segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Águas agitadas...
As águas territoriais da Guiné-Bissau vão ficar sem fiscalização durante 15 dias devido a uma greve decretada pelo Sindicato dos Agentes Fiscalizadores da Atividade de Pesca (Sinafimar), disse à Lusa o presidente do organismo. Mateus Gomes Correia indicou à Lusa que a greve, iniciada na última sexta-feira, "é a resposta do Sinafimar perante a indiferença" das autoridades no que se refere ao caderno reivindicativo apresentado pelo sindicato, em maio.
No documento, a que a Lusa teve acesso, os fiscalizadores marítimos reclamam o pagamento de salários de abril a julho, pagamento de subsídios referentes aos meses de maio e junho e ainda o pagamento de subsídios pelo apresamento de seis navios efetuado este ano. De acordo com a lei geral das pescas da Guiné-Bissau, em cada apresamento de navio em atividade de pesca ilegal ou não regulamentada na Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Guiné-Bissau, 30 por cento da multa aplicada à embarcação reverte a favor da Fiscap (entidade fiscalizadora da atividade de pesca).
O Sinafimar reclama ainda o pagamento de um conjunto de subsídios dos anos anteriores, cujos fundos foram retidos pelo Ministério das Finanças, a elaboração de um novo estatuto para a Fiscap, bem como a garantia de assistência médica e medicamentosa para os funcionários da instituição. O presidente do sindicato disse que a greve é do conhecimento do Governo de transição e do próprio Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, mas nenhuma entidade tomou qualquer diligência para que possa ser levantada.
"Assim sendo, a nossa Zona Económica Exclusiva é um autêntico espaço aberto a toda a espécie de pirataria", sublinhou Mateus Correia. "Já mesmo sem greve tínhamos muitas dificuldades em termos de meios logísticos para fiscalizar o nosso mar", acrescentou. Antes da suspensão do acordo de pesca do país com a União Europeia, o setor valia cerca de 45 por cento do Orçamento Geral do Estado.
"Agora creio que nem chega a 15 por cento", notou o presidente do Sinafimar, que diz desconhecer na realidade quantos navios estarão a pescar neste momento nas águas territoriais guineenses. Com o golpe de Estado militar de abril de 2012, a União Europeia, principal parceira da Guiné-Bissau no setor das pescas, suspendeu os acordos na área, o que tem contribuído para as dificuldades de tesouraria do país. Mateus Correia diz que o Sinafimar está aberto ao diálogo, mas avisa que, se não for encontrada uma solução negociada nos próximos dias, a greve vai até ao fim e pode ser retomada por um período de 30 dias. LUSA
domingo, 11 de agosto de 2013
MOSCOVO 2013: Humildade
"Amigos ... como muitos já devem saber, o nosso atleta Holder da Silva acabou por ser eliminado ontem na ronda dos 4ºs de final nos campeonatos do Mundo de Atletismo que acontece em Moscovo, na Rússia. Na verdade, não tinha como alcançar uma posição melhor. Para quem viu a prova, viu o nível que é o atletismo neste patamar.
Não estamos tristes porque sabemos e todos vocês sabem qual é a nossa realidade enquanto desportistas da Guiné- Bissau. Os atletas com quem os nossos competem têm tudo e mais alguma coisa dos seus respectivos Países, os meus, o País não lhes apoia nem com os equipamentos com que nos representam a todos nós, e isto vem de há muitos anos...
O Holder perdeu dois irmãos no espaço de uma semana este ano em Bissau, por isso podem calcular a força que este jovem tem.
Em todos os atletas dos Palop que aqui estiveram, o nosso atleta foi o único que passou da sua eliminatória e, mesmo entre os Palop, é o único a quem o País não dá as mais "migalhdas" condições para nada... Não estamos tristes, como disse, aliás é a primeira vez que passamos da eliminatória nos mundiais depois de o ter feito nos Jogos Olímpicos.
Quero apenas que todos vocês (a quem o Holder me pediu para dedicar a sua prestação) tenham a noção daquilo por que eles passam. Não sei como vos agradecer. É sempre forte e encorajador o vosso apoio por isso, continuaremos todos juntos a lutar por um atletismo Nacional cada vez melhor. Estamos felizes porque sabemos que vocês também estão. Quanto a mim, é eterno o meu compromisso com os atletas do nosso País!
Obrigado a todos vocês!
Renato Moura
Presidente da Federação de Atletismo da Guiné-Bissau"
LGDH - 22 anos de luta
MEMBRO DE:
FIDH – Federação Internacional dos Direitos Humanos
UIDH – União Internacional dos Direitos Humanos
FODHC-PALOP – Fórum das ONGs dos Direitos Humanos e da Criança dos PALOP
Fundador do Movimento da Sociedade Civil
PLACON – Plataforma de Concertação das ONGs
MEMBRO OBSERVADOR JUNTO DE:
CADHP – Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos
Nota informativa
No âmbito das jornadas de comemorações de 22o. Aniversário da LGDH a ter lugar amanhã, dia 12 de Agosto sob lema: BASTA DE IMPUNIDADE E VIOLÊNCIA, a Direção Nacional da Liga vai organizar uma vigília em solidariedade com a menina Odete Na Bia, vitima de casamento forçado e sequestro há mais de 3 semanas na localidade de Djabada Porto Sector de Tite sul do País.
A referida vitima de 19 anos de idade, encontra-se sob cativeiro num lugar incerto na zona acima descrita, desemparada e perante a impotência total das autoridades de segurança.
Feito em Bissau, aos 18 dias do mês de Agosto 2013
A DIRECCAO NACIONAL
O terror acontece
Al-Qaeda. Diz-lhe alguma coisa? Se sim, leia. Se não, leia na mesma. Sobretudo, mantenha-se INFORMADO
sábado, 10 de agosto de 2013
Sucesso em Moscovo
Mundiais de Atletismo em Moscovo: Holder da Silva, da Guiné-Bissau, fez a marca de 10.70s nos preliminares! Veja o VÍDEO
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
EP 2013 - Ramos Horta diz que políticos que estão no exterior "podem regressar"
Os políticos (guineenses) que estão no exterior podem regressar à Guiné-Bissau, onde há "tranquilidade" diz representante da ONU, José Ramos-Horta, representante especial das Nações Unidas na Guiné-Bissau, disse hoje à agência Lusa que há "tranquilidade" no país e que qualquer cidadão guineense que esteja no estrangeiro "por razões políticas" deve poder regressar ao território.
Aquele responsável comentava assim a decisão do primeiro-ministro deposto no golpe de Estado de 2012, Carlos Gomes Júnior, que na quarta-feira anunciou, em Lisboa, pretender regressar à Guiné-Bissau e candidatar-se à Presidência da República. "Assiste a todos os cidadãos da Guiné-Bissau, que estejam na Diáspora, por razões políticas relacionadas com eventos do passado, a possibilidade de regressarem", referiu Ramos-Horta.
"Estamos no século XXI", acrescentou, sublinhando que "qualquer cidadão guineense que esteja no exterior devia poder participar na vida política, social e humanitária do seu país: cabe a cada um tomar essa decisão". Segundo o responsável, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem procurado "criar as condições de tranquilidade, de diálogo, de aceitação mutua e de inclusão para que todos os guineenses possam sentir que fazem parte da sociedade e do projecto político".
Questionado pela agência Lusa sobre as condições de segurança para o regresso do primeiro-ministro, Ramos-Horta respondeu dizendo que não sente qualquer tipo de ameaça à tranquilidade. "Vivo [em Bissau] há sete meses e não sinto a mais pequena ameaça à tranquilidade de ninguém", sublinhou. A Guiné-Bissau "é um país pacífico, onde não há criminalidade e não tenho detectado casos graves de violação dos direitos humanos desde que cheguei", disse Ramos-Horta.
A Guiné-Bissau vive um período de transição desde o golpe de Estado que, a 12 de abril do ano passado, afastou o Governo eleito. O Presidente interino, Raimundo Pereira (que ocupava o cargo na sequência da morte do Presidente eleito Malam Bacai Sanhá), e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, foram afastados e estão desde então em Portugal. Em maio do ano passado foi constituído um Governo de transição para conduzir o país até às eleições, que deviam realizar-se no prazo de um ano.
Atrasos vários no processo levaram a que o período de transição fosse estendido até ao final deste ano. As eleições gerais (presidenciais e legislativas) estão agora agendadas para 24 de novembro e são já conhecidos três candidatos à presidência do país: Carlos Gomes Júnior, o ex-diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa Hélder Vaz e o antigo ministro da Educação Tcherno Djaló. LUSA
Em Moscovo com ambição
O atleta Guineense Holder da Silva representa amanhã as cores da Guiné-Bissau, na prova dos 100 m planos nos Campeonatos do Mundo de Atletismo em Moscovo, na Rússia. Depois de ter conseguido passar a primeira fase da eliminatória nos Jogos Olímpicos de Londres, o atleta guineense tenta agora o mesmo nos Mundiais de Moscovo.
Segundo declarações de Renato Moura, o Presidente da Federação, o seu atleta tem todas as chances de se apurar para a segunda ronda porque se encontra física e psicologicamente preparado mas, só o conseguirá com total concentração e não cometendo o mais pequeno erro. E deixa o alerta. "Nas provas de velocidade, perde-se tudo com erros mínimos".
Estreando o novo equipamento da Federação, a promessa é unicamente a de deixar o seu povo orgulhoso com a sua prestação em nome do País. Holder da Silva, recordista Nacional dos 60, 100 e 200 metros competirá amanhã dia 10 de Agosto, às 10 da manhã, mais 4 horas que Bissau, no Estádio Luzhniki, em Moscovo. AAS
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
EP 2013: Carlos Gomes diz que regressará a Bissau para "defender a democracia e as liberdades fundamentais do povo guineense"
O primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau disse hoje em Lisboa que vai apresentar a candidatura à Presidência do país. "Vou ter um encontro com os jornalistas para dizer o nosso firme propósito de regressar ao país", acrescentou Carlos Gomes Júnior afastado do poder na sequência de um golpe de Estado organizado pelos militares em 2012.
Gomes Júnior falava no final de uma reunião com o coordenador permanente da Comissão Política Nacional e porta-voz do PSD, Marco António Costa, e antes de uma conferência de imprensa marcada para o final da manhã em Lisboa. As eleições gerais na Guiné-Bissau decorrem a 24 de novembro. O primeiro-ministro deposto referiu que pretende, com o seu retorno à Guiné-Bissau "defender a democracia e as liberdades fundamentais do povo guineense".
"O meu regresso é um retorno à legalidade constitucional, conforme foi exigido na resolução 2048 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Carlos Gomes Júnior, sublinhando que Portugal teve, com a Comunidade do Países de Língua Portuguesa (CPLP), "um papel muito importante" na defesa do seu Governo nas instâncias internacionais. A Guiné-Bissau está a ser gerida por um Governo de transição, na sequência do golpe militar que em abril de 2012 afastou do poder o Presidente, Raimundo Pereira, e Carlos Gomes Júnior.
Carlos Gomes Júnior agradeceu, em particular, ao "presidente do PSD, o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, por todo o apoio que nos deram desde quando ocorreu o golpe de Estado na Guiné-Bissau e o acolhimento que nos foi reservado aqui em Portugal e a posição firme que o Governo português sempre manteve na defesa dos direitos fundamentais na Guiné-Bissau". "Viemos para agradecer, não só ao PSD, mas ao Governo de Portugal e ao povo português pelo acolhimento que nos deram", acrescentou, referindo-se ainda à reunião com Marco António Costa.
Carlos Gomes Júnior disse que o regresso à Guiné-Bissau depende de "questões prévias", que foram colocadas a Marco Antonio Costa e ao Governo português, que poderiam ajudar a serem defendidasjunto do Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Para se fazerem eleições, é preciso que haja as liberdades fundamentais do povo, que se possam manifestar, que os jornalistas possam circular livremente. São estas as nossas preocupações que nós gostaríamos que o Governo português continuasse a ajudar", indicou ainda.
São já conhecidas outras duas candidaturas às presidenciais de 24 de novembro: a do antigo ministro da Educação da Guiné-Bissau Tcherno Djaló e a do antigo diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz. O economista guineense Paulo Gomes já disse que até final do mês de agosto decidirá se se apresenta como candidato às eleições gerais de 24 de novembro na Guiné-Bissau. LUSA
Desespero & Desgoverno, Companhia Lda. = Implosão!
"Mas que governo de inclusão é este?
Então há um governo chamado de inclusão e o seu porta-voz aparece com críticas violentas contra o principal partido, o PAIGC, integrante do mesmo executivo? Convido, a todos os que o poderem fazer, que leiam a entrevistas do sr. Fernando Vaz, ministro da presidência do conselho de ministros, publicadas nos dias 1 e 3 de Agosto pelos jornais Diário de Notícias e Expresso, respectivamente.
Como de costume, Nando "Dodote" Vaz, dispara em todas as direcções:
Sobre o PAIGC diz que é o partdo que nos deu a independência mas que " qunto ao desenvolvimento mostraram que foram incapazes de o fazer; a única coisa que fizeram foi extorquir o erário público. E isso ficou bem claro com Gomes Júnior, que é o cavalo de Tróia de Portugal e de Angola". Diz ainda que "o problema é que o PAIGC vive por um lema: senão estás comigo, és meu inimigo".
Minha gente, se o PAIGC não reage a isto deixa de ter a consideração de muitos guineenses. Numa demonstração de que a propalada inclusão não é tão inclusiva quanto isso, Nando "Dodote" Vaz, disse também que "se Gomes Júnior insistir em voltar a Bissau, será detido". Pergunto: porque até agora não conseguiram levar a julgamento nenhum dos tais processos?
Como afirmei no início, "Dodote" Vaz disparou em diferentes direcções:
Disse - reconhecendo -, que as condições de estabilidade política na Guiné-Bissau só existirão com a reforma das forças armadas. Quer dizer que acusa os militares de serem o factor de instabilidade. Nas duas entrevistas "Dodote" Vaz contradiz os seus colegas de governo, nomeadamente ministros do interior e da justiça sobre as condições de segurança para as eleições, para além de desferir ataques contra parceiros internacionais de que tanto a Guiné-Bissau precisa neste momento. Acho que o presidente da república de transição - sempre perguntei quem era de transição, se o presidente, ou a república - não pode ficar indiferente a isto.
O primeiro-ministro, o ministro dos negócios estrangeiros, o governo, não podem ficar calados perante tamanha afronta às instituições e aos parceiros. Quero também ver o que os militares dizem disto. O senhor Nando "Dodote" Vaz critica sempre Portugal mas não deixa de viajar, com frequencia, para Portugal. Por que será?
Voltarei.
Unsai Wek"
Confusão
"Muita confusão, mais uma, sobre a reza do tabaski. Um grupo ontem e outro amanhã. Uma fonte bem colocada diz que, este ano, o motivo desta confusão foi porque o presidente Serifo Nhamadjo meteu-se onde não devia. Ele foi muito influente na escolha de Aladje Abubacar Djalo para Imame principal dos muçulumanos da Guiné-Bissau...
Tudo é transição."
PartidoMANIA
"Tenho ouvido falar de organizacões políticas ou estruturas - como queiram chamar-lhes -, cujos fins me deixam intrigado e certamente a muitos guineenses. Isso de FÓRUM DOS PARTIDOS POLÍTICOS, o que é? Coligação ou mera estrutura de concertação?
A nossa lei eleitoral em vigor veda a possibilidde de surgimento de coligações pos-eleitorais. Assim sendo, não se trata então de uma coligação porque, nas ultimas eleições não se apresentaram como tal. Se me falarem de estrutura de concertação, posso entender. Mas não posso aceitar que surjam como entidade para discutir, opinar ou negociar o que quer que seja sobre o calendário ou agenda política do país (dispenso até falar da inexistência legal, e até factual, de muitos dos seus membros).
Agora, tentar dar voz e importâncias a este grupinho (só para chatear e usar como manobra dilatória) significa dar mostras do grau de desespero de quem tenta, a todo o custo, permanecer no lugar para o qual nunca foi eleito. Não podemos esquecer que houve tentativas de vender a ideia de uma transição de 3 anos. Há gente que só o é quando deixa de haver LEI.
Toda a gente sabe quem instrumentaliza quem, o quê e o porquê. Se são sérios, e não se trata de mero oportunismo balofo, desafio os partidos signatários do FORUM a se apresentarem como coligação nas próximas eleições. Quando chegar o momento "M" o FORUM vai eclipsar. Alguém duvida?
Voltarei
Unsai Wek"
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