quinta-feira, 25 de abril de 2013

EUA insiste que Bubo foi capturado em águas internacionais


Americanos reiteram que o antigo Chefe da Armada Guineense foi detido em águas internacionais. Continuam a dar azo a debate as circunstâncias da recente detenção pelos Estados Unidos do antigo Chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau, o contra almirante Bubo Na Tchuto bem como a formalização pelos americanos de um mandado de captura internacional contra António Indjai, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Guineenses, este último como o primeiro sendo acusado de tráfico de droga e de armas.

Nos últimos dias, as autoridades Guineenses têm multiplicado as declarações sobre estes casos. No sábado passado, as Forças Armadas da Guiné-Bissau declararam-se dispostas a colaborar com os Estados Unidos na investigação sobre tráfico de drogas e armas e negaram o alegado envolvimento de António Indjai em acções contra os Estados Unidos. Todavia, as Forças Armadas não deixaram igualmente de acusar os Americanos de ter organizado uma cilada para raptar tanto António Indjai como Bubo Na Tchuto cuja captura, segundo o exército Guineense, ocorreu em águas Guineenses.

Esta versão é refutada pelos Estados Unidos cujo departamento de luta antidroga, DEA - Drug Enforcement Administration - reiterou em entrevista com a RFI que o antigo Chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau foi detido em águas internacionais, a DEA não especificando se houve ou não participação de Cabo Verde nesta operação. Ao referir-se à Guiné-Bissau como sendo um Narco-Estado, Rusty Payne, porta-voz da DEA - Drug Enforcement Administration- começa por enunciar as acusações que pesam sobre António Indjai. RFI

Mo Ibrahim: "Situação da Guiné-Bissau é notícia triste para África"


A Fundação do filantropo premeia líderes que são exemplos de boa liderança no continente; declarações foram feitas à Rádio ONU, após um evento sobre economia e sociedade nas Nações Unidas. O milionário e filantropo africano, Mo Ibrahim, considerou a atual situação da Guiné-Bissau "uma notícia triste" na liderança dos países de língua portuguesa em África. Ele falava em exclusivo à Rádio ONU, nesta quarta-feira, em Nova Iorque, após participar num evento sobre economia e sociedade nas Nações Unidas.

Sobre a Guiné-Bissau...

Ibrahim disse que o quadro político da Guiné-Bissau é uma notícia triste se comparado ao de Cabo Verde. Nos países de Língua Portuguesa, mencionou Portugal que "não está em boa forma. "O milionário disse que a liderança aparece de forma excecional e pode ser encontrada em outros países ou na África do Sul ou no Botsuana, que podem produzir "líderes maravilhosos." Mo Ibrahim é o mentor da fundação que premiou os antigos presidentes de Cabo Verde, Pedro Pires, e de Moçambique, Joaquim Chissano, com um galardão atribuído, anualmente, para celebrar exemplos de boa liderança no continente.

A Guiné-Bissau passa por um processo de transição, após um golpe militar ocorrido em abril do ano passado. A ONU está envolvida na busca de uma solução para o país, em coordenação com a União Africana, bloco regional, Cedeao, e a CPLP. AAS

Recuo do Burkina


O Burkina-Faso já fez saber que vai retirar os seus homens que fazem parte da força da ECOMIB, até dia 10 de Maio.  Esta decisão deve-se ao facto da falta de dinheiro por parte da CEDEAO para sustentar as despesas desta missão oeste africana "totalmente ineficaz" (o termo foi usado pelos EUA). As despesas da ECOMIB, desde este mês, são suportadas integralmente pela Nigéria e pelo Burkina-Faso. AAS

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Tanamu fenhi


Antonio Indjai Cocaina

TRADUCÃO - Amor, que farinha usaste para a poportada?

Vale a pena o risco?


Para a comunidade internacional

Será que a comunidade internacional estará à espera de um massacre, de um banho de sangue na Guiné-Bissau, para só então agir em defesa do Povo sofredor da Guiné-Bissau, um membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas? Alertei sempre para vários acontecimentos que, infelizmente, se vieram a verificar. Alguns foram trágicos, e acabaram com perdas de vida humana; outros foram simplesmente cómicos, com ligeira perturbação da ordem institucional. E todas estas coisas aconteceram perante a total passividade dos diplomatas europeus, e não só, com residência em Bissau. O última alerta foi sobre se ia haver a 2ª volta das eleições presidenciais de 2012. Meu dito meu feito. Tolheram uma vez mais a palavra ao Povo - que é soberano (ou pelo menos deveria ser). E fizeram-no com estrondo, rebentando armas pesadas numa capital de mais de 400 mil almas, cada qual com a sua dor.

A prisão/rapto/empréstimo, chame-se-lhe o que quiser, do contra-almirnte Bubo Na Tchuto foi como que uma picada de mosquito nas consciências pesadas. Mas a acusação, depois, pela DEA/EUA do todo-poderoso general e CEMGFA António Indjai fez com que até alguns mortos rescuscitassem! Ainda assim, parece que a comunidade internacional anda um pouco anestesiada...

Senhores, organizações da comunidade internacional, vizinhos e amigos do nosso continente,

QUEREMOS QUE OIÇAM ISTO

O Povo guineense precisa de vocês, precisa de ser resgatado da sodomia, do medo, da privação do mais básico direito. O Povo guineense, o mesmo que vos tem dado mostras da sua paciência e bondade, é o mesmo que nem sequer ousa esboçar o que pensa. E nem ousa chorar os seus mortos! O Povo guineense tem o direito a respirar do mesmo ar que vocês respiram! O Povo da Guiné-Bissau está refém de uma certa estirpe, política e militar - mas sobretudo militar - de uma estirpe pior do que o colonialismo! O Povo da Guiné-Bissau está a ser neocolonizado com requintes de insensatez e de malvadez.

Senhor Ban Ki-Moon, Secretário Geral da Organização das Nações Unidas,

O Povo da Guiné-Bissau precisa e exige ser libertado. Já!

António Aly Silva

José Maria Neves: "Não estamos a brincar aos Governos e não comento declarações desta natureza"


O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, considerou, terça-feira (23), que as acusações feitas pelo Governo de transição da Guiné-Bissau de que Cabo Verde teve participação na captura do ex-chefe do Estado-Maior da  Marinha guineense, José Américo Bubo Na Tchuto, "não são credíveis", pelo que as "desvaloriza completamente". "Não estamos a brincar aos Governos e não comento declarações desta natureza", disse o primeiro-ministro cabo-verdiano quando confrontado com as declarações feitas segunda-feira, em Bissau, pelo porta-voz do Governo de transição guineense, Fernando Vaz. Segunda-feira, o porta-voz do Governo de transição da Guiné-Bissau disse ter provas de que Bubo Na Tchuto, atualmente detido nos Estados Unidos por tráfico internacional de drogas, foi preso em território guineense com a participação de polícias cabo-verdianos.

Fernando Vaz disse ter ficado "surpreendido com mais este insólito e provocatório comportamento do Governo cabo-verdiano, quando usa dois pesos e duas medidas na sua contribuição no combate à criminalidade na sub-região". Ele acusou ainda Cabo Verde de ser cúmplice "na passagem pelo seu território de armas e de medicamentos destinados aos combatentes do MFDC" (Movimento das Forças Democráticas de Casamança), grupo independentista do sul do Senegal, precisando que o seu Governo de transição "tem provas" disso.

No entanto, poucos dias depois da detenção, a 02 de abril, do contra-almirante Bubo Na Tchuto, o primeiro-ministro cabo-verdiano negou a participação das autoridades policiais cabo-verdianas na operação que levou à prisão do ex-chefe do Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau, que, segundo os relatos na imprensa, teria ocorrido em águas internacionais próximas de Cabo Verde. José Maria Neves explicou na altura que se tratou de um caso de polícia e de uma operação conduzida por forças norte-americanas, adiantando que Cabo Verde não quer "qualquer louro em relação à ação dos Governos de outros países".

O chefe do Governo cabo-verdiano precisou que a participação de Cabo Verde na operação apenas se restringiu ao apoio para o trânsito no arquipélago, uma vez que os tripulantes da embarcação apreendida e Bubo Na Tchuto foram conduzidos ao porto da Palmeira, na ilha do Sal, para depois serem transportados ao aeroporto internacional Amílcar Cabral, de onde foram embarcados num avião norte-americano rumo aos Estados Unidos. O primeiro-ministro cabo-verdiano escusou-se, no entanto, a comentar a detenção do antigo chefe da Marinha da Guiné-Bissau pelos agentes antinarcóticos dos Estado Unidos. "É um caso de polícia e não queria entrar em questões que têm a ver com a operação de forças policiais", disse José Maria Neves.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Actualidade africana: saber mais


AQUI

"Os cães ladram e a caravana passa"


 
"Caríssimo Aly,

Há um velho ditado que diz: "Os cães ladram e a caravana passa".

Esse cão que ladra o teu sucesso, esta com raiva e muita inveja, tem rancor da simpatia e o reconhecimento com que o Povo guineense penhora a excelência que é o teu trabalho patriótico contra a canalha! Toda essa inveja, todo esse assédio de um malpróprio é fruto do teu trabalho, da tua coragem e do teu sucesso. Deixe que ele fale, que espume de raiva, que se rebente de inveja. Certo é que fá-lo-á na solidão da sua inveja.

Nos sabemos o porquê de tanta inveja e ódio contra ti. Ele é um deles. E o sangue da mesma pertença que lhe fervilha na veia e lhe atiça esse rancor contra a tua pessoa..., mas nada poderá contra ti. Ele não tem culpa. Era 'alguém' mas apenas enquanto não te deste a conhecer com o teu talento, a tua irreverência, a tua inteligência que, como o vento do harmatão, tudo levou deixando-o no esquecimento, amuado e coitado, gestando a raiva para te perseguir na tua carreira sempre em ascensão.

Não se parecem em nada, por isso não lhes ligues. Olha para eles do cimo do teu talento e do teu trabalho, como se olhasses para o nada. Ignora-os com desplante natural, goza-lhes com o teu reconhecimento, chinga-lhes com o tributo e a paixão que o Povo da Guiné-Bissau te dispensa. Assim, a sua inveja, será ainda maior... até se rebentarem contra o que quer que aeja...PUUUMMMMM !!!

Silvio Dantas
"

A inveja...


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NOTA: E é só por causa destes números que o António Aly Silva é caluniado. Ma bô na cansa nam. Bô djunta abós tudo, ditadura na lambu bôs riba e bati. Dirrrrr!!! AAS

"És grande"


"Olha, Comandante Aly Silva,

Faci bu tarbadju e ka bu pirdi tempo ku frustrados.

Fui talvez das primeiras pessoas a louvar os teus actos heróicos ainda na Guiné-Bissau, e digo-te: continua assim que nos enches de orgulho. Até que enfim respondeste 'um bocadinho' à lista das provocações vindas de baixo - se fosse comigo era arrebentar tudo, BARRACO!

Mas como tu és GRANDE, e recusaste a baixar a nível de certas pessoas, claro que elas vão se achando. Mas desta vez eu acho que é mais um acto de DESESPERO. E tu, continua, que estás ao lado do POVO e consequentemente do lado da Guiné-Bissau.

Alves da Silva"

E esta, Serifo?


Serifo Nhamadjo, 'presidente da CEDEAO' para a Guiné-Bissau, foi à Nigéria fazer queixinhas ao Presidente Godluck Johnatan de que o CEMGFA, António Indjai, não podia vê-lo nem com molho de ketchup. Este mandou chamar o Indjai e o acossado general fez a revelação: "Serifo Nhamadjo e Adja Satú Camará é que me instigaram a dar o golpe de Estado contra o Carlos Gomes Jr.". Ou seja, Serifo Nhamadjo não voltará a Bissau - pelo menos enquanto Indjai for CEMGFA... AAS

BUBO: O tenente António Vasco Na Sia e outro militar, Rui Sanha, foram presos na Guiné-Bissau com o Bubo Na Tchuto e libertados depois em Cabo Verde. Foram libertados após a DEA ter comprovado a sua inocência, tendo já regressado a Bissau. AAS


Para LER AQUI

Massa cinzenta


"Caro Aly

Como qualquer ser humano com alguma "coisinha" cinzenta dentro daquela caixa de mais ou menos 15 cm que Deus nos pôs entre os dois ombros, e não noutro sitio qualquer, aprecio e acredito que continuarei apreciar o trabalho que tem desenvolvido em prol da informação sobre a real situação da e na Guiné-Bissau… Há quem o tentou no passado mas acabou por cair na tentação, diga-se de passagem tentação bem Guineense, de fazê-lo com intuito de se autopromover e hoje é o que se vê. Sem ideias, sem propósito, ao ponto dos ilustres colaboradores fugirem como o diabo da cruz… Sei que é difícil aceitar ataques injustas, mas também, sei que o Senhor sabe que uma das estratégias que muitos usam para chamar atenção é criar broncas por tudo e por nada, com tudo e com todos. Não caia nesse jogo, pois estará a fazer um trabalho de marketing alheio desbaratando o seu tempo, a sua energia e lucidez que o país e o mundo bem precisam neste momento.

Viva fazendo aquilo que mais sabe e para a qual se formou: Informar, informar e continuar a informar! Porque, dizia-me a minha Avó, aos olhos da inveja, todo sucesso é crime.

Mídana Silva
"

COMUNICADO da Liga Guineense dos Direitos Humanos


No quadro da sua missao de promocao e defesa dos direitos humanos a LGDH constatou atraves das suas visitas regulares no interior do pais que o sistema judiciario guneense se encontra em total desfuncionamento. A maioria dos tribunais se encontram encerrados tendo em consequencia a populacao entregue a sua propria sorte. Esta inaccao das autoridades competentes representa um incentivo a impunidade e violacoes graves dos direitos. Para denunciar e chamar atencao sobre os perigos que decorrem do nao funcionamento dos tribunais, a direcao da organizacao deu hoje uma conferencia de imprensa. para a vossa informacao, segue em anexo o documento sobre o conteudo deste encontro com a imprensa.

Liga Guineense dos Direitos Humanos

Muito obrigado senhores jornalistas pela vossa presença nesta conferência de imprensa que visa essencialmente partilhar convosco a nossa profunda preocupação face ao estado de funcionamento dos tribunais na Guiné-Bissau, sobretudo no interior do país.
Como sabem, a edificação de Estado de Direito constitui uma prioridade dos Estados modernos como condição indispensável para assegurar a paz e a consolidação da ordem democrática e constitucional.

A concretização deste objetivo prende-se essencialmente com o funcionamento pleno e efetivo das instituições e órgãos de soberania, respeito pelos direitos humanos, acima de tudo, administração regular, célere e eficaz do poder judicial, enquanto instrumento primário e imprescendível para o combate à impunidade.

Infelizmente, o sistema judiciário Guineense se encontra numa situação de disfuncionamento quase total, com consequências gravosas ao nível dos direitos humanos, senão vejamos:

 Entre os 26 tribunais de sectores criados para dirimir os conflitos de pequenas causas, 15 não funcionam neste momento nomeadamente tribunais sectorias de Safim, Canchungo, São Domingos, Mansoa, Farim, Galomara/Cossé, Contuboel, Pirada, Quebo, Bolama, Bubaque, Fulacunda, Catió e dois juízos ou tribunais sectorias de Bissau (Bairros de Sintra e Belém).

 Isto é, apenas 11 tribunais de sectore estão a funcionar com graves constrangimentos de ordem infraestrutural e de recursos humanos, ou seja, as principais razões de encerramento dos tribunais são a falta de pagamento de rendas porque todos eles funcionam nas instalações privadas, falta de juizes ou delegados de Ministério Público..

 Na província Sul, que engloba regiões de Quinará, Tombali e Bolama com uma população de 184.290 Habitantes, de acordo com os dados estatísticos do recenseamento geral da população, não há nenhum tribunal em funcionamento. Os conflitos de diversas naturezas incluindo homicídio, são resolvidos através da justiça tradicional ou privada embora alguns casos raros são encaminhados para a região de Bafatá mais de 200 Km de distância.


 Os tribunais regionais e sectoriais em funcionamentos deparam com varias dificuldades nomeadamente: ausência dos juízes ou magistrados do ministério público, estado de ruina e degradação das suas infraestruturas, ausência de materiais de escritório e de transporte para a diligência dos técnicos afetos aos referidos tribunais, falta de colaboração das outras instituições estatais entre outras.

 Os cidadãos são denegados o direito fundamental de acesso à justiça devido a renúncia do estado em cumprir com as suas obrigações constitucionais e, por conseguinte, sujeitos a mais de 100 km da distancia de um tribunal.

 A morosidade processual continua a corroer os alicerces da credibilidade e confiança dos cidadãos no sistema judiciário. O tempo de resposta dos tribunais às demandas é demasiado longo e as vezes as decisões acabam por ficar desprovidas de qualquer utilidade prática para as partes, propiciando assim, o aumento de casos de vindicta privada, bem como o recurso recorrente à justiça tradicional ou administrativa, tendo a polícia e o poder tradicional como principais protagonistas.

Este disfuncionamento dos tribunais para além de constituir violações graves dos direitos humanos por provocar constrangimentos enormes aos cidadãos em termos de acesso a justiça, traduzem-se na violação da constituição e demais garantias que assistem aos cidadãos sobretudo mulheres e crianças.

Por conseguinte, a LGDH exige os seguintes:

• Reabertura imediata do Tribunal Regional da Província Sul assim como todos os tribunais de sectores que se encontram paralisados neste momento;

• Criação de condições infraestruturais para o normal funcionamento dos mesmos;

• Nomeação urgente dos juízes e magistrados do ministério público para os referidos tribunais

• Nomeação dos juízes de instrução criminal nas províncias leste, sul e norte do país.

• Reforço de condições laborais para os juizes, magistrados, escrivães e oficias de deligências nos tribunais, em particular nas regiões.


PELA PAZ, JUSTIÇA E DIREITOS HUMANOS

Muito obrigado pela atenção