sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Adeus, amigo
Nasceu em Biombo, na Guiné-Bissau, mas desaguou em Portugal, corria o ano de 1974. Treina Karaté, faz moda, atletismo no Sport Lisboa e Benfica, mas não se fica por aí. Entra no cinema e pelo meio tira um curso de carpintaria e outro de alfaiate. Descobre o Bairro Alto nos idos ’80 e faz dele gato-sapato. Respeitado e respeitador, Zé da Guiné viveu um período difícil da sua vida. Uma doença grave - «que só me fez acalmar» - tentou reduzi-lo a um simples cidadão, que não era. Pena é que o Zé não possa viver ‘toda a vida e mais seis meses’…
ZÉ DA GUINÉ entrevistado para o jornal 'Lusófono' pelo jornalista António Aly Silva, em 2002
Mas o início dar-se-ia no Rock House, onde Zé guardava a porta. Era uma espécie de porteiro e relações públicas ao mesmo tempo. Comunicativo e sempre com um sorriso de orelha a orelha, Zé não era muito dado a palavras. O nome por que era conhecido, ganhou-o no Rossio, entre ‘parentes’ lá da terra. Criou o Noites Longas da Casa Pia de Lisboa (antigo B.Leza), local da primeira homenagem em sua honra depois da doença chegar. A sua vida até deu um filme - "Zé da Guiné - crónica dum africano em Lisboa", sobre a vida de uma "figura emblemática" da capital, foi exibido pela primeira vez no Cinema São Jorge, em Lisboa.
FOTO: AAS/DR
Zé da Guiné' morreu hoje. Que a terra te seja leve. Descansa em paz, meu amigo. António Aly Silva
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
Carlos Gomes Jr., com agenda preenchida nos EUA
Carlos Gomes Jr., o ex-primeiro ministro guineense deposto pelo golpe de Estado Militar de 12 de abril de 2012 e agora candidato às eleições presidenciais de 2014 na Guiné-Bissau, foi recebido hoje, em Nova Iorque, pelo secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman. Carlos Gomes Jr., manteve ainda vários contactos com altos dirigentes da ONU. AAS
Angola, meu amor
O Presidente da República efectua, nos dias 4 e 5 de Novembro do corrente, uma visita oficial à República de Angola, a convite do Presidente da República, José Eduardo dos Santos. Visita que se pretende venha a contribuir para reforçar o diálogo político e as tradicionais relações de cooperação entre os dois Estados, bem assim os laços de amizade entre angolanos e cabo-verdianos, caldeados na história e na cultura. Uma cooperação diversificada, mas que deverá privilegiar as áreas económica, empresarial e financeira, na base de um relacionamento político cada vez mais sólido e claro.
Da visita constam como pontos altos um encontro, em privado, com o Chefe de Estado de Angola, a presença num banquete oficial oferecido pelo ilustre anfitrião, a participação, com uma intervenção política, numa sessão solene extraordinária do Parlamento angolano, antecedida por um encontro em privado com o Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade dos Santos.
Do programa de visita constam ainda a deposição de coroa de flores no Memorial Agostinho Neto, a inauguração, na nova «Centralidade do Kilamba», da Rua «Aristides Pereira», na companhia do senhor Governador da Província de Luanda e de um familiar do antigo Presidente de Cabo Verde, e visita e encontro com alunos e professores da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto.
Como acontece habitualmente em visitas afins, o Chefe de Estado cabo-verdiano, no dia que antecede o início da visita oficial, Domingo, dia 3, pelas 16 h, na Quinta Genebra, Morro Bento, terá um encontro-convívio com a comunidade cabo-verdiana residente no país. Igualmente estará presente, no mesmo dia, num almoço com dirigentes de organizações empresariais angolanas e cabo-verdianas.
O Presidente Jorge Carlos Fonseca far-se-á acompanhar durante a visita, para além de alguns de seus colaboradores directos e de representantes de organizações empresariais, dos Ministro das Relações Exteriores (Jorge Borges) e Deputados nacionais eleitos pela emigração África), um pelas listas do PAICV (Estêvão Rodrigues) e outro pelas listas do MPD (Orlando Dias).
BUBO 'salgado' até 2014
O antigo chefe de estado da Armada da Guiné-Bissau Bubo Na Tchuto, acusado de tráfico de droga nos Estados Unidos, será julgado apenas em 2014, afirmou à Lusa a sua advogada. "O julgamento não deve ser marcado nos próximos três meses", disse a advogada, Sabrina Shroff, salientando que ainda não recebeu a acusação judicial completa e depois receber formalmente a documentação ainda terá 60 dias para analisar o material. Segundo o calendário primeiro estabelecido pelo juiz do caso, Richard Berman, os procuradores responsáveis pela acusação, Aimee Hector e Glen Kopp, deveriam ter concluído a acusação no passado dia 25 de julho.
No entanto, “o processo está a decorrer mais lentamente do que se esperava. Neste momento, ainda estamos a receber a prova produzida pela acusação", explicou a advogada. No mês de abril, Na Tchuto e outros quatro guineenses - Manuel Mamadi Mane, Saliu Sisse, Papis Djeme e Tchamy Yala - foram detidos em águas internacionais perto de Cabo Verde por uma equipa da agência de combate ao tráfico de droga norte-americana. Os cinco homens arriscam pena de prisão perpétua.
Na Tchuto, Djeme e Yala vão responder pela acusação de conspiração para importar drogas para os EUA. Segunda a acusação, Na Tchuto cobrava um milhão de dólares norte-americanos por cada tonelada de cocaína da América do Sul recebida na Guiné-Bissau. O embaixador da Guiné-Bissau para a Organização das Nações Unidas (ONU), João Soares da Gama, disse à agência Lusa que Na Tchuto contesta que tenha sido detido em águas internacionais e que provar esse facto será uma das estratégias da defesa em julgamento.
Além da detenção do antigo militar guineense, a 04 de abril, a justiça dos EUA manifestou também intenção de deter também o atual chefe das Forças Armadas, António Indjai, que entretanto já reafirmou por mais de uma vez refutar as acusações de tráfico de droga. Lusa
Matança em Cumeré: a Liga Guineense dos Direitos Humanos já reagiu
A LGDH condenou ontem os casos de violações dos direitos humanos que aconteceram no Cumeré no quadro do recente juramento de Bandeira naquela localidade que culminou com perdas de vidas humanas. Em declarações à RFI O Vice-presidente da LGDH, Augusto Mario da Silva, exige a abertura de um inquérito transparente tendente a apurar a veracidade dos factos e traduzir à justiça os autores morais e materiais de tais actos inéditos e ilegais. Nos últimos dias a organização tem recebida muitas vitimas e familiares denunciando tais actos hediondos.
Contra os golpistas, marchar, marchar!!!
Meu irmão,
É uma contribuição de alguém que apreciou imenso os teus artigos sobre o MNE - que conhece muito bem - pois é quadro do mesmo ministério. Sabendo da minha relação contigo solicitou-me que o fizesse chegar a ti. Fiz as minhas observações com o seu consentimento. Se achares interessante fica ao teu critério a sua publicação.
Ontem enviei-te algo importante que me informaram sobre as entradas de material bélico em Bissau, nesse caso na fronteira de Pirada. Não sei se o vistes e qual a importância que o atribuis. Diz-me algo sobre isso pois a fonte é da segurança e é fidedigna.
Eis o texto que me foi solicitado fazer-te chegar.
Abraços
«Caríssimo compatriota Aly,
Entre saudações da praxe, para te dizer que, sempre segui com particular interesse o teu blog, que diga-se de passagem, orgulha todo o guineense consciente e patriótico. Sigo o teu percurso, não só, pela qualidade dos teus artigos, mas também, pela veia investigadora que tem patenteado, permitindo aos guineenses espalhados pelos quatro cantos do mundo, através dos factos e denuncias que tens feito, terem conhecimento de realidades e situações anômalas que acontecem correntemente no nosso pais, os quais, sem o teu prestimoso serviço não estariam ao alcance do cidadão comum.
A sequência das tuas investigações em torno da máfia em que esta envolvida as autoridades do MNE da Guiné-Bissau, é prova cabal, de que, não escreves por prazer de escrever e não acusas por mero prazer de denigrir alguém. Com sagacidade e coragem, tens apontado os podres que gangrenam esse ministério chave da governação de um pais e, mostrado com provas, o labirinto sinuoso da rede mafiosa de que esta impregnado o MNE desde o advento do regime golpista que tomou de assalto o poder na Guiné-Bissau. Foi assim, nos tempos do falhado Faustino Fudut Imbali, assim é, e continuara a ser com o filosofo frustrado Fernando Delfim da Silva.
E bom que se diga também, que vive-se toda essa situação com a cumplicidade e coberturas mafiosa do Presidente da Republica de Transição (PRT) e o Primeiro Ministro de Transição (PMT), os quais a custa dos seus interesses pessoais e financeiros, têm irresponsavelmente promovido a ilegalidade e a máfia nesse sector nobre da actividade do Estado. Apesar de serem meras « autoridades de transição » e por conseguinte, sem poderes constitucionais para o efeito, cada um por si, nos seus restritos interesses, mafiosa e anarquicamente, vão promovendo nomeações e colocações de embaixadores e cônsules de duvidosa idoneidade pelos quatro cantos do mundo. Alias, os atropelos de poderes dessas duas figuras, particularmente o PRT, não se cinge ao circulo diplomático, estende-se até com maior gravidade ao circulo castrense cujas consequências futuras ninguém pode aquilatar neste momento.
A saga mafiosa no MNE continua o seu curso imparável e tem como principal mentor e manipulador de interesses, o Secretario de Estado das Comunidades (SEC), o Idelfrides Fernandes. E ele, quem organiza e coordenada toda a rede de interesses mafiosos e criminosos que gravitam à volta do MNE, sendo o Médio Oriente, a China e os países da sub-região o terreno predilecto da rede mafiosa que ele instalou no MNE. A emissão directa e a venda dos passaportes (diplomáticos, de serviço e ordinários), são os meios de corrupção usados para se enriquecerem de forma desmesurada e escandalosa.
Como quadro do MNE, sinto-me triste e impotente vendo o trabalho árduo de centenas de quadros competentes e honestos do ministério a ser ingloriamente esbanjados e ridicularizados por interesses mesquinhos de um energúmeno sem escrúpulos que esta a institucionalizar a cultura da máfia e do mercenarismo diplomático nessa nobre instituição. Muito trabalho de qualidade que arduamente foi edificado, tem sido abruptamente reduzido a nada, mercê de comportamentos movidos pelo mero interesse do dinheiro fácil e do banditismo diplomático.
Trabalho sério, principalmente realizado nos últimos três, tinham proporcionado um reganho qualitativo do prestigio internacional do pais outrora perdido. Hoje, todo esse trabalho esta a ser destruído por um grupo de irresponsáveis políticos e militares que, de abril 2012 a esta data estão a conduzir o pais para o principio do desespero e sem esperanças de retorno. Estou certo de que, com a máfia e o esquema da diplomacia de cadongueiros que se instalou hoje no MNE, serão necessários mais de vinte anos para reconquistar e redobrar a nossa imagem externa, tanto é a pouca vergonha e negócios sujos que ensombram hoje a nossa diplomacia.
Porém, como diz um velho ditado : « não ha mal que não tenha fim » e, por consequência, estamos esperançados, de que, esse mal que se apoderou hoje da nossa terra tera um dia o seu fim, e essas praticas serão erradicadas, pondo-se fim a esse pesadelo de desmando a que estamos hoje sujeitos.
No entanto, enquanto cidadão, faço votos, de que, esse fim não seja apenas o terminar de um ciclo negro. Ele deve consubstanciar acções de responsabilização civil e criminal contra essas pessoas que estão a desconstruir e destruir o Estado guineense em todas as suas vertentes, contribuindo assim, para a desacreditação do nome da Guiné-Bissau no concerto das Nações. Penso que essas pessoas responsáveis pela situação actual da nossa diplomacia, devem, na hora da mudança, ser traduzidos à justiça e responder pelos seus actos mercantilistas e mafiosos que têm praticado no seio do MNE.
Nesse contexto, o MNE deve ser rigorosamente auditada, tomando como base as importantes revelações e factos reportados pela Ditadura do Consenso, tais como a venda de passaportes a cidadãos estrangeiros, mormente chineses, venda de lugares e postos de embaixadores, cônsules e representantes consulares. Nomeações ilegais de nacionais e estrangeiros a postos de soberania, tais como embaixadores extraordinários e plenipotenciários, poderes esses de nomeação que, nenhum órgão ou governo de transição possui qualquer que seja o cenário de mudança politico constitucional verificado. A emissão indiscriminada de Credenciais de Plenos Poderes a nacionais e a estrangeiras de duvidosa idoneidade, para em nome do Estado guineense, negociar, vender ou hipotecar potencialidades e riquezas naturais emergentes no pais.
Enfim um levantamento exaustivo dos Embaixadores, Cônsules e Representantes do Estado da Guiné-Bissau deve ser feito com o devido rigor e competência, para se ter uma cartografia real das representações diplomáticas do pais no exterior e, assim poder fazer-se tabua raza das situações de ilegalidades em curso, permitindo assim, expurgar desse ministério estratégico, todos os mafiosos e criminosos de colarinho branco que foram ai introduzidos pelo bando formado pelo PRT, PMT, MNE e SEC.
Bem haja Guiné-Bissau
Quadro Superior do MNE»
Carta para o António Indjai (e para o Ramos Horta)
Escreve o filho de um combatente da liberdade da Pátria
«Caro amigo Aly,
Tomo a liberdade de te escrever solicitando a publicação deste meu artigo no teu/nosso blog, única voz credível que nos resta de nos intercambiar na denúncia da brutalidade que se vai praticando na Guiné-Bissau.
Sou filho de um Combatente da Liberdade da Pátria imbuído dos princípios do sacrifico e do amor à Pátria que o meu falecido Pai me ensinou em vida, por isso (embora tenha estado presente na reunião que o General convocou), faço questão de te escrever, porque é a única via que entendo poder dar respaldo a minha posição e creio de muitos Antigos Combatentes presentes nessa reunião. Assim, solicito a tua compreensão dar a minha voz no teu famoso blog. Não pretendo defender ninguém, porquanto, não devo nada a ninguém, mas tão só, querendo responder rebatendo e desmascarando em termos civilizados e com factos o General Antônio sobre as suas falsas declarações sobre os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria. Penso que, dando-me essa oportunidade poderei esclarecer aos Camaradas do meu Pai, quem na verdade anda a engana-los com mentiras e falsidades.
Sem saber qual o destino darás ao meu pedido, antecipadamente te agradeço, aproveitando encorajar-te na firmeza da nossa luta comum pela dignidade do Povo Guineense.
ABT
PS : se não for abusar demais da tua paciência e compreensão, caso este meu artigo seja publicado... gostaria de poder responder, também educadamente a um "Senhor" que nessa reunião teve o descaramento de intervir. Estou a falar do "Sr." Manuel Maria Santos, vulgo "Manecas". Se o olhar matasse...
Sem mais caro irmão, se me permitir, o obséquio, segue o meu artigo.
AS MENTIRAS DO GENERAL
No dia 6 de julho 2012, presenciei atónito o discurso do General António Injai na Plenária da ANP aquando da reunião com os Antigos Combatentes da Liberdade da Pátria (ACLP), surpreendentemente convocada por ele, para segundo as suas palavras, prestar « esclarecimentos sobre os motivos do golpe de estado de 12 de abril 2012 » (deve ter sido a décima versão apresentada).
Confesso-vos que, a pessoa em si e a tal reunião em nada me interessavam, mas acabei por ir, quiçá «atirado» pelo instinto do meu subconsciente, recativando-me a memoria, de sempre querer contrariar (no bom sentido), o meu falecido Pai, também ele, Antigo Combatente da Liberdade da Pátria, que estou certo, estando vivo, não punha os pés nessa reunião, nem com a baioneta às costas.
Quis assim o destino e lá fui, nada motivado, mas também nada contrariado... fui porque...fui !.
Porém, gostaria de esclarecer de que, comento este assunto porque, primeiro, sou filho de Combatente da Liberdade da Patria e como tal senti-me atingido e humilhado com as patéticas afirmações do General Antonio Injai e, segundo, porque estou seguro que, caso o meu Pai estivesse vivo, não lhe faltaria essa reação a que me proponho apresentar se me fôr permitido pelo Aly, que é : dizer a verdade, sem querer defender ninguém... apenas a verdade para combater a mentira oportunista. E, vamos aos factos,
Salão a compor-se aos poucos, as pessoas presentes entreolhavam-se desconfiados uns para os outros, como se quisessem justifica : «porque razão estou eu aqui?». Mas, como disse, como por telepatia da nossa velha «contrariedade com o meu Pai», dei comigo no hemiciclo guineense (alias, espaço interessante e mal empregado, para albergar tantos deputados de QI = 0 ao quadrado), talvez, com a missão divina de, entre os nossos reencontros ocasionais na «passarela das almas», poder contar-lhe as peripécias surrealistas dessa reunião, pois contado eu não acreditava, mas estava lá à frente do bicho..., desculpem "homem" ouvindo a vociferar incongruências atrás de asneiras..., foi de partir a tampa. Assiste e, convenci-me de que pessoas falsas na terra, pior que Judas.
Certo é que, no fim, esse sacrifício não foi em vão, pois valeu à pena no fim das contas. Por um lado, revi os camaradas de peito do meu falecido Pai, os quais pude abraçar por conta "dele" e trocar as civilidades de sempre e, mais que isso (mas, com muita magoa por não mais poder fazer), poder desejar-lhes boa saúde e coragem, porquanto a maioria deles, pena-se com o peso da idade e saúde debilitada e, por outro lado, permitiu-me ver de perto, melhor, «conhecer», lendo o caráter do General Antonio Injai. Ele falou de tudo e mais alguma coisa, mas acabou por não dizer NADA aos Antigos Combatentes que não sejam besteiras para tentar justificar o injustificável. Uma falta de respeito sem adjetivos.
Repito que, essa partida que o destino errante pregou-me, deu-me a oportunidade de conhecer de perto, uma nulidade de pessoa enquanto ser humano, vi um coisa a minha frente..., uma coisa, no pedestal da ignorância a esvair-se de ideias vazias, com um discurso hipócrita, sem princípios baseado na banal retorica da mentira (desculpem a falta de educação).
O General Antonio Injai, faltou o respeito aos Antigos Combatentes da Liberdade da Patria (ACLP) e esta a gozar com a dignidade e honra dos mesmos, sejam os vivos ou os mortos.
O General Antonio Injai, mente descaradamente, quando diz que, os ACLP recebem uns míseros 14.000 Fcfa (um pouco mais de 21 Euros). O General mente, porque na verdade, foi graças a Carlos Gomes Junior (soldado colonial segundo as suas palavras), é que os ACLP passaram a receber 30.000 Fcfa, quase 48 Euros como salario mínimo de base, pois ha ACLP que recebem de longe muito mais, dependendo dos cargos e funções que tenham desempenhado no passado e, no seu caso, caso fosse neste contexto para a reforma não receberia menos de 450 Euros (muito dinheiro para um carniceiro). Mais ainda, esses míseros dobros de CFA's agora recebidos eram pagos regularmente todos os meses pelo Governo de Carlos Gomes Junior.
O General Antonio Injai mente, quando diz que, Carlos Gomes Junior (CGJ), não respeita os ACLP. Pode-se provar que, não houve, nenhum Chefe de Governo (e houve muitos ACLP Chefes de Governo), que mais respeitou, ou defendeu os interesses dos ACLP que CGJ. Não enunciarei nomes por uma questão de respeito pelos Camaradas do meu Pai, mas sei que, CGJ, tem tomado por sua conta própria e encargo centenas de ACLP que lhe tem solicitado apoio quase diariamente, seja em bens materiais, medicamentos, evacuação médica e sanitária, pagamentos de rendas, enfim, uma infinidade de carências de um pais necessitado em tudo.
Muitos órfãos e viúvas de ACLP, indiscriminadamente da sua raça ou estrato social têm beneficiado de gestos de CGJ, pagando ele, com meios próprios bolsas de estudo internos (nas Universidades e Institutos guineenses) e, ajudar mais de uma centena de entre eles a conseguir aceder a bolsas de estudos dados por países amigos, proporcionando-lhes ir estudar para o estrangeiro, casos de China, Cuba, Venezuela, Turquia, Marrocos etc..., possibilidades que, sem o seu « cunho » e empenho pessoal, nunca conseguiriam.
O General Antonio Injai, engana e goza com os ACLP, escondendo-lhes as verdades que o comprometem. Essa atitude vergonhosa do AI, demostra que ele pessoalmente, não tem moral para falar mal de CGJ, para mais, usando a mentira e a calunia para tentar ludibriar os seus Camaradas sobre as suas verdadeiras motivações tribais do seu desastroso golpe de estado.
O General Antonio Injai, esconde muitas verdades que o comprometem seriamente, senão vejamos :
- Os filhos de AI beneficiaram até às vésperas do 12 de abril de substanciais apoios de CGJ, indo desde bolsas de estudos a apoios materiais e monetários diversos;
- Pelo menos, um dos filhos de AI a seu pedido, foi proposto com colocação garantida por CGJ num posto importante, escolhido pelo General, mas para a qual, o General desistiu a ultima, segundo ele, para «não dar que falar»;
- Consoante os pedidos formulados pelo General, muito dos seus amigos e familiares, beneficiaram igualmente de apoios e, ou influências de CGJ para acederem a algo ou beneficiarem de alguns dividendos financeiros;
- O General AI recebe mensalmente um subsidio igual a dos Ministros da Republica, valor acima de 3 milhões de Francos Cfa's (aproximadamente 4.600 Euros) ???. Muitas vezes, alegando imperativos familiares, esses montantes eram-lhes pagos antecipadamente... e na hora pelo Ministro das Finanças, José Mario Vaz;
- O General AI, vezeiro, usava sempre a situação de "instabilidade" e "movimentações suspeitas" para criar situações virtuais de "prevenção" e, assim subtrair ao erário publico, quase trimestralmente (isto é, sempre que tinha necessidade de dinheiro), dezenas de milhões de Francos CFA's (valores, entre 25 a 30 milhões de FCFA's, ou seja entre pouco mais de 38 mil euros e quase 46 mil euros). Desse dinheiro, uma ínfima parte era utilizado para criar fachadas de "prevenção" com "rondas noturnas" esporádicas e, o resto do dinheiro ia para o seu bolso direto, recebendo as outras chefias militares, naturalmente alguma parte para lhes "calar a boca";
- O General AI, esconde aos ACLP, de que, de cada vez que visita semanalmente (no minimo 2/3 vezes) o Primeiro Ministro CGJ, tem sempre uma historia penosa para lhe contar, para assim sair com alguns milhoões escondidos no bolso do seu dolmem militar. Em cada encontro, conhecendo o caracter sensivel do PM, sempre lhe contava uma historia, seja de enterro, « toca choro », fanado, mau-olhado ou outro qualquer para lhe sacar uns milhões.
Este acedia aos pedidos, não por medo dele como muitos pensam, e ele mesmo assim o pensa, mas, mais para não suscitar animosidades na sua mente complexada. Alias, fontes proximas do PM, chegaram a confidenciar de que, este em varias ocasiões desabafou, de que, o General estava a "exagerar" no mamanço, porquanto na maior das vezes, tirando os aspectos operacionais da "segurança do Estado" em que era dinheiro do Estado, o prejuizo saia do seu bolso. So no periodo de dois meses que antecederam as eleições presidênciais, por varios motivos invocados, o General AI, recebeu do erario publico e também das mãos do PM, Carlos Gomes Junior, mais de 350 milhões de FCFA's, isto é acima de 500 mil euros;
- CGJr pagou do seu proprio bolso, varios tratamentos e evacuações médicas de familiares ou prôximos de AI, entre eles, destinos como, Portugal, Cuba e Dakar..., não por obrigação ou medo, mas por uma questão de principio e respeito;
- O General AI, apesar de mentir aos ACLP de que não tem dinheiro nos bancos, comprou recentemente uma belissima casa no Senegal (Zona da VDN) onde passaram a residir os seus filhos e alguns familiares (para além dos filhos em n° de 4, essencialmente, sobrinhos, cunhados e afins da mesma tabanca) que estão por Dakar a estudar, outros ainda em França. Sabe-se que qualquer estudante, para estar relativamente à vontade em Dakar, mesmo possuindo uma casa, como é o caso, entre pagamento de estudos e alimentação AI não deve gastar menos de 100 mil Fcfa por cabeça, mais àgua e luz. O numero de pessoas que estão albergados na sua residência ultrapassam as onze pessoas, entre os vais-e-vens diarios de comer e repousar;
- O General AI, alegando a situação dos filhos no Senegal, para além do recurso ao CEMFA Senegalês, recorrentemente, solicita apoio financeiro ao CGJ para fazer a face a alegados encargos e subsistência com os seus familiares. E, este tem sempre deferido aos seus repetidos pedidos ;
Por fim, para além dessas verdades escondidas, os ACLP deviam perguntar ao General Antonio Injai, o seguinte :
Para além do conforto de lhe garantirem a sua segurança (alegava que iriam mata-lo caso aceitasse a vinda da missão Angolana a Bissau), quanto recebeu de «Ankola nunca» como «cola» (prémio) de assinatura do pedido de vinda do contigente da MISSANG para a Reforma do Sector da Defesa e Segurança;
Quanto é, e quem fica com o dinheiro dos ACLP fantasmas que constam da lista de pagamentos das FA, montante que representa quase 23% da massa global da pensão dos ACLP? Esse gap misteriosamente indetectavel, permitiria melhor no minimo o salario desses seus Camaradas, em mais de 5 mil Francos CFA's, prefazendo mais de 50 euros;
Porquê, so agora lembrar deles??
Sugeria aos ACLP, convocar agora o Generalissimo AI e pedir-lhe satisfações das suas mentiras e trafulhices. Posto estes factos e quesitos, para os quais disponho de provas irrefutaveis, gostaria eu também que, o GAI viesse a publico voluntariamente, explicar aos seus Camaradas, como ele é um 'Ancien' Combatante, versão VIP (pois a sua ponta nada produz, a não ser um autêntico Paiol).
O General tem a palavra.
ABT»
Boka iam, só sim sinhor
«Caro Aly,
Sou emigrante e estes dias estive na Guiné-Bissau, meu pais natal. Depois de Dakar, entrei pela fronteira terrestre afim de visitar familiares. Nessa viagem, assisti a esta cena que muito me tocou e que te passo a relatar.
Na semana passada, mais precisamente no dia 19 do corrente na fronteira de Pirada, entre a Guiné-Bissau e o Senegal assisti a chegada nesse posto fronteiriço de uma coluna militar proveniente do Senegal composta de um enormíssimo camião, vulgo "tir ou remorco" com três plataformas. O referido camião, posso afirmar pela constatação discreta que fiz, estava seguramente carregado de material bélico e, ao que parece, pelo que me permitiu aperceber através da cobertura de resguarda, para além de armas e munições acondicionadas em contentores militares devidamente assinaladas e, pela silhueta do material coberto estavam la igualmente dois tanques blindados de lagartas (estes se viam por baixo, pois estavam mal dissimuladas pelos toldos da cobertura) e... com canhões de longo alcance. A coluna militar vinha escoltada por duas viaturas todo-o-terreno marca toyota pick-up do exercito senegalês guarnecido de quase uma vintena de militares bem armados.
A coluna chegou, parou, sem parar os motores mantendo os a/c ligados. Alguns militares desceram das suas viaturas (decerto para relaxar as pernas) e, descontraidamente, uns fumavam, outros bebiam agua mineral «Kirene» e, outros limitavam a olhar para o nada. Nesse exercício descontraído, os militares senegaleses, não se dignaram a dirigir qualquer palavra as nossas supostas «autoridades fronteiriças nacionais», não perguntaram por "ninguém", não prestaram qualquer atenção aos nossos, em suma deram cavaco algum à ninguém. Falavam entre si em "wollof" e mantinham o profil en garde.
Aos nossos pobres militares, guardas fronteiras e guarda nacional estacionadas nesse posto fronteiriço, não mais restava que os seus olhos, para olhar e ficar calado..., bem caladinho (colonização obligé).
Porém, o engraçado em tudo isto veio depois. Quiça num assomo de zelo, alguns desses militares se atreveram a esboçar algumas perguntas e tentar aproximar-se da misteriosa carga (um deles, ao que se me deu a atender, é um tal Tiburcio da GN), foi o que viu..., foram literalmente escorraçados com um gesto autoritario de mãos que os mandavam afastar-se da coluna, gestos esses, a fazer lembrar os celebres «retourné» das tropas invasoras senegalesas aquando da guerra de 7 de junho de ma memoria para o ego dos Djambars (nos chamávamos-lhes os «Djambas»- pequenas aves frágeis e migratórias que em tempos, após as chuvas invadiam os campos e savanas guineenses).
E, foi pena de ver, os pobres militares, rabo entre as pernas « retourner » para a pachorra da vida, sem deixar de resmungar para dentro com eles mesmos : «agora e assim com a ECOMIG, é como a "coisa" da Joana, chegam e passam sem nada dizer a ninguém. Não apresentam nada, nem conhecimento de carga, nada de nada... e ninguém sabe o que trazem la dentro. Com a MISSANG era o fim do mundo, revistava-se tudo minuciosamente, desconfiavam de tudo...punham-nos numa autentica paranoia de segurança.
De tudo isto, tiro uma conclusão, a ECOMIG não tem meras intenções de contenção na Guiné-Bissau.
Estão a preparar algo de concreto e, de muito importante.
Ao nosso apatetado General koba mal, deixo-lhe um conselho : que se cuide, pois a jiboia está-lhe a fazer o seu anel.
Baciro Baldé
Emigrante»
Reformas tu, recruto eu
«Enquanto a Sociedade Civil guineense, a Comunidade Internacional, os parceiros do desenvolvimento, advogam a reforma das Forças Armadas e a consequente redução do seu pletórico efetivo e aligeirar o orçamento do estado com essa estirpe de parasitas sociais, o fogoso General, esse, esta completamente virado para outros lados.
Sem dar cavaco a ninguém, sem pedir autorização a quem quer que seja, sem perguntar com que meios sustenta-los, o General dá-se ao luxo de andar a brincar às recrutas num contexto de penuria social e financeira sem precedentes no pais. Logo de uma assentada, o General decide o recrutamento para o "seu" exercito 2.500 mancebos que estão a receber "instrução militar" no Centro de Instrução Militar de Cuméré, sendo estes sustentados pelo erário publico apesar do Estado/Governo não ter sido, nem ouvido nem achado nessa inusitada tomada de decisão unilateral do todo poderoso e omnipresente General.
Ao levar a cabo, por iniciativa própria esse recrutamento num contexto de apelo a "desmilitarização" da sociedade guineense, o General mostra a CEDEAO, o principal patrocinador do golpe e toda a CI, de que ele tem uma agenda própria na crise guineense e, essa agenda passa pela manutenção do status quo vigente, isto é, instituições corruptas, frágeis e subservientes aos seus desmandos e do seu séquito de militares e políticos golpistas.
Constata-se que, uma boa parte desses recrutas tem mais de 40 anos de idade, entre eles, diga-se de passagem, a grande maioria, são jovens brasas, filhos, sobrinhos, cunhados, tios, diretamente mobilizados nas suas longínquas tabancas e baracas de fanado, para, apos a praxe de "santa praça", passarem a sua especialidade favorita que é, a educar à lei da porrada essa gentalha da praça, "burmedjus", "os anti golpe", "os cadoguistas" e os autointitulados "anti-balantas".
Porquê essa necessidade urgente do General em recrutar em tempo de tão grave crise, quiçá das mais profundas que o nosso pais atravessou até a data ?
O General lá saberá das suas razões, porém, é nossa convicção de que, o medo que assola o General e a tomada de consciência do acentuado isolamento e encurralamento o terá levado a recorrer a essa cosmética de recrutamento alargado, para escamotear uma nítida pretensão de reforçar a sua guarda pretoriana, rodeando-se assim de novos e fieis mancebos, preferencialmente da sua etnia, seus parentes próximos e, consequentemente indefectíveis garantes da defesa da amplamente propalada causa da "etnia eternamente marginalizada" .
E sabido de que, o General se sente cada vez mais isolado, mesmo entre os seus é perceptível esse seu desassossego, a confiança não reina no seu espirito. Ele desconfia de todo o mundo, pois tem consciência de que, o seu ciclo esta a chegar ao fim, pois, ou é apanhado pelos ianques tal como o seu comparsa Bubo (hipótese que não esta longe de se realizar), ou é "posto fora do comboio" pelos seus pares golpistas (Dahaba Na Walma e Sousa Cordeiro se perfilham como Judas). Alias, as ultimas saídas mediáticas, caracterizado por ataques virulentos ao governo, o recurso a um discurso de refugio, apelando à defesa da causa balanta como elemento aglutinador para garantir a sua sobrevivência, são sintomas claros de que o desnorte e o medo se apoderou do General.
Contudo, face ao cenário de degradação e indecência humana que o General mostra estarem a viver os seus "bravos" militares, qual fénix, os eternos e, sempre renascidos "combatentes da liberdade da pátria", queremos saber, como, e com que meios ira ele enquadrar, sustentar, alimentar, alojar essa massa humana, em cujas fileiras se encontra uma boa corjada de novos potenciais marginais devidamente formatos para a anarquia e a desordem em nome do General e da sua tribo.
Júlio Nhaté
Sociólogo/Desempregado
PS: Não podia deixar de lamentar, a morte de 3 "recrutas" que, segundo informações fidedignas, foram premeditadamente urdidas e visavam um núcleo especifico de paramilitares , por sinal, até já bem formados, os quais foram levados ao Centro de Instrução como mero argumento de ajuste de contas.
Por estas e outras razões as novas autoridades democrática a emergir na Guiné-Bissau pós golpe deve pensar no recurso ao Tribunal Penal Internacional para levar a essa instância muitos crimes de suposto premeditação genocidiária que esta sendo praticada nesse pais sob regime militar.
J.N.»
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
"Fábrica de bebés" descoberta na Nigéria
Polícia da Nigéria descobre "fábrica de bebés" e liberta grávidas. A mais nova das jovens descobertas tem apenas 14 anos. Os bebés são vendidos por milhares de euros, sendo os rapazes mais caros que as raparigas, e as mães recebem apenas cerca de 150 euros. As autoridades da Nigéria asseguram ter descoberto uma clínica ilegal em Port Harcourt, no sul do país, onde estavam seis adolescentes grávidas, e cujos bebés seriam vendidos.
"Salvámos seis raparigas na semana passada, em diferentes fases da gravidez, numa maternidade ilegal de Port Harcourt", declarou à agência France um porta-voz da polícia na região, adiantando que a mais nova das raparigas tem 14 anos. As autoridades detiveram a proprietária da maternidade, que "não mostrou qualquer documento autorizando-a a dirigir a clínica".
As raparigas disseram à polícia que estavam na clínica para aí terem os filhos que depois seriam vendidos, ignorando-se se permaneciam no local à força ou voluntariamente. As forças de segurança da Nigéria têm descoberto nos últimos anos várias "fábricas de bebés" do mesmo género. Os bebés são vendidos por milhares de euros, sendo os rapazes mais caros que as raparigas, e as mães recebem apenas cerca de 150 euros. Segundo as Nações Unidas, o tráfico de seres humanos é o terceiro crime mais comum na Nigéria, depois da fraude e do tráfico de droga.
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