quinta-feira, 20 de junho de 2013
... Descubra as semelhanças
26 de Dezembro de 1995
"Dizem-me que em Nápoles há o costume, não sei se de sempre ou destes dias, de mandar vir um café e pagar mais do que se tomou. Por exemplo, quatro pessoas entram, sentam-se, pedem quatro cafés e dizem: "E mais três em suspenso." Passado um bocado aparece um pobre à porta e pergunta: "Há por aí algum café em suspenso?" O empregado olha o registo dos adiantados, a verificar o saldo, e diz: "Há." O pobre entra, bebe o café e vai-se embora, suponho que agradecendo a caridade. A mim, parece-me isto bem. Trata-se de uma solidariedade barata, é certo, mas se este espírito se fortalece acabaremos por ir ao restaurante e pagar dois almoços, entrar numa sapataria e pagar dois pares de sapatos, comprar um frango e deixar dois pagos, e tudo na mesma conformidade. Aliás, parece que não iremos ter outro remédio. Como o Estado cumpre cada vez menos e cada vez pior as suas obrigações para com os cidadãos, caberá a estes tomar conta da sociedade antes que nos tornemos todos, excepto os ricos e riquíssimos, em pobres de pedir, e portanto sem ninguém que nos pague um cafezinho."
José Saramago in 'Cadernos de Lanzarote" Diário II, Editorial Caminho 1995
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Glup!...
A transmissão dos serviços da RTP e RDP na Guiné-Bissau, interrompida desde domingo, deverá ser hoje reposta disse fonte do Governo, alegando que a suspensão deveu-se à falta de combustível para o gerador que alimenta o emissor. O secretário de Estado da Comunicação Social do governo guineense, Armindo Handem, confirmou hoje à Lusa que o corte nas emissões das televisões e da rádio se deve à falta de gasóleo para o único gerador que alimenta o emissor de Nhacra, arredores de Bissau. "Neste momento conseguimos mil litros de combustível, que dá para solucionar parte do problema", disse o responsável em declarações à Lusa, acrescentando ser possível que hoje mesmo o emissor volte a funcionar. Lusa
Divergências sobre a Guiné-Bissau atrasam conclusões da CPLP
Divergências sobre a questão da Guiné-Bissau atrasaram a redacção das conclusões finais da reunião informal da CPLP, documento assinado esta quarta-feira em Lisboa. A discussão sobre a Guiné-Bissau dividiu os intervenientes durante a reunião dos presidentes dos oito Parlamentos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que teve lugar terça-feira na Assembleia da República. O texto das conclusões finais foi trabalhado ao longo de várias horas para se conseguir um consenso sobre a sua formulação final, tendo acabado por ser assinado apenas esta quarta-feira de manhã.
No documento, destaca-se a afirmação de um “comprometimento solidário com a evolução da situação política da Guiné-Bissau, assinalando como encorajadora a recente formação de um governo inclusivo, na esteira do Pacto de Transição e Acordo Político e da Agenda Política de Transição, aprovados em Maio passado pela Assembleia Nacional Popular”. Na terça-feira, a presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, informou em conferência de imprensa que os Parlamentos da CPLP tencionam deslocar-se à Guiné-Bissau “numa data mais próxima das eleições” presidenciais e legislativas naquele país, que estão previstas para o final do ano. Assunção Esteves declarou que a situação da Guiné-Bissau “exige a todos uma grande disponibilidade de colaborar”.
A presidente da Assembleia da República portuguesa elogiou a “determinação” e a “capacidade hercúlea” do representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, José-Ramos Horta, ausente da conferência da imprensa, que tem “um plano completo e bem organizado na cabeça” a aplicar na Guiné-Bissau. Na conferência de imprensa conjunta, o vice-presidente do parlamento angolano, João Lourenço, recordou a “clara condenação” do golpe de Estado pela CPLP, mas sublinhou os “progressos bastantes significativos” no diálogo entre os actores políticos, no sentido da realização de eleições. João Lourenço acrescentou ainda que “Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau”.
Sobre a cimeira de chefes de Estado e de Governo da CPLP que vai decorrer em Luanda no próximo ano, Assunção Esteves afirmou a intenção de uma “uma agenda concreta com recomendações políticas” com a qual será possível “um impulso ao plano político dos poderes executivos”. Entre as recomendações poderão “eventualmente” integrar a liberdade de circulação de cidadãos da CPLP e a adopção de temas-chave, como os direitos das crianças, a cada dois anos. Sobre os protocolos assinados, os parlamentos lusófonos afirmaram que “é importante que não fiquem na gaveta”. Lusa
FAGB em contagem decrescente para eleição do seu presidente
Termina amanhã o prazo de entrega das candidaturas e, até à data, o Presidente Renato Moura apresenta-se como único candidato. Renovando como tudo indica, Renato Moura torna-se assim no primeiro Presidente desde a fundação da Federação de Atletismo em 1988, a repetir o mandato. Bastante jovem ainda, Renato Moura conseguiu recuperar a confiança da IAAF (Federação Internacional de Atletismo) que tinha suspendido a Federação das suas actividades Internacionais bem como do apoio que dava, organizando Campeonatos Nacionais (excepto o ano passado devido às obras de reconstrução do Estádio 24 Setembro).
RENATO MOURA o actual presidente da FAGB
Invejável
Renato Moura conseguiu o impossível. Levou o País a participar em vários eventos Internacionais, pela primeira vez, como os Campeonatos do Mundo de Atletismo em Pista Coberta (Qatar e Turquia), os Campeonatos Iberoamericanos (Espanha), os Campeonatos de África (Kenya e Benin) e os Campeonatos do Mundo de Juniores (Canada e Espanha) pela segunda e terceira vez, 1ª Edição Meia Maratona UEMOA. De Salientar ainda a organização da Meia Maratona de Bissau que vem assumindo uma dimensão cada vez maior em parceria total com a Empresa de telecomunicações MTN, que, como tudo indica, deverá ir para a sua 4ª dição em Outubro próximo.
Através do C.O. o País esteve ainda por três vezes na Meia Maratona de Macau com o melhor registo para o 6º lugar de Alexandre Djata na sua categoria em 2011. A participação nos primeiros Jogos Olímpicos na categoria de Juvenis em 2010 em Singapura e a melhor presença de sempre agora nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, ficam também nos registos desta actual Direcção. Renato Moura foi ainda nomeado nesta nova Direcção do Comité Olímpico da Guiné Bissau, Secretário Geral adjunto do Comité Olímpico da Guiné Bissau, responsável pelo Marketing e Comunicação e Chefe de Missão deste novo Ciclo Olímpico 2012/2016. AAS
Orgia na APGB: O ministério Público guineense notificou hoje o presidente do Conselho de Administração dos Portos da Guiné-Bissau, Armando Correia Dias (Ndinho), o director geral dos portos, Fernando Augusto Kaby e o director administrativo e financeiro, Armando Rodrigues. São todos suspeitos de desvios de fundos no valor de 1.250.000.000 de FCFA (perto de 2 milhões de euros) dos cofres dos Portos da Guiné-Bissau. Especula-se em Bissau se o processo irá em frente, isto devido à amizade e cumplicidade existente entre o PCA Armando Dias e o procurador geral da Repúlica, Abdú Mané. Mais uma vez a culpa morrerá solteira? Veremos... Para já, estão todos suspensos. Ditadura do Consenso, tinha já avisado sobre a gatunagem existente na cúpula dos portos da Guiné-Bissau. AAS
O que esperamos de vós?
"É com uma certa esperança que eu e certamente a maioria dos guineenses recebemos a notícia da eleição de novos órgãos da Comissão Nacional de Eleições(CNE). Se para os que rezam dia e noite para que o status quo da tarde/noite de 12 de Abril para cá mantenha este acontecimento é uma tristeza, para nós, cada passo dado rumo ao almejado retorno a ordem constitucional é de aplaudir, pois defendemos sempre que quem decide e deve decidir é o povo e não os senhores de arma e o politicos corruptos.
Não queremos questionar a legalidade ou não deste acto da Assembleia Nacional Popular e nem vamos entrar em detalhes, mas queremos só alertar aos novos membros, principalmente ao Juiz Conselheiro Augusto Mendes a quem tenho enorme respeito e confiança, que o mal de várias equipas da CNE é a falta de coesão entre os membros da comissão ou secretariado executivo (Presidente, Secretário Executivo e os adjuntos). Esta falta de coesão se deveu ao facto de que o interesse partidário sempre estava acima do interesse do país. Mesmo sabendo que tudo se passou na base de transparência, o que o representante ou a pessoa indicada pela parte vencida levava ao partido era diferente do que acontecia na realidade. Para suprir todo esse mal se avançou pela proposta deste órgão ser dirigido por magistrados, que se pensa serem apartidários e que à semelhança do que fazem ou deviam fazer nos tribunais, devem trabalhar na base da lei e das suas consciências, sem pressões políticas, pois, o povo julga que vós estais acima dos partidos.
A confiança depositada em voz (96% dos deputados presentes no hemiciclo votaram em vós - 82 dos 85 deputados presentes) demonstra e agudiza ainda a responsabilidade que recai sobre os vossos ombros.
Uma outra questão que se possa realçar é a juventude da nova equipa. Esta é uma oportunidade para demonstrarmos que já é altura dos nossos velhos entregarem o barco aos jovens. O vosso sucesso refletirá não só ao nível da CNE, mas até dos partidos políticos. Por isso o nome de toda a juventude guineense está nas vossas mãos. A vossa vantagem é que não respondem pelo partido A, B ou C. Não serão chamados a responder em comissões politicas ou comtés centrais, só devem obdiência a lei e apenas a lei, elegendo a verdade e transparência como lema.
Desejo-vos toda a sorte deste mundo.
Bolingo Cá"
Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau - João Lourenço
O primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional de Angola, João Lourenço, rejeitou hoje, em Lisboa, que o país tenha deixado de apoiar o processo de estabilização política da Guiné-Bissau. "Angola nunca deixou de apoiar a Guiné-Bissau, um país-irmão, pois, em momento nenhum abandonou a Guiné-Bissau", disse João Lourenço, na conferência de imprensa, no final da reunião, hoje, em Lisboa, de líderes parlamentares da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), que abordou a situação política na Guiné-Bissau. Segundo João Lourenço, “o facto de a Missão Militar de Angola na Guiné-Bissau (MISSANG) ter saído do país, não pode ser entendido que Angola deixou de apoiar a Guiné-Bissau, porque Angola está sempre com o povo guineense". Reafirmou ainda que no quadro da CPLP e das Nações Unidas, "Angola fará tudo para apoiar a Guiné-Bissau em voltar à normalidade constitucional e a pensar na situação económica e social do país".
Questionado sobre o actual posicionamento de Angola relativamente à Guiné-Bissau, João Lourenço disse que "com a nomeação de José Ramos Horta, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas, constatamos ter havido progressos significativos no sentido do diálogo entre os vários actores políticos". "Se este esforço conduzir às eleições, Angola e a CPLP só terão de se congratular", avançou João Lourenço, que considerou ainda importante que o futuro Governo na Guiné-Bissau seja legitimado pelo voto popular.
terça-feira, 18 de junho de 2013
CAN por um...canudo
A seleção da Guiné-Bissau já não compete há mais de um ano e os jogadores guineenses que atuam no futebol europeu pediram a Serifo Nhamadjo, presidente interino do país africano, para criar condições para que haja uma seleção a disputar as pré-eliminatórias para a Taça das Nações Africanas de 2015. O apelo dos jogadores guineenses surgiu após terem vindo a público notícias de que a Guiné-Bissau não iria ter uma seleção a competir nas provas internacionais por falta de verbas, um argumento que Manuel Nascimento Lopes, presidente da federação, não aceita.
«Se a seleção nacional não competir vou colocar o meu lugar à disposição. Seria mau de mais para mim. Se estes jogadores não puderem competir seria uma tristeza enorme para eles e para todo o país», afirmou Manuel Nascimento Lopes, que fez questão de acompanhar os jogadores no apelo ao presidente do país. «É inconcebível a argumentação de falta de verbas», acrescentou, pedindo o esforço a Serifo Nhamadjo para que a Guiné-Bissau possa medir forças com Marrocos em agosto, na pré-eliminatória da Taça das Nações Africanas de 2015.
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Chico-Esperto: Portagem velha, Medida atrasada
"Aly,
Não é que o Governo de Transição decidiu há já um mês instalar um posto de portagens em Jugudul antes daquela enorme rotunda. Tudo que é veiculo paga 500 XOF (quinhentos francos CFA) para passar em ambas as direções, até aqui nada de surpreendente, e é até compreensível que quem vai na direção Jugudul-Mansoa-Bissorã-Farim pague portagem por uma estrada nova que ainda está a ser construida e que precisa ser mantida.
A "novidade" está no facto de que, quem vai na direção Jugudul-Bantamdjan-Bambadinca, numa estrada que já tem cerca de 10 anos ou mais também paga portagens! Não compreendo o porquê desta medida só agora, depois de muito tempo. Alguns até dirão que é para cobrir os custos de manutenção das estradas, eu pergunto e o dinheiro pago ao Fundo Rodoviário para quê que serve?
Será que não estaremos a cair num caso de dupla taxação? Será que não estamos a pagar duas vezes pela mesma coisa?
Com esse governo nunca se sabe!
C. V. M."
CPLP: Golpistas não entram
Os presidentes dos Parlamentos da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) reúnem-se hoje em Lisboa para discutir o reforço da "dimensão parlamentar" da comunidade lusófona e a situação política da Guiné-Bissau.
"A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa forma um grupo de Estados, sobre uma partilha de língua, história e afetos, que não pode ser politicamente desperdiçada", escreve Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, que promoveu o encontro informal dos presidentes dos parlamentos da CPLP. De acordo com Assunção Esteves, a estrutura da CPLP, "negando o isolamento" e realizando uma das formas modernas de cooperação política entre Estados, dá-lhe "virtualidades" que os parlamentos são desafiados a explorar.
"Nesse percurso, está a intensificação das nossas democracias, a atenção empenhada e solidária com a estabilização da Guiné-Bissau, a valorização estratégica das nossas organizações regionais de inserção, a formação de pontes de cada um de nós para elas", acrescenta a presidente da Assembleia da República de Portugal na apresentação do encontro. A sessão de abertura da reunião está marcada para as 10:30 e da parte da tarde conta com a participação de Ramos-Horta, representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau.
Delinquentes & Molhados
Nenhum governo digno, de designação democrática, devia perder o seu tempo e nem gastar o dinheiro dos seus contribuintes, com ruins defuntos e com um governo delinquente, como é o caso do regime golpista, narcotraficante e repressor da Guiné-Bissau. Deixem-nos governar com os seus próprios meios. Nem dinheiro para as eleições, que servirá para encher o bandulho a ignorantes, nem nada! Amanhem-se.
O círculo vicioso mantém-se: oficias das forças armadas, vítimas de sanções internacionais, são descaradamente nomeados: até para cargo de embaixador (no caso em concreto, a Gâmbia deve uma explicação...); políticos no aparelho do Estado, e no governo, acossados de envolvimento no tráfico de drogas e de terrorismo - venda de armas para os terroristas colombianos das FARC. É a orgia, o deboche total!
Guiné-Bissau devia, pura e simplesmente, ser encostado às boxes. Deve continuar banido das organizações a que pertence. O Povo guineense devia olhar para o exemplo do Povo brasileiro, um Povo heróico, que contra o gás, as balas de borracha e até de balas reais, mantém-se firme nas ruas, dia após dia, exigindo e reclamando os direitos que lhe são negados. Este sim é um povo ciente, que sabe o que é a democracia.
O golpe de Estado de 12 de abril de 2012 nunca será o "último", como pregam os patetas. Será, isso sim, o toque de alvorada para outro golpe. É apenas uma questão de tempo. O Povo devia levantar-se; os sindicatos deviam, todos, mas todos, parar o País completamente. Quem quiser governar o sol e a chuva - faça o favor! E lembrem-se desta máxima: ninguém tem o direito de obedecer àquele que não tem o direito de mandar! António Aly Silva
segunda-feira, 17 de junho de 2013
De fora
Nenhuma instituição da Guiné-Bissau participou no encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP). “Reconhecemos com alguma tristeza que não tivemos a participação da Guiné-Bissau e isso preocupa-nos”, comentou Jorge Ferrão, reitor da Universidade de Moçambique e presidente da organização, ao fazer um balanço do XXIII encontro anual daquela instituição.
Falando à rádio UFMG Educativa, o líder da Associação lamentou a ausência, afirmando que “há um processo que acontece na Guiné-Bissau que tem a ver com os sistemas políticos. A AULP não está preocupada com isso, estamos preocupados com os académicos, com o sistema de ensino da Guiné-Bissau. Não podemos promover a exclusão desses académicos”, comentou o reitor moçambicano.
Esta preocupação reflectiu-se numa moção de solidariedade aprovada pela assembleia do encontro e na declaração final, onde se lê que a AULP irá solicitar ao secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa o apoio no sentido de transmitir àquelas instituições irmãs a preocupação da Associação pela situação naquele país, desejando-lhe “uma rápida normalização, incluindo a plena participação nas suas actividades”.
A Guiné-Bissau atravessa um período de transição governativa e aguarda pela realização de eleições na sequência de um período de instabilidade, iniciado com o Golpe de Estado de 12 Abril de 2012. No final do encontro, foi anunciado que a AULP pretende criar uma base de dados da produção científica e de informações curriculares que abranja todos os países de língua portuguesa. LusoMonitor
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