sábado, 6 de julho de 2013

INTERNET? A passo de caracoleta


Portugal é o 20.º de 184 países e territórios analisados no "Net Index", da agência Ecofin, em velocidade da Internet, ao registar, em maio, 8,23 megabits por segundo (Mbps) de telecarregamento médio. Segundo o índice, Portugal está acima da média mundial (13,82 Mbps), mas abaixo da dos países da União Europeia (18,62 Mbps), do "G8" (17,72 Mbps) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), 17,18 Mbps).

O "ranking" é liderado por Hong Kong, com uma velocidade de telecarregamento da Internet de 47,52 Mbps, à frente da Lituânia (38,82 Mbps), Taiwan (36,34 Mbps), Holanda (34,53 Mbps) e Luxemburgo (34,06 Mbps). Macau surge na 8.ª posição mundial, com 32,99 Mbps, numa lista que, por falta de dados, não inclui a Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, mas na qual surgem Cabo Verde (76.º posto, com 7,35 Mbps), Brasil (77.º, com 7,30 Mbps), Angola (116.º, com 4,35 Mbps) e Moçambique (156.º, com 2,63 Mbps). Cabo Verde, porém, é o terceiro melhor classificado na lista da agência Ecofin, especializada na difusão de estatísticas em matéria de telecomunicações, apenas atrás de Madagáscar (68.ª posição no índex global, 8,65 Mbps), Namíbia (74.ª, com 7,66 Mbps).

Guerra surda: ARN recua e as rádios, outrora suspensas, retomaram as emissões. AAS

Senegal trava cidadãos da UE


"Conforme informação recebida da Embaixada do Senegal em Bissau, a secção consular da Embaixada de Portugal em Bissau informa os seus cidadãos que desde dia 1 de julho, é necessário visto para entrar na República do Senegal.
O visto poderá ser obtido na Embaixada do Senegal em Bissau ou no aeroporto de Dakar, à chegada. Não é possível obter o visto nas fronteiras terrestres, nomeadamente na de S. Domingos/Ziguinchor.

Os serviços consulares da Embaixada de Portugal em Bissau
"

NOTA: Esta medida é válida para todos os países Schengen. AAS

TRAGÉDIA em DAKAR: Avião com os restos mortais de Bruno Vaz Perdigão aterrou já em Bissau. Acompanharam o corpo o Pai, dois tios, uma tia e um amigo do malogrado. O corpo estará na residência de família, na Rua de Angola. O funeral será amanhã, às 10 horas, no cemitério Municipal de Bissau. AAS


sexta-feira, 5 de julho de 2013

Parceiros avaliam


Uma missão diplomática formada por países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, da União Africana, da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental, da União Europeia e da Organização das Nações Unidas chega já no próximo domingo, dia 7, a Bissau para tratar das eleições gerais previstas para o próximo mês de novembro de 2013 - ainda que muitos achem que não terá lugar. As eleições, recorde-se, tem vindo a ser defendidas pela diplomacia brasileira desde o ano passado. O país sofre com a fragilidade das instituições republicanas e com sucessivas rupturas da ordem institucional.

Em quase 40 anos de independência nenhum presidente eleito chegou ao fim do mandato. Em abril do ano passado, militares atacaram a residência do então primeiro-ministro e principal candidato às eleições presidenciais da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior. Os militares têm a hegemonia política do país desde que este deixou de ser uma colônia portuguesa, em 1973. A missão conjunta “de avaliação” decorrerá até à próxima quinta-feira, dia 11. Os diplomatas serão recebidos pelo governo de transição e manterão reuniões com partidos políticos e organizações da sociedade civil. AAS

Hoje é dia 5 de julho: Parabéns a Cabo Verde pelos 38 anos - exemplares! - da sua independência. E, nada de brincar ao Estado... AAS


ÚLTIMA HORA/Assassinato em Dakar: Os restos mortais de Bruno Vaz Marques Perdigão, assassinado em Dakar com oito facadas por Camilo Lima da Costa, vulgo Makaveli, serão entregues à família e transladados amanhã, sábado, para Bissau a bordo de um avião fretado para o efeito. AAS


quinta-feira, 4 de julho de 2013

Esquecer Paris


Depois de uma guerra fratricida para ocupar a Embaixada da Guiné-Bissau em Paris (três ou mais tentativas, todas eleas frustradas), por parte de Dino Seidi, nomeado embaixador na França pelo poder golpista e isolado de Bissau, mas terminantemente recusado por Paris, chegou a resposta: o secretário de Estado das Comunidades, Idelfrides Gomes Fernandes – vulgo Didi, em conivência com o Dino Seidi, mandou simplesmente bloquear o sistema informático de emissão dos passaportes ordinários na nossa representação diplomática, em Paris. Assim, do pé para a mão...

A nossa embaixada não pode, portanto, emitir os passaportes ordinários a que todos os guineenses têm direito, sobretudo nesta época de férias. Se porventura houver alguém acima do secretário de Estado Idelfrides (talvez um ministro...), então urge tomar as medidas que visem o rápido desbloqueamento do sistema informático (Logiciel) para a emissão dos referidos passaportes. AAS

TRAGÉDIA: Ontem, um agente da Polícia de Ordem Pública (POP), foi espancado até à morte na povoação de Bup, Sector de Nhacra, num assunto que tem que ver com o roubo de gado. Entretanto, há informações que dão conta que uma criança morreu, três pessoas ficaram feridas e 35 cidadãos foram detidos. A notícia foi avançada à PNN, hoje, por uma fonte do Comissariado Nacional da Polícia de Ordem Pública. AAS


Morreu na terça-feira, Roberto Qissangui. O malogrado foi director do projecto integrado do Boé, e secretário de Estado no governo de Carlos Correia, antes da guerra civil de 1998. Que descanse em paz. AAS

Surto de cólera na Guiné-Bissau já provocou 13 mortos e 144 pessoas foram hospitalizadas, na região de Tombali, nos sectores de Komo e Catió, avança a PNN que cita uma fonte da UNICEF. AAS


quarta-feira, 3 de julho de 2013

O Morsi de hoje era o Mubarak de ontem


O corajoso Povo do Egipto pagou com o seu próprio sangue (fala-se em 20 mortos) por mais uma mudança. Morsi, que sucedera o acossado Mubarak, não aqueceu sequer o lugar. Uma ano depois, cai. Com estrondo. E a praça Tahrir voltou a produzir mártires. Os militares começaram por avisar Morsi. Deram-lhe 48 horas. Morsi recusou e desafiou 'morrer pela causa'. Hoje, os militares foram-se posicionando durante o dia, depois ocuparam a televisão estatal e outros edíficios estratégicos. O prazo dado ao desafiador Mohammed Morsi para renunciar - 48 horas - passara. Mas a hora de Morsi chegaria.

Depois, em tom solene, os militares anunciaram na televisão que a Constituição do país estava suspensa, e Morsi, o presidente destituído. A irmandade muçulmana (ainda) não ripostou. Não consta que o fará. Estará assustada com a dimensão da manifestação - pelo que vi na televisão podemos estar a falar em mais de um milhão de pessoas). Assim mesmo. O Povo corajoso chorou os seus mortos, enterrou-os com cânticos de Allah é Grande. Depois, enxugou as lágrimas e, mais determinado do que nunca, voltou às ruas, protestou, exigiu. Hoje, canta vitória. E dançará. E houve (e continua a haver) festa e fogo de artíficio; cores mil, rostos felizes. Tudo acontece na praça Tahrir.

Ao meu Povo, ao Povo da Guiné-Bissau, que continua a viver na tirania e no medo; na desconfiança e nas perseguições; que vive com medo dos raptos e dos assassinatos, nada faz. E no entanto, o Povo da Guiné-Bissau continua cheio de medo. Da farda e dos homens que a envergam. Ainda assim, não se levanta. Não morre, não vai morrer nunca! Não está para isso. Deve cansar... AAS

Rádios sem pio: Para além da rádio Sol Mansi, emissora católica guineense, suspensa hoje, a Autoridade Reguladora Nacional virou o canhão para as rádios Quelelé e Nossa, que segundo a ARN "não reúnem as condições necessárias." entretanto, estas duas emissoras decidiram continuar a emissão. AAS


TRAGÉDIA - Entre a espada e a parede


Facto. Guiné-Bissau está decapitada, política e economicamente. Todos os parceiros bilaterais e multilaterais voltaram a confirmar as sanções impostas aos golpistas da Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de abril de 2012. As sanções NÃO foram levantadas. A União Africana, organização continental, através do seu representante em Bissau, Ovídio Pequeno, reforça dizendo que as sanções que a organização impôs ao país continuam em vigor. Anunciou ainda a chegada, durante esta semana, de uma comissão conjunta composta por altos funcionários da CEDEAO, da CPLP, da União Europeia e das Nações Unidas, sob liderança da UA.

O motivo é o de discutir com as autoridades nacionais a questão dessas sanções, várias vezes violada com viagens de elementos das forças armadas ao exterior, bem como várias nomeações impostas pelos militares, como o do major Idrissa, enviado para a Gâmbia como embaixador, e, mais recentemente, da nomeação do diretor geral dos Serviços de Informações do Estado, Biom Na Tchongo - outro militar no activo, outra imposição de Antóni Indjai, curiosamente também ele alvo de acusações da DEA norte-americana por tráfico de droga e ligações ao terrorismo através da colombiana FARC. AAS