida.

É precisamente para alcançar estes objectivos que a brigada aduaneira da prefeitura de Koundara desencadeou uma guerra contra estas redes de traficantes guineenses de Conakry ligados à criminalidade internacional. No dia 5 de outubro último, apreendeu uma quantidade de 407,5Kg deste produto e hoje, ele acabou de confirmar esse quadro de vigilância interceptando na fronteira da Guiné-Guiné-Bissau, uma quantidade mais importante de 429 Kgs a barbatanas de tubarão, num valor estimado de 2.319.502.442 Francos da Guiné-Conakry (FCNF).

Este stock foi descoberto dissimulado sob diferentes artigos que serviam para disfarçar a fraude, num camião sob matricula da Guiné-Bissau matrícula RGB 8846 CD. Essas barbatanas destinavam-se ao mercado semanal de Diawbè na Republica do Senegal, com transito pelos mercados de Sarèboydo e de Missira. AAS

ATENÇÃO: O que se passou com os cidadãos sírios(?) que viajaram ilegalmente para Portugal é um caso de SEGURANÇA NACIONAL para todos os países da UNIÃO EUROPEIA. O caso envolve contornos muito graves, e mostra desinteresse e total descaramento do regime golpista e isolado da Guiné-Bissau quanto às medidas de segurança internacionais. AAS

NOTÍCIA DC: Apresentar o visto de entrada para Portugal ou outro país Schengen, pode vir a ser necessário para comprar bilhete de avião da TAP. Para grandes males... AAS

OPINIÃO: Recriar o Estado no território da Guiné-Bissau


Por: Pedro Esteves
Analista
Publicado em: Público

«O recente episódio que envolveu um grupo de cidadãos sírios, aparentemente refugiados, provenientes da Guiné-Bissau veio recolocar na agenda política o fracasso internacional da viabilização enquanto “Estado” daquele pequeno território na costa ocidental africana.

Minado por grupos de interesses sustentados no crime organizado, desde o tráfico humano até ao narcotráfico, a situação interna na Guiné-Bissau não tem parado de se degradar desde o golpe militar de Abril de 2012.

Hoje, os traços constituintes de um Estado moderno enquanto modelo de organização humana praticamente desapareceram da sociedade guineense ou do que dela resta. De Estado Pária a Estado Falhado, sobrevivendo do crédito internacional de emergência e da ajuda externa corrente, a Guiné-Bissau transformou-se nos últimos anos num não-Estado controlado pelo poder do narcotráfico, fruto da sua situação geoestratégica nos circuitos internacionais do tráfico de droga provenientes da América Latina e da aliança entre os poderes locais dominantes e os narcoexportadores latino-americanos.

Enquanto território, a Guiné-Bissau tem como “marcas” a pobreza e a insolvência, marcas essas que lhe permitem sobreviver no limiar da pobreza através de uma bolsa de doadores internacionais, concedendo o espaço e o tempo necessários às elites dominantes e seus parceiros internacionais para prosseguirem na senda do enriquecimento ilícito.

O retrato actual do território condena-o a cenários constantes de golpes e contra-golpes, causados não por diferentes concepções políticas ou ideológicas mas por “guerras de cartéis” em permanente negociação por quotas no submundo regional do crime organizado.

É um facto que a comunidade internacional não pode ser poupada à crítica. Se a situação económica da Guiné-Bissau contribui para a sua irrelevância internacional, os actores internacionais, em particular os multilaterais, continuam a insistir numa lógica de ameaça e dissuasão quando tais iniciativas se têm revelado ineficazes para a promoção de mudanças internas que possibilitem a emergência a prazo de um Estado que garanta à população as suas necessidades básicas e que assuma os compromissos internacionais mais elementares.

É tempo, julga-se, de a comunidade internacional, sob a bandeira da União Europeia, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, da União Africana e das próprias Nações Unidas, concertar posições e tomar medidas imediatas de isolamento e sancionamento do regime em vigor no território como condição prévia à refundação de um Estado na Guiné-Bissau. A mobilização dos fora multilaterais terá inevitavelmente de passar por Portugal, que ainda representa a lusofonia em África, pela França, em nome da francofonia, e por um conjunto de Estados da região cujas redes de influência política e até religiosa na região poderão constituir um factor de mudança: Marrocos e Senegal são dois casos de aconselhável envolvimento numa solução em Bissau.

A Portugal cabe agora emitir os primeiros sinais fortes, indo além do simbolismo das intenções e contribuindo assim, talvez decisivamente, para a recriação de um Estado no território da Guiné-Bissau.
»

ENCURRALADOS: Presidente e Governo de Portugal apoiam TAP contra Bissau. A suspensão dos voos para a Guiné Bissau foi concertada com o Presidente da República e com o Governo. Portugal quer saber quem são os responsáveis pelo embarque forçado dos 74 passageiros que chegaram a Portugal com documentação falsa. A União Europeia diz que este é um caso sem precedentes e lembra que o Governo da Guiné Bissau é ilegítimo. In: Público

SEF despista eventuais radicais entre sírios que entraram em Portugal com passaportes falsos


O Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) está a despistar a eventual mistura de radicais entre o grupo de 74 cidadãos sírios que vieram num voo da TAP proveniente de Bissau que chegou (VER A LISTA COM OS NOMES) anteontem de madrugada a Lisboa apenas porque as autoridades guineenses forçaram a tripulação e o chefe de escala da TAP, sob a ameaça de armas, a embarcar aqueles passageiros. A companhia aérea nacional anunciou ontem a suspensão dos voos para a Guiné-Bissau, deixando este país africano sem nenhuma ligação directa para a Europa.

A guerra civil na Síria está a levar à saída clandestina de milhares de sírios do seu país, mas, por vezes, este tipo de rotas tem sido aproveitada por elementos com antecedentes de radicalismo. Consciente deste risco, o SEF está analisar com cuidado os pedidos de asilo feitos pelos 74 cidadãos sírios, que serão ouvidos individualmente. O montante pago para chegar a Lisboa, como o mesmo foi obtido e a quem foi entregue são algumas das questões que o SEF irá tentar esclarecer, já que este tipo de operações implica o pagamento de quantias avultadas.

Os cidadãos sírios terão chegado a Portugal através de uma rede de imigração ilegal, que lhes conseguiu passaportes turcos falsos e os guiou através da Turquia e Marrocos até à Guiné-Bissau, onde tomaram o voo TP202 da TAP para Lisboa. O destino final dos sírios não era Portugal, mas um país do Norte da Europa. O método já tinha sido utilizado há alguns meses por outro grupo de emigrantes árabes que saíram de Bissau, passaram por Lisboa e rumaram a vários países europeus. PÚBLICO

2013 - O balanço


«Estamos em Dezembro, último mês do ano. Portanto é hora de fazer um balanço.

Em Abril de 2012 deu-se um 'golpe de baú' em Bissau e, em Maio do mesmo ano, ocorreu um caso único na história mundial, que consistiu na nomeação e investidura de um "presidente da república(?)" por um ministro dos negócios estrangeiros. E, ainda por cima, ministro de um país estrangeiro. Que vergonha! Que humilhação!

Aonde está a independência por que tantos guineenses sacrificaram e derramaram o seu sangue? Aonde está a razão da nossa existência? Qual é o orgulho de sermos guineenses?

É importante assinalar e sublinhar aqui a reacção de CONDENAÇÃO e REPÚDIO de toda a comunidade internacional aos golpistas. 2012 ficou também marcado pela INVENTONA de Outubro, que ceifoi a vida de muitos jovens, principalmente da etnia felupe (paz às suas almas), e de perseguições e espancamentos de políticos ou pessoas que, de forma aberta, se oponham ao golpe (li gora, bô nabim findino nam cadera tudu ó nô findi di bôs).

Foram abolidas as manifestações e sufocadas as liberdades. Outro marco também foi a invasão da sede do PAIGC por militares que prenderam e espancaram, ainda no interior da mesma, políticos contrários ao golpe. E estamos a falar do Partido Libertador! Qual outro partido foi sujeito a tamanha humilhação?

Depois de um breve resumo de 2012, para nos situarmos melhor, vejamos então o que aconteceu, ou não aconteceu, em 2013:

Foram reforçadas e intensificadas todas as proibições, as arbitrariedades, o desprezo pelos direitos humanos, os assassinatos (selectivos) e a GATUNAGEM. GATUNAGEM sim. Olhem só para as caras de todos esses que se dizem governantes e digam se não se parecem com as de gatunos.

Voltando ao balanço, 2013 traz a prisão do Al. Bubo Na Tchuto pela DEA, os americanos emitem um mandato internacional de captura de António Injai por crimes de tráfico de droga e tráfico de armas (o mesmo António Injai que está na lista dos sancionados pelas Nações Unidas e união Europeia e que depois disso é promovido a general por Serifo Nhemeadjo). Este ano fica também marcado pela farsa que foi o julgamento da inventona de Outubro de 2012 e pela recusa da ANP em conceder amnistia aos golpistas que, desesperados, não olham a meios para 'forçar o perdão' por uma culpa que dizem não ter.

Mas aquilo que mais se destaca em 2013 na Guiné-Bissau é o medo dos golpistas do fim da transição. Transição que devia terminar em Maio foi prorrogada para final deste ano. E agora que estamos em Dezembro os golpistas prorrogaram-na para "quando as novas autoridades eleitas tomarem posse". Eleições que nunca terão lugar se da vontade deles dependerem. Veja-se a forma DESASTROSA como está a ser feito o recenseamento eleitoral. Já agora, os pequenos partidos que diziam para não se comprimir os prazos, porque seria ilegal, não acham também ser ilegal alarga-los. Seus ASSALTANTES.

A propalada propaganda de pagar salários em 22 de cada mês foi 'dar uma volta'. Seus INCOMPETENTES.

A única lição (muito dura) que fica em tudo isso é que: NEM TODA A GENTE SABE, NEM TODA A GENTE PODE. Não basta querer.

Como não podíamos terminar o ano sem mais uma prenda envenenada aí está, mais um episódio da longa novela golpista, desta vez tendo a TAP como vítima e envolvendo cenários de crimes de facilitação de emigração ilegal. É o VALE TUDO antes que termine a transição. Parecem moscas atrás de tudo o que fede.

Bem, como devem entender, não é possível pôr no papel, mesmo que de forma resumida, tanta asneirada. Ser guineense a esta hora nas terras de olof-n'djai é DURO.

Voltarei,

Unsai Uek
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